Policia militar derruba traficante e pistoleiro no Chapadão…

Inicialmente quero pedir desculpas aos meus estimados leitores e à minha fonte pelo meu “lapso cibernético”… É que a informação completa sobre este BO me foi enviada por email na sexta feira. Como viajei no meio da semana e cheguei somente na sexta à noite, ao esvaziar minha mala postal, por descuido, acabei mandando a valiosa informação p’ras cucuias! Felizmente minha fonte, vendo a cobrança dos leitores no blog e minha procura por informações sobre o fato, reenviou-me o rico material. Obrigado leitores, obrigado R.A.S. por reenviar o material. Parabéns a você e equipe pelo excelente trabalho.

Julio Cesar de Souza Gomes...

Julio Cesar de Souza Gomes…

Passavam os homens da lei pela Vicente Calderaro com Dulce Pires Beltrão, às nove e meia da noite de quinta, 25, conhecido ponto de distribuição de drogas – conforme dezenas de comentários de leitores deste blog que não me deixam mentir sozinho – em operação de rotina em busca de prováveis formiguinhas do trafico, quando avistaram o casalzinho G.T., 16 anos e Julio Cesar de Souza Gomes, 28 e resolveram abordá-lo.

Ao ver Arca de Noé se aproximando a garota pegou um embrulho das mãos de Julio Cesar e tentou sair de fininho. Tarde demais! O sargento Almeida e seus pupilos deram o bote. E foi um bote certeiro! A ‘joia rara’ que a garotinha G.T. tentou esconder para o namorado, era 10 barangas de farinha do capeta.

DAKOTA

Durante a abordagem e qualificação dos formiguinhas, Julio Cesar começou suar frio… Os policiais chegaram a perguntar se ele estava passando mal e se ofereceram para leva-lo ao pronto socorro. O motivo do mal estar logo veio à tona… O Samsung que ele levava na algibeira começou vibrar!!! Eram nóias fazendo encomenda de drogas…

– E aê, Julio… Tem como arrumar um bagulho p’ra mim? – Dizia um.

-Vou pegar outra parada daquela com a menina – G.T. – … Depois a gente acerta mano! – dizia outro.

-Traz a encomenda aqui pra mim, Julio – Dizia um terceiro viciado.

Diante de tais evidencias, nem que Julio Cesar quisesse dizer que as 10 barangas que entregaram para G.T. eram para uso dele e dela, não colaria!

Joaquim Teixeira Sobrinho

Joaquim Teixeira Sobrinho

E já que a garotinha tentou livrar a cara do namorado, os policiais resolveram fazer uma visita ao seu mocó no Jardim Aeroporto. Não encontraram drogas, mas encontraram prova de crime tão explosivo quanto! Dentro de uma geladeira desligada, trancada com corrente e cadeado, os policiais encontraram um belo trabuco Smith & Wesson, daqueles de coleção, calibre 38, com 7 ‘azeitonas em conserva’! O pai da garotinha, Joaquim Teixeira Sobrinho, 60 anos, assumiu a paternidade do trabuco.

– Eu comprei há dois meses de um cidadão que não sei o nome – eu sei: João Tapira! É para defender minha família. Tem muito bandido e traficante aqui no bairro – disse ele serio, sem perceber a ironia do que dissera!

As provas dos crimes...

As provas dos crimes…

E desceram todos com pulseiras de prata no taxi no contribuinte para a DP. Joaquim Teixeira Sobrinho, caguetado acidentalmente pela filha, assinou o 12 da 10.826, e como o trabuco não tinha numeração aparente, não teve direito á fiança. A filha traíra assinou o procedimento especial de menor e voltou para casa na companhia da mãe. Julio Cesar Souza Gomes – se alguém souber sua alcunha, por favor, me informe! – assinou o 33 e o 40 da 11.343 e o 244 da Lei 8069 – Corrupção de menores! E foi se hospedar no Hotel do Juquinha.

PM prende mecânico armado até os dentes na ‘Praia’

DSC00904

A visita dos homens da lei em busca de armas sem porte ou registro, nesta terça, 29, aconteceu na oficina mecânica do cidadão João Vinicius de Faria no centro da Praia – também conhecida como Espirito Santo do Dourado. Segundo denuncia de amigos ocultos da lei, João Vinicius, além da ocupação de mecanico de veiculos na pequena cidade serrana, capital da banana, ocupa o tempo livre negociando armas de fogo. Sem muito esforço, os policiais encontraram na oficina duas espingardas calibre 36. Na residência de João Vinicius ali perto estavam as munições das duas carabinas e outras de calibres diversos.

João Vinicius de Faria, 58 inicialmente teria dito que é negociante de armas. Ao sentar ao piano do delegado de plantão na Regional de Pouso Alegre, mudou a versão…

– Eu tenho estas espingardas há mais de 10 anos… Comprei do ‘seu’ Miguel em São Jose do Alegre… Ele já morreu! – Esse ‘seu’ Miguel é conhedido aqui no blog por “João Tapira”!

– E porque o Sr. mantem estas armas na oficina? – Teria perguntado o delegado.

– … É pra defender dos assaltantes, né doutor?

O paladino da lei deve ter pensado: Se o assaltante chegar à oficina, voce manda ele esperar uns minutos, corre até sua casa, pegas as munições, volta pra oficina, coloca nas espingardas e põe o assaltante pra correr, né!!! – Mas guardou pra ele o pensamento. Afinal, arma sem munição ou munição sem arma, dão cana do mesmo jeito.

Para complicar um pouco mais a vida do mecânico João Vinicius, os policiais encontraram uma motocicleta judiiiiiiiiadinha, judiiiiadinha, sem documentos em sua oficina. A placa da motoca consta como sendo furtada. Ele diz ter comprado do Ovidio por R$ 700 reais para desmanche!

No frigir dos ovos João Vinicius assinou o 12 da 10.826 e o 180 do CP. Após pagar R$ 680 reais de fiança dobrou a serra da Praia em liberdade.

 

Abrace seu filho… Não deixe que as drogas o abracem!

Sorveteiro entra em fria por causa de metade de um revolver em Santa Rita

Jamais as denuncias de amigos ocultos da lei foram tão valorizadas! De posse dos ‘informes’ impressos, os homens da lei batem à porta do denunciado, explicam o motivo da visita e fazem a clássica pergunta:

Espingardinha do Sr. Sebastião Vitor de Oliveira...

Espingardinha do Sr. Sebastião Vitor de Oliveira…

– É verdade que o Sr. mantem o tal objeto ilícito em casa?

Pegos com a calça na mão, ou pelo menos com a informação na mão do policial, o cidadão infrator sente um calor no rosto, um frio na espinha, perde a voz, gagueja e quando consegue falar franqueia a entrada aos homens da lei…

– É verdade, sargento… Tenho sim! Pode entrar…

Foi mais ou menos isso o que aconteceu com funcionário publico – no seu dia! – Sebastião Vitor de Oliveira, 57 anos, morador do bairro Cachoeirinha em Conceição dos Ouros. Abordado pelos policiais no meio da tarde desta segunda, 28 e informado que tinha uma arma de fogo em casa em desacordo com a lei, ele foi logo admitindo…

– Tenho mesmo uma espingarda velha em casa, seu cabo… Tá pendurada na parede do quarto do meu filho! Nem sei se funciona… Faz mais de vinte anos que está lá. Nunca dei um tiro com ela, nem tenho munição! – foi abrindo o livro despreocupado o motorista da prefeitura municipal da capital do polvilho.

Mas não foi tudo tão simples assim! Sebastião foi levado para a Delegacia Regional de Pouso Alegre, sentou-se ao piano, assinou o 12 da 10.826 e só não foi se hospedar no Hotel Recanto das Margaridas porque tinha meio salario mínimo na algibeira para pagar a fiança!

A prisão do comerciante Moacir Magalhães de Almeida por porte de arma em Santa Rita do Sapucaí foi ainda mais inócua! Até por que ele só tinha ‘metade’ da arma de fogo!

A busca foi realizada pelo cabo Siqueira e pelos soldados Alisson e Justino devidamente acompanhada por um ‘galo’ pego à laço na rua! O trabuco Rossi calibre 22 estava guardado dentro de um armário de aço na sorveteria Itajubá – diga-se de passagem, onde se saboreia o melhor sorvete de Santa Rita do Sapucaí. Junto com a arma havia uma cartela com 16 munições de calibre 32. Segundo a denuncia recebida através do famigerado “181”, Moacir teria também outras duas armas em sua residência. Lá os mesmos policiais e o ‘galo’ não acharam nem a pólvora!

O revolver do sorveteiro só serve para ser arremessado na cabeça do assaltante...!

O revolver do sorveteiro só serve para ser arremessado na cabeça do assaltante…!

O detalhe que marcou a prisão do sempre educado e bem humorado sorveteiro Moacir Magalhaes, é que o revolver Rossi 22… não tem coronha!!! Para dar um tiro ele teria que segurar no cano do trabuco e com muito jeito apertar o gatilho! O perito criminal que examinou a arma – ou o que resta dela – fez constar em seu laudo que além de não ter coronha, a arma está com o tambor danificado e portanto, impossibilitada de vomitar azeitonas quentes! Mesmo assim o discreto e simpatico sorveteiro entrou numa gelada!!! Por causa das cartelas de azeitonas frias, assinou o 12!

– Eu tenho essa arma para defender meu comercio, pois já fui assaltado uma vez!  Tenho balas calibre 32 porque eu pretendia comprar um revolver 32, devidamente registrado… – falou convicto Moacir.

Mas não teve choro e nem vela e nem fita amarela… para continuar a fazer o delicioso sorvete de abacate e de tantas outras frutas, Moacir teve que desembolsar R$ 680 reais de fiança.

 

* Não saia daí… Tem mais chumbo quente descendo a serra de Espirito Santo do Dourado!

Final de semana marcado por crimes famélicos em supermercado de Pouso Alegre

O primeiro furto, talvez o mais marcante, pela destinação da res furtiva, aconteceu ao pé da noite de sexta, 25. O segurança André Lemes estava de olhos compridos nos corredores do Supermercado Alvorada da Silviano Brandão quando percebeu a entrada sorrateira do cidadão Marcus Jose. Ele foi direto à ilha de carnes, pegou uma peça de picanha maturada, colocou na cintura por baixo na camisa, deu uma disfarçadinha básica e foi saindo de fininho… Já estava na rua paralela quando o segurança o chamou de volta para tomar um café na gerencia…

DSC00899

O segundo furto aconteceu às nove da manhã de sábado, 26, no mesmo supermercado! Ao chegar para o trabalho, antes de trocar de roupa, o segurança saiu desfilando como um freguês comum pelo supermercado. Ao passar pela gondola de carnes notou que a senhora Rita de Cassia tinha diversos produtos numa cesta. Casualmente resolveu seguí-la. Ao passar pelo caixa dona Rita, moradora do bairro Monte Azul, pagou uma cartela de danone, cerca e tres reais, embalou na sacolinha amarela e tentou dobrar a serra do cajuru. Tão logo pisou a rua o segurança Jeferson Peixoto segurou sua bolsa e a convidou para o café…!

– Mas eu não tenho nada aqui, moço! Você está achando que eu sou ladra, por acaso? – esbirrou dona Rita se fazendo de ofendida.

– Não minha senhora… Eu só preciso que me mostre onde foi que você deixou aquela peça de picanha que estava na cesta!

– Ara, moço, deixa eu ir embora senão eu vou chamar a policia… – retrucou ela.

– Não se preocupe, eu mesmo já chamei… – Disse calmamente o segurança.

Diante desse argumento, dona Rita de Cassia, casada, prendada dona de casa, sentiu um frio na espinha e, para evitar um vexame maior, acompanhou o segurança até a gerencia. Ao virar sua bolsa de cabeça para baixo uma bela peça de ‘maturata’ caiu sobre a mesa! Foi a primeira vez na historia que um supermercado mandou chamar um taxi para entregar em domicilio apenas ‘um danone’! Só que o taxi era o do contribuinte e levou dona Rita direto para o piano do delegado de plantão!

Rita de Cassia chorou as pitangas. Disse que tempos atrás sofreu um aneurisma e desde então toma medicação controlada e quando esquece de tomar o remédio, esquece também de pagar pelas compras nos supermercados!!! E é verdade… Sua capivara mostra que ela já esqueceu de pagar pelo menos umas cinco vezes…!

E o supermercado Alvorada da Silviano Brandão parecia ter aderido à promoção: “tente levar uma picanha na bolsa… Se ninguém vir você não precisa pagar”! Mas era promoção ‘trairagem’! Sempre tinha um segurança de olhos bem atentos para evitar que o consumidor mão leve ganhasse churrasco de graça! Por isso quando a senhora Patricia, 36 anos, residente no Jardim Yara acabou de pagar por um litro de guaraná JF e saiu do supermercado, o mesmo ‘Jeferson olhos compridos’ a chamou para um canto da loja…

– Mochila pesada esta hein dona Patricia? A senhora tem o cupom de tudo que está levando aí? – Poderia ter perguntado o segurança que seguira seus passos.

Pega com a boca na botija, Patricia, 36 anos moradora do Yara foi logo abrindo o livro… Quero dizer, a mochila! Sem pagar ela estava levando dois potes de maionese de 500g, dois tubos de creme dental Colgate Sensitiv de 100g, três salaminhos de marcas e pesos sortidos e, naturalmente a carne para o churrasco domingueiro… 1,750kg de coxão mole!

Com a cara esparramando pelo chão e o coração querendo sair pela boca, Patrícia foi original…

– Não sei o que deu em mim…!

Mas a delegada de plantão na manhã de domingo, 27, sabia … Enquadrou Patricia no 155 e arbitrou fiança em R$ 1 mil reais. Êta churrasquinho caro, sô !!!

A fiança do cidadão Marcus Jose, morador do centro, filho de uma das mais nobres famílias manduanas, também foi arbitrada em R$ 1 mil reais. Ele alegou que furtara a peça de picanha maturada para trocar por pedra bege fedorenta, pois é viciado na droga!

Dona Rita de Cassia, talvez por ter nome de santa e tendências cleptomaníacas, recebeu um castigo menor… Apenas R$ 700 reais de fiança.

Essa ‘promoção’ do Alvorada está perecendo ‘pegadinha’…!

Jhonnatan Edson escorrega na farinha em Cambui

Amigos ocultos da lei digitaram o 190 e avisaram que um sujeito moreno alto e feio, trajando bermuda Jeans, camisa verde e boné cor de rosa, estava na esquina da rua de uma famosa ‘boca de fumo’ distribuindo drogas a preços módicos… Ao chegar ao local os homens da lei depararam com o velho conhecido Jhonnatan Edson da Silva, 24 anos, morador da Padre Caramuru, com um embrulho na mão. Era droga… Cinco barangas de farinha do capeta. Na algibeira levava R$ 199 reais em dinheiro semelhante a esmola arrecadada na bacia das almas, própria do comercio varejista!

DSC00818

Jhonnatan não se apavorou;

– A droga é minha mesmo, seu policial… Eu sou usuário desde os 17 anos! Acabei de chegar na ‘boca’ e comprei a paradinha para meu uso.

– Comprou de quem?

– Sei o nome dele não, seu policia…!

Eu não estava lá mas sei de quem ele ‘comprou’! Foi do João Tapira…!!!

A capivara de Jhonnatan, no entanto não corrobora com suas declarações. Segundo o douto paladino da lei, que respondia pelo plantão da Delegacia Regional de Pouso Alegre na noite desta fresca segunda, 28, seu depoimento destoa dos fatos trazidos ao seu conhecimento – gostei da colocação literária do nobre delegado! – os quais não coadunam – essa é de minha autoria! – com o artigo 28 da Lei 11.343. Por isso fritou o formigão de Cambui no costumeiro artigo que ele já conhece bem… O 33!

Jhonnatan Edson deve estar chegando neste momento ao velho Hotel de Extrema, onde passará uma longa temporada, visto que é useiro e vezeiro na pratica do comercio de drogas…!

Valentão dos Vitorinos vai morar no Hotel do Juquinha

Mesmo numa cidade de 140 mil habitantes a policia militar tem certos clientes fixos, que costuma atender com frequência, daqueles que quando o policial ouve o nome já exclama desacorçoado…

– Oh não, de novo!!!

DSC00819

O casal Gilmar Cassemiro da Luz & Fatima Inacio Pereira, ambos de 41 anos, residentes no final da Rua Antonio Lemes da Silva no Fatima Velho é um desses! Treleu não deu, o moço nascido no famoso bairro dos Vitorinos, entre o Sitio e o Água Quente, terra de gente valente – saudade deste lugar! – nas margens do Rio Sapucaí, em Silvianopolis, enche o caneco, perde as estribeiras e derruba o barraco da amasia Fatima Inacio. Diz ela que eles não vivem sob o mesmo teto, mas mantem um relacionamento amoroso ha 8 anos como se marido e mulher fossem.

Ao pezinho da noite desta segunda, 28, Gilmar Cassemiro mais uma vez se amarrou num pé de cana e estranhou a cara metade! Sem mais e nem porque soltou-lhe os cachorros verbais e ameaçou cortar sua garganta com uma lapiana “numero nove”… Não conseguiu porque Fatima Inacio, que devia estar sóbria, enfurnou-se debaixo de um carro estacionado em via publica.

Quando os homens da lei chegaram ao local costumeiro Gilmar estava desarmado, mas estava amarradinho no pé de cana. Levado para a DP, sentou-se ao piano do paladino da lei e acrescentou mais um 147 na sua coleção de delitos leves contra a namorada-amasia.

Na falta de R$ 678 reais para pagar a fiança, ao pé da manhã desta terça, Gilmar pegou o “Taxi do Magaiver” e subiu para o Hotel do Juquinha…

“Véio” pega 2 anos e meio de cana

Lembram do Gleyson dos Santos Rodrigues, o “Véio”? Ele foi preso vendendo pedra na janela da casa verde no dia 26 de fevereiro? Vejam como foi sua prisão:

Gleyson "Véio" dos Santos Rodrigues: Eu ganho 200 reais por 'noite de trabalho' para vender a droga.

“Ele só tem 18 anos, completados no inicio de dezembro ultimo, mas é conhecido por “Véio”. Foi esta a referencia que amigos ocultos da lei deram à policia ao pé da noite desta terça.

– Ele fica na janela da “Casa Verde” na Rua Nova. Lá não mora ninguém… É passar na frente da casa e pedir que ele entrega!

A informação era ‘meia’ verdade! Quando os policiais chegaram e pediram Gleyson dos Santos Rodrigues, o Véio, não entregou nada… Saiu correndo em direção aos fundos da Casa Verde tentando alcançar um porto seguro! Tropeçou e caiu nos braços da lei.

De fato a casa verde estava quase vazia. Apenas um sofá surrado junto à janela. Afinal, nos momentos de pouco movimento na ‘boca’ o ‘vendedor da janela’ precisa descansar o esqueleto! A outra parte era verdade. A droga fica bem à mão, junto á janela. No momento havia 18 barangas de pedra bege fedorenta e oitenta e poucos reais em ‘notas de bacia das almas…’

– A droga não é minha, não doutor. Eu vendo para o patrão. Ganho 200 reais por ‘noite de trabalho’ – disse Gleyson como se isso fizesse alguma diferença.

“Veio” é mais um formiguinha da Rua Nova que vai envelhecer no Hotel do Juquinha por conta do 33.

E agora, quem será que vai cuidar do sofá velho na Casa Verde…?”

Segundo nossos atentos leitores, alguém reassumiu seu posto e continua entregando a ‘rocha’ na janela…

Já o jovem “Véio” Glayson ainda tem uns meses para se hospedar de graça no Hotel do Juquinha! Ele foi condenado a 2 anos e 6 meses de detenção!

Queda do ‘peladeiro do Maracanã’ custou 2 anos e meio de cana

No inicio do ano passado, a convite de um amigo, joguei algumas peladas no campo do Hotel Maracanã, no São João. No nosso time havia um mulato forte, alto, habilidoso de chute forte. Quase toda bola que ele recebia redundava em gol ou pelo menos levava perigo à meta adversaria. Só havia um problema! Se a pelota passasse a meio metro do espigadão forte e jovem, ou se escapasse dos seus pés, ele desistia dela… Parecia estar constantemente cansado, sem forças ou com preguiça – às dez da manha – para correr atrás da bola! Todos nós criticávamos:

– Como pode um meninão desses, de uns 18 anos – e tinha mesmo 18 – ser tão preguiçoso assim! Ele não tem animo para correr nem um pouquinho atrás da bola…!

Na semana seguinte entrei na DP e fui informado pelo delegado Gilson Baldassari…

– Acabei de autuar um formiguinha que foi preso na Tijuca com 7 barangas de drogas. Faça uma foto dele e me passe uma copia para o nosso arquivo…!

Quando entrei no ‘corró’ para fazer a foto, ele me olhou com cara de cachorro caído de mudança, como se conhecesse e me contou sua historia a seu modo. Apesar de achá-lo familiar, não o reconheci. Dois dias depois quando publiquei sua foto no jornal Folha de Pouso Alegre, o Teobaldo comentou comigo;

– Ei, você publicou a foto do nosso companheiro de pelada no Maracanã…!

… Entendi porque Milton Bruno me olhava de esgueio quando fiz a foto. Entendi porque ‘meu’ centroavante não conseguia pegar uma bola se ela não fosse colocada à seus pés.

Milton Bruno Teixeira Messias, na época com 18 anos, retomou a liberdade algum tempo depois, mas não voltou a jogar peladas conosco no Maracanã. Nove meses depois, no dia 1º de dezembro, caiu novamente na Rua Rubi com uma pedra de 35 quilates na algibeira… Mas não era pedra preciosa! Era pedra bege fedorenta…

A prisão do inicio de março – “Aviãozinho cai no Jardim Europa” – desconheço o desfecho. A segunda prisão, “A pedra da Rua Rubi… Era bege fedorenta” rendeu ao ‘meu atleta’ peladeiro Milton Bruno 2 anos e seis meses de cana…!

Jovem recupera bicicleta roubada cinco meses depois …

Hamon Felipe: Comprei do 'Alemão' por cem reais...

Hamon Felipe: Comprei do ‘Alemão’ por cem reais…

Carlos é um daqueles jovens que adoram bicicleta. Até cinco meses atrás ele tinha uma Sundown  Axis, preta fosco com detalhes amarelos, 21 marchas, com amortecedor e todos os detalhes que diferenciam uma bicicleta de outra. Comprou na Bike BMX por R$ 1,2 mil reais. Cuidava da magrela com todo carinho até que um larapio mão leve a surrupiou. Sua Sundown estava amarrada com corrente e cadeado ao lado da loja em que trabalha na Levindo Ribeiro do Couto, no centro da cidade quando o meliante passou por lá entre uma e duas da tarde do dia 14 de maio, serrou o cadeado e dobrou a serra do cajuru levando sua paixão. Carlos registrou o BO e fez sua investigação particular pela cidade. Mas não obteve sucesso. Nunca mais viu sua magrela preta e amarela … Mas jamais a esqueceu!

Na ultima segunda fera 21, cinco meses e sete dias de saudade depois, Carlos estava na porta do seu trabalho, pensando …

– “Bem que minha Sundown podia aparecer”… Eu ficaria tão contente! Sou capaz até de ir nela pedalando até Aparecida do Norte…

E não é que apareceu! Apareceu bela e faceira na avenida nos braços de um rapaz gordinho, de cor negra!

Ao vê-la seu coração disparou! Carlos se aproximou para conferir… Reconheceu pelo quadro. Mas, coitada da bicicleta! Estava em frangalhos! Toda modificada! A magrela estava com outra cara. Antes era preta e amarela, agora estava preta e vermelha! Tinha outros manetes, outros pedais, outra seleta e outros acessórios! Mas o coração era o mesmo da sua amada Sundown Axis. Ele reconheceu justamente por causa de uma solda saliente que une o quadro em “v”!

Quem ama sua bike a reconhece de longe...

Quem ama sua bike a reconhece de longe…

Antes de chamar a policia Carlos quis saber do biker onde ele havia conseguido a bike.

– Eu comprei do Pablo Alemão por R$ 100 reais… – informou Hamon Felipe da Silva

Carlos quase teve uma síncope! Que ofensa! Sua amada bicicleta que lhe custara R$ 1,2 mil reais, sem os acessórios, vendida assim à preço de banana!!! Isso deixou Carlos ainda mais indignado e ele imediatamente chamou a policia.

Abordado pelos homens da lei na Três Corações, no bairro São Joao, Hamon Castro Reis, 23 anos, trocou a Sundown Axis do Carlos pelo taxi do contribuinte. Na delegacia de policia ele confirmou ter comprado a bike por R$ 100 reais de um tal Pablo ‘Alemão’ Rivelli.

– A discrepância entre o valor real e o valor pago pelo bem, deixa claro a – má – intenção do comprador em obter vantagem ilícita e portanto caracteriza o crime de receptação previsto no artigo 180 do código penal. Ele será autuado em flagrante e terá a fiança arbitrada em um salario mínimo. – informou o delegado Gilson Baldassari, plantonista do dia.

Na falta de R$ 678 reais para pagar a fiança e se ver processar em liberdade, Hamon, o moço que diz ter comprado a bike  de R$1.200 por R$ 100 reais, poderá ganhar mais uma carona no taxi do contribuinte para o Hotel do Juquinha!

PM fecha ponto comercial do “Flavinho” no Guadalupe…

Foi o que disse Flavio Barreiros da Silva ao dançar com 13 pedras beges fedorentas…

Flavio Barreiro

Esta foi a prisão mais fácil que a policia militar fez neste ‘ano do galo’ de 2013… Bastou bater na porta, pedir uma curta entrevista, informar o motivo da visita e o traficante formiguinha foi logo abrindo o livro e entregando a droga.

Parecia até uma entrevista de pesquisadores do IBGE…

– Olá, boa tarde! Nós somos da policia… Gostaríamos de falar com o senhor! O Sr. tem dois minutos? – Teriam dito os policiais.

– Pois não, entrem… Desculpe a bagunça… É que temos criança em casa, sentem-se por favor – teria respondido Flavio Barreiros da Silva meio ressabiado, pressentindo que ia ‘moiá’! E ‘moiô’…

– Sr. Flavio, o sr. é conhecido também por Flavinho, não é? Perguntou o sargento.

– Sim – respondeu Flavio Barreiros se sentindo importante.

– Pois é Flavinho… Nós temos diversas denuncias de amigos ocultos da lei informando que o Sr. está vendendo crack na sua casa… Pense bem antes de responder, porque já está tudo anotado aqui! É verdade que o Sr. está vendendo crack, Sr. Flavio?

Flavinho sentiu um calor subir no rosto. Corou…! Sentiu um frio na espinha, coçou a cabeça, olhou a amasia de 17 anos, olhou para o filhinho de 3 meses no colo dela, coçou a barba por fazer, olhou a ‘arca de Noé com mais 4 policiais na porta de sua casa… Pensou, pensou, pensou, baixou a cabeça e respondeu…

– É verdade, sargento… Eu tô vendendo droga. Eu não queria fazer isso, mas eu fiquei desempregado, tenho mulher e filho pra criar… Por isso eu resolvi vender umas pedras “para levantar algum dinheiro”… Sabe como é, né?

– Neste momento você tem algum dinheiro de drogas e tem drogas em casa?

– Tenho 200 reais e algumas pedras beges fedorentas…

– Podemos procurar a droga?

– Pode. Mas nem precisa… Elas estão na cômoda no corredor. O dinheiro está no bolso de uma blusa no guarda roupa…

Flavinho foi honesto! Não mentiu. No bolso da blusa havia duas notas de cem… Na gaveta da cômoda no corredor havia 13 pedras beges fedorentas prontas para comercio…

A franqueza de Flavinho Barreiros não evitou que ele assinasse o 33 na DP! Mas evitou que a ‘boca de fumo’ fosse revirada de pernas para o ar. Se ele estava vendendo droga para colocar o leitinho das crianças em casa, agora é que o leite secou de vez. Deveria ter montado uma banquinha para vender chupa-chupa, pipoca, salgadinho de isopor, guarapa… Isso dá dinheiro e não dá cana! Desde o final do dia de quarta feira, 23, ele está morando no Hotel do Juquinha…!!!