Do banho para o Hotel do Juquinha

         Mateus do Prado, 48 anos é um bom sujeito. Na década de 90 ele cometeu um grave delito e pagou caro por isso… Vários anos vendo o sol nascer quadrado no velho Hotel da Julio Correia Beraldo, em Silvianópolis. Mas pagou! E não devia nada à justiça até este final de semana.

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         Apesar de ser um cidadão comum e viver em paz e harmonia com a cara-metade Francisca Claudete Martins, Mateus tem uma segunda paixão… Severina do Popote! Quando o triangulo amoroso se encontra, pode gerar conflito! Quando Claudete chegou em casa ao pé da noite de domingo, Mateus estava tomando banho. Segundo ela, sem mais e nem porque, o marido encheu sua cara de bolachas e foi pra rua. Foi ali na Paulo Vilhena, principal via do famoso bairro do Morro na velha Santana que os homens da lei abordaram Mateus.

         Depois de ver o marido nas garras da lei, Claudete disse que não precisava prendê-lo! Era sé para puxar sua orelha! Mas já era tarde. As marcas da violência em seu rosto indicavam que não era um simples caso de violência domestica que se enquadra na Lei Maria da Penha… Era crime de lesões corporais previsto no Artigo 129 do código penal. Crime de ação publica, cujas providencias da autoridade policial independe da vontade da vitima. Por isso, Mateus do Prado, jurando de pés juntos que não esmurrou a cara da esposa, foi sentar-se ao piano do delegado de plantão na Delegacia Regional de Pouso Alegre.

         A fiança foi dolorida…!!! Três salários mínimos. Ainda bem que Mateus havia tomado banho quente em casa, pois da DP subiu para o Hotel do Juquinha… Onde nem sempre tem água quente!

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