Tarado estupra menina em Munhoz

       Com tantos namoricos, ‘ficantes’ e amizades coloridas por aí, o crime de estupro caiu de moda. Alguns brutos insensíveis e de pouca lábia para balançar o coração da amada, no entanto, ainda insistem em buscar o prazer carnal à força, como um brutamontes troglodita.

       Foi o que aconteceu na pequenina Munhoz, encravada no meio do vale entre Bueno Brandão, Socorro e Camanducaia na noite de domingo. A garotinha F. caminhava feliz e contente por uma estradinha deserta no bairro Ribeirão Fundo, nos arredores da cidade, quando foi agarrada pelo tarado Marcos Jose Marcelino, de 26 anos e levada para o banheiro de uma borracharia, onde o crime se consumou. Ao voltar para casa Chapeuzinho Vermelho, digo a garotinha de 13 anos, contou o fato aos pais, que chamaram a policia e o Conselho Tutelar. O lobo mau, quero dizer, estuprador Marcos Jose foi caçado e preso em sua casa, no bairro Areias, na divisa com Itapeva e levado para Pouso Alegre na manha desta segunda. Depois de sentar-se ao piano e assinar o velho 213, o tarado deverá aguardar o julgamento do hediondo crime no velho hotel de Ouro Fino.

Mãe desacorçoada manda prender o filho ‘churrasqueiro’ em São Gonçalo

         O cidadão Saulo Florêncio de Souza, 29 anos, está hospedado no Hotel do Juquinha desde a manhã desta quinta. Para conseguir a hospedagem gratuita ele precisou de uma tesoura, um espeto de churrasco, uma pedra bege fedorenta e muito espalhafato com os familiares.

       O forrobodó começou as três e meia da manhã com sua mulher Vanilza. Ao chegar em casa chapado pelo crack, querendo comida quente e chamego, como de habito, Saulo desceu o borralho na esposa. Com a cara cheia de hematomas e com medo de apanhar mais ou de morrer nas garras do gavião, ela recolheu-se ao seu canto e foi chorar sozinha sua triste sina.

       Dona Maria de Fátima, mãe do moço e os irmãos Sildete e Silverio, no entanto, chamaram o brutamontes na chincha. Ao ser repreendido pela família toda, Saulo Florêncio, que não é flor que se cheire, agarrou a tesoura e o espeto e ameaçou fazer churrasquinho dos familiares.

       Os homens da lei foram chamados e conduziram o valentão chapado para a delegacia regional de Pouso Alegre, onde ele sentou-se ao piano do delegado Waldir Pelarico, de Ouro Fino.

       Para que ele fosse preso e enquadrado na Lei Maria da Penha era necessário que as vitimas representassem contra ele. A esposa e os dois irmãos, com medo de represálias, perdoaram e recuaram, mas com a matriarca da família, dona Maria de Fátima, não teve perdão. Ela estufou o peito, assinou embaixo e mandou o filho para o xilindró… Pelo menos por uns três meses ficarão livres do nóia violento.

O Misterio do Coisa Ruim da Borda

       Olá… Feliz ano novo.

       Que a benção de Deus Pai criador caia sobre voce, meu estimado leitor e que seu filho, nosso irmão Jesus, continue a iluminar seu caminho e guiar seus passos. Que Ele te dê força, perseverança e sabedoria para vencer seus desafios com seu trabalho digno e honrado, sem derrotar ninguem. Amém.

       Como o leitor deve ter percebido, estou ausente do meu ‘habitat’, longe de casa, alheio aos fatos cotidianos. Mas, mesmo sem novidades no blog, os leitores continuam acessando… Por isso eu também resolvi dar-lhes um presente, que na verdade eu vinha guardando a sete chaves para o meu ‘primeiro livro’… Uma das melhores historias da serie “Meninos que vi crescer”; ‘O Misterio do Coisa Ruim da Borda’, exaustivamente investigada e escrita no final de 2009 e inicio de 2010, com fotografias do ‘palco’ do Chiquinho da Borda tiradas na semana passada.

      Boa leitura.

O mistério do Coisa Ruim da Borda

O Morro dos Cães uivantes

E os anjos e demônios nossos de cada dia

       Parei meu carro na praça ao lado da jovem Basílica de Nossa Senhora do Carmo – jovem no titulo de Basílica a que foi elevada em 2005, pois a majestosa construção tem varias décadas. Foi concluída em 1954 – as duas e meia da tarde quente de sábado e desci. Entrei na primeira loja que vi aberta. Completamente vazia. Um rapaz e uma moça estavam de frente um para o outro acertando contas, com papeis, dinheiro e anotações sobre o balcão. Cumprimentei-os e antes que eu dissesse mais alguma palavra, do nada surgiu uma vendedora, abriu um sorriso ligeiramente forçado e perguntou delicada; “Posso ajudar”? Com um leve pigarro, esbocei também um sorriso de boca fechada, esperei propositalmente o ponteiro do relógio caminhar alguns segundos e respondi perguntando; “ O que vocês me contam sobre o ‘Coisa Ruim da Borda’”? Uma bomba teria causado menos impacto. Os três olharam ao mesmo tempo para mim, olharam um para o outro, olharam de novo para mim cada um tentando formular uma resposta ou uma pergunta. Eu já havia chamado a atenção necessária, desisti da maldade e acrescentei; “Desculpe… eu sou colunista policial em Pouso Alegre e estou aqui investigando a historia do tal Coisa Ruim da Borda, para publicar em minha coluna e no meu blog”. Soltando a respiração, cada um dos três tentou falar ao mesmo tempo, para dizer que nada sabiam a respeito. Uma das jovens tinha ‘ouvido falar há muito tempo’. A outra disse que seu ‘pai contava uma historia dessas’ mas ela não se interessara ou não se lembrava. O rapaz já refeito do susto disse que ‘talvez o padre ou o sacristão ali do lado soubesse alguma coisa’ e recomeçou a contagem perdida das cédulas sobre o balcão. Eu estava começando desvendar o mistério do Coisa Ruim ou Capeta da Borda.

Ao ver que as portas da Basílica estavam fechadas segui pela mesma calçada da loja em direção à Casa Paroquial. Na esquina havia um senhor septuagenário sentado no portal térreo de um sobradinho aproveitando a sombra da Basílica e eu não fiz cerimônia; pedi licença, sentei-me ao seu lado e puxei prosa. Mas poupei-lhe o susto. Antes de entrar no assunto que me interessava eu disse quem eu era e o que queria. O simpático e desembaraçado velhinho contou-me tudo que sabia – o que não era muito – realidade e folclore. Foi ali, vendo o tempo mudar e uma cortina branca despencando sobre o Distrito do Sertãozinho, se aproximando da cidade, que eu soube que o Coisa Ruim da Borda nunca passou da “Ponte de Pedra” e que se voltasse para a fazenda de onde foi expulso seria chamado de “Coisa Ruim de Tocos do Mogi”. Depois do solícito velhinho, cheguei ao muro da Casa Paroquial, mas o sacristão, zelador, camareiro ou mordomo dos padres não se deu o trabalho de falar pessoalmente comigo. Usou o frio interfone para informar que não havia padres em casa, mas que talvez eu conseguisse receber a benção de um deles no Centro Pastoral ou na igreja, na missa da cinco.

Cheguei com três beatas bem maduras ao Centro Pastoral. Uma delas até quis falar alguma coisa sobre o tal capeta, mas quando a outra mais acanhada e desconfiada descobriu que algumas pessoas já estavam reunidas nos fundos do Centro, elas me deixaram falando sozinho. No ponto de táxi, agora sob os primeiros pingos grossos de uma chuva que se espalhou e não banhou a cidade, devolvendo o sol forte a todo o município em poucos minutos, enriqueci bastante o dossiê do Coisa Ruim e sua saga e levantei nomes de pessoas que poderiam me dar muitos capítulos de sua historia. Com menos de duas horas de investigação na cidade do grande desportista Rogerinho Medeiros, eu já poderia desvendar e escrever quase todo o mistério do Coisa Ruim. Mas, não teria graça nenhuma se não conhecesse o palco de sua exibição e não sentisse seu bafo quente em minha nuca. Por isso só deixei a cidade no apagar das luzes do astro rei, depois de visitar o sombrio casarão do alto da colina, na estrada que vai para Bom Repouso, onde precisei segurar com força minha cruzinha dourada no peito e quase cair numa vala da estrada em obras, para desviar de um fusca velho que se jogou de porta aberta sobre mim numa descida.

Bem, antes de prosseguir com esta historia cheia de controversas, tabus, superlativos, perturbação do sossego, folclore e muito medo, para melhor entendimento do leitor e evitar a incansável repetição do termo Coisa Ruim da Borda – que pode acabar assustando alguma criança – batizemos personagens e locais desta historia arrepiante e até aqui mal contada. O palco das exibições do chifrudo, tinhoso, bode velho, saci ou simplesmente Espírito Brincalhão chamaremos de ‘Colina ou Morro dos Cães Uivantes’ – Não confundir com o clássico “O Morro dos Ventos Uivantes de Emily Bronté – O fazendeiro que fez o pacto com o espírito perturbado será chamado de “Portuga”, homenageando sua origem além-mar, o pá. A jovem noiva prometida chamaremos apenas de “Donzela”. O irmão dela, único remanescente vivo da família, testemunha ocular e auditiva da macabra historia chamaremos pela inicial de seu nome,  “R.”. O “dito cujo” já tem nome. Muito além das cercanias da Borda as pessoas que ouviram, mesmo que por alto sua historia, já sabiam que ele se chamava “Chiquinho”. Ele próprio se apresentou ao seu anfitrião com este epíteto carinhoso quando veio buscar sua donzela prometida, em 1953.

Bom, agora que nos tornamos mais íntimos, vamos falar francamente; “…Que atire a primeira pedra….” quem nunca viu o capeta!!! Ora, ora, ora, todos já vimos e cada um de nós o pintamos de acordo com nossa conveniência. Eu já estive cara a cara ou ‘costas à cara’ – Sua principal característica é a traição – com ele inúmeras vezes. Apesar de conhecer ‘an passant’ a historia do Coisa Ruim da Borda, só na capital do pijama esbarrei neles umas quatro vezes.

A primeira vez foi em 1970. Eu estava no forro da casa do Sr. Jairo, no bairro Santa Rita, para continuar lendo essa historia, acesse ‘www.meninosquevicrescer.com.br’!

Retrospectiva 2011…

 

         O velho e bom Dois Mil e Onze está se despedindo… É  hora de dar uma repassada geral nos principais acontecimentos da região e do país.

         Foi o ano dos pequenos assaltos praticados por dupla de motoqueiros em toda região. Teve até alguns tiros e os ‘157 nervosos’ nao levaram quase nada das farmacias, mercadinhos, padarias, postos de gasolina e casas lotericas, mas deixaram um rastro de medo e impunidade por onde passaram. O crime contra velhinhos que vivem sozinhos também teve um considerável crescimento na região. Mas nenhum crime proliferou tanto quanto o arrombamento de caixa eletronico. Foram dezenas no Sul de Minas. Muitos gerentes comerciais pediram  a retirada dos caixas dos seus estabelecimentos com receio de novos ataques. Poucos ladroes de caixa foram presos.

        O trafico de drogas continuou sua escalada arregimentando cada mais distribudores ‘estilos’ avioezinhos e formiguinhas. Passos foi um caso à parte. Em nenhum lugar do Brasil o crime campeou tão solto. Só homicidios foram 46, contra 14 do ano passado. A maioria dos crimes praticados por adolescentes envolvidos com trafico de drogas. Nunca a vida valeu tão pouco no Bairro Novo Horizonte. E não foi somente as drogas e homicidios que subiram ao palco de mãos dadas, não … o furto de motocicletas na bela Passos também dividiu os apupos da plateia. Moto por lá se compra em qualquer ruela por R$50 reais… roubada, é claro. Se em Passos quem marca os passos do crime são os bandidos, o mesmo não acontece na vizinha São Sebastião do Paraiso. Lá tem mega-operação até para combater contravenção penal. Na quarta feira bicheiros e apontadores se enroscaram nas malhas da lei. Só não foram parar atras das grades porque Jogo do Bicho sozinho não é crime.

         Na região coberta pela 17ª Região da Policia Militar e 17º Departamento de Policia Civil, a criminalidade esteve sob controle da policia. Nunca se viu tanta mega-operação policial na região. Ao longo do ano, policiais de Pouso Alegre, Itajubá, São Lourenço foram levar café na cama para os meliantes destas e também de Santa Rita, Ouro Fino, Cambui, Extrema e outras cidades menores. Dezenas de meliantes de todo tipo de atividade criminal foram retirados de circulação. Apenas 09 moradores de Pouso Alegre bateram à porta de São Pedro em 2001, enquanto a media da ultima decada era 14. Apenas dois assassinos continuam em liberdade, embora o delegado Gilson Baldassari ja tenha seu nome e endereço. È necessario salientar que o homem da capa preta ao longo do ano deu muito credito aos pedidos e prisoes realizadas pela PC e PM, além de pesar as mão nas punições aos traficantes, motivando assim o seu trabalho.

        A PC de Pouso Alegre fez uma das mais importantes prisões do ano, desbancando a dupla de ‘gente fina’, Leandro Toledo Pereira e Pedro Luis Vilela. A dupla de filhinhos de papai, acima de qualquer suspeita, vinha distribuindo pedra bege fedorenta, farinha do capeta e outras drogas em festas ‘rave’ para jovens da media-alta sociedade. A prisão dos garotoes com meio quilo do pó e vasto dossiê, simboliza a imparcialidade, eficiencia e competencia da policia civil no ano que se finda.

        No futebol deu tudo errado em 2011. O Timão levantou  o caneco, os tres times de Minas fizeram feiúra, o Boa de Varginha esteve na Serie A por quase dois minutos, mas cedeu o empate. O Santarritense não passou da segunda fase na Segunda Divisão. Os times de Pouso Alegre nem disputaram o campeonato profissional. A Seleção do Mano conseguiu perder quatro cobranças de penaltis na Copa America e para encerrar o ano, o Santos do “deus” Neymar foi ao Japão aprender jogar futebol com o argentino Messi … Ufa.

        Na politica, nunca antes na historia deste país cairam tantos ministros em menos de um ano por envolvimento em maracutaias, aliás todos eles foram herdados do governo anterior. Ah… e quem os derrubou não foi a presidente Dilma, pois ela só faz faxina na pobreza. Quem derrubou os ministros foi a imprensa!!! O bigodudo Sarney continua gastando o dinheiro do povo no Senado, até para fazer propaganda pessoal, pra variar. Para coroar o ano politico, no apagar das luzes, anteontem, o paraense Jader Barbalho – a ultima imagem que eu tinha dele era aquela em que ele aparecia algemado sendo recambiado de uma cadeia para outra anos atras – assumiu uma cadeira no Senado Federal e foi logo requerendo o salario do mes de dezembro, R$ 31 mil reais por tres dias – de recesso parlamentar…

       Enquanto isso as Paradas Gays Brasil afora tem levado muito mais manifestantes às ruas do que os protestos contra a corrupção na politica…

       Mas não vamos desanimar. O amanha – 2012  – será outro dia…

Policia Civil sacode o trafico em Santa Rita

Dezessete marmanjos e marmanjas e dois “dimenor” foram presos

      

        A operação que sacudiu a capital do vale da Eletronica na manha destra sexta contou  com a participaçao de 108 policiais civis pertencentes ao 17º Departamento de Policia Civil de Pouso Alegre. Denominada de “Aliança” a operação reuniu detetives de S. Rita, Pouso Alegre, Cambui, Ouro Fino, Camanducaia, Extrema, São Lourenço e Itajuba, sob a coordenação da Delegada da Comarca  Stella Reis.

        Os presos pertencem a tres familias de distribuidores de drogas da cidade; Os Codornas, os Barrosos e os Borogas, além de alguns avulsos.

         O trabalho de investigação começou ha cerca de tres meses, todo ele realizado pela equipe de detetives de Santa Rita e desencadeou no momento em que os policiais apreenderam um aparelho celular no interior do Hotel Recanto das Margaridas. Seu arquivo continha extensa relação de traficantes formiguinha e ‘mula’ que atuavam a mando do chefe Marciney Jose Barroso, o Ney, preso ha tres anos pela propria policia civil. Na ocasião Ney subornou um agente carcerario e fugiu com seu primo Andre pela porta da frente do presidio “Modelo do Sul de Minas”. Foram presos dias depois com varios quilos de drogas num sitio no bairro Pouso do Campo.

       Para evitar novas “fugas” Ney, o mais poderoso traficante de Santa Rita, dono de varios imoveis e veiculos adquiridos com dinheiro sujo do trafico ganhou ‘bonde’ para  o Velho Hotel de Formiga, onde continua vendo o sol nascer quadrado. No entanto, ‘longe dos olhos… mas perto do coração’. Mesmo da penitenciaria Ney continuou comandando seu reino de drogas. O castelo começou a ruir quando o aparelhinho caiu com chip e tudo na mão da policia civil.

      Nas prisões desta sexta feira, todas elas mediante mandado de prisão preventiva e mandado de busca e apreensão, autorizados pelo homem da capa preta, embasadas nas investigações, foram apreendidas além de pequena quantidade de droga e utensilios comumente usados no trafico, dois carros, tres motos, um revolver, capsulas vazias, computadores, celulares, cartoes de credito e aparelhos eletroeletronicos de procedencia duvidosa.

       Além da mae do poderoso chefão à distancia, Benedita Barroso, a dona Fia, foi presa também sua namorada, a loira Rosana Simonea Rezende – a prefeitura perdeu sua recepecionista!!! – e o irmão dele Luis Rogerio Borges Junior. Da familia dos Codorna, caiu o patriarca Ari ‘Codorna’ Gertrudes e Isabela Cristina Gertrudes. Sonia Jandira Gertrudes conseguiu vazar e dobrar a serra do cajuru…mas  a batata está assando pra ela.

       Além destes enroscaram nas mnalhas da lei também os traficantes Leandro “Boroga” Alves Pereira e sua muher, Tiago ‘Bocão’ da Silva,  Benedito Floriano Filho, Ederson Kenedi  da Silva, Edna Aparecida Alves de Castro, Emerson Romualdo Oliveira, Geraldo Roberto Barros, Jesus Aparecido Borges Carvalho, Joice Aparecida Siqueira Viana, Josimar Roberto Barros, Joslan Romero Costa, Paula Faria e Rafael Augusto Vitor Rosa… e a policia ainda deixou alguns distribuidores de pedra bege fedorenta, farinha do capeta e erva maldita com as barbas de molho… Foi necessario um microonibus para fazer o ‘traslado’ da quadrilha de traficantes da velha delegacia da Quintino Bocaiuva para o Hotel Recanto das Margaridas.

         A população está aplaudindo a atuação da policia civil e poderá calejar as maos de tanto bater palmas… se coloborar com a justiça denunciando o famigerado trafico na cidade.

Taxi ‘ensinado’ refuga e deixa assaltantes à pé

       O leitor atento e saudosista deve se lembrar de alguma cena parecida em filmes de cawboy de Giuliano Gemma… O ladrão monta no cavalo roubado, começa cavalgar, de repente o alazão escuta o assovio do seu dono, pára repentinamente estacado, atirando o cavaleiro ao chão e volta abanando o rabo para o dono…

       Na minha charmosa e saudosa Monte Sião aconteceu algo parecido nesta sexta feira. Tres guampudos pegaram um taxi na praça da rodoviaria e seguiram para o bairro Batinga na zona rural. A certa altura do caminho um deles sacou uma faca, encostou no pescoço do taxista e anunciou o assalto. Deixaram o motorista falando sozinho na estrada poeirenta e seguiram do Batinga para o Batinguinha, tentando chegar à MG 459 para sumir em direção à Ouro Fino. Rodaram pouco mais de um quilometro, de repente o sensor de travas entrou em ação, travou o motor  e o possante empacou no meio da estrada, igual o cavalo ensinado do Giuliano Gemma…

        O taxista só teve o trabalho de ligar para a policia e caminhar calmamente alguns metros pela estrada. Nos seus braços o possante deixou de birra e voltou sorridente para Monte Sião. O trio de assaltantes trapalhoes teve que voltar para casa à pé, pelo mato, escondendo da policia e pior… a batata está assando pra eles…

Feto é abandonado fora do tumulo no cemitério

      O coveiro do cemitério de Monte Santo de Minas está acostumado a lidar com todo tipo, tamanho e idade de cadáver no seu local de trabalho. Mas normalmente ele os encontra placidamente em caixões, ornados ou não, mergulhados em um mar de flores, cercado por dezenas de pessoas chorando cabisbaixas. O que ele encontrou nesta terça feira não foi assombroso, mas incomum. Dentro de uma caixa de sapatos sobre um tumulo, enrolado numa camiseta, completamente inerte e abandonado, um feto…. de aproximadamente cinco meses de gestação.

      Foi o segundo caso de bebê que passou pelo túnel sem ver a luz, em menos de 24 horas na região. Na segunda outro feto com placenta e tudo, em idade gestacional próxima de 4 meses, foi encontrado nas margens da MG 290em Ouro Fino.

       Em ambos os casos a mãe desnaturada deve ter expulsado do utero o projeto de filho usando o famigerado Citotec, medicamento usado no combate à ulcera, com venda estritamente controlada nas farmácias.

       Tanto em Ouro Fino quanto em Monte Santo, o ex-futuro bebê veio ao mundo desacompanhado da mãe ou do responsável. No entanto a policia tem meios relativamente fáceis de identificá-los e chamá-los na chincha. Nos dois casos houve crime de aborto provocado. No de Monte Santo de Minas a homicida tem uma atenuante… abandonou o pequeno cadáver no lugar certo!!.

Casal usava bebê para distribuir drogas e munições em Ouro Fino

      Você desconfiaria que um discreto casalzinho de adolescentes com um bebezinho no colo estaria levando drogas e munições na bolsa do rebento? Ha dez anos atrás, não, mas hoje em dia, no amor, na guerra e no trafico… vale tudo. Até misturar barangas de pedra bege fedorenta ou erva maldita nas fraldas, mamadeiras, babadores e chupetas do bebezinho para ludibriar os homens da lei.

       Com o sol ainda alto banhando os cafezais, ruas e jardins da cidade de 38 mil habitantes, abençoada por São Francisco de Assis, os irmãos S.A.R., 18 anos e C.M.R. 15 anos, desfilavam belos e formosos pelas ruas do centro quando foram abordados pelos policiais. Ao ver a casa desabando, a pirralha que fingia ser mãe, tentou vazar, mas enroscou-se nas malhas da lei. Na bolsa do bebezinho, ao invés de mamadeira de Nan ou potinhos de papinha Nestlé, levavam mais de quarenta barangas de crack e cocaína e uma dúzia de munição calibre 38. O jovem S.A.R. tentou empurrar a droga para a irmãzinha inimputável, mas não ‘colou’. Desceram ambos com pulseiras de prata para a DP e assinaram o 33. Ela voltou para casa acompanhada de uma conselheira tutelar, com o inocente traficantezinho de fraldas no colo. Ele foi conhecer por dentro o velho hotel Menino da Porteira

Os ultimos dias de Fernando da Gata

       Fernando Soares Pereira nasceu em 1961 na pequena Russas-CE e aos 21 anos, depois de meteórica carreira na capital paulista e em Pouso Alegre, tornou-se a pessoa mais temida e mais popular do Brasil. Sua fama começou na própria Russas onde mais tarde ele voltaria de avião fretado pelo governo do Estado e, sob o ruflar de tambores seria….. enterrado, como herói e mártir. Suas estripulias, brincadeiras com a policia e abusos sexuais começaram ainda na adolescência e aos vinte anos Fernando já era o mais ilustre ladrão e estuprador da cidade… e o maior fujão do velho hotel de Russas. Prende-lo até que não era tão difícil. Bastava chantagea-lo. O difícil era mantê-lo na cadeia. Diziam que ele tinha parte com o demônio, praticava magia negra ou algo assim, pois simplesmente desaparecia da cadeia na hora que queria. Quando os policiais não conseguiam prende-lo, diante da pressão da população, prendiam algum de seus familiares e então ele se entregava e o chefe da policia o exibia na sacada da delegacia para acalmar a população. Esta ultima parte até que pode ter acontecido, pois naqueles tempos, antes do advento da Carta Magna do jurássico Ulisses Guimarães, nos mais distantes rincões do nosso brasilsão verde-amarelo, especialmente nas pequenas cidades, políticos e policia faziam as leis de acordo com suas conveniências – Faziam….?

      Mas o baixinho que na lá no Ceará gostava mesmo de meninas novas de família, cansou-se da farra, da rotina e da pobreza do nordeste e resolveu descer para o rico sudeste. Fixou residência na periferia de São Paulo e se tornou Manoel Rufino da Silva, trabalhador da construção civil. Casou-se com Maria de Fátima, mas logo recomeçou a vida de crimes contra o patrimônio e contra os costumes. Seis meses depois estava em todos os noticiários impressos, radiofônicos e televisivos do país. Agora, o Fantástico Show da Vida já o apresentava ao Brasil como o misterioso “Fernando da Gata”. Em São Paulo ele pulava muros e quintais usando apenas um calção, dominava cães ferozes com um simples estalar de dedos, entrava nas ricas mansões de revolver em punho, estuprava a dona da casa no seu quarto com o marido trancado no banheiro ao lado ou na presença dele mesmo, comia refeições frias ou quentes preparadas pela dona da casa. As vezes fazia xixi – e o ‘dois’ também – nos pratos e panelas e ia embora levando somente objetos que pudesse carregar nas mãos ou numa sacolinha presa à cintura; joias.

     Herói, bandido, demônio, mito, folclore. Não sabemos o que é fato e o que é boato, mas foi com este perfil que Fernando da Gata chegou a Pouso Alegre em meados de agosto de 82. Aqui começa a historia que podemos atestar sobre o maior bandido que conhecemos, o qual passou como um furacão por Pouso Alegre e morreu na margem direita do rio Sapucaí, no bairro Pouso do Campo, em Santa Rita do Sapucaí. Morreu tão solitário quanto sua vida criminosa, duas semanas depois de adentrar o Estado mais eficiente do Brasil no combate ao crime.

       Um pouco de sua fama era verdadeira, pois os mais famosos policiais de São Paulo vieram para Pouso Alegre tão logo souberam de sua presença… para espantá-lo.

Quando um próspero comerciante da cidade recebeu a visita sorrateira de um baixinho seminu, na calada da noite, sem ser incomodado pelos dobermans, o cão de guarda da época, a policia se lembrou da principal reportagem do Fantástico na noite anterior e ligou os fatos ao bandido. Mas somente depois…

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Sargento Campos e Airton Chips em novembro de 2009

 

 

Churrascada gorda em Bueno Brandão

       Com o ‘ouro negro’ a R$ 500 reais a saca e o bife de alcatra e contra-filé a R$19 e a picanha a R$ 25 reais o quilo, furtos e roubos de café e gado na zona rural da região tem se tornado a menina dos olhos dos meliantes amigos do alheio… Um prato cheio e saboroso. Nas ultimas semanas centenas de sacas de café tem trocado de dono nas fazendas da região… Sem pagar qualquer tipo de tributos. Picanhas, alcatras e coxão-mole ambulantes também têm pego a estrada em caminhões boiadeiros improvisados ou a pé mesmo e mudado de pasto.

        Ao chegar à fazenda Cascavel em Bueno Brandão na ultima quarta feira o pecuarista Benedito Vieira, teve uma surpresa desagradável. Vinte e uma cabeças de ruminantes haviam partido em busca de novos prados, sem deixar endereço. O ladrão era manso. Depois de arrombar a porteira do pasto que margeia a estrada, saiu tocando o gado sem berrante estrada afora e sumiu na poeira. A policia registrou o B.O., mas até o momento não sabe onde será a churrascada.

     Se o gado do sr. Benedito estivesse numa fazenda do vizinho município de Ouro Fino, não teria sido furtado. Lá tem sempre um ‘menino vigiando a porteira’…