Tentando salvar a vida da filha, mãe pagou três mil reais pelo resgate e passou a noite inteira no hotel em ‘poder psicológico’ do sequestrador!

Imagem ilustrativa

O drama da senhora M.L.S.W. começou às sete e meia deste sábado, 26, quando seu celular tocou, no bairro cidade jardim em Pouso Alegre. Ao atende-lo, uma voz cavernosa disse:

– Estou com sua filha no cativeiro. Se quiser ouvir a voz dela novamente, preste atenção no que ou vou falar: vá até o banco mais próximo e deposite dez mil reais na conta ‘x’. Não desligue o celular e não fale com ninguém senão sua filha vai virar picadinho!

Com os olhos saltando das orbitas e o coração querendo explodir no peito, dona Lucia pechinchou, pois não dispunha de tanto dinheiro, e conseguiu um desconto: o sequestrador deixou por R$1.500. Já com o coração nas mãos ela foi ao primeiro banco que encontrou e fez o deposito.

Tão logo viu o dinheiro cair na sua conta, como sempre acontece nestes casos, o sequestrador exigiu mais dinheiro. E mais: exigiu que dona Lucia jogasse no lixo o chip do seu celular e comprasse um novo chip para se comunicarem! Mas a ousadia e covardia do sequestrador não parou aí. Ao ser informado por dona Lucia, de que, depois das dez da noite o caixa eletrônico do terminal rodoviário não permita mais transações, o sequestrador determinou que ela não voltasse para casa e passasse a noite em um hotel, sem contato com ninguém e que, logo pela manhã, fizesse a nova transferência do valor do resgate na sua conta.

Pela manhã, depois de passar a noite no Central Park, ao lado da rodoviária, dona Lucia sacou o dinheiro e fez mais dois deposito de R$750 reais na conta do sequestrador!

Tão viu o novo deposito caindo na sua conta, como de habito, o sequestrador fez nova exigência: queria mais dim-dim.

Ao ser informado de que não havia mais dinheiro para sacar e nem credito, o sequestrador orientou dona Lucia a ir a uma cidade vizinha e fazer um empréstimo bancário e depositar novo valor na seja conta, senão ela nunca mais veria o sorriso no rosto de sua filha!

E dona Lucia foi…!

Foi até Borda da Mata, onde tentou, sem sucesso, fazer o empréstimo. Ao saber que seria impossível arrancar mais dinheiro de dona Lucia, o suposto sequestrador desistiu. Mas antes deu uma ultima ordem:

– Pode voltar para casa mas, durante a viagem, jogue o seu celular pela janela do ônibus.

A caminho de Pouso Alegre, já completamente desnorteada, sem saber o que seria de sua filha, dona Lucia pediu ao motorista do ônibus que jogasse seu celular pela janela!

As cinco da tarde deste domingo,27, depois de quase vinte e quatro horas de tortura psicológica imposta pelo sequestrador virtual, dona Lucia foi encontrada pelos familiares no terminal rodoviário de Pouso Alegre. Na verdade, ela passou mais de vinte horas ‘sequestrada’, em poder psicológico do suposto sequestrador.

Ao chegar em casa dona Lucia soube que a filha, de 30 anos, nunca estivera em poder de sequestradores! Quando recebeu a ligação do bandido na noite anterior, se ela tivesse desligado o celular e ligado para a filha, ela saberia disso desde o início!

Há seis meses, o garoto preso ontem acusado de ter matado a mãe em Peruíbe, estava no local da morte, ainda não esclarecida, do pai em Borda da Mata!

      A enfermeira Priscila Coral Ramalho foi encontrada morta em sua residência na cidade de Peruíbe, litoral Norte do Estado de São Paulo, região onde trabalhava no Samu, no meio da tarde desta quinta-feira,10. Tão logo a notícia da morte precoce da enfermeira, cujos familiares são radicados em Pouso Alegre, chegou à cidade, o assunto foi para as redes sociais. As mensagens de amigos, curiosos, e ‘repórteres de uatizápi’, apontavam como autor do crime o próprio filho dela, Felipe Coral Ramalho. Os modus operandis do crime eram vários; desde golpes de faca a enforcamento. Ainda no final da noite o repórter, esse sim ‘oficial’, Magson Gomes, publicou em seu site, “Terra do Mandu”, a versão oficial dos fatos. Segundo o jornalista, com base em informações obtidas junto às policias civil e militar de Peruíbe, a enfermeira foi vítima de estrangulamento. O filho Felipe, suspeito do crime, foi preso.

Felipe Coral Ramalho, 18 anos, é usuário de drogas. Há tempos a família vem tentando ‘curá-lo’ em clínicas de tratamento especializado. Segundo informações – estas não oficiais – ele teria deixado a clínica de reabilitação no dia anterior à morte da mãe.

Esta não foi a primeira vez que Felipe esteve numa cena de morte de familiar. No dia 01 de novembro de 2017, seu pai, Clayton Camilo Ramalho, foi encontrado morto dentro do quarto trancado de sua residência na cidade de Borda da Mata. Na ocasião Felipe morava com ele. À policia Felipe contou que ao chegar em casa no final da tarde encontrou a porta do quarto fechada e chamou a policia. Ao arrombar a porta os policiais encontraram Clayton sem vida. A perícia não encontrou sinais de violência nem no quarto e nem no corpo de Clayton. A causa mortis até hoje não foi esclarecida. Felipe Coral Ramalho tinha então 17 anos!