Aniversario de Afonso e Otávios

Parece que foi ontem que, ao sair do trabalho, passei pela Clinica Santa Paula no exato momento de socorrer minha comadre Liza! Ela havia acabado de trazer ao mundo dois pequerruchos… Afonso e Otavio!

 

O de camisa xadrez marron - com cara de arteiro - é o Otávio, elo da paz entre policia civil e militar!

O de camisa xadrez marron – com cara de arteiro – é o Otávio, elo da paz entre policia civil e militar!

Até aí nada de novo. O fato até que ambos haviam estranhado o ‘ambiente’ e colocado a boca no trombone ao mesmo tempo! Ficou difícil para a recém-mamãe acalentar os dois ao mesmo tempo. Eu fui a salvação! Peguei um no colo e lhe dei as boas vindas! Mais tarde batizei Afonso…

E isso já faz 16 anos!

Além da dupla Afonso & Otávio dos meus amigos e compadres Mariliza Verlengia & Hilario Coutinho, no sábado 9, soprou velinhas outro Otávio… O Otávio Maciel! Sete aninhos de muita saúde e arteirice!

Otávio Maciel é filho de Juleel Maciel & Ana Maria. E eles encerram um fato curioso! É sabido que entre policia civil e policia militar, desde tempos imemoriáveis, existe uma inexplicável rusga! Não para Juleel e Ana… Ele é detetive da PC e ela sargento da PM! Otávio, o caçula de três irmãos, pelo jeito, – além de independente, perfeccionista e talentoso –  é o ‘elo da paz’ entre as gloriosas policiais civil e militar!

Que Deus abençoe Afonso e ‘Otávios’…!

Duelo mortal atrás da Ginásio em Santa Rita do Sapucaí

Ricardo "Ri" Candido Pedro...

Ricardo “Ri” Candido Pedro…

A policia ainda não sabe se o duelo entre os desafetos Cleber do Prado, o “Gu” e Ricardo Candido Pedro, o “Ri” foi casual ou proposital, embora o embate já fosse esperado pela policia e pela população do bairro Recanto das Margaridas. O fato é que o tiroteio aconteceu atrás da Igreja do bairro, às 11h40 da manha deste sábado, 09. Coincidência ou não, neste exato momento eu conversava com o detetive Daniel na delegacia regional de Pouso Alegre sobre a elevada incidência de homicídios em Santa Rita neste ano. E ele dizia que a chapa continuava quente! A qualquer momento aconteceria mais um homicídio na capital da eletrônica… Aconteceu!

Quando a policia militar chegou ao local chegou ao local encontrou o corpo já sem vida do meliante Ricardo “Ri” Canido Pedro estendido no chão. A perita que ‘fez’ o local do crime encontrou inicialmente três ferimentos à bala. Um na cabeça, outro no tórax e outro na costela. “Ri” portava um revolver Rossi calibre 38 com três munições intactas. Pelo andar da carruagem ele não conseguiu sacar o trabuco! Segundo levantamentos feito pela PM no local, o autor dos disparos fatais foi o meliante Cleber do Prado, o “Gu”, 27 anos.

Ricardo Candido Pedro, faria 35 anos em agosto proximo. Era figurinha fácil no álbum da policia. No seu currículo tem uso de drogas, trafico de drogas, resistencia, homicídio, porte de arma, disparo de arma de fogo e varias tentativas de homicídio. Por isso mesmo vivia em constante perigo. Mais de uma vez ele ouviu o assovio de azeitonas quentes passando muito perto de sua orelha. Só chegou aos 34 anos porque era rápido no gatilho e nas canelas!

Cleber "Gu" do Prado: Segundo populares ele foi o autor dos disparos contra RI.

Cleber “Gu” do Prado: Segundo populares ele foi o autor dos disparos contra RI.

Cleber do Prado, o moço que conversa com os policiais com um sorriso no rosto dizendo que tudo não passa de armação do inimigo, também ocupa pagina de destaque no álbum da policia. Tem no currículo, desde que se tornou “dimaior”, furtos e roubos e dois homicídios. Responde pelo assassinado de Marcelo Henrique Pereira Lopes em 2007 e Eliezer Gregorio Fidelis, em 2014. Talvez não tenha cometido mais crimes porque desde 2007 as grades de seis ou sete penitenciarias do estado não tenham permitido!

“Ri” estava em liberdade desde junho do ano passado. “Gu” desde dezembro, embora tenha uma condenação de 14 anos para cumprir pelo assassinato de Ricardo Henrique.

Até o momento desta postagem, Cleber “Gu” do Prado ainda não havia sentido o frio das pulseiras de prata por conta do duelo fatal atrás da igreja do Recanto das Margaridas.

Suicídio na DP de Pouso Alegre

 

Este é o segundo suicídio na DP de Pouso Alegre desde eu foi inaugurada em 2007!

Este é o segundo suicídio no novo prédio da DP de Pouso Alegre desde que foi inaugurado em 2007!

Estava o cidadão Pedro Luiz Guerra quieto no seu canto, no alpendre de sua casa na Praça Ribeiro de Miranda, centro de Ouro Fino, às sete e quinze da noite desta sexta, 08, quando de repente foi sacudido por um barulho de dois veículos se chocando. Ao sair ao portão da residência para o que havia acontecido, viu o que não queria… Um fusca havia batido de frente no seu Fiat Palio estacionado defronte sua casa!

O motorista fusca branco placas BQG 5674 era o cearense Albertino Ribeiro de Lima, natural de Ibiapina, 45 anos de idade, servente de pedreiro, morador do centro de Ouro Fino.

Quando se aproximou do motorista, Pedro Luiz percebeu a real causa da barbeiragem… Ele estava com todos os sintomas da embriagues! Pra evitar que Albertino deixasse o local, Pedro Guerra retirou a chave do ignição e acionou a policia militar.

Albertino, que às vezes é também chamado de “Robertino”, recebeu pulseiras de prata e foi conduzido à delegacia regional de policia civil de Pouso Alegre, onde sentou-se ao piano e assinou o 306, o quarto artigo do Codigo de Transito Brasileiro! Ele já havia sido detido em 1997, em 2000 e em 2013 por dirigir sem habilitação!

Por dirigir sob efeito de álcool e causar sinistro, Albertino foi afiançado em dois salários mínimos, poderia ter voltado imediatamente para casa – naturalmente de taxi ou de jardineira – se tivesse o dim-dim da fiança na algibeira. Mas não tinha. Por isso teria que ser recolhido ao presidio. Enquanto aguardava o Taxi do Magaiver que o levaria para o famoso “Hotel Menino da Porteira” em Ouro Fino, Albertino foi colocado no “corró” da Delegacia Regional! Uma hora depois, quando os policiais de plantão voltaram ao “corró” para colocar outro infrator da lei, encontraram Albertino sem vida, pendurado na grade da cela. Ele havia usado as mangas da blusa de moletom para cometer o suicídio! Segundo policiais que estavam no plantão na madrugada, Albertino estava tranquilo, conformado com sua sorte. Só tinha uma reclamação a fazer: havia sido abandonado pela família que não se manifestara no sentido de pagar sua fiança!

Este foi o segundo suicídio no interior da Delegacia Regional de Pouso Alegre em menos de três anos. No dia 28 de setembro de 2012 um comerciante de Montes Claros usou o mesmo meio para por fim à vida. Francisco Nascimento de Oliveira havia sido autuado no final da tarde daquela sexta feira, por uso de documento falso. Enquanto aguardava no “corró” a transferência para o Hotel do Juquinha, ou, que seu advogado conseguisse o relaxamento da prisão, ele pôs fim à própria vida.

Apesar destes dois casos consumados, nos últimos 8 anos, desde que o novo prédio da Delegacia Regional de Pouso foi inaugurado, houve varias tentativas… Evitadas casualmente pelos policiais de plantão!

O Engraxate-Cantor quer trabalhar

DSC04485Outro dia ao virar a esquina da Herculano Cobra com João Basílio passei a ouvir gritos vindos da direção da Comendador Jose Garcia… Não eram gritos de dor, de terror ou de susto! Eram gritos festivos, gratuitamente festivos, de farra, saudando alguns conhecidos que passavam!

– Hê, Pedrinho meu amigo…

– Hê, Ronaldo, tá bonito, hem doutor!

– Eaê, Alberto… Chique no urtimo?

À medida que me aproximava os gritos iam se tornando mais audíveis. No meio do quarteirão, antes que eu visse o dono dos gritos, eu o reconheci pela voz… Era Claudinei, o “Engraxate Cantor”, um dos 50 personagens do livro “Meninos que vi crescer”!

Ao me ver se aproximando, afinou a voz e gritou ainda mais alto;

– Hê, Airton Chips… “Meninos que vi crescer”…!

Quem ouvia esse estardalhaço sem nexo, deve ter pensado que o moço estava ‘noiado’! Ao contrario… Depois de muito tempo, vários anos, Claudinei estava totalmente sóbrio! Desde que saiu da APAC no começo de 2011 sonhando se casar e me levar para padrinho, encontrei-o na rua diversas vezes. Em todas elas estava macambuzio, sujo, maltrapilho e tentou evitar-me. Sempre que possível passava ao largo, sem querer prosa. Numa delas em 2013, no interior do Taxi do Magaiver que o levaria pela ultima vez ao Hotel do Juquinha, por furto de bicicleta, escondeu no fundo do compartimento atrás de outros presos como o diabo esconde da cruz, para não aparecer na fotografia! Ano passado, ainda sujo e maltrapilho carregando uma sacolinha com uma vareta e graxa se aproximou da janela do meu carro no semáforo e pediu ajuda para se internar na Fazenda Esperança! Tentei mas não consegui vaga e não o vi mais até a semana passada…

Esse é aquele que engraxava meus sapatos no corredor da delegacia em 1998... “Menino que vi crescer”! Pena que no seu caminho havia uma pedra... Bege fedorenta!

Esse é aquele que engraxava meus sapatos no corredor da delegacia em 1998… “Menino que vi crescer”! Pena que no seu caminho havia uma pedra… Bege fedorenta!

Apesar dos gritos sem nexo na rua se limitando a dizer o nome das pessoas e um adjetivo qualquer, o Engraxate Cantor estava muito bem! Usava um vistoso terno preto – que foi feito para uma pessoa muito maior e mais gorda que ele – mas estava alegre, sorridente… De bem com a vida! Estava vestido à caráter para procurar emprego…! Precisava de sete reais para completar R$ 40 para comprar não me lembro o quê, e não se fez de rogado…

– Hê, Chips, e aí… Cadê o livro? Tá vendendo muito? Me arruma sete real aí..!

– Fala Claudinei… Tá bonito, hem garoto! Aonde você vai nessa estica? Vai casar…?

– Tô procurando emprego, Chips! Sabe onde tão precisando de alguém, não? Faço qualquer coisa. Salario mínimo tá bom…! Me arruma sete real aí pra inteirar 40! – Repetiu exibindo um pacote de notas miúdas e surradas!

– Tudo bem Claudinei, vou te dar dez reais, mas eu quero aquela foto que você está me devendo! Pode ser?

– Demorô, Chips – respondeu ele sorrindo e se postando diante de uma loja para a foto! Em outros tempos ele esticaria o braço com a mão aberta em direção à câmera e sairia de fininho resmungando e puxando sua perna torta!

Nascido e criado na “Baixada do Mandu”, Claudinei Ferreira conheceu cedo a pedra bege fedorenta, quando ainda cantava afinado musicas de Leandro & Leonardo no final dos anos 90. Cantava alto e bom som na rua ou nos corredores da delegacia de policia enquanto engraxava meus sapatos, os do inspetor Ângelo e de alguns delegados, até o dia que engraxou os sapatos da delegada Inês Xavier e foi trocar uma nota de dez para cobrar um real e … Sumiu! Voltou meses depois no taxi do contribuinte, usando pulseiras de prata!

A historia do Engraxate-Cantor começa na pagina 439...!

A historia do Engraxate-Cantor começa na pagina 439…!

Entre uma estadia e outra no velho Hotel da Silvestre Ferraz e depois na APAC ele ainda engraxou muitos sapatos e portas de aço de lojas, mas nunca mais cantou afinado. Quando não está na nóia, está tentando esconder das pessoas, por ter feito alguma coisa errada para aplacar a fissura! Como gato que comeu toucinho na janela ou cachorro que rasgou saco!

Claudinei é dependente psíquico, – menos mal – seu corpo não depende da droga. Sua cabeça, sim! Enquanto estiver feliz, satisfeito, equilibrado, valorizado, ele não precisa da pedra. No entanto, se alguma coisa na sua vida sair dos trilhos… Ele desanda! Um emprego com salario fixo no fim do mês, com acompanhamento psicológico constante, poderia mantê-lo saudável e de bem com a vida, como naquela manhã na rua João Basílio…!

Alguém tem um emprego aí para oferecer ao Engraxate Cantor? Ou será que ele já desandou de novo…?

 

Patrick, o artista dos "Quatro Cantos", caiu de novo

 

Thiago Patrick: Preso mais uma vez nos "Quatro Cantos"!

Thiago Patrick: Preso mais uma vez nos “Quatro Cantos”!

Denuncias de amigos ocultos da lei mais uma vez levaram os policiais militares à esquina da Francisco Sales com Campos do Amaral, nos ‘Quatro Cantos”, em Pouso Alegre no final da noite desta terça, 5. O denunciado era o mesmo artista de sempre: Thiago Patrick de Azevedo, 23!

Segundo o cidadão que usou o numero 190 para delatar crimes, Tiago estaria guardando drogas em uma casa abandonada na esquina. Que aliás, já foi local de outras prisões anteriores. Ao perceber a chegada do homens da lei, Tiago Patrick passou sebo nas canelas e tentou dobrar a  serra do cajuru, em direção ao centro. Conseguiu atravessar apenas a velha “Rua da Zona” mas acabou se enroscando nas malhas da lei na Silviano Brandão.

O artista denunciado estava limpo, mas na casa abandonada, além do pó natural e teias de aranha, havia crack, maconha e cocaína! Patrick naturalmente jurou de pés juntos que as drogas prontas para comercio não eram dele. Ele ainda foi levado à Pensão Independência, ali perto, onde, para justificar o porte de uma chave, disse morar. Mas era balela. Levado também à residência de sua avó, no Jardim Noronha, onde ele de fato reside, seguindo orientação de um causídico, vovó não permitiu a entrada do policiais! Mas nem era necessário. As drogas encontradas na casa abandonada da esquina da Francisco Sales, eram suficientes para enquadrar Tiago no 33.

O epíteto de ‘artista’ se deve às aparições frequentes de Tiago Patrick nas paginas policiais. – Veja matéria: “Thiago Patrick está em cartaz… Outra vez” – Desde de 2011 ele foi preso por furtos, trafico de drogas e porte de arma. Apesar disso, está em liberdade condicional desde o dia 28 de agosto do ano passado.

… Estava!

 

Patrick, o artista dos “Quatro Cantos”, caiu de novo

 

Thiago Patrick: Preso mais uma vez nos "Quatro Cantos"!

Thiago Patrick: Preso mais uma vez nos “Quatro Cantos”!

Denuncias de amigos ocultos da lei mais uma vez levaram os policiais militares à esquina da Francisco Sales com Campos do Amaral, nos ‘Quatro Cantos”, em Pouso Alegre no final da noite desta terça, 5. O denunciado era o mesmo artista de sempre: Thiago Patrick de Azevedo, 23!

Segundo o cidadão que usou o numero 190 para delatar crimes, Tiago estaria guardando drogas em uma casa abandonada na esquina. Que aliás, já foi local de outras prisões anteriores. Ao perceber a chegada do homens da lei, Tiago Patrick passou sebo nas canelas e tentou dobrar a  serra do cajuru, em direção ao centro. Conseguiu atravessar apenas a velha “Rua da Zona” mas acabou se enroscando nas malhas da lei na Silviano Brandão.

O artista denunciado estava limpo, mas na casa abandonada, além do pó natural e teias de aranha, havia crack, maconha e cocaína! Patrick naturalmente jurou de pés juntos que as drogas prontas para comercio não eram dele. Ele ainda foi levado à Pensão Independência, ali perto, onde, para justificar o porte de uma chave, disse morar. Mas era balela. Levado também à residência de sua avó, no Jardim Noronha, onde ele de fato reside, seguindo orientação de um causídico, vovó não permitiu a entrada do policiais! Mas nem era necessário. As drogas encontradas na casa abandonada da esquina da Francisco Sales, eram suficientes para enquadrar Tiago no 33.

O epíteto de ‘artista’ se deve às aparições frequentes de Tiago Patrick nas paginas policiais. – Veja matéria: “Thiago Patrick está em cartaz… Outra vez” – Desde de 2011 ele foi preso por furtos, trafico de drogas e porte de arma. Apesar disso, está em liberdade condicional desde o dia 28 de agosto do ano passado.

… Estava!

 

Assassino da Remonta… Morreu

Rafael Rodrigues: O assassino do aposentado e agressor da mãe não viveu para sentar-se no banco dos réus!

Rafael Rodrigues: O assassino do aposentado e agressor da mãe não viveu para sentar-se no banco dos réus!

Rafael Rodrigues da Silva, que no meio da tarde do sábado 04 d abril passado matou o aposentado Lazaro Sebastião de Faria nos terrenos do exercito, na Remonta, parou de respirar ao pé da manhã desta terça, 05. Ele estava em coma desde o dia 07 de abril, quando foi preso por amarrar e espancar a própria mãe a fim de roubar seu carro para trocar por drogas. Tão logo deu entrada no Hotel do Juquinha pelos crimes de lesões corporais e cárcere privado, agravados pela Lei Maria da Penha, cometidos contra a mãe, Rafael sofreu um acidente. Segundo os presos, que já esperavam seu ingresso no presidio, ele teria caído da cama.

A delegacia de homicídios de Pouso Alegre concluiu que Rafael Rodrigues, preso no dia 07, era o assassino de Lazaro Sebastião, morto no dia 04, depois de ouvir duas testemunhas que estavam próximas do local do crime e ouviram os gritos agonizantes da vitima e depois viram Rafael sair do mato com manchas de sangue na roupa. Ele foi reconhecido através d fotos aqui no blog. Desde então o delegado Renato Gavião aguardava o restabelecimento de Rafael para ouvir sua versão dos fatos. Não foi possível… Conforme já havíamos publicado na semana passada, ele não saiu do coma.

A morte, de ‘causas obscuras’, do assassino Rafael, além de não simplificar a tramitação do processo de homicídio contra ele, ainda criou outros dois processos:

Primeiro que a versão dos colegas de apartamento do Hotel do Juquinha de que ele “caiu da cama”! não cola! È sabido nos meios prisionais – conforme já comentamos na materia anterior – que certos crimes cometidos contra crianças, idosos e mulheres são sumariamente julgados pela “lei do cárcere”. É a centésima milésima vez que um agressor de mulheres sofre um acidente fatal no interior da cela nos presídios em qualquer lugar do planeta! Muito embora a justiça não vá conseguir colocar nenhum dos presos que podem ter “empurrado Rafael da cama”, atrás das grades – de novo – o delegado de homicídios terá que instaurar IP para tentar esclarecer seu acidente. É assim que funciona!

E não para por aí!

Como Rafael agonizou quase um mês no interior do hospital e veio a morrer, ainda que de infecção hospitalar, ele foi internado no dia 07 com lesões de “causas externas”! Logo, ele teria que passar por exames de necropsia no IML. Inclusive para investigar as lesões sofridas com a queda da cama! Mas isso não aconteceu. Um dos médicos que o tratou atestou o óbito e liberou seu corpo direto para a funerária!  Agora a delegacia de policia terá que investigar também por que o corpo do assassino foi liberado para a funerária sem passar pelo IML como manda a lei! É assim também que funciona!

A noticia da morte do preso Rafael Rodrigues da Silva, – custodiado pela justiça por crimes de lesões corporais e cárcere privado e investigado pela policia por crime de latrocínio, – que “deveria ser comunicada à policia pela direção do hospital”, chegou ao conhecimento da policia pela via mais improvável, quando o corpo já estava sendo preparado para o enterro: casualmente uma leitora do blog, acostumada a ver o nome de Rafael nas paginas policiais nas ultimas semanas, viu na rua um daqueles folhetos de funerária comunicando seu velório! Se não fosse a casualidade, a justiça somente ficaria sabendo da morte do seu custodiado e investigado, daqui a meses ou anos, quando ele fosse intimado para sentar no banco dos réus!

Não é assim que funciona…!

 

 

 

 

“Faro & Fino” pegam farinha na cueca

Adamis Yago fez tudo certo: Foi buscar a droga com antecedencia na 'baixada do mandu, foi de manhazinha, mas acabou esbarrando no faro fino da dupla Ferreira & Fernandes!

Adamis Yago fez tudo certo: Foi buscar a droga com antecedência na ‘baixada do mandu! Foi de manhãzinha como o pássaro madrugador que pega as melhores minhocas mas…Acabou esbarrando no faro fino da dupla Ferreira & Fernandes!

Se as câmeras de monitoramento instaladas em locais estratégicos da cidade ganharam o pomposo nome de “Olho” Vivo”, bem que poderíamos batizar a dupla “Ferreira & Fernandes”, que fazem o patrulhamento preventivo nas imediações do terminal rodoviário de Pouso Alegre de “Faro Fino”! Treleu não deu, escreveu não leu, olhou e disfarçou, os atentos cabos PMs pregam o olhar, seguem, abordam e…  pimba! Descobrem a maracutaia! Metade das vezes que batem o olho num sujeito sorrateiro com pinta de somongó, acabam descobrindo que ele tem culpa no cartório!

O “somongó” da vez – por favor, não confundir com ‘somôngo’, que é exatamente o inverso! – foi o jovem serralheiro e formiguinha do trafico nas horas vagas, Adamis Yago Pereira de Andrade, 20 anos morador da Rua Sabará no bairro São João. A festa em que Adamis – nome de pessoa inteligente – iria distribuir a farinha do capeta vai acontecer no próximo final de semana. Mas ele inteligente e precavido que é, foi buscar a droga na Baixada do Mandu logo no inicio da semana nesta terça, 5, e como o inteligente pássaro madrugador que pega as melhores minhocas, ele foi de manhãzinha, perto da hora em que os policiais trocam de turno… Assim correria menos riscos! As oito e meia da manhã já estava voltando para casa com a farinha na cueca. Ele só não esperava cruzar no caminho com a dupla “Faro & Fino”! Quando Adamis passou pelo interior do terminal rodoviário e pegou a Marechal Castelo Branco, virou alvo da atenção dos cabos Ferreira & Fernandes.

Ao perceber que os policiais estavam na sua sombra, Adamis tentou disfarçar. Mudou de lado na rua, sacou o celular do bolso, exibiu todo seu talento de somongó mas não teve jeito… Tomou a geral! Na mão só havia o celular, desligado! Nas algibeiras nada de ilícito…

R$ 160 de farinha na cueca!

R$ 160 de farinha na cueca!

Mas afinal, onde estaria o objeto que deixara Adamis tão desconcertado? Na bolsa, quero dizer, no saco, desculpe… Na cueca! Sim, estava dentro da cueca! Um considerável volume… De pó branco semelhante à cocaína!

– De onde veio e para onde vai essa droga toda, meu jovem? – Quiseram saber os policiais.

– Eu comprei de um sujeito cujo nome eu não sei, no aterrado, – com certeza foi do “João Tapira”! – por R$ 160. Eu ia vender no fim de semana numa festa que vai ter no Cajuru, perto da ponte do Pantâno. – justificou Adamis.

Contar com detalhes sua tentativa de ficar rico vendendo farinha em festas, não livrou Adamis das garras da lei. A sociedade já está de saco cheio disso! O moço do saco cheio… De farinha! recebeu pulseiras de prata e foi sentar-se ao piano do delegado de plantão onde assinou seu primeiro 33.

Enquanto isso a dupla “Ferreira & Fernandes” colocou mais um somongó no seu currículo… Graças ao seu faro fino!

“Faro & Fino” pegam farinha na cueca

Adamis Yago fez tudo certo: Foi buscar a droga com antecedencia na 'baixada do mandu, foi de manhazinha, mas acabou esbarrando no faro fino da dupla Ferreira & Fernandes!

Adamis Yago fez tudo certo: Foi buscar a droga com antecedência na ‘baixada do mandu! Foi de manhãzinha como o pássaro madrugador que pega as melhores minhocas mas…Acabou esbarrando no faro fino da dupla Ferreira & Fernandes!

Se as câmeras de monitoramento instaladas em locais estratégicos da cidade ganharam o pomposo nome de “Olho” Vivo”, bem que poderíamos batizar a dupla “Ferreira & Fernandes”, que fazem o patrulhamento preventivo nas imediações do terminal rodoviário de Pouso Alegre de “Faro Fino”! Treleu não deu, escreveu não leu, olhou e disfarçou, os atentos cabos PMs pregam o olhar, seguem, abordam e…  pimba! Descobrem a maracutaia! Metade das vezes que batem o olho num sujeito sorrateiro com pinta de somongó, acabam descobrindo que ele tem culpa no cartório!

O “somongó” da vez – por favor, não confundir com ‘somôngo’, que é exatamente o inverso! – foi o jovem serralheiro e formiguinha do trafico nas horas vagas, Adamis Yago Pereira de Andrade, 20 anos morador da Rua Sabará no bairro São João. A festa em que Adamis – nome de pessoa inteligente – iria distribuir a farinha do capeta vai acontecer no próximo final de semana. Mas ele inteligente e precavido que é, foi buscar a droga na Baixada do Mandu logo no inicio da semana nesta terça, 5, e como o inteligente pássaro madrugador que pega as melhores minhocas, ele foi de manhãzinha, perto da hora em que os policiais trocam de turno… Assim correria menos riscos! As oito e meia da manhã já estava voltando para casa com a farinha na cueca. Ele só não esperava cruzar no caminho com a dupla “Faro & Fino”! Quando Adamis passou pelo interior do terminal rodoviário e pegou a Marechal Castelo Branco, virou alvo da atenção dos cabos Ferreira & Fernandes.

Ao perceber que os policiais estavam na sua sombra, Adamis tentou disfarçar. Mudou de lado na rua, sacou o celular do bolso, exibiu todo seu talento de somongó mas não teve jeito… Tomou a geral! Na mão só havia o celular, desligado! Nas algibeiras nada de ilícito…

R$ 160 de farinha na cueca!

R$ 160 de farinha na cueca!

Mas afinal, onde estaria o objeto que deixara Adamis tão desconcertado? Na bolsa, quero dizer, no saco, desculpe… Na cueca! Sim, estava dentro da cueca! Um considerável volume… De pó branco semelhante à cocaína!

– De onde veio e para onde vai essa droga toda, meu jovem? – Quiseram saber os policiais.

– Eu comprei de um sujeito cujo nome eu não sei, no aterrado, – com certeza foi do “João Tapira”! – por R$ 160. Eu ia vender no fim de semana numa festa que vai ter no Cajuru, perto da ponte do Pantâno. – justificou Adamis.

Contar com detalhes sua tentativa de ficar rico vendendo farinha em festas, não livrou Adamis das garras da lei. A sociedade já está de saco cheio disso! O moço do saco cheio… De farinha! recebeu pulseiras de prata e foi sentar-se ao piano do delegado de plantão onde assinou seu primeiro 33.

Enquanto isso a dupla “Ferreira & Fernandes” colocou mais um somongó no seu currículo… Graças ao seu faro fino!

Lelê, a farinha na pedra e o “habeas corpus”

Apesar do curriculo, Nilton "Lelê" esperneou e conseguiu manter seu habeas corpus!

Apesar do curriculo, Nilton “Lelê” esperneou e conseguiu manter seu habeas corpus!

Desde que foi criado me novembro de 2007, o Disque Denuncia 181, já mandou centenas de meliantes para o xilindró. O crime mais denunciado sempre foi o famigerado trafico de drogas, especialmente o trafico “formiguinha”, aquele em que o traficante entrega uma a uma suas baranguinhas de drogas ao consumidor… E acha que não está fazendo nada de errado!

Uma vez feita a denuncia, parece que o trabalho da policia é simples… É só ir pegar o ‘formiguinha’ e algumas barangas de qualquer droga ilícita com ele ou perto dele e apresentá-lo ao paladino da lei, ou seja: ao delegado de plantão! Este por sua vez vai ratificar o flagrante e mandar o micro-traficante para o Hotel do Juquinha.

Não é tão simples assim!

Os policiais podem até prender o formiguinha de acordo com as informações recebidas e suas convicções, mas se o formiguinha não estiver portando a prova do crime ou se não tiver testemunhas de que ele dispensou a prova do crime ao ver os policiais ou, o depoimento de ao menos um nóia que diga que comprou a droga dele, o paladino da lei não poderá ratificar o flagrante. Se ratificar, corre o risco de cometer abuso de autoridade. Ou na melhor das hipóteses, o juiz irá coçar o nariz e relaxar o flagrante, ou seja: mandar soltar o formiguinha tão logo receba o pedido de Habeas Corpus do seu advogado! E lá na frente, quando analisar e julgar o caso, vai absolver o meliante por falta de provas!

A grande maioria das prisões de traficantes formiguinhas tem sido assim. Embora a policia saiba que o sujeito está vendendo droga e o prenda com o cheiro da erva na mão, é quase impossível pegá-lo com a prova do crime! Pois a droga fica escondida longe dele, num buraco do muro, no galho de uma arvore, na calha d’água, no bueiro, no monte de entulho, no monte de areia e em outros locais que fogem à imaginação deste blogueiro! Ainda que a policia observe à distancia e veja o momento que o formiguinha pega o ‘deirreal’ do nóia, veja o momento que ele se afasta e vai até o monte de areia e pega a baranga de farinha e entrega ao viciado, ainda assim não é garantia de enquadramento no artigo 33 da Lei antidrogas! Pode até enquadrar, mas qualquer causídico poderá relaxar o flagrante no dia seguinte, ou, se permanecer preso até o julgamento, poderá ser absolvido!

 

Nilton Moreira da Costa, o “Lelê”, 27 anos é um destes formiguinhas ensaboados que a policia sabe que está agarrado firme no ramo de drogas, mas não consegue as provas. Sabe por que são inúmeras as denuncias de amigos ocultos da lei informando as atividades escusas do moço!

Na quinta à noite, véspera do Dia do Trabalhador,  os homens da lei resolveram dar o pulão em Lelê. Ele estava na esquina do Habeas Corpus, aquele barzinho que fica quase defronte a Faculdade de Direito, frequentado pelos acadêmicos de direito, futuros defensores da lei. Segundo o BO que narra os fatos, os policias se postaram estrategicamente nas proximidades e ficaram alguns minutos observando… E, segundo eles, aconteceu o trivial! Lelê abordava ou era abordado por um cliente, conversava o necessário, se afastava cerca de cinquenta metros do local, pegava algo sob uma pedra, voltava e entregava ao nóia no meio da clientela ao lado do afamado barzinho “corpo livre”!

Depois de observarem a movimentação, os policiais se aproximaram e deram a geral. Como era de esperar, não havia nada de ilícito com Lelê além de R$ 104 que poderia ser proveniente de qualquer coisa, até mesmo de venda de minhocas. Levado até a pedra fatídica a cinquenta metros do barzinho, os policiais encontraram quatro barangas de farinha do capeta! Encontrada a droga que Lelê acariciava até entregar aos nóias por dez reais, parecia que seria um flagrante sereno pacifico. Parecia!

Ao receber ‘voz de prisão’, Lelê rodou a baiana, espalhou, rodopiou, esperneou e chutou os policiais militares. Mas acabou recendo as pulseiras de prata… E continuou chutando o interior da viatura policial! Ao desembarcar da ‘Arca de Noé’ na porta do quartel da PM, onde seria qualificado, segundo o BO, Lelê continuou dando cabeçadas em tudo que encontrava pela frente, na tentativa de autolesar-se!

Ao sentar-se ao piano do paladino da alei, Lelê foi bem previsível… Jurou de pés juntos que não é vendedor de drogas; jurou pela alma da tia da vizinha da namorada do amigo dele que a droga encontrada sob a pedra não era dele, e acusou os policiais de espancamento!

Após analisar o relato do BO e as alegações do meliante o douto paladino da lei decidiu por não fritar o conduzido no artigo 33. Para chegar a esta conclusão ele levou em conta que:

– As denuncias anônimas diziam que Lelê mantinha e vendia drogas em sua residência, longe dali;

– Que as quatro barangas de cocaína foram encontradas a cerca de cinquenta metros do local onde ele foi abordado na esquina do famoso barzinho dos acadêmicos…

Enfim, as provas contra o traficante não passavam de vento… Embora sua prisão tenha sido uma tempestade!

Nilton “Lelê” Moreira da Costa, 27 anos, tem no seu currículo um 129, um 147, um 288, um 12 da Lei 10.826, um 121 tentado e um 33 e um 35 da Lei 11.343. O rico currículo já lhe garantiu três condenações… Uma de 2, outra de 7 e outra de 8 anos de cana. Todas a partir de 2009. Apesar disso, por uma ‘magica’ da legislação penal brasileira, Lelê estava e continua ‘de corpo livre’ para estabelecer “biqueira” onde bem entender! Inclusive nas imediações do “Habeas Corpus”, o barzinho dos futuros defensores da lei!