Homicídio em Silvianopolis

"Paulinho pipas": Depois do barulho na Festa do Rosario, silencio total na DP...!

“Paulinho pipas”: Depois do barulho na Festa do Rosario, silencio total na DP…!

O crime aconteceu no inicio da madrugada desta segunda por ocasião 235ª Festa do Rosário na velha Santana do Sapucaí, rebatizada de Silvianópolis. Tudo começou com o galanteio – ou seria uma cantada – de um ‘festeiro’ a uma jovem que estava na companhia do namorado Anderson Aparecido da Silva, o “Gordo”. Ao tirar satisfação com o Dom Juan, teve inicio a pendenga mortal. Em meio ao forrobodó que se formou em via publica, o cidadão Paulo Alexandre Tomazinni sacou um trabuco e atirou no peito do jovem Cleusano Barbosa Teixeira que estava na companhia do irmão Cleomarcio. Ele foi socorrido e levado para o Hospital Regional Samuel Libanio, mas lá chegou sem vida.

Cessada a contenda com o tiro fatal que vitimou Cleusano, os envolvidos foram para suas casas. Foi lá que os homens da lei prenderam Paulinho Pipas e logo depois Anderson “Gordo”.  E novo tumulto começou na porta do quartel da PM onde os familiares dos suspeitos tentaram evitar suas prisões. No final, cinco envolvidos receberam pulseiras de prata e foram levados para a Delegacia Regional de Pouso Alegre. Incluindo Elvis Teixeira, cunhado e Erica Teixeira, esposa de Paulinho Pipas.

Segundo Evellin Caroline, namorada de Anderson, ela teria sido – sem querer – o pivô da confusão que culminou com a morte de Cleusano.

– Um desconhecido me fez um galanteio, de repente meu namorado passou a agredi-lo e no calor da confusão o Paulo sacou a arma e atirou … – disse ela!

A autuação terminou já no fim da tarde desta segunda na Delegacia Regional de Pouso Alegre. Paulo Alexandre Tomazini, 36, o “Paulinho Pipas”, usou a prerrogativa do silencio… mal disse seu nome! E em silencio assinou o 121.

Este foi o quinto homicídio em Silvianopolis… desde 1985! O primeiro desde então durante as festas do Rosário!

 

Noia de Santana caiu de novo…

 

Uellerson curtiu apenas 5 dias de liberdade...!

Uellerson curtiu apenas 5 dias de liberdade…!

Desfilavam os homens da lei pela famosa Sapucaí, às nove da noite criança desta segunda, 06, quando avistaram um vulto soturno saindo de um terreno baldio ao lado do imóvel 333! O vulto era Uellerson Machado da Silva, recém completados 33 anos, mas não trazia consigo nenhum objeto ou indicio de crime. No entanto, como ele saia do terreno baldio, os policiais resolveram varrer o terreno. Lá encontraram lanternas, facas e 18 barangas de pedras bejes fedorentas dentro de uma caixa de cigarros, prontas para comercio e uma pedra maior, que daria outras dez baranguinhas de dez reais!

Como bom cabrito que é, Uellerson não berrou! Não disse uma palavra sobre a propriedade da droga. E nem era preciso! Se estava no lote do qual ele tinha a chave, era dele! Além do mais sua capivara falou por ele. Uellerson Machado, morador do Bairro do Morro na velha Silvianópolis, – essa é velha mesmo, quase trezentos anos! – possui diversas passagens pela policia por apropriação indébita, roubos e trafico de drogas. Já se hospedou em varias penitenciarias do Estado de Minas.

Uellerson havia esbarrado nos homens da lei pela ultima vez na madrugada do dia 17 de dezembro de 2013. Esbarrou e caiu exatamente na mesma ‘boca’ da Sapucaí, com a mesma quantidade de pedras: 18 e a noticia foi publicada aqui no Blog também no dia 18 de dezembro! No entanto, na prisão do ano passado, Uellerson Machado da Silva se chamava “Marcelo Henri da Silva” e com este nome foi recolhido ao Hotel do Juquinha. A mentira foi desfeita pelos leitores de Silvianópolis aqui mesmo no Blog. Pessoas que conhecem os irmãos que seguem trajetórias diferentes, logo comentaram que o nóia que aparecia na foto era Uellerson e não seu irmão Marcelo que nunca pisou fora da linha. A denuncia foi levada ao delegado de Combate ao Trafico e dias depois Uellerson voltou a sentar ao piano do paladino da lei para inocentar o irmão mais novo e assinar o crime de falsidade ideológica.

Apesar de ter uma respeitável capivara que inclui assaltos à mão armada e trafico de drogas, Uellerson o ‘noia’ de Santana, não criou raízes no Hotel do Juquinha! Saiu de “alvarau” na ultima quinta feira dia 02 de outubro… E para confirmar o velho ditado que diz que “o criminoso sempre volta à cena do crime”, quatro dias depois, na segunda feira, lá estava ele de novo na “boca da Sapucaí”…! Desta vez não tentou usar o nome do irmão. Assinou mais um 33 e voltou para o lar-doce-lar do Hotel do Juquinha!

 

 

O batateiro do bigode falho

Coreto

Eles passaram horas abraçando a loira gelada e jogando bilhar no barzinho atrás da igreja enquanto o cozinheiro do rancho fazia compras de mantimentos no supermercado do Jairo há poucos metros dali. Alguns eram amigos da lida na lavoura de batata. Outros eram apenas colegas de trabalho na mesma atividade. Por isso mesmo, embalados pelo suco de gerereba dois deles, Brandão e Andrade – eles eram de Bom Repouso e lá meia dúzia de pessoas tem o sobrenome Pereira ou qualquer outro! O restante dos moradores do município ou é Brandão ou é Andrade! – se desentenderam e trocaram farpas & espinhos. No momento do embarque na carroceria do caminhão para voltar ao rancho na lavoura acabaram trocando também alguns pontapés. Não continuaram porque o caminhão já estava de saída e a chuva forte de verão de chegada! Se acomodaram como puderam na carroceria suja de terra, se protegeram com lonas e seguiram para o rancho já debaixo de chuva. Eram oito peões acostumados com a vida rustica e dura da lavoura de batatas. Passavam a semana inteira nos ranhos nos municípios vizinhos. No final de semana moravam na cidade de Bom Repouso!

Aquele final de semana de outubro, por causa da colheita que precisava alcançar preço no mercado, não puderam voltar para casa. Só foram até a cidade porque o cozinheiro precisava comprar mantimentos. Na volta para o acampamento no bairro Catiguá, já debaixo da chuva fria os dois batateiros, Brandão e Andrade, resolveram reacender a discussão e a troca de farpas & espinhos. O caminhão empoeirado fazendo barro, entrou por uma estradinha vicinal margeando o Rio Santa Barbara passou por um mata-burro e em poucos minutos chegou ao acampamento. Todos desceram do caminhão e correram para a proteção do rancho de sapé… Menos um, menos o Andrade! Mas onde estaria ele?

Será que embalado pelo sacolejar do caminhão sob efeito do suco de gerereba teria dormido?

Será que preferira continuar na carroceria do caminhão sob a lona para evitar novos atritos com Brandão?

O motorista foi checar… Andrade não estava lá! Mas onde estaria? O que acontecera?

Será que ele saltara do caminhão em movimento? Teria caído?

Ou quem sabe, empurrado…!?

 

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Policia sacode Silvianópolis… E prende 7

      Entre os assaltantes estava Guilherme Lopes, o “assassino do baile funk”, que deixou o Hotel do Juquinha no ultimo dia 12 de março depois de ter matado o desafeto Michael Douglas…

 

Waldecir "Tita" Pereira disse que droga era do filho "Titinha"...

Waldecir “Tita” Pereira disse que droga era do filho “Titinha”…

A mega operação policial – para os padrões da pacata e bucólica Silvianópolis – teve a participação de 40 policiais; dez civis e 30 militares vindos das comarcas de Espirito Santo do Dourado, São João da Mata, Turvolandia, São Gonçalo do Sapucaí e Pouso Alegre. A ação dos policiais desencadeou-se no raiar do dia de sábado, 09, comanda pela intrépida Cibele Molinari, Delegada de Policia da velha Santana, munida de nove Mandados de Busca e Apreensão expedidos pelo Homem da Capa Preta da Comarca, baseado nas investigações do ‘fiel escudeiro’ detetive Moises…

A operação foi antecipada em virtude do assalto ocorrido ao pé da noite de sexta, 09, no Mercadinho do Juarez, na Praça Elesbão de Abreu no centro da cidade, pois entre os suspeitos do roubo estavam alguns dos traficantes investigados pela Policia Civil. Os assaltantes levaram do estabelecimento cerca de R$ 6 mil incluindo quase nove quilos de moedas diversas. O grupo realizou o assalto na ‘Praça do Correio’ porque precisava ‘arrecadar fundos’ para comemorar o aniversario de Cauê, que estava completando 20 aninhos!

A reunião dos meliantes para comemorar durante toda a noite o aniversario do colega, facilitou o trabalho da policia. Embora tivesse em mãos nove mandados individuais, os policiais tiveram que revirar apenas cinco ‘mocós’… Em dois deles encontraram dois grupos de três reunidos para comemorar o ‘niver’ do ‘parça’…

Tita filho, Maicon e Alexsander foram presos no mocó do Julo Cezar na Rua Sagrados Corações. Cauê, Julio Cesar e Guilherme Henrique Lopes estavam mocosados na casa do Cauê, no Tanque. Com eles a policia encontrou parte do dinheiro roubado do mercadinho, inclusive quilos e quilos de moedas e o cano serrado da espingarda usada no assalto. Em quatro mocós, revistados superficialmente, uma vez que os investigados já estavam enquadrados no 33, os policiais não encontraram drogas. Tita Pai foi preso em casa e desandou em chorumelas, dizendo que a droga encontrada pela policia em sua casa pertencia a Tita filho.

– Não posso deixar de autuar Tita pai numa situação dessas! Ele que convença o Juiz que a droga é do filho… – declarou a delegada Cibele, que conhece pai e filho desde outros carnavais! Aliás, eu também conheço! Tita pai é do meu tempo. Nos idos dos anos 80 e 90 ele já me olhava de longe, com pinta de somongó. Ele era um dos quatro ou cinco jovens espertos de Santana que usavam drogas. Pelo andar da carruagem Tita foi um ‘bom’ exemplo para o filho que virou traficante…!

À exceção de Waldecir “Tita” Pereira, que assinou apenas o 33, Cauê Ricardo Ramos Benevente que comemorava os vinte anos, Júlio Cesar Pascoal dos Santos, 18, Waldecir “Titinha”Pereira Junior, 20, Maikon “Lagarto” Daniel Oliveira dos Santos, 18, Alexsander “Mosquito” Rodolfo de Oliveira Silva, 19, e Guilherme Henrique de Oliveira Lopes, 20, todos os demais presos assinaram também o 157 pelo assalto ao Mercadinho do Juarez e foram se hospedar no Hotel do Juquinha.

Guilherme H.O.Lopes: - Esquenta não, seus "Mané"! Logo estaremos na rua de novo...

Guilherme H.O.Lopes: – Esquenta não, seus “Mané”! Logo estaremos na rua de novo…

Dentre os assaltantes e traficantes presos no ultimo sábado em Silvianópolis está o jovem Guilherme Henrique de Oliveira Lopes, residente em Pouso Alegre. Ele havia sido preso no dia 16 de setembro, dois dias depois de assassinar a tiros o desafeto Michael Douglas de Miranda, no interior da Danceteria Maracanã, no final do baile funk. Guilherme Lopes, 20 anos este preso preventivamente até março passado. No dia 12 ele saiu em liberdade provisoria para aguardar o julgamento. Há duas semanas já esteve envolvido em uma troca de tiros com outro desafeto no barro São João. Há julgar pelos últimos acontecimentos, parece que Guilherme fez um bom estagio no crime durante os seis meses que passou atrás das grades no Hotel do Juquinha.

Ao embarcar no taxi do Magaiver com destino ao Hotel do Juquinha, o “assassino do bale funk” teria dito com sarcasmo à plateia que aguardava na porta da DP:

– Esquenta não, seus Manés… Logo estarei de volta…!

Será…!?

 

*** Abrace seu filho… Não deixe que as drogas o abracem!***

 

Leia também:  Passageiro “delirante” dá tiros de pistola no interior do ônibus

Marreco e o Jatobá verde

 

        De acordo com a lei brasileira, existe duas situações em que o cidadão pode ser preso mesmo não tendo cometido crime. Trata-se das situações “de Depositário Infiel” e “Pensão Alimentícia”. No caso de pensão alimentícia a lei não deixou a famosa ‘brecha’. Não tem choro nem vela nem fita amarela. Deveu não pagou… Vai em cana!

       São as prisões mais insossas que existe. Se existe algum glamour na profissão policial, as prisões por ‘depositário infiel’ e ‘pensão alimentícia’ são as menos românticas! Aliás, estas aguadas prisões cíveis são atribuições do Oficial de Justiça, não da policia. Ao Mandados são encaminhados para a delegacia de policia quando os oficiais não dão conta do recado. Não que sejam prisões perigosas é que às vezes os devedores, para protelar o pagamento do débito ou cumprimento da obrigação, desaparecem, se escondem mais do que Osama Bin Laden, por isso o abacaxi vai parar na mão da policia.

       Recentemente um rico empresário de Pouso Alegre – que diga-se de passagem fez fortuna de forma meteórica e inexplicável – contraiu débitos alimentícios com a ex-cara metade. Para protelar o pagamento da pensão ele simplesmente soverteu do mapa. Como se tratava de um cidadão bastante conhecido, os oficiais se uniram na caça ao figurão. Mas não obtiveram sucesso… Ele abandonou os próprios negócios para esquivar-se da divida! Dizem que foi curtir uma praia em Ubatuba onde possui vários imóveis… Só deu as caras em terras manduanas quando conseguiu fazer um acordo vantajoso com a ex.

        Depois deste caso teve um outro empresário, não tão bem sucedido mas de boa estirpe, que viu-se na mira dos oficiais de justiça. Os dedicados garotos se uniram para prender o inadimplente a qualquer hora do dia ou da noite. Armaram a arapuca até no interior da Faculdade de Direito onde o caloteiro estudava. Mesmo assim ele conseguiu burlar a lei e evitar a hospedagem gratuita no velho hotel da Silvestre Ferraz.

        Em 27 anos de policia ‘convidei’ centenas de inadimplentes de pensão a me acompanhar à delegacia de Policia. Embora todo cidadão seja igual perante a lei, dei a cada um um tratamento diferente, de acordo com o trabalho que me deram. Por exemplo, se o sujeito me recebeu na porta de sua casa e aceitou meu convite ‘diboa’, deixei que ele ficasse no corró da delegacia e até mesmo no banco da Inspetoria esperando seu Advogado fazer a ‘correria’ e conseguisse o Alvará judicial suspendendo sua prisão. No entanto se ele se escondia debaixo da cama, no sótão ou no quintal do vizinho, ele ia direto para o xadrez do velho hotel. Tive alguns casos engraçados.

        Em Silvianópolis havia um devedor de pensão mais liso que quiabo. Ele morava com a mãe e uma irmã solteirona. Toda vez que eu ia prendê-lo, por mais rápido que eu fosse ele conseguia vazar. Morava num sitio no bairro dos Vitorinos. A casinha amarela simples, a um metro do chão na beira da estrada, tinha um pequeno curral ao lado, um pomar nos fundos e o resto era pastagem de braquiária. No meio do pasto pelado um frondoso pé de Jatobá que carregava no inverno. A estrada que levava à sua casa há menos de um quilometro tinha uma pequena colina e depois uma depressão. Da colina podíamos ver seu vulto plácido na janela pitando seu ‘paieiro’. Mas quando sumíamos na depressão da estrada ele sumia da janela! Quando chegávamos a casa podíamos sentir o cheiro do cigarro de palha feito de fumo de rolo de Poço Fundo que ele estivera pitando… Mas nunca o encontrávamos! Revistávamos cada palmo da moradia; do piso ao teto, geladeira, fogão, guarda roupa, forro do sofá, quintal, cisterna, pomar e nada do caloteiro. Sem voltávamos com s mãos abanando!

       Um dia tive uma ideia para resolver o mistério do sumiço do Marreco… Saltei da viatura alguns metros antes da colina e fiquei observando o sitio de longe, enquanto meu colega descia o tobogã e batia na porta da casa. O caloteiro saiu sorrateiro da janela correu para o quintal atravessou o pomar entrou no pasto aberto atrás do pomar e foi se empoleirar no frondoso jatobá a cem metros dali no descampado, de onde sempre ficava dando risada as nossas custas! Desta vez rimos por ultimo. Desci lentamente a estradinha poeirenta, passei pela casa e convidei o colega para colher jatobá! Chegando ao pé da centenária arvore comecei dar tiros nas frutas marrons que envergavam os galhos… No terceiro tiro o caloteiro gritou lá de cima;

– Pode parar de atirar… O ‘jatobazão’ aqui ainda não está maduro… – E desceu para os nossos braços. Marreco nunca mais deixar de pagar pensão alimentícia!

         A prisão dos caloteiros de Monte Sião foi mais sutil e interessante… Mas esta já é outra história…

Salinho… O meliante de Silvianópolis

     Ele foi o terror dos moradores do Morro… Mas talvez nem o irmão se lembre mais dele!

      Quando cheguei para trabalhar em Silvianópolis, em 1985, a cidade quase tri-centenaria, de seis mil habitantes, tinha dois meliantes! Um já estava preso. Era o Carlinhos Negão, condenado a 1 ano e meio de cana no regime aberto, por ter furtado um bípede cantante do galinheiro do seu vizinho!

        O outro era Jose Gonçalo Alves. Este vivia de ‘quebrada’, furtando uma casa ali, outra acolá… Procurá-lo na casinha humilde que dividia com a mãe viúva e o irmão mais velho – acanhado com o seu comportamento – numa ruela com as costas voltada para o pasto do Waltinho Borges, no bairro do Morro, era inútil. “Salinho” como era conhecido passava boa parte do tempo no mato, dormindo embaixo de arvores… Ele só voltava para casa depois que a poeira do ultimo furto estivesse completamente assentada. Agia sozinho e sorrateiramente. Seu ‘modus operandi’ lembrava um pouco o famigerado Fernando da Gata – Os últimos dias de Fernando da Gata! – A diferença gritante é que ele era um autentico pé-de-couve, enquanto o bandido cearense era brilhante… só lidava com jóias! Além do que, ele não tinha intimidades com os dobermans e nem molestava suas vitimas. A estatura baixa, por volta de 1,63, corpo levemente atarracado também lembravam o marginal que aterrorizara Pouso Alegre tres anos antes, até morrer com uma bala no peito nas margens do Rio Sapucaí no bairro Pouso do Campo. A cor branca encardida puxando para o pardo, os cabelos levemente castanhos, lisos escorridos e maus cuidados contribuíam para sua fama de bandido. No caso de Salinho o mais correto seria… bandidinho!

        O habitat natural de Salinho, além do bairro do Morro, era o bairro Água Limpa – de baixo e de cima – onde além de praticar seus pequenos furtos, tinha também sítios e fazendas onde ele podia se alimentar e dormir durante suas fugas. Se o laço apertasse era só esperar o ônibus da Santa Cruz na beira da MG 179 e dobrar a serra do cajuru em direção à São João da Mata ou Poço Fundo, até a brasa esfriar.

       Um dos últimos furtos Continuar a ler

Do banho para o Hotel do Juquinha

         Mateus do Prado, 48 anos é um bom sujeito. Na década de 90 ele cometeu um grave delito e pagou caro por isso… Vários anos vendo o sol nascer quadrado no velho Hotel da Julio Correia Beraldo, em Silvianópolis. Mas pagou! E não devia nada à justiça até este final de semana.

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         Apesar de ser um cidadão comum e viver em paz e harmonia com a cara-metade Francisca Claudete Martins, Mateus tem uma segunda paixão… Severina do Popote! Quando o triangulo amoroso se encontra, pode gerar conflito! Quando Claudete chegou em casa ao pé da noite de domingo, Mateus estava tomando banho. Segundo ela, sem mais e nem porque, o marido encheu sua cara de bolachas e foi pra rua. Foi ali na Paulo Vilhena, principal via do famoso bairro do Morro na velha Santana que os homens da lei abordaram Mateus.

         Depois de ver o marido nas garras da lei, Claudete disse que não precisava prendê-lo! Era sé para puxar sua orelha! Mas já era tarde. As marcas da violência em seu rosto indicavam que não era um simples caso de violência domestica que se enquadra na Lei Maria da Penha… Era crime de lesões corporais previsto no Artigo 129 do código penal. Crime de ação publica, cujas providencias da autoridade policial independe da vontade da vitima. Por isso, Mateus do Prado, jurando de pés juntos que não esmurrou a cara da esposa, foi sentar-se ao piano do delegado de plantão na Delegacia Regional de Pouso Alegre.

         A fiança foi dolorida…!!! Três salários mínimos. Ainda bem que Mateus havia tomado banho quente em casa, pois da DP subiu para o Hotel do Juquinha… Onde nem sempre tem água quente!

Motoqueiro dá show de graça no Tanque em Silvianópolis

        Ele conduzia uma Titan 150 vermelha sem lenço, sem documento, sem capacete e sem equilíbrio… Até estatelar-se na pista!

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         A policia militar chegou até o motoqueiro no bairro do Tanque na tricentenária Santana do Sapucaí, mais conhecida como Silvianópolis, no final da noite desta terça, depois de insistentes denuncias de amigos ocultos da lei…

– O garoto sem capacete mal consegue parar sentado em cima da moto… – Dizia um.

– Pelo jeito ele deve ter abraçado uma meia dúzia de loiras … geladas! – Dizia outro.

-… Ele acabou de cair da moto! – Dizia um terceiro preocupado com sua segurança.

        Quando chegaram para acabar com a festa do garoto Walace Almeida Alves, 21 anos, ele ainda conseguiu vazar e chegar ao portão de casa ali perto. Segundo o B.O. relatado pelos policiais, eram visíveis os sintomas de embriagues. Levado até o bafômetro da PRF em Pouso Alegre, Wallace recusou-se a soprá-lo. Assim mesmo sentou-se ao piano na Delegacia Regional e assinou o 306. R$ 2 mil reais foi o valor da fiança arbitrada pelo paladino da lei.

        Como não apareceu ninguém da platéia para pagar sua fiança, Wallace foi curar a ressaca no Hotel do Juquinha!

Atropelamento na calçada em Silvianópolis

       O sinistro aconteceu na famosa rua Jofre Magalhães Teixeira, no bairro do Morro, em Silvianópolis, às nove da noite do ultimo dia de agosto. Débora Ester Pereira Lima e Benedito Luciano Jesuino ocupavam uma das mesas do bar da Sueli sobre a calçada quando Diego Carvalho Martins, 25 anos, morador de Machado passou por ali conduzindo seu Gol prata, 91, subiu no passeio e atropelou os amigos. Benedito Luciano foi atendido no Hospital Maria Eulália com varias escoriações. Débora Ester, com suspeitas de fraturas foi levada para o Hospital Regional Samuel Libanio de Pouso Alegre.DSC06498

       Ao descer do carro para ver a lambança que fizera, o motorista Jonatas Diego foi detido por populares até a chegada da policia. Ele apresentava visíveis sinais de embriagues alcoólica tais como; fala enrolada, olhos vermelhos, pernas bambas e o famigerado bafo de jibóia. O bafômetro acusou que 1,01 mg/l de suco de gerereba corria em suas veias. Ao piano do delegado de plantão na Delegacia Regional o jovem admitiu ter consumido três doses da ‘tonteante’ Severina do Popote e duas de menta… – Será que foi só isso!? Além da infração à Lei Seca, Jonatas Diego não portava o licenciamento do gol e nem sua licença para dirigi-lo!

       Jonatas foi enquadrado nos artigos 303, 305 e 306 do CTB. Além de multas que vão de Santana à Machado e da fiança de R$ 1 mil reais, ele terá também que arcar com o prejuízo de uma mesa e um de jogo de cadeiras vermelhas da Brahma, que ele destruiu ao subir no passeio.

        Agora, cá pra nós simples mortais… tudo bem que o acidente aconteceu por causa do suco de gerereba e o piloto infrator da lei certamente será penalizado… Mas ainda que ele passe pelos menos três anos vendo o sol nascer quadrado, não apagará o trauma sofrido por Débora e Benedito! Embora seja prazeroso abraçar loiras geladas, distribuir sorrisos aos amigos e exibir o penteado novo na porta dos barzinhos da vida, seria salutar abraçar também a sisuda prudência e fazer o happy hour em local seguro, longe de motoristas aventureiros…!

Pilotando moto, mamado e sem carteira em Silvianópolis…

       Já aconteceu a você meu estimado leitor, ver um motoqueiro fazendo ‘graça’ e pensar:

– Tomara que caia!

       Dois policiais de Silvianópolis devem ter, não só pensado, como enviado energias maléficas  para que o fato acontecesse!

       Eles saiam do quartel no final da noite deste domingo 02, quando o motoqueiro Alessandro da Cunha de Paula passou levando na garupa um carona. Ao ver o sinal de parada, o piloto acelerou ainda mais e foram esborrachar-se alguns metros depois.

        Motociclista e garupa sofreram apenas ferimentos leves pelo corpo, mas no bolso o estrago foi grande! Além de mamado Alexsandro não possui CNH…

– Eu e meu amigo tomamos umas cervejas com conhaque mas eu não fugi da policia. Quando eu vi que eles estavam atrás de mim, tentei parar bruscamente a moto, por isso caímos – Admitiu ele.

       A fiança arbitrada pelo delegado de plantão foi proporcional à façanha do piloto Alexsandro, recém completados 18 anos… R$ 7 mil reais. Até o final da manha desta segunda feira ele ainda estava hospedado no Hotel do Juquinha…!!!