“O dia em que dormi com Pelé”

“Nós pulamos juntos para cabecear a bola, eu era mais alto, saltava mais. Quando pisei de volta no chão, olhei espantado para o alto e Pelé continuava lá, cabeceando a bola. Era como se ele conseguisse ficar em suspensão pelo tempo que quisesse.”

 “Tentei me convencer de que ele era de carne e osso como todo mundo. Eu estava errado.”

Assisti a todos os jogos da Seleção Canarinho na Copa de 70, na tv preto-e-branco na casa do meu vizinho, no alto da rua São João. Esse foi meu primeiro contato com o mundo magico do futebol. De cara assisti às magias do maior jogador de futebol do mundo em todos os tempos. Em 78, quando a tv, ainda preto-e-branco, entrou na minha casa, o Rei já havia pendurado as chuteiras! Que pena! Pra mim Pelé poderia ter jogado na seleção até os 50, 60 anos!

 

Consumidor inveterado de notícias de telejornais, naturalmente acompanhei pela TV o drama do Rei Pelé e sua família até a morte do seu corpo no dia 29 passado. Antes mesmo do desencarne, o qual eu sabia que seria inevitável por aqueles dias, passei a perguntar a mim mesmo qual o tamanho da homenagem que a mídia nacional e estrangeira faria ao nosso rei.

Hoje tive a resposta.

Recebi do amigo Kenith um texto da lavra de João Moreira Sales, que mostra a real dimensão do que foi Pelé, o Rei do Futebol. Trono do qual nenhum outro jogador do mundo, por mais magico ou fenomenal que seja ou tenha sido, sequer chegou perto!

O texto é longo. Se você não gosta de ler, não perca tempo começando.

Mas se você gosta de ler e entende o que lê, vale a pena usar dois ou três minutos para viajar no tempo e saborear o que o documentarista e fundador da Revista Piauí, após uma noite de insônia pensando nele, diz sobre o nosso Rei.

 

“O DIA EM QUE DORMI COM PELÉ

Numa noite de insônia, a gente se dá conta do que perdeu e ganhou com a morte do Rei

04jan2023_11h22

JOÃO MOREIRA SALLES

 

Pouco depois da meia-noite de 31 de dezembro eu já estava deitado, mas só adormeci por volta das cinco da manhã. Não foram os fogos nem os foliões do lado de fora que me mantiveram acordado. Foi Pelé. Ou, para ser mais exato, o que Pelé me fez pensar. A notícia havia chegado dois dias antes, e, do dia 29 de dezembro até a noite da virada do ano, eu, como milhões de pessoas, passaria horas tentando compreender a dimensão dessa morte, o tamanho do que vinha de desaparecer.

 

Logo ficou claro que a comoção não era só nossa, brasileira. A edição internacional do New York Times publicou um artigo tocante de José Miguel Wisnik na dobra superior da capa. O obituário ocupou toda a página dois – cinco fotografias, seis colunas, do alto ao pé da versão impressa. O francês Libération deu capa e quatro páginas, logo as quatro primeiras, em geral tomadas por assuntos políticos. No jornal esportivo L´Équipe, foram 24 páginas. Até o Financial Times, que provavelmente se interessa mais pela cadeia produtiva da bola do que pela bola, pôs Pelé na capa.

 

Um amigo, o n. 1, me escreveu o seguinte: “Eu tenho chorado de forma intermitente desde ontem. É arrebatador. Não tinha ideia de que seria assim.” A confissão veio acompanhada da capa do jornal italiano Domani, na qual se lia: “Morreu Pelé, o homem que inventou o Brasil” – “A manchete definitiva”, cravou esse amigo, “porque o Brasil que o mundo aprendeu a amar (feliz, criativo, majestoso, quente e tolerante) não existiria sem a ascensão de Pelé.” Do amigo n. 2 recebi um e-mail intitulado “A melhor capa veio da Bolívia”. Era do diário La Razón: “Murió Pelé, el fútbol se queda con 10” – um achado de difícil tradução, querendo dizer que dali em diante o futebol viveria para sempre com uma ausência em campo, não mais onze jogadores por equipe, apenas dez, o número da camisa do Rei.

 

Nenhum brasileiro jamais mereceu tratamento igual, nenhum causou tanto espanto. Por essa medida, então, Pelé foi o maior de todos os brasileiros, mas a prova dos nove, claro, está no que ele fez em campo. De certa forma, está nas imagens que sobreviveram, está nos arquivos de sua arte.

 

Eu não vi Pelé jogar. Tinha oito anos em 1970 e, por motivos que não vem ao caso explicar, não assisti aos jogos da Copa do Mundo do México, apesar de tê-los vivido intensamente. Ir atrás dessas imagens significava rever as jogadas mais clássicas de Pelé, aquelas que vivem na memória de qualquer amante do futebol, quase todas da Copa de 70, mas também, e talvez principalmente, descobrir o que ele fazia de forma rotineira nas partidas menos vistosas de sua carreira. Do amigo n. 1, dei a sorte de receber um fio de Twitter com “estatísticas desconcertantes e dois vídeos sensacionais”. Foi esse fio que vi e revi.

 

Muita gente se pergunta se Pelé conseguiria se impor no futebol de hoje, um esporte mais rápido, mais técnico e mais exigente fisicamente. Basta meia hora assistindo às suas jogadas para concluir que a pergunta não faz sentido. É exatamente o contrário. O certo seria perguntar se os grandes jogadores de hoje conseguiriam jogar tão bem nas condições de antigamente. Walter Casagrande, outro que se emocionou ao se recordar de Pelé, desmontou rapidamente a ideia de que hoje Pelé não seria Pelé. Tudo era mais precário na época em que ele jogou. As chuteiras eram pesadas, a bola deixava de ser redonda à medida que o jogo corria, a arbitragem não tinha instrumentos para coibir a violência. Cartões amarelos e vermelhos foram introduzidos apenas na Copa de 1970, e ao craque daqueles anos cabia não só a tarefa de levar o time à vitória, mas também a de sobreviver às pancadas recebidas ao longo de 90 minutos. Era jogo e era luta.

 

Isso sem falar nos campos. As imagens são impressionantes. Alguns jogos aconteciam não em gramados, tampouco em relvados nus, mas em lamaçais. Nos casos mais extremos, quase pântanos. Apesar disso, lá está Pelé, conduzindo a bola como quem passeia o seu cão bem treinado. A bola segue fielmente o pé, obedece, não foge.

Todo o repertório do futebol moderno parece estar à sua disposição, do arranque de Mbappé, ao drible curto de Messi, ao empuxe balístico e obstinado de Ronaldo Fenômeno em direção ao gol. No artigo para o NYT, Wisnik resumiu com precisão esse repertório:

Ninguém reuniu como ele as capacidades do drible e da velocidade, do chute com as duas pernas, do cabeceio preciso e fulminante, do jogo rasteiro e do jogo aéreo, do senso mágico do tempo de bola, do entendimento instantâneo do que sucedia à sua volta, tudo baseado numa constituição atlética vigorosa e rigorosamente equilibrada. Mesmo assim, o efeito-Pelé não se resume a uma soma, ainda que única, de habilidades quantificáveis. Um poeta e ensaísta observou que ele parecia arrastar o campo consigo, como uma extensão de sua pele, em direção ao gol adversário […] A beleza e a inteligência do corpo em ato, mais o olho de lince e a imprevisibilidade do pulo do gato, faziam com que Pelé parecesse funcionar numa frequência diferente da dos demais jogadores, assistindo em câmera lenta ao mesmo jogo do qual estava participando em alta velocidade, enquanto outros, em torno dele, pareciam estar, tantas vezes, assistindo ao jogo em alta velocidade e jogando em câmera lenta.

 

Pelé tinha a intuição de como o espaço se configuraria no instante seguinte, e assim construía a jogada não para a situação presente, mas para a situação futura, sabendo antes onde todos estariam dali a pouco. Além do drible, dominava também a finta, a forma mais bonita do engano, na qual a bola fica onde sempre esteve e é o corpo que sugere o movimento que não fará, levando o adversário a correr para o lado onde encontrará apenas o vazio, ninguém.

A finta é questão de espaço – sugere que o caminho é por aqui, quando na verdade será por lá. Pelé também era capaz de fazer o diabo com o tempo. Um dos seus movimentos mais típicos era abrir o compasso das pernas, deixando a bola no centro delas, enquanto os defensores, como uma matilha de lobos, se aproximavam de todos os lados, prontos para o bote. Pelé então inclina o corpo, anunciando a arrancada – que não vem. A perna de controle – que pode ser a direita ou a esquerda, pois ele tinha as duas – se aproxima da bola, mas nada faz, vibra apenas, afirma a potência sem entregar o ato. É como um respiro no tempo, uma pausa – uma pausa não, uma suspensão. Lembra a fermata musical, aquele momento em que, na tensão crescente, a orquestra interrompe a música e produz um hiato – o silêncio antes da resolução. Pelé faz isso com o jogo. Os outros 21 jogadores, talvez hipnotizados, talvez com medo de tomar a decisão errada, são forçados a parar, como se num tableau vivant. Tudo é interrompido e reorganizado segundo o desejo de Pelé. Ele faz com o tempo e o espaço o que a gente faz com um chiclete: comprime, expande, estica, aperta.

 

Rory Smith, repórter de futebol do NYT, reproduziu no jornal algumas histórias de jogadores que receberam a tarefa de enfrentar Pelé. “Nós pulamos juntos para cabecear a bola”, disse o zagueiro italiano Giacinto Facchetti, “eu era mais alto, saltava mais. Quando pisei de volta no chão, olhei espantado para o alto e Pelé continuava lá, cabeceando a bola. Era como se ele conseguisse ficar em suspensão pelo tempo que quisesse.” Tarcisio Burgnich, companheiro de Facchetti, sintetizou: “Tentei me convencer de que ele era de carne e osso como todo mundo. Eu estava errado.” O goleiro Costa Pereira cruzou o caminho de Pelé numa final entre o seu Benfica, campeão europeu, e o Santos, campeão sul-americano . “Entrei em campo esperando parar um grande homem”, contaria depois. “Deixei o campo convencido de que fui superado por alguém que não tinha nascido neste planeta como o resto de nós.”

 

Então, foi isso o que se perdeu, e a constatação dessa perda, da sua dimensão, foi o que tirou o sono na noite de ano-novo?

Não exatamente.

“E mais uma coisa”, escreveu o amigo n.3: “Deve ser [a soma de] tudo o mais que acontece neste país atrapalhado, mas o Pelé ter desaparecido me dá uma tristeza… Não pensei que fosse ficar assim. Mas fiquei.” Ao que respondeu o amigo n. 4, o último deste relato: “Não desapareceu, não, reapareceu (e apareceu) para os olhos de milhões. O fio que o João mandou” – eu circulara o tuíte mandado pelo amigo n.1 – “é impressionante.” O amigo n. 4 estava certo: a chave é esse reaparecimento de Pelé.

 

Tom Jobim dizia que o Brasil amava Garrincha, mas precisava aprender a amar Pelé. De fato, gostar de Garrincha é mais fácil. Garrincha é trágico, foi explorado em vida e morreu precocemente, bêbado e triste. Garrincha não desafia quem o admira. Foi imenso durante certo tempo, mas voltou para o nosso plano e terminou na nossa escala. Essa queda permite que seja amado com piedade, esse sentimento essencialmente hierárquico em que o piedoso olha do alto para o objeto de sua compaixão. Compadecer-se da dor de Garrincha faz bem à autoimagem. Estamos do lado de quem sofre, somos boas almas.

 

Amar Pelé foi sempre mais difícil. Pelé jamais caiu. Ao contrário, subiu, subiu e lá ficou. É uma altura que oprime. Sendo impossível não gostar do jogador, o homem se tornou o alvo. Edson Arantes do Nascimento, o inocente útil que serviu aos interesses da ditadura; a celebridade ingênua que, sem falar de política, pedia que o Brasil cuidasse das crianças nas ruas. (Na época parecia demagogia, mas, como escreveu Paulo César Vasconcelos no Globo, “o tempo passou, e os bisnetos daquelas crianças continuam nas ruas”.) Pelé era mais admirado do que amado.

Mas aí é que está. Como observou o amigo n. 4, nos dias que se seguiram à morte de Pelé, nos demos conta não do que desapareceu, mas do que nos foi presenteado. A suprema beleza do que ele fez em campo, a alegria que deriva dessa beleza, isso é nosso, nos pertence. Por causa dele, o Brasil se tornou a referência máxima do esporte mais popular do mundo. Um dos nossos dominou o jogo como nenhum outro. Uma supremacia que não se assenta em armas ou truculência, mas em brincadeira e graça.

Sempre foi esse o seu dom, e, como lembrou Wisnik no NYT, nada disso estava desconectado do Brasil: “Já se disse que um gol de Pelé, uma curva arquitetônica de Oscar Niemeyer e uma canção de Tom Jobim cantada por João Gilberto soavam então como ‘promessa de felicidade’, da parte de um exótico país marginal que parecia oferecer ao mundo a passagem leve e profunda da linguagem popular à arte moderna sem arcar com os custos da Revolução Industrial.”

 

Esses dias mostraram o que já parecia esquecido: que o Brasil é capaz disso.

 

E que a reaparição fulgurante do seu legado tenha se dado quase simultaneamente a este outro evento – a fuga, a bordo de um avião da FAB, do que o Brasil tem de pior – iluminou, com uma clareza que chega a cegar, aquilo que ainda podemos ser e aquilo que precisamos desesperadamente evitar.

 

Pelé promete, sim, essa felicidade que ainda nos cabe cumprir. Nada está dado, tudo ainda é possível. É uma constatação que acelera o pulso, que causa euforia e explica uma noite de insônia durante a qual, de olhos fechados, alguém, num quarto escuro, com festa do lado de fora, compreende que Pelé é mesmo tudo o que dizem e conclui que, se ele é daqui, se foi um dos nossos, então o Brasil jamais estará perdido”.

Ceará e a greve de fome!

Ele parou de comer e de beber em protesto para ser preso na sua cidade natal!

Antiga Delegacia de Policia e Cadeia de Silvianópolis.

     Nove e meia de uma noite morna de verão de 1994. As duas crianças seguiam absortas pela estradinha, sob a luz parca da lua crescente que já se despedia no céu. De repente, um susto! Voltaram correndo e gritando na direção do casal de namorados que vinha logo atrás:

– Pedro, tem duas assombração perto da porteira – disse o rapazinho de oito anos.

– É… Eles assustaram a gente! – emendou esbaforida a garotinha de 5 anos.

Não havia motivos para tamanho susto. Mas estava lançada a semente da discórdia! Era preciso defender as crianças, irmãos da namoradinha, mesmo que fosse de assombrações! Pedro apertou o passo e no minuto seguinte chegou à porteira. Não eram assombrações! Eram apenas o José Ribamar, conhecido por Ceará e seu sobrinho Gesualdo. Os dois homens estavam sentados no barranco do outro lado da porteira, pitando um palheiro, enquanto esperavam um morador do bairro para tratar de negócios. Tal morador bem como Pedro, a namoradinha e as crianças estavam numa novena não longe dali e deveriam passar pela porteira. A discussão entre Pedro e os dois ‘assustadores’ de crianças indefesas foi inevitável. Na presença da namorada, Pedro ficou mais valente do que era necessário. Em poucos minutos a discussão entrou em ‘vias de fato’ e… culminou com os fatos!

Ceará e o jovem sobrinho, moradores do bairro Jardim Yara em Pouso Alegre, tocavam uma pequena lavoura encravada no pé da serra do bairro dos Fernandes. Era ali que passavam os dias vivendo no rancho e só voltavam para casa no final de semana. Por isso, quando saiam do rancho à noite, Ceará sempre levava na cinta um facão!  Em meio à discussão com Pedro, o facão de Ceará foi parar na cabeça do futuro cunhado das crianças assustadas! As pessoas que saíram da novena e vinham logo atrás, evitaram que tanto Pedro quanto Ceará perdessem de vez a cabeça!

Na manhã seguinte ao imbróglio, sentei Ceará e seu sobrinho no piano da Delegacia de Polícia de Silvianópolis, onde eu trabalhava – também – como escrivão. Em 1994 ainda não existia a famigerada Lei 9.099/95. Portanto, o artigo 129 do CP ainda dava cana! Ainda mandava seus infratores para o hotel do contribuinte. Ceará, com seus quarenta e tantos anos, pegou 120 dias de xilindró. Seu sobrinho, de 19 anos, pegou 90. Como foram presos em flagrante, desde a noite do destempero passaram a se hospedar no “velho hotel” da rua Júlio Correia Beraldo, mesmo prédio da DP.

Antes de concluir o inquérito policial contra Ceará, puxei sua capivara. Não encontrei nada em Minas Gerais, onde ele morava, e nem no Estado do Ceará, que lhe deu o apelido! Mas encontrei no Estado do Piauí. Ceará devia um 121 na pequena Pio IX, onde ele nasceu e viveu até tropeçar nas malhas da lei. Antes de receber as pulseiras de prata, Ceará dobrou a serra do cajuru e veio vender redes de varandas no Sul de Minas, onde acabou fincando raízes. Depois da casa caída, Ceará contou-me que havia matado um ‘cabra da peste’ naquela cidade por causa de uma mariposa.

– A gente tava na zona… O cabra começou bater numa rapariga, eu chamei ele na chincha, danei com ele, mas não teve jeito… aí eu cravei a lapiana no bucho dele!

– A… mariposa era sua parente, sua conhecida?

– Parente não… de vez em quando a gente tinha uns aprochego, só isso… mas deixo cabra covarde bater em mulher não…  – justificou.

– Quando foi isso?

– Faz uns 15 anos.

Ao tomar conhecimento de que o seu fujão estava passando ‘férias’ conosco cá em terras sul-mineiras, como de praxe, o homem da capa preta da comarca de Pio IX pediu que o segurássemos por aqui, pois eles viriam busca-lo para ser julgado naquele Estado.

E o tempo foi passando. Um mês, dois meses, três meses… Ao cabo de 120 dias Ceará já não devia mais nem um centavo à justiça mineira. Mas continuou dando despesas ao contribuinte mineiro!

A justiça de qualquer dos estados brasileiros, nunca teve interesse e nunca se preocupou em buscar um condenado, ou ainda pior, um denunciado seu em outro Estado. Muito menos o Estado do Piauí, um dos mais pobres do Brasil.

Minas Gerais não tinha nenhum interesse em manter um hospede que já havia pago seu débito… Mas também não podia soltar o confesso assassino sabendo que ele estava na lista negra do Estado coirmão!

Diante da obnubilada conjuntura Ceará foi ficando, ficando, ficando… atrás das grades em Silvianópolis sem nada dever à justiça mineira! Inconformado, sem poder voltar para seu sitiozinho ao pé da serra nos Fernandes ou para sua casa no Jardim Yara, com o passar dos dias, das semanas, Ceará passou a cobrar uma solução para o seu caso – com razão. Que o soltassem! Ou que o transferissem para sua terra natal para ser julgado!

Numa segunda-feira quando o ‘bandeco’ pago pela prefeitura chegou, Ceará o dispensou. Começava naquele dia uma greve de fome! E os dias foram passando… e o grandão Ceará, alto, de braços fortes e musculosos se definhando, os olhos afundando, a palidez aumentando, e o aspecto de ‘cadáver vivo’ se aflorando. Uma semana depois, parecendo alguém saído de uma tumba de setecentos anos, Ceará parou também de beber agua!

No décimo dia sem comer e no terceiro sem beber, Ceará parecia pior do que se tivesse vindo do Ceará para Pouso Alegre… à pé!

No meio da tarde daquela quarta-feira recebi um telefonema da TV Alterosa. O repórter queria saber se era verdade que havia um preso ali há dez dias sem comer e sem beber. Confirmei. E deixei claro que o problema não era POLICIAL mas sim JUDICIAL.

Duas horas depois recebei outro telefonema. Esse era de pertinho, vinha ali da esquina, da secretaria criminal do Fórum Homero Brasil.

– Prepare o preso Ceará para viagem. O homem da capa determinou que ele seja transferido ainda hoje para sua cidade natal – disse a senhora Nilma, da Secretaria Criminal.

Duas horas depois Ceará, trôpego e pálido, mas com os olhos brilhantes, sentou-se no banco de trás do Palio da Policia Militar e seguiu para Belo Horizonte. Lá trocou de viatura e de escolta e foi prestar contas do seu crime à justiça do Piauí.

Nunca mais tive notícias do moço que exibiu e brandiu o facão grande na porteira do bairro dos Fernandes… Não sei quanto ele pagou por ter defendido a mariposa em Pio IX.

O detalhe que chama a atenção nessa história é que: um simples telefonema da imprensa para o Fórum da Comarca de Santana fez girar a emperrada máquina da justiça e em poucos minutos resolveu um problema que se arrastava há meses!

Mas como a imprensa ficou sabendo que havia um preso ilegal, virando esqueleto, no velho hotel da Júlio Correia Beraldo? Quem ligou para a TV naquele décimo dia de – justa – greve de fome?

‘Corto minha língua, mas nem no ‘pau de arara’ eu conto “quem fui”’!

Covid Brasil X EUA … Para pensar na cama!

Enquanto aqui morreram 97 mil pessoas, lá, no mesmo período, com todas as pessoas vacinadas, morreram 390 mil pessoas!

Em setembro de 2021, num dos momentos mais sensíveis da pandemia do Coronavírus, comecei arquivar os números da doença, no Brasil e nos Estados Unidos. Naquela ocasião, toda a população americana, que quis, já havia sido vacinada. O Brasil estava bem próximo de atingir o mesmo objetivo.

 

Em meados de setembro do ano passado, os números da Covid nos dois países eram estes:

 

Brasil: (Sexta, 17 de setembro 2021… 20 milhões de casos + 34.407 novos casos + 649 óbitos = Total 589 mil óbitos

USA: (Sexta-feira, 17 setembro 2021… 43 milhões de casos + 155 mil novos casos + 3.415 mil óbitos = Total 670 mil óbitos

Desde então venho acompanhando os números nos dois países. Nesta terça-feira, 27, este são os números atuais nos dois países:

 

Brasil: Terça-feira, 27 setembro… 34,6 milhões de casos + 13.861 novos casos + 85 óbitos = Total 686 mil óbitos

USA: Terça-feira, 27 setembro… 95,9 milhões de casos + 58.520 novos casos + 404 óbitos = Total 1,06 milhão de óbitos

 

Depois de ceifar 686 mil vidas humanas no Brasil e 1.06 (um milhão e sessenta mil) nos Estados Unidos, a Covid está sob controle em quase todo o planeta. A imprensa já nem liga mais para Covid. Os números da Covid no mundo já não fomentam mais as intrigas políticas e não vendem mais audiência nos veículos de comunicação – a menos que seja para colocar 400 mil mortes na conta do adversário político.

Há várias semanas a média de mortos por Covid no Brasil estacionou na casa de 50 por dia, em média. Nos Estados Unidos a média se mantem alta, em torno 500 óbitos por dia há várias semanas.

Os números diluídos neste final de semana ficaram em 404 óbitos no país do democrata Joe Biden. Amanhã, esse número deve aparecer acima de 700.

No Brasil, também em números diluídos para o final de semana, foram anotados 85 óbitos por Covid. Amanhã esse número será inferior a 50. Acesse o Google nesta quarta-feira e confira.

Apesar de ter ceifado tantas vidas, a Covid ajudou centenas de prefeituras e dezenas de Estados a colocar suas contas ordinárias em dia! Sim, todos os estados e municípios do Brasil onde há estrutura mínima para cuidar da saúde, receberam polpudas verbas do governo federal para combater a Covid. Nem todos usaram o dinheiro para isso… Nem todos conseguiram evitar que as pessoas contraíssem o vírus e que morressem em decorrência dele! Morreram, infelizmente, – e lamento – aquelas pessoas que tinham, sabendo ou não, algum tipo de comorbidade e, de um jeito ou de outro contraíram o vírus! Na minha família isso aconteceu.

Dentre tanto que se falar sobre a covid nestes dois anos e meio, um fato precisa ser trazido à tona, ao conhecimento da sociedade, para que as pessoas reflitam sobe tudo que ouviu da imprensa e dos políticos neste período: trata-se dos números da Covid nos dois países, quase iguais em tamanho e tão diferentes na economia: EUA e Brasil.

Os Estados Unidos têm 335 milhões de habitantes… O Brasil tem 215 milhões.

Nos Estados Unidos, morreram de Covid, 1,06 (um milhão e sessenta mil) pessoas!

No Brasil, morreram de Covid 686 mil pessoas.

Até aí tudo bem. A proporção está próxima da equivalência.

O que chama a atenção é o período em que essas pessoas morreram!

Nos últimos doze meses, mais precisamente desde o dia 17 de setembro de 2021, quando comecei a acompanhar diariamente os dados pelo Google, no Brasil morreram 97.000 (noventa e sete) mil pessoas…

No mesmo período nos Estados Unidos, país mais rico do mundo e dono da mundialmente conhecida farmacêutica Pfizer, morreram 390.000 (trezentos e noventa) mil pessoas!

Por alguma razão, a grande mídia não fala sobre isso. Eu também não vou falar. Deixo para você, que acabou de ler essa matéria, refletir e tirar suas conclusões!

 

Obs: esses números, como eu disse no início, foram anotados diariamente desde o dia 17 de setembro de 2021 até a presente data. Portanto, os números não são meus… São do Google. Estão lá à sua disposição.

Sequestro no Bairro dos Fernandes!

Duda foi sequestrada por um gato?

O bichano mal-intencionado entrou na residência e, quando a dona da casa abriu a porta para expulsá-lo, Duda se assustou e foi embora com ele!

O imbróglio aconteceu nesta segunda feira, 09, no bairro Recanto dos Fernandes em Pouso Alegre.

Leidy Almeida, tutora da Duda, está desesperada.

– “Ela foi criada dentro de casa! Nunca saiu na rua”! – diz Leidy.

A tutora da bela e manhosa Duda está pagando até recompensa para quem souber o paradeiro e devolver sua gata!

Quem tem um pet como companhia, sabe o valor que ele tem para seu humano!

Ajude a Duda a voltar para casa!

Morreu Sargento Campos, o algoz de “Fernando da Gata”

Vinte e sete anos depois ele voltou ao local do sinistro para me contar como foi o duelo!

Sargento Campos em 2009, no local onde travou o duelo em 1982.

Morreu na manha deste sábado, 11, o policial aposentando e ex-vereador Jose Lucio Campos, 75. “Sargento” Campos, patente na qual exerceu a maior parte dos seus trinta anos na Polícia Militar de Minas Gerais, ganhou notoriedade por ter enfrentado sozinho e matado o famigerado bandido cearense conhecido nacionalmente pelo epíteto de Fernando da Gata. O duelo aconteceu no crepúsculo do dia 02 de setembro de 1982, em um matagal na margem direita do Rio Sapucaí, no bairro Pouso do Campo, em santa Rita do Sapucaí. Campos estava sozinho vasculhando a capoeira ribeirinha quando o bandido apareceu solitário e sorrateiro e desobedeceu a tradicional ordem de “mãos ao alto”.

Foram apenas dois tiros… um de cada trabuco. O tiro do Sargento Campos foi certeiro… E o bandido tombou com uma bala no lado direito do peito.

Apesar de mortalmente ferido, o temido ladrão de joias e estuprador conseguiu se levantar e tentou dobrou a serra do cajuru… Mas morreu de hemorragia a poucos metros do local onde foi baleado.

Foto feita na Inspetoria da Delegacia de Policia de Santa Rita do Sapucaí em novembro de 2009. Nesse dia, a meu convite, a fim de contar em detalhes e mostrar o desfecho da perseguição ao bandido, Campos levou-me ao local do duelo.
A história completa contando “Os últimos dias de Fernando da Gata” está no livro “Meninos que vi crescer”, publicado em 2014.

Sargento Campos foi eleito e exerceu com discrição e honradez dois mandatos de vereador por Pouso Alegre, de 1993 a 2000. Poderia ter sido eleito mais cedo, não fosse a ‘aberração’ do ‘quociente eleitoral’. Em 1988, na primeira eleição que disputou, obteve 408 votos, sendo o segundo mais votado naquele pleito no município.

Campos é um daqueles raros homens que por onde passam, sem fazer alarde, deixam sua marca. Foi assim na polícia militar onde atuou por trinta anos na defesa do cidadão, das instituições e do meio ambiente como policial florestal. Foi assim nos oito anos como vereador da rica e progressista Pouso Alegre, enobrecendo como poucos nossa casa de edis! – Um exemplo a ser seguido pelos atuais e pelos futuros representantes do povo. Foi assim ao longo de sua vida pessoal/familiar. Foi sempre assim no convívio com as pessoas no seu bairro, na sua comunidade… por onde passou.

Ter livrado Pouso Alegre e região do famigerado bandido “Fernando da Gata” foi só um detalhe na vida do denodado policial. Sargento Campos será lembrado pelos pouso alegrenses que tiveram a felicidade de conviver com ele, como um dos mais nobres cidadãos da nossa história recente.

Seu corpo está sendo velado na Funerária Santa Edwiges e será sepultado no cemitério Parque Jardim do Céu, neste domingo, 12, as 8h da manhã.

Descanse em paz, amigo!

 

* Breve nas livrarias… um novo livro de crônicas policiais de Airton Chips!

Vizinhos reclamam do mau cheiro de canil no bairro Fátima I

No mesmo imóvel onde vive cães de grande porte e filhotes, funciona também uma hamburgueria!

Cães criados ou mantidos no quintal das casas na zona urbana das cidades é tão comum quanto moeda de 1 real em algibeira de mendigo nos semáforos… O que não é comum é o cocô dos totós ficarem criando raízes no quintal, conforme mostram as imagens.

 

Até onde vai o direito de um cidadão!?

Essa era a pergunta predileta do erudito e saudoso professor Didi, a nós alunos, durante as aulas de Direito Civil na Faculdade de Direito do Sul de Minas em meados dos anos 1980. O não menos erudito e também popular e saudoso professor Romulo Coelho preferia uma afirmativa: “O casamento é um ato de doação e renúncia!

Cunhadas certamente em data muito mais remota, ambas as colocações jamais saíram de moda. Sob a égide de uma Constituição ‘Cidadã’ extremamente protetora, as colocações nunca estiveram tão latentes! Pena que muitos cidadãos não sabem responder à pergunta e não estão dispostos a renunciar a necas de catibiribas… é só o venha a nós! O vosso reino que vá catar coquinhos…

Feito o introito, vamos ao fato!

Arrasta-se há várias semanas uma pendenga entre vizinhos no bairro Fatima I. O motivo é uma cachorrada! As imagens mostram mais de meia dúzia num espaço bastante reduzido. O vizinho mais próximo reclama do mau cheiro das fezes, dos latidos e do choro dos filhotes. E põe uma pitada de tempero: no mesmo imóvel onde funciona o canil, funciona também uma ‘hamburgueria’ e ainda serve de residência.

 

O pai e a mãe deste filhote são brancos…

Liberangelo Torino, o vizinho mais próximo do que ele chama de canil, tem andado às turras com o comerciante de hamburguer. E está indignado, pois já levou o caso ao Presidente da Câmara, à vigilância sanitária, ao setor de fiscalização e postura da prefeitura, mas até agora nada foi feito.

Nas redes socais, Liberângelo desabafa e alfineta a vigilância sanitária:

“VIGILÂNCIA SANITÁRIA E POSTURA MUNICIPAL APROVAM ESTABELECIMENTO INÉDITO, 3 em 1, na via gastronômica: moradia, venda de lanches e canil de grande porte. Detalhes, além do risco para quem consome o produto, a vizinhança não está suportando o mal cheiro de urina e fezes, invasão de moscas, pêlos e latidos insistentemente. Um péssimo exemplo para os proprietários de alimentos que seguem à risca os padrões necessários exigidos por esses competentes órgãos e a vizinhança que está há 40 anos no bairro ter que conviver com estes desmandos todos! Agora ambulante vendendo goiaba não pode, é assim que está funcionando dois pesos para duas medidas!!!! Vamos aguardar”, diz Liberangelo na sua página no face.

Segundo funcionários da vigilância sanitária, o local foi visitado e constatou-se que não se trata de canil.

Filhotes fechados no banheiro…

“Nada impede que o cidadão mantenha cães em seu quintal, desde que ele o mantenha limpo. Eventualmente poderá ter filhotes que irão chorar e incomodar os donos e os vizinhos. Viver em sociedade tem desses inconvenientes. Eu mesma tenho um vizinho com uma ninhada de filhotes. Eles choram a noite toda. Torço para que eles cheguem logo às seis semanas de vida, desmamem e parem de chorar e cada um siga seu caminho”, diz uma funcionária do órgão.

A lanchonete, embora esteja no mesmo imóvel, não tem acesso para o quintal. O Alvará foi solicitado e o processo de concessão está em andamento…”, diz outro funcionário do setor de posturas. E acrescenta:

“Mas, com esses problemas, acho que ele não vai conseguir e terá que fechar…”!

Segundo Liberangelo, além dele, pelos menos outros três confrontantes com o canil sofrem com o mau cheiro e o choro dos cães do vizinho.

“Já colocamos o caso na justiça, pois estamos sem condições de respirar”, diz ele.

      Voltando à pergunta da introdução, o próprio professor Didi respondia, sempre muito sério: “O seu direito termina onde começa o direito do vizinho”.

Já o professor Rômulo citava exemplos de casamentos que não deram certo… Pois os cônjuges queriam usufruir dos privilégios de casados e manter as vantagens dos tempos de solteiros!

“Rio Negro & Solimões” fará show beneficente em Estiva

Evento será promovido por um grupo de voluntários da cidade.

 Toda renda do show será revertida em benefício do Hospital Regional Samuel Libânio de Pouso Alegre e da Santa Casa de Misericórdia de Estiva.

Um grupo de voluntários da cidade de Estiva (MG) se uniu para arregaçar as mangas e movimentar a produção de uma festa e um show da dupla sertaneja Rio Negro e Solimões, onde a renda será revertida para ajudar financeiramente o Hospital das Clínicas Samuel Libânio (HCSL) e a Santa Casa de Misericórdia de Estiva.

A ideia nasceu da boa vontade de Vanessa Cardoso Borges, moradora de Estiva, que após assistir a uma reportagem produzida pela EPTV sobre a crise financeira do Hospital Samuel Libânio decidiu unir forças com a comunidade local e providenciar a organização de uma festa e um show para ajudar o HCSL.

      “Depois que assisti a reportagem na EPTV sobre a falta de recursos do Hospital Samuel Libânio sentir-me comovida com a situação. Meu pai é amigo da dupla Rio Negro e Solimões. Procuramos os empresários da dupla e comentamos sobre a situação, que prontamente fomos atendidos por eles. Rio Negro e Solimões farão o show sem custo e toda a renda será revertida para o Hospital Samuel Libânio e a Santa Casa de Estiva”, disse Vanessa Borges, que é uma das organizadoras do evento.

Na manhã desta quarta-feira, 10 de abril, uma comissão da festa fez o primeiro encontro com o Conselho Diretor da Fundação de Ensino Superior do Vale do Sapucaí (FUVS) para deliberar sobre a organização do evento.

“Recebemos com alegria e satisfação a comissão organizadora. Estamos felizes com a boa vontade em ajudar nosso Hospital Samuel Libânio que passa por grave crise, pois desde setembro do ano passado não recebemos os repasses do Governo Estadual. A dívida ultrapassa a marca de R$ 37 milhões de reais. Vivemos um caos por conta da falta de recursos”, disse o vice-presidente da FUVS Eliéser Castro e Paiva.

O conselheiro da FUVS Lucas da Silveira disse que o auxílio de Estiva chega em um momento importante para a instituição.

“Quando a Vanessa me procurou comentando sobre a ideia do show de Rio Negro e Solimões para arrumar recursos para o Hospital Samuel Libânio vibrei de emoção. Essa ajuda chega em um momento crucial. É a solidariedade das cidades vizinhas em prol de uma causa nobre: ajudar o Hospital. Na hora o presidente José Walter da Mota Matos, o vice Eliéser e eu comemoramos e já agendamos o encontro para darmos andamento nesse magnífico projeto”, comenta o conselheiro Lucas Silveira.

O diretor da Santa Casa de Misericórdia de Estiva, Vagner Abílio Belizário, que também é parceiro no evento, disse que o momento é de união.

“Nós também sofremos com a escassez de recursos para a saúde e essa ajuda chega em boa hora. Tenho certeza que tanto o Hospital Samuel Libânio, como a Santa Casa serão os beneficiados com essa ação. A união faz a diferença”, disse o diretor da Santa Casa de Estiva.

Participaram do primeiro encontro a comissão organizadora que é formada pela Vanessa Borges; Valdirene Cardoso Silva; Marcos Moisés de Andrade, Vagner Belizário e o Conselho Diretor da FUVS, nas pessoas do presidente José Walter da Mota Matos, Eliéser Paiva e Lucas Silveira. A ideia do evento é a promoção de uma ação entre amigos, bingo, barracas com comidas típicas e diversos shows, encerrando o evento com a apresentação da dupla Rio Negro e Solimões.

Paralelo ao show, Vanessa Borges organiza uma campanha de alimentos que serão entregues para o Hospital Samuel Libânio. “Estou organizando em Estiva uma campanha de arrecadação de alimentos para fazer a entrega para o Hospital Regional. Quem quiser doar pode me procurar nas redes sociais”, finaliza Vanessa Borges.

A previsão para a festa ser realizada, com a presença de Rio Negro & Solimões, depende da agenda da dupla, o que provavelmente deverá acontecer na segunda quinzena do mês de julho de 2019.

Hospital Regional Samuel Libânio está pedindo comida!

Mas só através de “Ações Cadastradas”!

 

O comunicado emitido pela direção do HCSL nesta quarta-feira,10, rechaça o falso ‘apelo’ e deixa claro que a instituição só faz campanha deste tipo através do seu site oficial.

 

Começou circular esta semana, pelas redes sociais, um ‘suposto’ apelo da direção do Hospital Regional, pedindo a população para ajudar com doação de alimentos. O apelo, muito mal redigido por sinal, NÃO é verdadeiro!

A direção do hospital emitiu uma mensagem, esta sim oficial, esclarecendo que toda campanha de arrecadação em prol do HRSL é feita através do site oficial da instituição.

Diz a mensagem no site oficial:

“A direção do hospital Regional Samuel Libânio vem a publico esclarecer sobre o uso indevido do nome do nosso Hospital em redes sociais como WhatsApp. Esclarecemos que o Hospital só faz campanhas de doação através de sites e redes oficiais da instituição”.

No final da mensagem oficial a direção enfatiza:

“Os interessados em oferecer qualquer tipo de ajuda ao Hospital Regional Samuel Libânio devem entrar em contato pelo telefone 3429-3200!”

Hospital Regional Samuel Libânio “NÃO” está pedindo comida!

Portanto, aquela mensagem que você acabou de receber no seu WhatsApp, é falsa! 

O comunicado do HCSL, divulgado nesta quarta-feira,10,  deixa que só faz campanha de doação através do site oficial do hospital.

 

Começou circular esta semana, pelas redes sociais, um ‘suposto’ apelo da direção do Hospital Regional, pedindo a população para ajudar com doação de alimentos. O apelo, muito mal redigido por sinal, NÃO é verdadeiro!

A direção do hospital emitiu uma mensagem, esta sim oficial, esclarecendo que toda campanha de arrecadação em prol do HRSL é feita através do site oficial da instituição.

Diz a mensagem no site oficial:

A direção do hospital Regional Samuel Libânio vem a publico esclarecer sobre o uso indevido do nome do nosso Hospital em redes sociais como WhatsApp. Esclarecemos que o Hospital só faz campanhas de doação através de sites e redes oficiais da instituição”.

No final da mensagem oficial a direção enfatiza:

Os interessados em oferecer qualquer tipo de ajuda ao Hospital Regional Samuel Libânio devem entrar em contato pelo telefone 3429-3200!”

Cidadão revoltado baixa as calças e c… no processo

Ele achou que foi condenado injustamente…

O ouvinte ou leitor que acompanha minhas crônicas, tanto no rádio quanto no jornal ou no blog, há mais de três décadas, naturalmente já se acostumou com meu linguajar, simples e popular, recheado de termos do dia-a-dia, muitos deles usados exclusivamente no meio policial e pelos hospedes do hotel do Juquinha, tais como “bandeco”, “boi”, “ventana”, “pipa”, “dormir na praia” e tantos outros substantivos chulos e pobres que enriquecem minha narrativa. Mas o dileto leitor jamais ouviu ou leu nesta pagina nenhum termo cacófono ou que “cheire mal”. Pois bem. Hoje vou pedir licença a você meu querido leitor para usar um destes termos que realmente soa e cheira mal a qualquer ouvido… e nariz. Mas de outra forma não teria como contar a cagada que um cidadão fez em pleno fórum da cidade de Jaú, no interior paulista.

Em 2004 Erre Esse foi preso e processado por manter dentro de casa arma de fogo. O processo, como de praxe, se arrastou por vários anos na justiça e no final do ano passado o caçador de Jau finalmente recebeu sua reprimenda, leve na verdade; teria que comparecer mensalmente durante seis meses ao Fórum da Comarca para mostrar que estava vivo e colocar sua assinatura no correspondente processo. Como todo cidadão que tem seus direitos restringidos – ou restritos – Erre Esse não concordou com a punição, mas não fugiu. De cara enfunada ele compareceu durante cinco meses ao Fórum e assinou, calado, o processo. No sexto mês, quando finalmente ficaria livre da pena, Erre Esse entrou no Fórum, foi até o balcão de atendimento, pediu os autos como de hábito, assinou-o e ao invés de devolvê-lo ao serventuário da justiça, virou-se para as pessoas que ali aguardavam atendimento, teceu breve comentário sobre o fato, ressaltando seu protesto pelo tratamento recebido da justiça – o que considerava injustiça – e, como o cidadão que acaba de quitar uma promissória, pega-a, rasga em mil pedacinhos e joga no lixo, ele arriou as calças, agachou e sob o olhar estupefato das pessoas presentes, cagou sobre os autos do processo!!!!.

Antes de devolver o documento cagado e fedido ao escrivão, o caçador ainda acrescentou;

“Tenho vontade de esfregar os papeis na cara do juiz e do promotor…”.

Quase teve chance, pois recebeu pulseiras de prata e voltou a sentar-se no banco dos réus para ouvir sua nova condenação… agora bem longa e menos ‘glamourosa’, como doente mental.

Por esta cagada literal, em protesto contra decisão judicial em seu desfavor, o pacato sisudo e ordeiro cidadão seria condenado de 2 a 5 anos de prisão. Ao ser submetido a exame de insanidade mental, os peritos consideraram que ele é portador de ‘esquizofrenia paranóide’, ou ‘transtorno esquizotípico’, portanto: semi-imputável. Por isso o homem da capa preta converteu a pena restritiva de liberdade em ‘tratamento ambulatorial’ por tempo indeterminado, devendo o cagão ser submetido a exames médicos periódicos nos próximos três anos, como mandam os artigos 98 e 337 do Código Penal. Que cagada longa…

Aquela espingardinha chumbeira, de caçar jaú nos arredores de Jaú, que ficava guardadinha atrás da porta do quarto do matuto Erre Esse, lá ao pé da grota funda, acabou atirando longe, hein?