Desta vez os presos usaram o tradicional ‘tatu’ para fugir. Um carro esperava para resgatá-los na saída! Apenas quatro presos conseguiram fugir, mas poderia ter fugido mais, se um vizinho do presidio não tivesse percebido a fuga e chamado a policia.
Raspava oito da noite deste domingo, 13, quando um morador do lado do presidio percebeu alguns vultos sombrios do lado do fora e chamou a polícia. Segundo ele, eram quatro. Todos sem camisa, usando apenas metade do tradicional uniforme vermelho-fogo do presidio, eles saíram um a um por um buraco feito da tela do alambrado, desceram o pasto e entraram em um veículo, possivelmente um GM Astra que os esperava nas imediações.
Feito o contato com a direção do presidio, constatou-se que os fujões haviam feito um buraco na parede da ‘cela 42’ da Ala II e de lá saíram para o pátio cercado de tela. Não fosse a rápida intervenção da policia, outros presos poderiam ter saído pelo ‘tatu’ deixado pelos fujões.
Durante o remanejamento dos presos da cela furada para outra, houve desobediência e tensão. Foram necessários alguns tiros com munição não letal para controlar o princípio de tumulto e manter a ordem. Após a contagem, constatou-se que os passarinhos Renan André da Silva, Olair Cristiano Guerreiro Tomé, Fábio Henrique Coutinho e Fabio Domingos de Souza haviam batido asas!
Todos os fugitivos são donos de extensas capivaras. A ficha mais leve é a do meliante Fabio Henrique Coutinho, 27. Tem furtos, roubos e tráfico de drogas. Ele é de Pouso Alegre e está na caminhada desde a puberdade. Numa noite quente de março de 2013, ele e outros ‘parças’ fizeram um assalto no “Bar do Reis”, no Foch. Levaram a bagatela de cento e poucos reais. A fita rendeu a Fabio Henrique 5 anos e quatro meses de cana.
Fabio Domingos de Souza, 35, é do Vale do Aço. Foi lá que ele cometeu furtos, roubos, tráfico de drogas, e tentou matar enforcado um companheiro de cela em 2013.
Olair Cristiano Guerreiro Tomé, 30, é o mais ‘elitizado’ dos quatro fujões. Especialista em roubo de carro à mão armada, age quase sempre em bando. Tem vários roubos desta natureza em Guaxupé e Poços e Caldas no início da década.
O mais ilustre dos fujões do Hotel do Juquinha, neste domingo, é o meliante Renan André da Silva, 27. Parte da sua história começa na página 459 do livro “Meninos que vi crescer”, com o título: “Renanzinho, o psicopata da cabeleireira”. Por este assassinato frio cometido na fresca manhã do dia 05 de agosto de 2010 na Rua Vieira de Carvalho, a poucos metros do quartel do 17º Dpto de Policia Militar em Pouso Alegre, ele foi condenado a 9 anos de cana.
Até o momento desta publicação, nenhum dos quatro havia sido recapturado!