Pouso Alegre FC a um passo do paraíso!

O Dragão fez o dever de casa: venceu o segundo jogo seguido e consolidou a liderança do campeonato.

Goleiro Cairo, o paredão do Pousão na vitória em cima do Atletic…

A vitória magra, suada, tensa e sofrida ontem à tarde no Manduzão, diante do Atletic de São João Del Rey, manteve o time rubro negro na liderança do quadrangular final do campeonato mineiro. O resultado do outro jogo, Betim 0 x 1 Nacional de Muriaé, aumentou a diferença de pontos entre os quatro times que disputam as duas vagas de acesso.

Agora o Pousão lidera o certame com 06 pontos. Nacional vem logo atrás com 03 e Betim e Atletic, que haviam empatado no primeiro confronto, dividem a lanterna com 01 ponto cada. Ruim para eles que, em seis pontos disputados, perderam cinco.

É só o começo. Tem ainda muita bola para rolar no gramado! Mas quem não perdeu nenhum ponto disputado até agora, já está na intermediaria de ataque do acesso… e tem a posse da bola!

Apesar da boa vantagem na tabela, o Dragão não pode ainda sentar-se na cadeira de balanço, colocar o óculos escuros, pedir uma loira gelada e relaxar. É preciso manter o foco e a vantagem conquistada. E aproveitar a tranquilidade da estrada para manter a liderança.

Nesta fase da competição o descanso é curto. Os quatro aspirantes ao clube de elite do futebol mineiro, voltam a campo neste sábado, 14. O Dragão joga outra vez em casa, às 10:30h, contra o combalido Betim, que apagou seu fogo no Manduzão na fase classificatória. É hora de dar o troco! Uma vitória sobre o vice-campeão do ano passado, além de consolidar a liderança, praticamente elimina um dos dois concorrentes à vaga. Aí ficará faltando apenas um pontinho para colocar o bermudão e pedir uma loira gelada!

Ah, as duas vitórias consecutivas – no momento em que era preciso vencer – silenciou a torcida que na semana passada havia pedido a cabeça do técnico Ito Roque!

Que venha o “Guerreiro” de Betim, pois o Dragão está soltando fogo…

 

Simplória & Finório caíram nas malhas da lei

Na lista negra da justiça em vários estados da federação, o casal estava a caminho de Pouso Alegre para – provavelmente – aplicar mais um Conto do Bilhete Premiado!

O vigário da paroquia não tem nada a ver com essa história…. Mas foi sua tentativa, vã, de convencer os fiéis – ou infiéis! – a trilhar os caminhos de Deus, que deu origem ao epíteto “Conto do Vigário’!

Contos do vigário Brasil afora é o que mais tem… e vigaristas também! Só em Brasília existe muito mais de cem!

O famoso conto do vigário – nascido injustamente da árdua missão do padre em tentar conduzir seu rebanho nos caminhos de Deus – tem diversas modalidades:

Tem o conto do “sobrinho e o carro quebrado” na estrada;

Tem o conto do “príncipe encantado”;

O conto do “carro sorteado” no Programa do Silvio santos;

Tem o “conto do benzedor”! – leia depois…

Tem o “conto do sequestro” e tantos outros contos mal – ou bem – contados para tirar o dimdim dos incautos cidadãos.

 

Dentre tantos, o mais comum é o famoso conto do “Bilhete Premiado”, aplicado pelos ‘artistas’ “Simplório & Finório” em vitimas idosas e aparentemente ingênuas… e outras nem tanto!

Neste, é preciso a participação de dois ou três vigaristas para fazer a encenação.

 

Prender os vigaristas que aplicam tais golpes é mais difícil do que achar um bilhete premiado – de verdade – na rua!

 

Como se não bastassem os vários motivos que dificultam o trabalho da polícia na busca pelos vigaristas, no final do ano passado nossos ilustres parlamentares aprovaram mais um! Visando salvaguardar a imagem – e a impunidade – do vigarista, a imprensa não pode mais mostrar a cara dos custodiados pela policia. Com isso eles viajam para todos os cantos do país aplicando seu golpes… e continuam impunes.

Apesar de tantos estelionatários cometendo crimes por aí, no Hotel do Juquinha, dentre os mil e cem presos, conta-se nos dedos da mão direita – e ainda sobra dedo! – o numero de 171 cumprindo pena por estelionato!

 

Um destes casais de vigaristas que viajam livres, leves, e soltos aplicando golpes país afora, tropeçou nas malhas da lei na manhã desta terça-feira, 03, na rodovia JK, no município de Ipuiuna. A prisão aconteceu durante abordagem de rotina realizada pelos patrulheiros federais. Os ocupantes do veiculo VW gol, com placas de Ibiporã-PR, disseram que estavam viajando para Três Corações, onde passariam férias na casa de parentes.

Ao puxar a capivara do casal – um homem de 53 e uma mulher de 44 anos – os paladinos da lei constataram que eles estavam na lista negra da justiça dos estados de Mato Grosso do Sul e do Paraná. Segundo os mandados de prisão eles são procurados naqueles estados pelos de crimes de estelionato, extorsão mediante sequestro – esse do apavorante ‘conto do sequestro’ – e formação de quadrilha.

O casal de meliantes, a “Simplória” de 44, e o “Finório”, de 53, trocaram o Gol de Ibiporã pelo táxi azul e amarelo dos patrulheiros e foram se hospedar no hotel do contribuinte de Poços de Caldas. Nos próximos dias os vigaristas deverão pegar o Táxi do Magaiver que os levará de volta ao Paraná, onde já estão sendo processados.

 

Por conta daquele projeto de proteção à imagem dos criminosos, não podemos exibir suas fotos aqui… Que pena! Com certeza eles já aplicaram o golpe do Bilhete Premiado na sua cidade! Esse casal pode ser aquela dupla de simplório e finório que levou suas economias no ano passado…

 

Caso interesse ao leitor, a lei 13.869/2919 – Abuso de Autoridade – partiu das iniciativas dos senadores Renan Calheiros e Randolfe Rodrigues, em 2016 e 2017 respectivamente, e foi abraçada pelos demais parlamentares.

Dentre outras medidas que limitam a atuação da polícia, a malfadada lei impede que você conheça a cara do criminoso que cometeu um crime contra seu vizinho!

Com isso, a dupla “Simplória & Finório”, que foi presa nesta terça-feira a caminho de Pouso Alegre e Três Corações, não será exibida nesta reportagem…

 

 Leia aqui no Blog: https://airtonchips.com/2014/07/21/vovo-cai-conto-benzedor/

Gatuno imita Homem Aranha para roubar policial

Ele escalou o lado externo de um prédio de três andares e levou a pistola e roupas novas do tira!

A pistola do policial foi parar na cueca do gatuno…

Aí quando você acha que viu de tudo em matéria de ousadia dos bandidos, o meliante dá um passo a mais… Aliás, vários passos… parede acima! Desta vez ele decidiu roubar a casa de um policial enquanto ele dormia!

 

Madrugada fria e silenciosa de Finados no bairro Lagoinha. O soturno lombrosiano se aproxima da grade que circunda o prédio, joga cobertores velhos e trapos sobre a espetante e ameaçadora concertina, neutraliza suas afiadas garras e a cerca elétrica, escala a grade e pula para o interior do pequeno condomínio. Seu alvo é o terceiro andar do predinho de apartamentos. Pacientemente ele coloca seus talentos aracnídeos em ação… E escala o prédio usando as janelas e as sacadas do prédio e chega ao apartamento da sua escolha. Silencioso como um gato, ele desfila pelo apartamento, pega o que quer e tão sorrateiro como entrou, sai de fininho.

 

O morador está nos braços de Morfeu, tem o sono pesado, e continua dormindo.

 

Seria o crime perfeito! Digno do ‘Oscar’ entre seus parças de caminhada!

 

Pela manhã, quando acordasse, a vítima perceberia que ficara só com o cabo do guarda-chuva na mão… e um mistério para investigar!

 

Mas eram as primeiras horas do Dia de Finados…       Havia muitos espíritos desencarnados comemorando seu dia, e um deles resolveu colocar água no shop do gatuno.

Quando ele descia a última escada para chegar à garagem, onde pegaria a principal rês furtiva, um morador apareceu no seu caminho e colocou a boca no trombone!

 

Metade dos moradores do prédio saltou dos braços de Morfeu e desceu a escada para ajudar o vizinho… inclusive o dono do apartamento invadido e roubado!

Em poucos minutos o gatuno foi dominado pelos moradores e entregue aos homens da lei que não tardaram a atender ao chamado…

 

Ao deter o gatuno, o morador do apartamento invadido minutos antes, sem saber que ele havia sido a vítima da vez, reconheceu o meliante, pois duas semanas antes ele, o morador, havia detido o mesmo gatuno – sem convite – no interior do condomínio e o havia entregue à policia militar. Por isso mesmo ele fez questão de ir à delegacia acompanhar a lavratura do flagrante.

 

Enquanto o gatuno seguia para a DP no taxi do contribuinte, o morador subiu ao seu apartamento para pegar os documentos e a chave do carro. Só então percebeu que fora ele o contemplado com a visita sorrateira do gatuno. O lombrosiano havia furtado além de roupas, as chaves do seu carro e !!!… Sua pistola Glock, carregada até a boca de azeitonas!

Sim… a vitima do roubo do terceiro andar é policial!

O meliante roubou sua ferramenta de trabalho e pretendia roubar também sua caminhonete que estava na garagem!

 

As surpresas não acabaram aí!

 

Ao chegar à delegacia – em tempo recorde – o policial constatou que sua pistola ainda estava na cueca do gatuno da madrugada! Felizmente ele usava pulseiras de prata e não pôde usar a pistola. A calça, a camiseta e o tênis que o gatuno usava, também haviam sido furtadas do policial enquanto ele dormia! As chaves da caminhonete estavam na algibeira da calça operacional furtada…

 

O ousado gatuno ladrão de policial e dublê de Peter Parker, é figurinha fácil no álbum da polícia belorizontina. Seu currículo é recheado de 157, 155 e 33. Se ele tivesse conseguido levar a caminhonete e a pistola do policial, por um bom tempo seus ‘parças’ de caminhada o tratariam como a ‘última batatinha do pacote’! Ganharia status no submundo do crime…

Metade da façanha ele conseguiu, mas…

“Perdeu gatuno”!

 

O infausto crime aconteceu no início da madrugada desta segunda-feira, 02 de novembro, no bairro Lagoinha, região noroeste da capital mineira.

 

Ah, no momento da prisão, o ‘Homem Aranha da Lagoinha” portava na canela um famoso ‘adereço’, também conhecido como passaporte para cometer novos crimes, muito comum entre os meliantes hoje em dia… uma ‘tornozeleira eletrônica!

Derrota do Dragão provoca protestos dos torcedores

Após a segunda derrota seguida, Torcida ‘Uniformizada’ Dragões do Mandu pediu a cabeça do técnico!

Com Ito Roque no comando tecnico, o PAFC conquistou apenas 33% do pontos disputados…

Foi a segunda derrota seguida do time rubro negro de Pouso Alegre. Apesar da derrota, o time classificou-se em primeiro lugar para o quadrangular final!

O invisível bichinho da China espalhou prejuízo, intriga, discórdia, tristeza, decepção e revolta mundo afora… inclusive no futebol!

O recém ressuscitado PAFC, o clube de maior torcida do interior de Minas, parece ter sido o mais prejudicado. Até março, antes da paralisação por conta da pandemia causada pelo bichinho chinês, o Dragão do Sul de Minas liderava com folga o modulo B do campeonato mineiro 2020. Com a paralisação o time perdeu alguns jogadores, perdeu o ritmo e perdeu – o que os resultados mostram – a peça mais importante: o técnico Rogério Henrique. Sem acordo financeiro ele deixou o clube às vésperas de o time voltar à campo. E desde então o escrete rubro negro caiu de produção.

Apesar da experiência, da competência e do empenho – e de novos reforços -, o novo treinador do time, Ito Roque, não conseguiu empolgar o torcedor e nem manter os bons resultados que mantinha há cerca de dois anos. Pior, as mudanças feitas pelo técnico nos últimos dois jogos renderam duas derrotas seguidas e uma invencibilidade de 26 jogos, iniciada em setembro de 2018.

Em quinze pontos disputados nos últimos cinco jogos na reta final da fase classificatória, conquistou apenas cinco, ou seja, 33% dos pontos que estavam em disputa. Empatou duas partidas, perdeu duas e venceu apenas uma vez! Como tinha gordura para queimar, conquistada nos primeiros seis jogos, quando ganhou cinco e empatou um, o time se classificou antecipadamente para a fase final.

A performance do time pós-pandemia, no entanto preocupa o torcedor que já dava como certo o acesso à elite do futebol estadual este ano.

O que aconteceu com o Dragão, o time mais empolgante do campeonato?

A – Perdeu a liderança na beira do campo?

B – Não sabe jogar sem a vibração da massa que canta e grita na arquibancada?

C – Os adversários aproveitaram jogadores que terminaram seus estaduais e se

reforçaram mais que o Pouso Alegre…

D – Ou é só uma fase ruim?

Tomara que a resposta seja a letra ‘D’, pois fase ruim é igual vontade… “é coisa que dá e passa”. É coisa que vem e vai…

Já que o técnico que levou o time tão perto do acesso, não está disponível…

… E a Federação Mineira de Futebol não tem dado sinais de que vai liberar a presença de público nos estádios!

 

Mas bem que poderia fazê-lo!

O estádio Manduzão – o terceiro maior do interior de Minas – tem capacidade para 25 torcedores. Se a FMF liberar a presença de um terço da torcida, como a Europa vem fazendo e a CBF vem aventando, o apaixonado torcedor rubro negro poderá voltar a campo e empurrar o time para o acesso à elite do futebol mineiro.

Enquanto isso não acontece, os torcedores, do lado de fora do estádio e nas redes sociais, querem a substituição do comando técnico do time!

 

   “… em nome da torcida do PAFC solicitamos à diretoria do clube que faça uma mudança urgente no comando técnico do time”, diz a Nota Oficial da Torcida ‘Uniformizada’ Dragões do Mandu.  

 

A fase final que apontará os dois clubes que sobem para o ‘Modulo A’ começa neste fim de semana. Para ficar entre os dois, é necessário somar mais de 10 pontos nos seis jogos, ou seja: é preciso fazer o ‘dever de casa’ e buscar uma vitória ou dois empates lá fora!

“Quem matou o suicida”

O crime que deu titulo ao livro…

O pescador pedalava lentamente sua bicicleta pela trilha batida que saía na estrada, quando sentiu necessidade de fazer xixi. Passara as primeiras horas da manhã dando banho na minhoca na beira do rio e mal pescara meia dúzia de mandis. Na verdade, ele sabia que seria assim. As águas do Rio Lambari estavam muito sujas para pescar alguma coisa além de mandi. Só foi para a beira do rio por dois motivos: para manter o hábito… e para ficar longe da mulher! Encostou a velha bicicleta roxa com cesto na traseira e as varas de pesca amarradas ao quadro, em um arbusto na beira da trilha, entrou no mato e foi logo abrindo a braguilha.

Enquanto a bexiga lentamente esvaziava, deixando aquela sensação de alívio, deixou os olhos divagarem para o interior da mata. Observou os galhos, os cipós, um pássaro marrom de calda longa… – dizem que é alma-de-gato! De repente seus olhos pararam em um vulto pendurado num galho. Antes mesmo de fechar a braguilha inclinou o corpo tentando ver melhor o vulto. Sentiu um calafrio. Deu dois passos à direita, levantou um galho que dificultava a visão e… Arregalou bem os olhos!

Era mesmo uma pessoa!

A cena era macabra!

O corpo rijo pendurado na forquilha da árvore, com os pés a menos de um metro do chão, parecia balançar suavemente, não tanto pela brisa suave que penetrava através da folhagem, mas pela nuvem de mosquitos que se deliciava com o corpo em putrefação.

Martim Pescador, 55 anos, já vira pessoas mortas, inclusive por causas externas, mas a visão o deixou impressionado. Ainda com os pés fincados no chão, percorreu os arredores num raio de cento e oitenta graus procurando alguém com os olhos. Não viu ninguém e o silêncio confirmou: estavam sozinhos! Deu alguns passos à frente e foi circulando o palco, até ficar de frente para o pendurado…

– “Meu Deus! É o Jacinto…

…………………………………………………………………………………………………………………………

Um corpo inerte e sem vida pendurado na ponta de uma corda, no galho de uma árvore no meio do mato, acima de um banquinho jogado de lado, certamente encerra a história do enforcado! Mas pode começar uma intrigante história de mistério, de amor, de paixão, de dinheiro… – ou falta dele!

O que, aos olhos dos familiares, dos amigos, dos curiosos e até da polícia – aquela que se limita a cumprir o ‘horário de expediente’ – parece um típico suicídio, para um policial de verdade, aquele que ama o que faz e busca esclarecer os fatos e colocá-los na mesa do Homem da Capa Preta, pode ser um crime! Um crime covarde, tramado e executado pelo vizinho do lado, por um desconhecido ou até pelo amigo de baladas!

      No controverso título “quem matou o suicida”, mais importante do que saber quem é o assassino, é perceber a fragilidade da investigação policial que, por isso mesmo, na maioria das vezes deixa o assassino impune. O tino policial, a argúcia do velho detetive e o desfecho da história de “Quem matou o suicida”, no entanto, ‘pagam o ingresso’!

     “Quem matou o suicida” é apenas uma das histórias deste livro, que desnuda o heroísmo do policial, que o exibe como um mortal comum, sujeito a erros, medos, deslizes profissionais e… traições. “O último dia do policial”; “Por que os cães não atacavam Fernando da Gata?”; “O batateiro do bigode falho”; “Os fantasmas do velho hotel da Silvestre Ferraz”. Histórias macabras como “O esquartejador de Silvianópolis”; “O assassinato de Silvio Santos”; “Larissa de Extrema”; “Larissa de Pouso Alegre” são uma amostra disso.

      E tem muito mais.

      Além dos casos policiais, vivenciados ou investigados pelo autor, o livro traz histórias de vida tais como: “Maria, 90 anos de solidão”, “Guermina e o Catre”, “O menino que dormia sobre as caixas de maçã”…

      É impossível não se emocionar com o drama vivido por “Paulinho & Mariana, os pais do nóia JC”. Ou não ligar o sinal de alerta com a precocidade com que os adolescentes iniciam nas drogas, e seus riscos, em: “Tragicomédia no Hospital Frei Caetano”.

      Traz também histórias hilárias como “A múmia de Bueno Brandão e os Três ossos pequenos”; “O louco e a cascavel” …

      O bucolismo, o saudosismo e a transformação sociocultural de Pouso Alegre no último meio século pode se ‘pegar com a mão’ nas histórias “Ribeirões da minha infância”; “A lenda do Zorro da Zona Boêmia”; “O mistério do Corpo Seco” – que misteriosamente ‘sumiu’ do primeiro livro do autor – e; “Anos 70, a década de ouro da humanidade”.

     Enfim, uma obra para matar a saudade dos tempos idos, desnudar a alma do ser humano, e constatar que ainda existem profissionais que amam o que fazem – profissionais capazes de levar uma “Mensagem à Garcia” -, mas estão cada vez mais escassos!

     Tudo isso narrado com bom humor e de um jeito gostoso de ler, por alguém que viveu a vida toda em contato com as pessoas, nas ruas, há décadas contando casos policiais na imprensa de Pouso Alegre.

     Boa leitura!

     Airton Chips

* Para continuar a ler e saber “Quem matou o suicida”, adquira seu livro físico numas das livrarias ou bancas de jornais de Pouso Alegre, ou através da nossa loja virtual. Você pode ler também ‘online’, na Amazon.com.br

PAFC perde o jogo mas não perde a liderança…

… O time já estava classificado para a fase final do campeonato mineiro!

Os torcedores ficaram lá fora… mas a energia positiva e o bandeirão da torcida entraram!

Depois do retorno aos gramados no pós- pandemia, o Dragão do Sul de Minas fez mais quatro jogos. Sob o comando técnico do novo treinador, Ito Roque, o time empatou duas partidas, venceu uma e perdeu a outra. A vitória fora de casa contra o Ipatinga na nona rodada, por 3×2, garantiu ao Dragão a vaga no quadrangular final do campeonato. Na décima rodada, jogando em casa, no Manduzão ainda de portões fechados e com a vaga já garantida, o experiente treinador fez experiências, tirando alguns jogadores do banco de reservas, e começou ganhando. Mas sofreu o empate e no final, numa lance fortuito, numa bola desviada pela zaga, acabou tomando a virada.

O Dragão não conhecia derrota desde setembro de 2018. Foram 26 jogos de invencibilidade, um recorde no futebol brasileiro.

Apesar da derrota – num momento em que podia perder -, o time criou muitas oportunidade de gols e poderia ter mantido a invencibilidade. Para quem viu os últimos quatro jogos valendo três pontos, o time está ainda mais compacto e agressivo do que antes da parada em março.

Se não houvesse a 11ª rodada, as duas vagas para  o acesso seriam disputadas entre Pouso Alegre – que mesmo com a derrota detêm a primeira colocação do certame – com 21 pontos, Athletic de São João Del Rey com 20, Betim com 17, e Nacional de Muriaé, com 15 pontos.

A derrota não deve abalar o Rubro do Mandu. Na última rodada da fase classificatória o time viaja para o leste mineiro, onde enfrenta um tradicional adversário da década de 80, o Democrata de Valadares. Já classificado e sem vantagem em ser o primeiro ou segundo do certame, um bom resultado no próximo sábado, 31, serve apenas para mostrar respeito e incentivar o elenco no quadrangular que irá apontar os dois times que subirão para o grupo de elite do futebol mineiro este ano.

Morando ao lado do Mineirão, já estou pensando em qual camisa irei usar no ano que vem!!!

 

Larissa…

Estuprada, assassinada e jogada na lata de lixo!

O assassino se inspirou no clássico da literatura russa para cometer o crime.

Nove da manhã do dia 11 de outubro…

A costureira Joana arrumou o quarto, varreu a casa, arrumou a cozinha, juntou o lixo e foi levar ao coletor na rua, na extremidade da pracinha. Quando levantou a tampa do coletor laranja para colocar o lixo, o saco escorregou de suas mãos! O que viu fê-la perder as forças… As pernas bambearam! O queixo caiu! Demorou alguns segundos para recuperar o fôlego e soltar o primeiro grito! Dentro do coletor de lixo havia um corpo… Um corpo de mulher, ensanguentado… Sem vida!

No IML de Pouso Alegre, o médico legista contou 59 ferimentos à faca. E viu também vestígios de estupro. Depois da necropsia o corpo recebeu a etiqueta: “desconhecido”, e foi colocado na geladeira. Na tarde do mesmo dia o corpo frio e maltratado ganhou um nome:

“Larissa”

Depois de procurar na casa de amigos, de parentes, de um possível namorado, no hospital, e todos os cantos mais, a família foi à delegacia registrar o desaparecimento… E encontrou o corpo da menina no IML!

Larissa era apenas uma menina alegre, vivaz, sonhadora, ingênua… como a maioria da sua idade. Não tinha envolvimento com drogas e nem com qualquer tipo de crime. Não era sequestrável e nem ‘assassinável’. Seu bárbaro assassinato era um mistério.

Os detetives varreram as imediações da pracinha, sacudiram metade dos colegas, funcionários e professores da E.E.M. Jose Paulino, onde ela estudava, mas tudo foi em vão… não encontraram motivos para o bárbaro crime e nem o assassino!

Embora não houvesse muitos crimes na cidade na ocasião, a policia esqueceu do caso. Por falta do fio da meada para prosseguir a investigação, o caso Larissa – estuprada, assassinada e jogada na caçamba de lixo – foi para o freezer…

Só os parentes continuaram cultivando seu sorriso nas fotos, e alimentando a saudade…

O crime é cercado de mistérios e nuances de coisas do além, coisas que ficam escondidas nas esquinas da psique humana; que ora torce para a pessoa se dar bem… E a protege! Ora torce para ela se dar mal… E a delata!

O assassino inspirou-se em um clássico romance da literatura russa para matar a garotinha. Ele queria fazer melhor que Raskólnikov… Ele queria cometer o crime e ficar impune!

Será que ficou?

 

  • Essa macabra história – real – começa na pagina 271 do livro “Quem matou o suicida”.

O livro está à venda…

Dragão do Sul de Minas garante vaga no quadrangular final

A classificação antecipada para a final do Campeonato Mineiro 2020 aconteceu na tarde desta quarta-feira, 21, no Vale do Aço.

A primeira etapa rumo à elite do futebol mineiro foi vencida. Oito adversários ficaram para trás… E por antecipação! Na próxima fase basta eliminar mais dois adversários para subir…

Jogando longe de casa, o Pouso Alegre venceu, de virada, o Ipatinga na tarde desta quarta-feira por 3 a 2 e se garantiu como o primeiro classificado para o quadrangular final do Módulo II do Campeonato Mineiro.

Sem poder contar com o lateral-esquerdo Foguinho, suspenso pelo terceiro cartão amarelo, e o volante Mineiro, com um desconforto muscular, o Pousão ainda perdeu uma peça importante logo aos cinco minutos de jogo. O meia Matheus Sousa, com uma contusão na coxa, acabou sendo substituído pelo estreante Claudeci, volante que chegou do Boa Esporte esta semana.

E acabou sendo surpreendido pouco depois. Após cobrança de escanteio na área, Marquinhos Acreano abriu o placar para os donos da casa. O Pouso Alegre, entretanto, não se abalou e conseguiu o empate ainda no primeiro tempo em cobrança de pênalti do zagueiro Pedro Vítor.

Na etapa final o Ipatinga mais uma vez ficou em vantagem com um gol de Núbio Flávio. Com o placar desfavorável, o técnico Ito Roque colocou o time para frente com as entradas de Palacios, Pedro Gabriel e Jhulliam.

E as mudanças surtiram efeito. O volante Roldan aproveitou falha da defesa e fez seu quarto gol na competição. E nos acréscimos, após boa jogada de Pedro Gabriel pela esquerda, Jhulliam só escorou para dar a sexta vitória ao Pousão no Campeonato.

Nesta quinta-feira os jogadores chegam a Pouso Alegre e realizam exames de covid-19. Em seguida treinam visando ao jogo de domingo, às 15h30, contra o Betim, no Manduzão. O time da Grande BH ocupa a quarta-posição na tabela de classificação, com 14 pontos.

Por Gleison Oliveira – Assessor de Comunicação PAFC.

Esquartejamento em Silvianópolis…

Vinte e quatro horas depois de matar a amásia ele chegou do trabalho, cortou o corpo em vários pedaços e saiu pela madrugada jogando os membros na beira das estradas.

A cabeça da amásia foi jogada no Rio Dourado… e nunca foi encontrada!

O caso da perna de São João da Mata correu léguas… E alimentou a imaginação de muita gente na região!

Seria algum ritual macabro?

Seria vingança de algum mafioso?

Seria resposta de algum machista fanático que não liga a mínima para o que pensam as feministas ou os politicamente corretos?

Seria acerto de contas entre facções criminosas…?

Fosse o que fosse, uma perna, uma simples perna – aliás, uma perna e meia – certamente não levaria a polícia a lugar nenhum!

Mas a perna mulata e ligeiramente delicada tinha um detalhe, mais precisamente uma tatuagem, junto ao tornozelo!

Uma perna sozinha não leva a polícia muito longe… Mas na companhia de uma tatuagem, leva!

Para sorte da dona da perna jogada aos vermes na beira da estrada dentro de um saco plástico, dentre os policiais que buscariam sua identidade e o resto do seu corpo sabe-se-lá-onde, estava uma médica legista do PML de Pouso Alegre!

Na verdade, a única a se interessar pelo caso desde o momento em que desceu na ribanceira para ver a perna infestada de larvas. Afinal, uma perna inerte, separada do corpo, pressupõe um crime, e se há um crime, e um crime de ação pública incondicionada, logo, compete à polícia judiciária esclarecê-lo.

No entanto, se não havia ninguém reclamando a perna ou pedindo esclarecimento do inexorável crime, por que a polícia iria se preocupar?

A combalida polícia civil mineira, a quem cabe investigar os crimes e colocar os indícios e provas sobre a mesa do homem da capa preta, não dava conta de atender nem a demanda que pairava sobre a mesa do delegado! Por que iria se imolar com demandas que nem haviam sido levadas formalmente à autoridade?

Além do mais, vai que a dona da perna se arrependeu de ter feito a tatuagem e resolveu removê-la com perna e tudo… Por conta própria!

É pouco provável que fosse esse o caso…

De qualquer forma, a polícia civil, por assim dizer, mal tem material humano para cuidar dos vivos, que dirá dos mortos!

No entanto, se a polícia civil enquanto instituição a quem cabe investigar e esclarecer crimes de ação pública não se interessava em investigar o caso da perna tatuada, um policial – mais precisamente uma policial – se interessou. E ela formou logo uma linha de investigação…

Para a arguta legista, a dona da perna tinha envolvimento com… drogas! Ou com prostituição…

Tatuagens não são privilégios de pessoas que levam a vida à margem da lei. Mas dificilmente se vê uma pessoa envolvida com drogas ou prostituição que não tenha tatuagens!…

  • Pessoas com ‘certas’ tatuagens reduzem muito a expectativa de vida – diz a medica em tom jocoso, com frequência. Por isso, confiando no tirocínio, concentrou seus esforços investigativos nesta linha de raciocínio.

Nos dias seguintes dezenas, centenas de ‘garotas de programas’ desfilaram na tela do seu notebook. Belas garotas: brancas, negras, mulatas, ninfetas, maduras, sorridentes, sérias, altas, baixas, esbeltas, ‘cheinhas’, algumas de corpo perfeito, outras nem tanto! Mas nada disso tinha importância…

A ‘investigadora’ estava interessada apenas nas pernas das garotas… Mais precisamente nas pernas tatuadas!

A pesquisa nos sites do ramo trouxe uma revelação surpreendente: muitas de suas conhecidas, na maioria estudantes universitárias mantinham um book de garota de programa…

O apelo da legista na imprensa local, inclusive com exibição da perna tatuada – autorizada pela autoridade policial com esse fim – deu resultado. A perna foi longe. Dois dias depois a ‘investigadora de branco’ recebeu uma mensagem da Bahia.

– Minha neta tem uma tatuagem parecida com essa. Ela mora em Silvianópolis e sempre faz contatos com a gente. Mas já tem mais de uma semana que não dá notícias – dizia a avó da baianinha…

As outras quatorze páginas desta macabra história recente estão no livro “Quem matou o suicida”… Adquira o seu através do site acima!

Anos 70 – a década de ouro da humanidade

Neste dia tão especial para a minha cidade, permitam-me mais um centavo de saudosismo…

Quando o ano novo bateu à minha porta na Rua São João, ainda não havia luz elétrica nem água encanada dentro de casa. Torneira havia apenas uma no tanque de cimento no quintal sem cobertura. O fogão era a gás, infelizmente! O de 70 foi o pior inverno da minha vida, pois o fogão a lenha com o banquinho liso, de madeira, para sentar e esquentar os pés, havia ficado lá na casa de pau-a-pique na Vargem do Coqueiro em Congonhal. Para esquentar a vida, só mesmo os jogos da Copa do Mundo. Assisti a todos os jogos da Seleção Canarinho pela televisão preto & branco na casa do vizinho Danielzinho Marcondes. Na minha casa a TV, mesmo a p&b só chegaria no final da década. O melhor dos jogos era a comemoração! Um dos meus dez cunhados era mecânico na Mavesa e, em dias de jogos do Brasil, ele pegava um caminhão emprestado na firma… Depois do jogo saíamos para comemorar pela cidade! Um velho caminhão Chevrolet sem toldo, lotado de garotos, adolescentes e adultos!

Ninguém nunca caiu do caminhão. Ele nunca foi parado pela polícia e nunca recebeu uma multa por isso…

Passada a euforia da Copa do Mundo, vinham as trocas de figurinhas de jogadores, o “bate bafo” nas calçadas… Era hora de voltar às brincadeiras habituais de rua. De dia, quando não estava no Grupo Escolar Presidente Bernardes da Rua Bom Jesus, ou vendendo picolé da sorveteria do “Sô” Ferreira, estávamos na poeira da Rua São Pedro jogando bolinhas de gude, queimadas ou disputando os campeonatos de pipas e papagaios. No final da tarde quando o vento soprava mais forte, a rua se enchia de garotos para assistir e torcer pelo ‘time’ da rua de cima contra os laçadores da Rua Dom Lafaiete. Cada pipa que a rua de cima ganhava no laço – e sempre ganhava – era comemorada como se fosse um gol da seleção. Era uma festa sem tamanho fazer o “jaú” mergulhar por cima da rede elétrica, das casas do quarteirão, no espaço do vizinho, laçar a presa e puxá-la para o nosso território fazendo-a descer na nossa rua. O laçador não se importava em ficar com o troféu… O mais gostoso era ver a molecada correndo olhando pra cima até pegar o ‘jaú’ de plástico ou de papel, mesmo que ele se partisse em vários pedaços em suas mãos. No bairro da Saúde nos anos seguintes ainda vi parte dessa peculiar competição. Mas igual aos torneios da Rua São Pedro versus Rua Dom Lafaiete, nunca mais!

À tardinha o programa favorito daquele início de anos 70 era pendurar na varanda ou na janela de casa para ver o canudo de fumaça preta, cinza ou branca da Maria Fumaça. Logo depois de ouvirmos o primeiro apito avisando que cruzaria a BR 459, corríamos para a varanda a tempo de ver o trem precedido pela fumaça surgir atrás da igrejinha N.S. de Fátima. A fumaça cruzava a cidade em meio aos apitos e o choc-choc-choc das manivelas. Já na Avenida Brasil o trem começava soltar os espirros do freio e ranger nos trilhos até parar na velha estação na esquina da Dr. Lisboa.

À noite, depois do jantar e do “dever de casa”, naturalmente, começavam as brincadeiras de rua. Soltar Pião, Pique-esconde, chicotinho queimado, queimada até a hora de sossegar em volta da fogueira para contar causos de assombração.

Como tinha causos de assombração naquela época! Foi numas dessas ocasiões que me familiarizei com a história do Corpo Seco! Sem saber que aquele esguio senhor de bota de cano alto, que toda tardinha, já no crepúsculo, descia do Santo Antônio, virava a esquina da São João e descia em direção à sua casa perto do Asilo, era irmão do Corpo Seco dos nossos arrepios e pavores!

Nosso dia encerrava já ‘altas horas’ da noite… Por volta de nove e meia, quando muito dez horas! E tínhamos pelo menos três bons motivos para nos recolher!

Primeiro que lenha para fazer fogueira custava dinheiro! Era comprada do João Brunhara que a vendia em metros na Rua João Basílio. Vendia também os frangos, já que no nosso quintal não podíamos criá-los.

O segundo motivo é que nossas mães, depois de chamar três vezes para lavar os pés e dormir, não chamavam mais… Mas poderiam aparecer a qualquer momento, de surpresa, com um ramo de guanxuma, com a cinta de couro cru do pai ou uma varinha qualquer na mão e descer-nos o borralho!

O terceiro motivo era tão tenebroso quanto. Toda noite a “carruagem do diabo” descia do Alto das Cruzes levando os restos mortais do cemitério velho desativado em 1917 para o cemitério novo das Taipas. Era um barulho infernal de carroça velha puxada por cavalos fazendo os cascos levantarem faíscas no contato com os pedregulhos da rua, seguida por uma matilha inteira latindo, uivando e gritando. A carruagem fantasma descia sempre por volta de quatro horas da madrugada. Mas, vai que o cocheiro erra o horário e acaba descendo pouco depois das dez da noite!… Éramos cada um mais corajoso que o outro ali na rodinha em volta da fogueira… Mas com coisa do outro mundo era melhor não abusar, né?

 

     Quem nasceu por volta de 1960 e chegou à idade adulta na década de 70, é um privilegiado… Teve a melhor infância e adolescência dos últimos séculos! Ninguém viveu tanta pureza, tanta diversão, tantas aventuras e foi tão feliz quanto essa ‘galerinha’ que descobriu a vida na década de 1970, os anos de ouro da humanidade!

    Você é sex… sagenário? Então você viveu essa história!

     As outras 12 páginas dessa história de saudade estão no livro “Quem matou o suicida”. Adquira o seu e viaje no tempo! Só essa história já paga o ingresso.