Mais um duplo homicídio em Silvianópolis

O crime aconteceu no curto espaço de dois anos!

Afonso de Jesus dos Reis, inicialmente negou o crime e disse que tinha um álibi… Faltou combinar isso com sua mãe!

Minha querida “Santana”, onde trabalhei de 85 a 98, não é mais a mesma! Naquele longo e saudoso período, tudo que eu tinha que investigar era briga de vizinhos, desentendimento entre sitiantes que deixavam a porteira do pasto aberta, um furto ou outro de galinha ou de residência cometido pelo “Salinho” e acidentes de transito… mesmo assim batidas entre carroças! Em 12 anos e meio aconteceram apenas dois homicídios na cidade. Um deles cometido em conluio pelos cunhados Cuca e Zé Galinha, por disputa de herança. O outro foi cometido sob efeito de ‘suco de gerereba’, pelo “Batateiro do bigode falho”, contra um colega de alojamento.

Desde meados da década de 90, até 2018, a pacata Silvianópolis viu acontecer mais dois ou três homicídios, salvo engano.

Esse baixo índice de criminalidade na quase tri-centenária Silvianópolis foi interrompido no final de 2018. No início de novembro daquele ano, Luizinho matou, esquartejou e distribuiu os membros da companheira pelas estradas e rios da região. A enteada, a pequena Bruna, que fora buscada na Bahia para estreitar o relacionamento do casal, também foi morta a golpes de martelo e enterrada numa cisterna no sítio do assassino – os bastidores da intrincada investigação conduzida por uma médica legista, e que culminou com a prisão do psicopata Luizinho, sitiante tão pacato quanto seus bois na fazenda, estão no livro “Quem matou o suicida”, recém publicado.

Agora, 26 meses depois daquele monstruoso assassinato de mãe e filha motivado pelo fim do relacionamento, a velha Santana foi sacudida por outro duplo assassinato. Desta vez a polícia não precisou navegar horas, dias nas redes sociais para encontrar, primeiro, a dona da ‘perna tatuada’ que levaria ao assassino.

Após descobrir os corpos na noite de segunda-feira, bastou interrogar vizinhos das vítimas para levantar o suspeito. Ele recebeu as pulseiras de prata poucas horas depois de descoberto o crime.

Afonso de Jesus dos Reis jurou de pés juntos que é inocente. Faltou ‘combinar’ com sua mãe. Interpelada pela policia ela, querendo ou não, negou seu álibi. Segundo a mãe de Afonso, ele chegou em casa na manhã de segunda-feira, esbaforido, para trocar e esconder a calça com manchas de sangue. Pego na mentira, Afonso acabou confessando o duplo assassinato de Vanderlei Ramos de Paiva, 60, e do pai dele, Artur Ramos de Paiva, 84 anos.

O funesto crime aconteceu na residência das vítimas na virada da noite de domingo para segunda,11, após uma festa. Segundo o assassino, ele matou Vanderlei por conta de um desentendimento banal. E matou o pai dele para ocultar o primeiro crime. Ambos foram mortos por asfixia, com uma camiseta no pescoço.

Afonso de Jesus dos Reis, 28, já conhece o velho hotel do contribuinte por dentro. Ele cumpre pena pelo cometimento do crime de estupro, ocorrido na cidade de três Corações. No momento em que matou Vanderlei e o pai dele em Silvianópolis, Afonso estava gozando o benefício da liberdade condicional previsto no CPP.

A frase “Santana não é mais a mesma” é apenas um recurso jornalístico. Na verdade “Santana do Sapucaí” – ou simplesmente Silvianópolis – continua tão pequena, bucólica e pacata quanto a vinte e cinco anos. E seu povo também continua ordeiro, afável e hospitaleiro quanto antes. O que mudou, ao menos para algumas pessoas, foi a sensação de impunidade e a banalização da vida!

Luizinho, o assassino da companheira e da enteada em 2018, continua hospedado no Hotel do Juquinha, aguardando uma pena que deve ficar próxima dos 25 anos.

A pequena Bruna, de 5 anos, foi morta a martelada pelo padrasto Luizinho em 2018 e enterrada numa cisterna no sitio dele.

Afonso de Jesus – que não deve ter no coração nada parecido com seu “Xará” de cabelos e barbas longas – também não terá que se preocupar com casa, comida e roupa lavada nos próximos 25 anos. Nós, contribuintes, pagaremos sua estadia no Hotel do Juquinha.

Derrota do Dragão provoca protestos dos torcedores

Após a segunda derrota seguida, Torcida ‘Uniformizada’ Dragões do Mandu pediu a cabeça do técnico!

Com Ito Roque no comando tecnico, o PAFC conquistou apenas 33% do pontos disputados…

Foi a segunda derrota seguida do time rubro negro de Pouso Alegre. Apesar da derrota, o time classificou-se em primeiro lugar para o quadrangular final!

O invisível bichinho da China espalhou prejuízo, intriga, discórdia, tristeza, decepção e revolta mundo afora… inclusive no futebol!

O recém ressuscitado PAFC, o clube de maior torcida do interior de Minas, parece ter sido o mais prejudicado. Até março, antes da paralisação por conta da pandemia causada pelo bichinho chinês, o Dragão do Sul de Minas liderava com folga o modulo B do campeonato mineiro 2020. Com a paralisação o time perdeu alguns jogadores, perdeu o ritmo e perdeu – o que os resultados mostram – a peça mais importante: o técnico Rogério Henrique. Sem acordo financeiro ele deixou o clube às vésperas de o time voltar à campo. E desde então o escrete rubro negro caiu de produção.

Apesar da experiência, da competência e do empenho – e de novos reforços -, o novo treinador do time, Ito Roque, não conseguiu empolgar o torcedor e nem manter os bons resultados que mantinha há cerca de dois anos. Pior, as mudanças feitas pelo técnico nos últimos dois jogos renderam duas derrotas seguidas e uma invencibilidade de 26 jogos, iniciada em setembro de 2018.

Em quinze pontos disputados nos últimos cinco jogos na reta final da fase classificatória, conquistou apenas cinco, ou seja, 33% dos pontos que estavam em disputa. Empatou duas partidas, perdeu duas e venceu apenas uma vez! Como tinha gordura para queimar, conquistada nos primeiros seis jogos, quando ganhou cinco e empatou um, o time se classificou antecipadamente para a fase final.

A performance do time pós-pandemia, no entanto preocupa o torcedor que já dava como certo o acesso à elite do futebol estadual este ano.

O que aconteceu com o Dragão, o time mais empolgante do campeonato?

A – Perdeu a liderança na beira do campo?

B – Não sabe jogar sem a vibração da massa que canta e grita na arquibancada?

C – Os adversários aproveitaram jogadores que terminaram seus estaduais e se

reforçaram mais que o Pouso Alegre…

D – Ou é só uma fase ruim?

Tomara que a resposta seja a letra ‘D’, pois fase ruim é igual vontade… “é coisa que dá e passa”. É coisa que vem e vai…

Já que o técnico que levou o time tão perto do acesso, não está disponível…

… E a Federação Mineira de Futebol não tem dado sinais de que vai liberar a presença de público nos estádios!

 

Mas bem que poderia fazê-lo!

O estádio Manduzão – o terceiro maior do interior de Minas – tem capacidade para 25 torcedores. Se a FMF liberar a presença de um terço da torcida, como a Europa vem fazendo e a CBF vem aventando, o apaixonado torcedor rubro negro poderá voltar a campo e empurrar o time para o acesso à elite do futebol mineiro.

Enquanto isso não acontece, os torcedores, do lado de fora do estádio e nas redes sociais, querem a substituição do comando técnico do time!

 

   “… em nome da torcida do PAFC solicitamos à diretoria do clube que faça uma mudança urgente no comando técnico do time”, diz a Nota Oficial da Torcida ‘Uniformizada’ Dragões do Mandu.  

 

A fase final que apontará os dois clubes que sobem para o ‘Modulo A’ começa neste fim de semana. Para ficar entre os dois, é necessário somar mais de 10 pontos nos seis jogos, ou seja: é preciso fazer o ‘dever de casa’ e buscar uma vitória ou dois empates lá fora!

Programinha de R$ 20 na Perimetral…

Aconteceu de novo!!

    

A avenida Perimetral, construída em 1982 sobre o leito antigo do Rio Mandu, tem muita estória pra contar! Tem estórias de todo tipo e viés! As mais interessantes são as que envolvem os tais “programinhas de vinte”, ou de “dez reais”… que geralmente custam cem vezes mais, e terminam na delegacia de polícia.

Veja essa aqui:

A madrugada de sábado era ainda criança de colo quando o viajante Rodrigo C.A. cruzou a famosa avenida. Tão logo passou pela rotatória da rodoviária começou receber as boas vindas e convites de esbeltas ‘comerciantes’ do trecho!

As moçoilas esguias, usando apenas duas peças de roupas: um bustiê e uma minúscula saia colada ao bumbum, deixando quase tudo à mostra, seguiam Rodrigo com o olhar lânguido e faziam gestos convidativos. Algumas, quando percebiam que ele corria para o retrovisor, talvez para conferir o ‘material’, rebolavam e sopravam sensuais beijos na palma da mão…

Rodrigo voltava de Campinas. Estava há vários dias viajando e ainda levaria mais meia hora para chegar em casa, em Santa Rita do Sapucaí. Estava cansado, no entanto, ao ver aquela figura – aparentemente feminina – e aqueles gestos sensuais, sentiu uma ligeira massagem no ego e … uma estranha excitação! Sabia que seria ‘barca furada’, mas pensou:

– Se ela jogar charme mais uma vez… vou conferir!

A mariposa jogou!

Até parece que a loirinha de cabelos lisos lera seus pensamentos. Quando ele reduziu para dar preferência a outro veículo que seguiria para o Arvore Grande, a beldade acenou. Na verdade, balançou sensualmente as cadeiras e abriu discreto sorriso, perceptível, apesar da pouca iluminação amarela da avenida na madrugada.

Rodrigo contornou o canteiro lentamente, ainda indeciso se parava ou não… Mas era tarde! Já havia sido alvejado pela flecha do amor. Ou, para ser menos romântico… Fora fisgado pelo anzol do desejo!

“A rotina do Rabo Verde” e outras trinta cronicas policiais estão no livro “Quem matou o suicida”.

A sedutora abordagem aconteceu na rotatória da Ayrton Sena, quase em frente a Honda…

Ao ver a mariposa dar dois passos em sua direção ele não resistiu… Parou lentamente o Palio branco na beira do canteiro, já com o vidro do lado do passageiro abaixado.

Precedido por um forte cheiro de perfume barato, um par de seios quase desnudos invadiu seu carro. O cordão do bustiê dava uma volta no pescoço e vinha fazer um laço na garganta. Bastaria puxar o laço e os seios brancos e fartos, ligeiramente flácidos – devido ao excesso de uso – despencariam no banco do passageiro!

A jovem de cabelos loiros e curtos, cútis muito branca, cílios falsos, estatura mediana, não tinha mais que vinte anos, embora o know-how no ramo dissesse mais! Dependurada no salto da bota preta, ela ficou quase um minuto sensualmente inclinada na porta do carro… tratando de negócios!

Se tivesse alguém atrás e o local fosse mais iluminado, poderia ver a protuberância de pelos pubianos descoloridos com água oxigenada…

– E aí, gato… me dá uma carona? – Perguntou a beldade, cantando.

– Até onde você vai…? – indagou o ‘garanhão’.

– Por 20 reais sou toda sua… Você me leva onde você quiser!

O cansado viajante quarentão tinha mulher esperando em casa! Mas vai que ela estava naqueles ‘quatro dias’!? – pensou ele. Ademais, qual o problema com uma aventurazinha de meia hora por 20 reais?

E resolveu pechinchar…

– Até onde podemos ir por 10 reais?

– Ah, gato, você está duro, é? Por 20 você me leva onde quiser… e eu te levo para as estrelas… – Respondeu a loirinha com voz melosa, puxando o laço do bustiê, ao mesmo tempo que fingia vexamento e protegia os seios brancos e voluptuosos com a outra mão…

Seus ‘argumentos’ foram mais que suficientes! A porta do Palio se abriu e ela entrou!

Não precisaram ir muito longe. Sob a luz cândida de um filete de lua crescente que já diminuía e se escondia – talvez envergonhada! –  por trás de um pé de Marolo, numa rua deserta do bairro São Fernando, no trevo da Fernão Dias, a vendedora de prazer entregou a mercadoria…

Não teve trabalho nenhum para se despir… Já estava praticamente nua!!

Entre ‘preliminares e bem-bom’ o ponteiro das horas nem deu meia volta no relógio. Saciado o desejo e desfeito o ‘stress’, Rodrigo retirou o dinheiro da carteira, entregou o mico leão dourado à cliente e tornou a guardá-la debaixo do banco do motorista. Saiu por alguns instantes do carro para se recompor, entrou novamente e minutos depois se despediu da “loirinha de vinte” na beira da rodovia.

Ao retomar a viagem para casa foi pensando na proeza!

– Legal… Descarreguei a tensão – e o tesão! – durante meia hora por R$ 20 reais!

Ao lembrar da merreca que pagara pelos momentos de prazer com a loirinha, instintivamente Rodrigo passou a mão por baixo do banco do carro e !!!… Cadê a guaiaca???…

Parou assustado no radar do Cidade Jardim! Desceu do carro, debruçou-se atrás do banco, passou a mão por baixo, revirou tudo e… só o pó!!! Literalmente!

Sua carteira com documentos, cartões bancários, novecentos e cinquenta reais e alguns cheques de clientes, haviam viajado… Com outro dono! Ou dona!?

Voltou ao local do crime! Quero dizer, ao local do ‘amor’… Mas encheu-se ódio!

No local do ‘bem-bom’ com a loirinha de ‘20’, procurou frenética e inutilmente pela carteira! Desceu para o trevo, procurou por ela, mas… Nem o rastro. A única coisa que ficou foi o perfume barato da mariposa impregnado nas narinas!

Voltou à cidade, subiu lentamente a Perimetral olhando atentamente para cada vulto esguio na penumbra da avenida procurando pela mariposa loirinha – havia ainda duas ou três rodando bolsinha por ali à procura de um ‘programinha de 20’. E foi pensando:

– Se eu pegar aquela sacana vou lhe dar uma carona de 100… Pros quintos dos infernos!!

Mas, necas de catibiribas! A “loirinha de 20”, de seios voluptuosos e perfume baratééééézimo já havia encerrado o expediente! Ganhara numa só noite o suficiente para tirar duas semanas de férias!

Restou ao viajante solitário, envergonhado e duro – ou seria mole? – procurar a polícia para registrar um B.O. no meio da madrugada!

O ‘programinha de 20’ saiu cariiiinho… Mas também, quem não gosta de carinho, né?

Aqui você encontra quem matou o suicida!

O livro está disponível nos seguintes lugares:


O novo livro de Crônicas Policiais de Airton Chips já está à venda. Além de crônicas, o livro trás lendas urbanas, personagens que marcaram época, e mostra a transformação sociocultural do Sul de Minas, especialmente de Pouso Alegre, a cidade que transformou fazendas e pastos em bairros ruas e avenidas e quadruplicou a população nos últimos 50 anos. Cinquenta anos acompanhados passo a passo pelo autor.

Em Pouso Alegre o livro está disponível nas livrarias:

– Livraria Intelecto, Rua Capitão Pedro Narciso, 85 centro (ao lado da antiga estação ferroviária), fone 3422-4097 e 9.8700.4097.

– Livraria “Quiosque do Saber”, no Serrasul Shopping, fone 3427-5559 e 9.9726-3279.

Nas bancas:

– Banca do Toninho, na avenida Duque de Caxias, 128, centro Fone 9.9915-6331.

– Banca Federal (Sergio), praça Garcia Coutinho, 11, centro, Fone 9.9253-0415.

– Banca Catedral (Ligia – Venicio), praça Garcia Coutinho, 01, Fone 9. 9989-3446.

– Banca Central (Ernani), praça Senador Jose Bento, 47, centro, Fone 3421-4610.

– Banca Cometa ( Júlio), praça Senador José Bento s/n, Fone 9.9996-6646.

– Banca do Chico, Avenida Dr. Lisboa (em frente o Bradesco), Fone 3412-1764.

– Banca Alternativa (Cristina), Hipermercado Baronesa, Fone 3449-1743.

Preços dos livros:

* Nas bancas e livrarias R$ 38,90.

* Através do site de vendas www.facebook.com/blogdoairtonchips/shop/ R$ 44,90 ( entregue sem custo em qualquer lugar do Brasil).

* No formato digital, no site Amazon (Kindle), R$ 24,90.  

Por que os cães não atacavam “Fernando da Gata”?

Quase três décadas mais tarde eu descobri o que deixava os esguios Dobermans… ‘tão dóceis’!

‘Bichinhos’ iguais a este nunca atacaram Fernando da Gata… Porque será?

Toda cidade tem uma história de bandido para contar. Algumas têm mais de uma. Pouso Alegre, a cidade que mais cresceu no Sul de Minas no último meio século – pulou de 40 mil em 1970 para 150 mil habitantes atualmente – também tem suas histórias. O mais ilustre bandido que pisou e deixou rastros indeléveis em terras manduanas, atendia pelo nome de “Fernando da Gata”…

O famoso – às avessas! – que passou sorrateiro pela cidade, deixando para trás um rastro de suspense, de medo, de fatos e de boatos, foi Fernando Soares Pereira, o “Fernando da Gata”. O baixinho cearense ficou menos de uma semana na cidade… mas fez estragos em algumas famílias e na população! Tão sorrateiro como agiu na calada da noite o bandido se foi levando quilos e toneladas de joias! Quilos de anéis, cordões e pulseiras de famílias abastadas da cidade… E toneladas de dignidade! Ele estuprou quatro recatadas senhoras, esposas de ricos empresários… na frente dos seus maridos! Vindo de Russas-CE, Fernando da Gata fez escala na capital paulista e, bem que tentou mudar de vida. Trabalhou alguns meses na construção civil, mas seu ‘talento’ criminoso era por demais valioso para ser desperdiçado debaixo de sacos de cimento, pilhas de tijolos e latas de concreto! O famigerado bandido nascera talhado para grandes empreitadas… ainda que fossem para o mal! Em poucos meses de atividade criminosa na capital paulista, o Eldorado dos nordestinos, o baixinho cearense se tornou celebridade… no álbum da polícia! E colocou toda a polícia civil paulistana nos seus calcanhares… E a imprensa, ávida por furos jornalísticos, também!

Foi assim que, para dar folga às madames paulistanas, o assaltante solitário foi parar em Pouso Alegre em meados de 1982. Fernando da Gata chegou à cidade no mês do ‘cachorro louco’! Não por acaso, de todos os predicados atribuídos a ele, o principal, era exatamente sua capacidade de acalmar e dominar ‘cachorros loucos’! Não eram exatamente loucos, mas eram ferozes cães de guarda, especialmente os esguios ‘Dobermanns’, os quais reinavam nos quintais das mansões naquele começo de década depois que a luzes se apagavam! Ninguém ousaria entrar nos quintais na calada da noite. Ninguém… menos Fernando da Gata! Os donos das casas até ouviam os latidos ferozes dos seus ‘dobermanns’ no meio da noite. Mas quando se arriscavam a abrir a porta ou espiar pela janela, lá estava o amigo fiel sentado num canto do quintal! Atento, mas silencioso. Como se tivesse visto apenas um gato em cima do muro e o intruso já tivesse ido embora. Minutos depois o gato, quero dizer, o “da Gata”, estava no seu quarto apontando um trabuco para o seu nariz!
Mas como o esguio Dobermann parou de latir e se aquietou no canto?
Esse foi o grande mistério que Fernando da Gata levou com ele no crepúsculo de um dia frio de inverno, no começo de setembro, nas margens do Rio Sapucaí, uma semana e meia depois de protagonizar a maior caçada policial da história e colocar Pouso Alegre no mapa nacional com suas façanhas. Fernando da Gata não matou os cães de guarda. Sequer tocou em algum cachorro! Ou talvez tenha tocado… para lhes fazer um cafuné!

– Como pode, um cachorro que quase pula muros para atacar quem passa na calçada do lado de fora, ficar quietinho no canto do quintal enquanto o bandido entra e arromba a porta da casa do dono? – Perguntavam as pessoas com os olhos saltando das órbitas.

– Ele tem parte com o demônio! – Respondiam umas, fazendo o sinal da cruz!

– Ele hipnotiza os cães! – Diziam outras, incrédulas.

Seu fascínio sobre os ferozes Dobermanns – ou o contrário! – virou mito. Vinte e sete anos depois da sua morte desvendei o mistério… E matei o mito!

O livro está à venda…

Para desvendar o mistério de “Por que os cães não atacavam Fernando da Gata”, acesse… https://www.facebook.com/blogdoairtonchips/shop/

A rotina do Rabo Verde

O louco mais querido da cidade…

“A rotina do Rabo Verde” e outras trinta cronicas policiais estão no livro “Quem matou o suicida”.

A figura carrancuda dentro de um conjunto cáqui encardido, debaixo de um chapéu amassado fazendo sombra para o par de olhos azuis, com um saco nas costas, sem saber ler ou escrever, sem lenço & sem documentos e sem um teto para chamar de seu, Rabo Verde figura entre as personagens mais ilustres de Pouso Alegre no Século XX…

Até a poucas décadas, antes do advento dos celulares e seus aplicativos, quando as pessoas tinham tempo para olhar e sentir a rotina à sua volta, era possível perceber alguns personagens do cotidiano se misturando à nossa história. Toda cidade, grande ou pequena, tinha seus personagens assim. Pouso Alegre teve vários no século passado. Chimango, Maria Coquinha, Ananias, Padre Mateus, Nego Artur e tantos outros. Quando, nas rodinhas de saudosistas, falamos dos personagens folclóricos que marcaram a cidade, o primeiro que nos vem à mente é o… “Rabo Verde”!

A expressão inquieta, o jeito soturno, o modo sacudido de emitir as palavras – muitas ininteligíveis – a mania de resmungar sozinho palavras desconexas sem uma sequência lógica de fala, a sujeira do traje, o saco de roupa que sempre carregava nas costas, a mania de catar comida no lixo – embora não lhe faltasse uma alma boa para encher sua marmita gratuitamente ou em troca de capina de quintal – faziam de ‘seu’ Antônio Barnabé um louco! Mas era um louco inofensivo. Jamais fazia mal a alguém. Desde que não lhe chamassem pelo apelido de Rabo Verde! Aí, além dos palavrões impublicáveis, pedras, tijolos, sabugos, ou qualquer objeto que estivesse ao seu alcance tornava-se uma arma! As crianças se divertiam com sua brabeza… Os pais arrancavam os cabelos de preocupação! Passada a raiva, ele fazia troça do próprio apelido!

-Quem tem o rabo verde, seu Antônio?

– Arara, papagaio… e eu!

Durante décadas, desde meados do século passado, essa figura simples fez parte da rotina das pessoas em Pouso Alegre…

– O Rabo Verde foi preso… Ele foi levado no ‘forninho’ pra delegacia, o filho do delegado foi pro hospital, muito sangue… Ele tá muito machucado… – disse estabanado o garoto entrando correndo no Empório Goulart, no final da tarde!

– Calma, menino! Conta essa história direito! Por que prenderiam o Rabo Verde? Ele não faz mal a ninguém. O que tem o filho do delegado com isso? – interrompeu o comerciante enquanto servia uma dose de Fernet a um freguês cativo…

– Dessa vez acho que ele fez, sim… Ele deu uma pedrada na cabeça do menino, o filho do delegado!

– Espera, espera, espera… Você está dizendo que o Rabo Verde acertou uma pedrada na cabeça de um garoto? E o garoto é filho daquele delegado novo que chegou à cidade?!

– … É isso mesmo. Nóis tava lá na beira da linha esperando pra ver a Maria Fumaça, aí o Rabo Verde tava passando… e a pedrada acertou bem na cabeça do Serginho…

– Peraí, vocês mexeram com o pobre coitado? Por que não correram?

– Nós corremos, mas o Serginho não sabia que tinha que correr…

– Caramba! Filho do delegado… e lerdo! – comentou um freguês do empório entrando na conversa.

– É. Mas é que ele é novo na cidade. Veio da capital. Ainda não conhece as molecagens do interior – interveio outro freguês assíduo do empório.

– E esse delegado novo também não conhece o Rabo Verde. Dizem que ele é um capeta! Vai querer arrancar o couro do pobre coitado! Precisamos fazer alguma coisa. Alguém precisa ir à delegacia explicar para o delegado que o ‘nosso’ Rabo Verde não bate bem da cabeça…

Um dos fregueses do Mario Goulart, que costumava chegar sempre no finalzinho da tarde para bebericar o suco de ‘gerereba’ e jogar conversa fora, se prontificou a ir  à delegacia. Primeiro para saber a gravidade da situação; segundo, para tentar livrar a barra do Rabo Verde.

… Tentou, mas não conseguiu. Afinal, lesão é lesão tanto na capital quanto na pacata Pouso Alegre de vinte mil habitantes!

E o “Rabo Verde” foi se hospedar no Velho Hotel da Silvestre Ferraz!

Para continuar lendo a “Rotina do Rabo Verde”, acesse… https://www.facebook.com/blogdoairtonchips/shop/

*Em Pouso Alegre, o livro está à disposição na Livraria Intelecto e em todas as bancas de jornais.

“Quem matou o suicida”

Este é o título do novo livro de Airton Chips.

“Quem matou o suicida”… o livro caçula de Airton Chips

      Seis anos depois de “Meninos que vi crescer”, o colunista policial e escritor Airton Chips lança agora seu segundo livro de crônicas policiais.

“Quem matou o suicida?” segue a mesma linha de “Meninos que vi crescer”, lançado em 2014. São crônicas policiais vivenciadas pelo policial e colunista ao longo da sua carreira, nos últimos quarenta anos. Algumas são tensas, tristes, macabras… Outras são hilárias, divertidas, comoventes, saudosistas…

No controverso título “Quem matou o suicida”, – a intrigante estória de um fazendeiro encontrado morto na ponta de uma corda no meio do mato, numa pequena cidade do interior de Minas – mais importante do que saber quem é o assassino, é perceber a fragilidade da investigação policial que, por isso mesmo, na maioria das vezes deixa o assassino impune. O tino policial, a argucia do velho detetive e o desfecho da história de “Quem matou o suicida”, no entanto, ‘pagam o ingresso’!

“Quem matou o suicida” é apenas uma das trinta e uma histórias deste denso livro que desnuda o heroísmo do policial; que o exibe como um mortal comum, sujeito a erros, medos, deslizes profissionais e… traições! “O último dia do policial”; “Porque os cães não atacavam Fernando da Gata”; “O batateiro do bigode falho”; “Os fantasmas do velho hotel da Silvestre Ferraz”; histórias macabras como “O esquartejador de Silvianópolis”; “O assassinato de Silvio Santos”; “Larissa de Extrema”; “Larissa de Pouso Alegre” são uma amostra disso.

“Paulinho & Mariana, os pais do nóia JC”, mostra o drama de uma família cujo filho aos dezesseis anos trocou o banco da escola pelo banco da esquina com os amigos de ‘baseados’ e nunca mais conseguiu deixar as drogas. A curta história passada em um plantão médico, com o título “Tragicomédia no Hospital Frei Caetano” mostra a precocidade com que os adolescentes iniciam perigosamente nas drogas. Além desta o livro traz outras histórias hilárias tais como “A múmia de Bueno Brandão e os Três ossos pequenos”; “O louco e a cascavel” e; “Um puta bandido e um porra policial”.

O bucolismo, o saudosismo e a transformação sociocultural de Pouso Alegre no último meio século estão presentes nas histórias “Ribeirões da minha infância”; “A lenda do Zorro da Zona Boêmia”; “Anos 70, a década de ouro da humanidade” e; “O mistério do Corpo Seco” – que misteriosamente ‘sumiu’ do primeiro livro do autor.

Além dos casos policiais, vivenciados ou investigados pelo autor ao longo da carreira, o livro traz comoventes histórias de vida, de superação, tais como: “Maria, 90 anos de solidão”, “Guermina e o Catre”, “O menino que dormia nas caixas de maçã” …

E para começar a leitura: “A rotina do Rabo Verde”! o louco mais querido de Pouso Alegre no século passado, com lugar cativo na galeria de pessoas ilustres do Museu Tuany Toledo. Enfim, uma obra para matar a saudade dos tempos idos, para desnudar a alma do ser humano e, constatar que ainda existem profissionais que amam o que fazem – profissionais capazes de levar uma “Mensagem à Garcia”! -, mas estão cada vez mais escassos!

Tudo isso narrado com bom humor, de um jeito gostoso de ler, por alguém que cresceu em contato com as pessoas, nas ruas, observando o comportamento humano. Alguém que viveu e há décadas conta casos policiais na imprensa de Pouso Alegre.

A ‘família’ está aumentando…

“Quem matou o suicida” pode ser encontrado e adquirido nas livrarias e bancas de jornais de Pouso Alegre e região, ou, através do site “www.facebook.com/blogdoairtonchips/shop” – entregue sem custo em qualquer lugar do Brasil.

Vá buscar ao seu!

 

Em jogo controverso, o PAFC vence outra vez e mantém invencibilidade de dois anos!

O time jogou mal, foi dominado no meio campo, falhou no sistema defensivo e tomou um gol no início do jogo, mas fez o dever de casa: venceu de virada e assumiu a liderança isolada do campeonato.

Sob sol e sob chuva a torcida organizada não arreda pé…

Como era de se esperar, depois de duas vitórias seguidas fora de casa, o Pouso Alegre levou excelente público ao Manduzão no sábado à tarde: 3.599 pagantes, e outros tantos convidados e autoridades.

Apesar da euforia da gigante e festiva torcida rubro-negra, quem comemorou primeiro foram os pouco mais de uma dúzia de atleticanos que vieram de São João Del Rey e ficaram escondidinhos num cantinho  da arquibancada atrás do gol. Logo aos oito minutos de jogo o Athletic jogou uma ducha de água fria na galera do Pouso Alegre. Falha coletiva do sistema defensivo do Dragão, desde o meio campo, que permitiu que a bola fosse alçada na ponta esquerda passando por cima do lateral mal posicionado. O atacante do Atlhetic foi à linha de fundo, venceu o marcador e cruzou rasteiro, com perfeição para a área. A pelota passou sorrateira e sensual beijando as mãos do goleiro Cairo e os pés dos zagueiros e sobrou limpa e sorridente nos pés do atacante pedindo para ser empurrada para as redes.

Apesar da vantagem no placar, o Athletic continuou dominando o meio campo e partindo pra cima até ser barrado ainda na intermediaria. Foi num dos vários contra-ataques rápidos que o Dragão chegou ao empate em meados do primeiro tempo. Na cobrança do escanteio a bola beijou a luva do goleiro e sobrou na cabeça do zagueiro Lucas Rocha, no segundo pau, e foi dormir no filó, levando a galera ao delírio.

No segundo tempo, sempre em rápidos contra ataques, o Pousão precisou de pouco mais de dois minutos para virar o marcador. Noutra cobrança de escanteio a bola sobrou na cabeça do meia Matheus Roldam, no miolo da área e novamente foi beijar as redes do time visitante.

O placar não mudou o jeito dos times de jogar. Enquanto o Dragão jogava pelas laterais tentando chegar à linha de fundo, muitas vezes fazendo a pelota cruzar o meio campo pelo alto, o Athletic, ousadamente cruzava o meio campo com a bola nos pés… até perdê-la na intermediaria. Nalgumas vezes, no entanto, obrigou o goleiro Cairo a agarrar a redonda ou expulsá-la da área. Numa dessas bolas marotas Cairo precisou usar toda sua envergadura para evitar o empate. Já deitado na grama ele conseguiu expulsar a pelota com a ponta dos dedos. Dois minutos depois, já nos acréscimos do jogo, a bola voltou a se esgueirar perigosamente na área do Dragão até encontrar uma canela salvadora e se afastar pela linha de fundo. O alívio só chegou aos cinquenta minutos do segundo tempo quando o esguio e austero ‘homem de preto’ virou-se para o centro do campo, olhou para o céu, levantou os braços e soprou o apito pela última vez! Estava selada a terceira vitória seguida do Dragão

A vitória por 2 x 1 sobre o Athletic de São João Del Rey colocou o PAFC no topo da tabela com 10 pontos e aumentou a invencibilidade do time comandado pelo técnico Rogério Henrique. Agora são 21 jogos sem conhecer a derrota.

Apesar de não ter jogado tudo que pode e tudo que sabe, o Dragão do Sul de Minas continua voando alto com a torcida. O apaixonado torcedor fez festa do começo ao fim do jogo. Quando o time acertava, ele aplaudia; quando o jogador disputava com garra e virilidade, ele aplaudia; e quando o jogo ficava morno, o torcedor colocava lenha na fervura! Não por acaso o Pouso Alegre é campeão de público no interior.

Para completar a alegria do torcedor, o árbitro da partida, desta vez, não permitiu o cai-cai dos jogadores visitantes como ocorrera no jogo contra o Tupi de Juiz de Fora pela primeira rodada. E não foi só o homem de preto que fez a alegria da galera… um cachorrinho vira-latas invadiu o campo e atravessou de ponta a ponta o gramado incentivado pela galera aos gritos de “vai, vai… morde lá na frente”, numa alusão à pegada, à pressão sobre o time adversário! Por quase um minuto o simpático e elétrico cãozinho foi a ultima batatinha do pacote…

Veja outros números o PAFC no campeonato mineiro:

O técnico Rogério Henrique já utilizou 18 jogadores nestes primeiros 4 jogos, sendo que Cairo, Nando, Lucas Rocha, Foguinho e Roldan jogaram todas as partidas e não foram substituídos ainda. Ao todo, cada um jogou 406 minutos até aqui.

O Pouso Alegre hoje é o único invicto na competição, tem o melhor ataque (7 gols) e o artilheiro (Roldan, com 3, ao lado de Ingro, do Athletic)

Dos 7 gols do Pouso Alegre no campeonato, 5 foram de cabeça. Com a vitória sobre o Athletic o Pousão chegou a 21 jogos sem derrotas desde 2018 (15 vitórias e 6 empates).

Que venham mais números positivos contra o Serranense!

Pedrinho é coisa nossa!

Ele é o único jogador no plantel do PAFC  que é “prata da casa”!

Pedrinho quer conquistar mais trofeus como este agora pelo profissional do Dragão do Sul de Minas…

No jogo de estreia no campeonato mineiro 2020, jogando diante da sua torcida, o Dragão do Sul de Minas, embora tenha agradado a plateia, deixou escapar dois preciosos pontos: ficou só no empate. Na segunda rodada, no entanto, jogando nos domínios do adversário, o time do técnico Rogerio Henrique se redimiu, e fez o ‘dever fora de casa’! Bateu o Nacional de Muriaé pela contagem mínima. O gol da redenção, que abriu a segunda rodada na sexta-feira em Juiz de Fora e garantiu os três pontos na tabela de classificação, foi marcado pelo atacante Mascote, no início do primeiro tempo. Terminada a segunda rodada do certamente neste domingo, o Pousao aparece na segunda colocação na tabela, com 4 pontos ganhos, atrás apenas do Guarani, que venceu o Tupi ‘cai-cai’ nos domínios do anfitrião. O gol que sacramentou a vitória e o cem por cento de aproveitamento do time de Divinópolis foi marcado aos cinquenta minutos do segundo tempo.

Para o jogo desta segunda rodada contra o Nacional, o Pouso Alegre levou a Zona da Mata 20 jogadores. Para a temporada 2020 o técnico Rogerinho conta um plantel de 26 jogadores. Dentre eles, apenas o meia ‘Pedrinho’ é “prata da casa”.

Pedro Luiz Almeida Gonçalves tem 21 anos. Ele é filho de Luiz Gonçalves “Ligeirinho” e Lucia Helena.

Pedrinho mostrou interesse pelo futebol desde muito cedo. Quando ficou em pé sozinho, com menos de dois anos e deu os primários passos, já foi atrás de uma bola. Aos 7 anos foi para a primeira escolinha de futebol, a ‘Ra Soccer’, onde treinou e disputou diversos torneios e campeonatos até os catorze anos. Neste período treinou também no Sesi e participou de um campeonato regional onde sagrou-se artilheiro da competição.

Em 2016 o filho do “Ligeirinho” disputou o campeonato mineiro Sub-20 pelo JAC de Jacutinga. No mesmo ano disputou a Copa Ouro pelo Santarritense de Santa do Sapucaí.

Em 2018 começou treinar no PAFC, onde está até o presente. No ano passado, ao completar 21 anos, assinou seu primeiro contrato como profissional pelo rubro-negro do Mandú e agora integra o plantel que busca uma vaga para a Serie A do campeonato mineiro 2021.

Paralelamente aos treinamentos, Pedrinho cursa Educação Física na Univás. Está no terceiro ano. Antes de assinar seu primeiro contrato profissional, Pedrinho trabalhou como técnico de segurança do trabalho e exerceu outras atividades administrativas em Pouso Alegre. Atualmente Pedrinho está solteiro e mora com os pais e a irmã Rebeca, no bairro Monte Azul em Pouso Alegre.

Além de jogar na equipe profissional do PAFC, Pedrinho cursa atualmente o terceiro de Educação Física na Univás.

Pedrinho, o filho do “Ligeirinho”, é o único jogador “prata da casa” do Dragão, nascido e criado em Pouso Alegre. Ele é um dos quatro meias à disposição do técnico Rogerio Henrique, esperando uma chance para mostrar seu talento com a pelota e arrancar os apupos da plateia!

Boa sorte Pedrinho.

PAFC: empate com triplo sabor de derrota!

O time jogava em casa; tinha um jogador a mais em campo metade do segundo tempo; e teve um pênalti a seu favor no último minuto de jogo…

      Apesar do resultado o time passou confiança!

Foto: Guará Comunicação/PAFC

O jogo de estreia do Dragão do Sul de Minas no Modulo B do campeonato mineiro 2020, diante de mais de três mil torcedores, teve quase de tudo: teve gol tramado ainda cedo pela linha de fundo, teve gol do adversário, ainda mais cedo, no primeiro minuto do segundo tempo, teve virada do adversário, teve agressão de jogador à maqueiro, teve expulsão de jogador nervosinho, teve muitos cartões amarelos para o time visitante, teve o tradicional ‘cai-cai’ do time visitante para esfriar o jogo, e teve o que de pior poderia ter num jogo que seguia empatado… Pênalti chutado pra fora no último minuto da partida!

Romarinho não foi só infeliz na cobrança de pênalti. Ele exagerou na criatividade e dificultou a própria cobrança. Um jogador destro não pode ficar à direita da bola na hora de bater o pênalti! A coreografia de correr na horizontal para depois endireitar o corpo para bater na pelota, tentando desestabilizar o goleiro, tira completamente a estabilidade do batedor! O momento da cobrança de pênalti é o mais tenso da partida e todo foco deve se concentrar no toque final que vai mandar a bola para o gol. Por isso o batedor deve deixar de lado a firula, se posicionar a menos de três metros e dar poucos passos até o toque final na pelota.

A perda do gol e dos consequentes dois pontos do jogo, no entanto, não diminui a importância de Romarinho no time. Ele continua sendo o talismã, o jogador moleque, extrovertido e aguerrido dentro de campo… e merece todo apoio dos companheiros e da torcida. Afinal, qualquer jogador perde pênalti… Só não perde quem não bate! Romarinho já é ídolo da torcida e certamente vai consolidar esse status neste campeonato de 2020.

O jogador contratado para ser referência no meio campo do Pouso Alegre, voltando de cirurgia, ficou no banco e entrou no decorrer da partida. Faltou, portanto, tempo para mostrar seu talento e experiencia em campo. Mas promete. Edson Pio sabe como poucos chamar a pelota de ‘meu bem’, e sabe o que fazer com ela quando a tem nos braços, ou melhor… nos pés! Quando estiver cem por cento, certamente vai somar muito ao time e cair nas graças da galera.

Apesar do percalço, foi um bom jogo. O time evoluiu em comparação à performance do ano passado quando conquistou o título – invicto – da segundona. Fez um primeiro tempo quase impecável, pôs a bola para rolar, sufocou o adversário e construiu muito bem as jogadas que redundaram nos dois gols marcados: resultado de jogadas bem construídas. Os dois gols que sofreu resultaram de bolas rebatidas na área.

O tradicional time da Zona da Mata mineira usou e abusou da tradição, experiencia e catimba de clube grande do interior. A cada cinco minutos, mesmo fora da disputa de bola, um jogador alvinegro ficava estendido no chão. Por isso o jogo foi até os 52 minutos…

O público – 3.185 – foi mais uma vez excelente para um jogo de Modulo B. E é só começo de campeonato…

Nas próximas duas rodadas o PAFC vai jogar longe da sua apaixonada torcida. Dia 14 de fevereiro, sexta-feira, joga em Muriaé contra o Nacional, que estreou empatando fora de casa com o Serranense. No dia 22 de fevereiro, sábado de carnaval, encara o Guarani de Divinópolis, que venceu em casa, o outro caçula do grupo, Betim.

Previsão? Se jogar como jogou o primeiro tempo contra o Tupi, pode trazer de quatro a seis pontos na bagagem…