Fim de ano batendo à porta! É momento de confraternização entre familiares, amigos, grupos de peladeiros, empresas, instituições…
Este sábado, 09, foi dia de festa para os policiais civis do 17º Departamento de Policia Civil de Pouso Alegre, afinal, ninguém de ferro e os policiais também são filhos de Deus…!
O dia festivo começou logo cedo, às dez da manhã, com o tradicional torneio de futebol soçaite entre escrivães, detetives e delegados de policia. Logo em seguida foi servido um lauto almoço, regado a muita loira… gelada para os adultos, e ‘refri’ para as crianças e abstêmios! – Teve até uma garrafa de Ypióca 160 que alguém ‘levei’, a qual caiu no gosto dos diretores da chinesa XCMG. Aliás, guardaram até a garrafa vazia, como recordação!
Em meio aos comes & bebes o delegado Cesar Augusto, chefe do Departamento, ladeado por André Corazza, delegado regional, fizeram o sorteio de presentes à crianças e adultos. Teve desde creme de barbear, passando por bicicleta até TV de 32. A festa aconteceu nas dependências do Sesi e varou o dia ensolarado!
Para a festa de fim de ano da Policia Civil ficar completa, só falta agora o governo do Estado atualizar o pagamento dos servidores, cuja primeira parcela ainda não caiu na conta, e pagar também o 13º ainda este ano.
Você viu esse carro por aí?
É um Fiat Uno Mille Smart, 2001. Ele foi furtado no crepúsculo desta quinta-feira,07, no bairro Santo Antônio
O possante pertence ao cidadão Sidclei Roberto de Almeida, morador do bairro Canta Galo, em Pouso Alegre. Sidclei estacionou o veiculo na pracinha da Avenida Saturnino de Alcantara, às seis da tarde desta quinta-feira, 07. Duas horas depois, quando voltou ao local, só o pó…! O Uno branco havia virado fantasma… e desaparecido nos braços de outro!
Ele pode ter sido furtado para ser usado por meliantes em outros furtos. Anote aí a placa: AJX-3270.
Se você avistar o ‘uninho’ branco por aí, entre em contato com a policia… ou com o blog! Como se percebe, este era o único veiculo da familia.
Ajude o Uno do Sidclei a voltar pra casa!
Estupro no Cidade Jardim
– Eu acho que colocaram alguma coisa na minha bebida, pois não consigo lembrar ao certo o que aconteceu – contou a jovem que havia ido a uma festa de confraternização com amigos.
O crime aconteceu no final da noite desta quarta-feira, 06, no bairro Cidade Jardim, a seis quilômetros do centro de Pouso Alegre.
Preocupado com a demora da filha, pois já passava da meia noite, seu pai saiu à sua procura e a encontrou no momento do suposto estupro.
– Ela estava deitada no chão debaixo de uma arvore no pasto e o sujeito estava em cima dela. No momento que me aproximei o estuprador interrompeu o ato e saiu correndo – contou o pai desolado.
Levada para casa, a jovem que mantinha as vestes manchadas de sangue, estava em estado choque e não conseguiu relatar os fatos aos policiais.
– Eu acho que colocaram alguma coisa na minha bebida… Não consigo lembrar de nada do que aconteceu! – disse ela.
Ainda aos prantos R.A.V. foi levada para o Hospital Regional Samuel Libânio, onde foi examinada no Centro de Referência ao Atendimento de Vítimas de Abuso Sexual.
Embora não tenha esperado para dar entrevistas, o suposto estuprador está com as barbas de molho…!
Preso por soltar passarinho em via publica…
Manter passarinho em cárcere privado é crime?
Depende…!
Se ele nasceu e foi criado em cativeiro, soltá-lo depois de adulto, aí sim é crime. É um crime leve, nem chega a dar cadeia, mas é crime. Está previsto no artigo 233 do C.P. “ Praticar ato obsceno em lugar público, ou aberto ou exposto ao público: Pena – detenção, de três meses a um ano, ou multa”.
Foi esse o crime que, em tese, o cidadão Sergio,40, cometeu no final da tarde desta quarta-feira, 06, na Avenida Duque de Caxias no centro de Pouso Alegre. Sergio abriu a porta da gaiola e deixou o passarinho à mostra, livre para voar!
Pessoas que passavam por ali não gostaram de ver o passarinho solto e chamaram a policia. Embora elas não tenham esperado para confirmar a denúncia, as câmeras de “olho vivo” confirmaram.
O comportamento ‘ambientalmente’ incorreto do Sergio se deve, ao que parece, à estonteante dona Severina do Popote! Segundo o BO que narra os fatos, ele apresentava fala desconexa, olhos vermelhos, pernas bambas e o terrível bafo de jiboia!
Deve ser por isso que ele disse aos policiais que não se lembrava de ter soltado o passarinho. – Isso me faz lembrar um velho ditado que não posso publicar aqui!
Ainda segundo o BO, Sergio, que mora numa antiga cidade do Campo das Vertentes, disse que estava em terras manduanas para um encontro agendado pelas redes sociais!
Ele sentou ao piano do paladino da lei na DP, – aliás, coisa que ele sabe muito bem o que é – assinou um TCO e no inicio do ano que vem terá que voltar à Pouso Alegre para um novo encontro… Desta vez com o Homem da Capa Preta!
Dezessete anos e três meses de cana para assassinos de Larissa
A sentença foi divulgada na noite desta quarta-feira, 05, pela juíza Patricia Vialli Nocolini no Forum da Comarca de Cambui, onde os réus foram a Juri popular.
E surpreendeu! A própria policia, acostumada a lidar com crimes de toda espécie, muitas vezes bárbaros – como esse -, previa pena bem maior para os executores do crime.
Por ciúmes da jovem e bela estudante universitária, namorada do seu ‘namorado’, o modelo Lucas Gamero, o empresário Jose Roberto dos Santos Freire planejou o sequestro, e executou o crime capital com a ajuda do garoto de programa Valdeir Bispo em sua própria residência em Extrema. Antes dos golpes fatais com um alteres no rosto da jovem ‘rival’, o ciumento agente de modelos a amordaçou, amarrou seus punhos aos tornozelos com fios rígidos e a torturou por mais de hora.
Beto & Bispo: Eles pegaram apenas 17 anos e tres meses de cana
Valdeir Bispo dos Santos recebeu R$500 pelo sequestro da estudante e mais R$ 500 pela ocultação do cadáver na mata na Serra do Lopo. Ambos foram condenados a 17 anos e três meses de cadeia pelo assassinato e ocultação de cadáver.
Rosiane Rosa da Silva, a enfermeira que participou do sequestro da estudante na rodoviária, por amizade ao empresário, será julgada separadamente pelo crime de sequestro.
A Promotora de Justiça da Comarca de Extrema, Rogeria Leme, ainda não decidiu se vai recorrer ou não, para pedir o aumento da pena dos condenados.
É mendigo? Ou é ladrão?
Ele bateu na porta, fez cara de pelamordedeus, disse que estava passando fome, ganhou comida, pediu agua e quando o bom samaritano foi buscar, ele passou a mão leve na bicicleta!
Em matéria de crimes contra o patrimônio, o mês de dezembro em Pouso Alegre, vai bem obrigado! Até agora, final do dia desta segunda feira,04, dentre os mais de 400 BOs registrados pelas policias civil e militar, apenas 18 relatam furtos. Quase todos pés-de-couve!
O maior deles aconteceu no bairro Pantaninho, onde larápios encostaram uma caminhonete e furtaram tudo que havia na mercearia: de detergente a caixas de latas de loira gelada.
No bairro das Palmeiras um caubói furtou um cavalo Manga Larga Marchador;
No bairro Curralinho os cavalos, quero dizer, os meliantes levaram uma charrete, mas abandonaram no Foch quando viram a policia;
Na Rua Roberto Ramos de Oliveira, zona quente de criminalidade, furtaram um Gol que estava dando sopa para o malandro em prato fundo;
Na chácara do Manuel, onde acontecia uma festa para mais de 100 pessoas, um moço se amarrou num pé-de-cana, cochilou e o cachimbo caiu… quero dizer, retiraram o celular da sua algibeira enquanto ele se atracava com Morfeu;
Foi também numa festa na roça que um garoto de 15 anos foi de moto escondido do pai… e voltou à pé!
No Guadalupe um ‘dimenor’ furtou uma chapinha e um frasco de perfume da irmã… para trocar por pedra!
O furto que mais chamou a atenção aconteceu no meio da tarde desta segunda-feira, 04, no Foch. Estava o jovem Cadu quieto no aconchego do seu lar quando bateram à sua porta. Era um jovem queimado de sol, estatura mediana, olhos castanhos, cabelos pretos encaracolados, usando camiseta branca e bermuda jeans. O que chamou a atenção em Cadu foi a fisionomia de ‘pelamordedeus’ do jovem. E ele chorou as pitangas:
– Moço, eu estou passando necessidades. Será que o sr. não pode me dar alguma coisa para colocar na minha panela? Pode ser arroz, feijão, oleo… a despensa lá de casa só tem teia de aranha…
Condoído pela chorumela do jovem, Cadu fez uma mini cesta básica e entregou ao pedinte. E continuou do lado de fora do portão conversando com ele, falando mal da chuva, dos pernilongos… falando do governo! até que o jovem pediu um copo d’agua. Como já eram – quase – amigos, Cadu se afastou e foi buscar o precioso líquido, bem geladinho. Quando voltou com o copo d’agua, só o pó! O pedinte com cara de palamordedeus já havia ido embora… E com ele havia ido também a bicicleta vermelha de 21 marchas do Cadu, que estava na garage…!
E aí vem o velho jargão – modificado: “Fazer o bem”, às vezes é preciso “olhar a quem”!
Caso Larissa: assassinos sentam no “Banco dos Réus”
Começou nesta segunda, 04, o julgamento dos assassinos da jovem universitária Larissa Gonçalves de Souza. Inicialmente a previsão era de que o julgamento duraria três dias. No entanto, com a ausência de uma denunciada no hediondo no crime, esse prazo pode ser reduzido à metade ou talvez termine ainda na noite desta segunda.
Por determinação do TJ, visando preservar a ordem e a segurança dos envolvidos no crime, o julgamento foi transferido para a Comarca de Cambui, a 45 quilômetros de Extrema, onde o fato aconteceu a dois anos.
O assassinato de Larissa aconteceu no mesmo dia em que ela desapareceu, 23 de outubro de 2015. O corpo da jovem foi encontrado, casualmente, por um transeunte que passava pela Serra do Lopo, zona Rural de Extrema, no dia 03 de novembro, onze dias depois do sequestro e assassinato.
O encontro do corpo de Larissa, amarrada e amordaçada dentro de uma sacola, jogado numa ribanceira da Serra do Lopo, coincidiu com a expedição pela justiça da Comarca, do Mandado de Busca e apreensão na casa do suspeito Jose Roberto dos Santos Freire. Desde o sumiço da jovem no final da tarde do dia 23, quando embarcaria para a universidade em Bragança Paulista, a polícia civil já procurava desvendar o mistério. O fio da meada foi um telefonema de um amigo oculto da lei, avisando a policia que o namorado de Larissa, Lucas Gamero, tinha um ‘relacionamento amoroso’ com o patrão, o empresário Jose Roberto dos Santos Freire, o “Beto”. A partir daí a polícia passou a monitorar os passos de Beto e Lucas e constatou que ambos mantinham um relacionamento que ia além do ‘profissional’. Mensagens trocadas entre o agente e o modelo, fizeram de Beto Freire o suspeito número 01 do crime.
Sequestro e execução
Para tirar a rival Larissa do seu caminho, Beto contratou o amigo Valdeir Bispo, ‘garoto de programa’ na Praça da Sé, em São Paulo e sua amiga Rosiane Rosa da Silva, ex-candidata a vice-prefeita de Itapeva e enfermeira ‘freelance’ em Camanducaia e Extrema. Sequestrada pela dupla no estacionamento da rodoviária, Larissa foi levada imediatamente para a casa do empresário, onde foi morta.
Segundo a medica legista Tatiana Telles e Koeler de Matos, que fez a necropsia ‘in loco’, a jovem estudante de 21 anos foi torturada durante mais de uma hora, levou golpes de alteres no rosto e foi morta. Ela tinha também sinais de esganadura. Antes de ser morta, ela teve a boca amordaçada e as duas mãos amarradas aos tornozelos, pelas costas. Foi assim que seu corpo foi encontrado dentro de uma sacola de loja, numa ribanceira da Serra do Lopo, a cerca de 30 metros da estrada no final da manha do dia 03 de novembro.
Motivação do crime
Jose Roberto dos Santos Freire, o Beto tem passado… negro!
Em 2012 ele induziu seu ex-companheiro “Tonio Chacon” a dar um golpe de R$60 mil nos cofres públicos da prefeitura de Avaré-SP. Ele é acusado também de ter planejado o assassinato do seu ‘marido’ e garoto de programa Alfredo Alderigi, em 2012 em São Paulo, para se beneficiar de um seguro de cerca de R$300 mil. Em 2014 Beto ressurgiu em Extrema, onde se estabeleceu como comerciante de moda e agente de modelos. Foi aí que o jovem aspirante a modelo, Lucas Gamero, cruzou seu caminho. Mas para fazer sucesso nas passarelas, ele tinha que se concentrar no seu trabalho, tinha que se afastar da namorada Larissa – segundo Beto. Para os amigos, inclusive de um show gay em São Paulo onde foram ao menos uma vez, Beto apresentava o jovem modelo como seu… namorado! No entanto, ao ser preso na manhã do encontro do cadáver da jovem universitária, Beto não hesitou em colocar o ‘namorado’ nas cenas do crime.
Lucas Gamero foi preso temporariamente no dia 04 de novembro. Jurou de pés juntos que as lagrimas que derramou junto com os pais de Larissa naquelas duas semanas eram verdadeiras. Na acareação com Beto uma semana depois, ficou claro que ele não teve participação no crime. Sequer sabia que seu empresário e ‘namorado’ estava por trás do crime. Para chegar a esta conclusão, os detetives de Extrema, chefiados pelo experiente e zeloso delegado Valdemar Lídio, buscaram incansavelmente as provas, as que pudessem incriminar ou as que pudessem inocentar o modelo.
A culpa de Lucas, segundo se conclui das investigações, foi se deixar enredar no imbróglio do agente, que prometia fazer dele um Brad Pitt… desde que ele se afastasse da sua Angelina Jolie! O erro lhe custou uma semana de hospedagem gratuita no Hotel do Juquinha em Pouso Alegre, e seu ‘banimento’ sumario da cidade de Extrema. Desde que deixou a prisão ele mudou-se para São Paulo.
Crimes & consequências
Ao todo, cinco pessoas foram presas temporariamente pelo sequestro, tortura, assassinato e ocultação do cadáver da estudante universitária. Três foram pronunciadas. Rosiane Rosa da Silva, Jose Roberto dos Santos Freire e Valdeir Bispo dos Santos. Rosiane, que responderá apenas pelo sequestro, conseguiu ‘estrategicamente’ fugir do foco, adiando – alegando motivo de saúde – seu julgamento. Beto Freire o namorado ciumento, e seu ‘parça’ Valdeir Bispo, vão receber uma pena que pode ser superior a 30 anos de cana.
Chupa-cabra engole dinheiro do cliente no Santander
Depois de limpar a conta do corretor de imóveis em Pouso Alegre, o mequetrefe tentou comprar uma moto em São Paulo.
Sabe aquele momento que você coloca seu cartão de credito na fenda do caixa eletrônico e ele fica enroscado? Pois é. Isso acontece com certa frequência. E o que você faz? Procura um funcionário do banco para tentar recuperar o seu cartão, certo? Certo, mas é aí que mora o perigo!
Aquele sujeito simpático, atencioso, limpinho, bem trajado, com cabelo duro de gel, mesmo estando usando uma camisa com o logo do banco, pode não ser funcionário do banco!
Ele pode ser um ‘Finório’.
Aí ele diz que tem que chamar um técnico para abrir a máquina para resgatar o seu cartão, mas, para sua segurança, o melhor é você ligar para a central de cartões e bloquear o seu cartão. Nisso, ele sempre prestativo, pega o próprio celular, liga para a central e pede o bloqueio do cartão. E te entrega o celular para você mesmo passar seus dados, incluindo senha naturalmente. Parece tudo muito sério e correto.
Esta semana aconteceu um fato parecido com esse na agencia do banco Santander na Com. Jose Garcia em Pouso Alegre. O detalhe é que o simpático cidadão que sugeriu os cuidados a serem tomados, era um suposto cliente do banco. O jovem baixinho, de 18 a 20 anos, bem apessoado ligou do próprio celular para a suposta SAC do banco pedindo o cancelamento do cartão do corretor. Em seguida emprestou o celular para que o próprio corretor fornecesse seus dados. Satisfeito com a ajuda do rapaz, o corretor foi embora cuidar da vida.
Algumas horas mais tarde ele ligou para o banco para saber se o cancelamento havia sido concluído, se estava tudo bem. Estava… mas sua conta estava limpa! Finorio havia feito três compras no supermercado Bretas e enchido o tanque de um carro no posto Confiança.
Segundo informou o banco, além de comer todo o dinheiro da conta em gastos, o chupa-cabra ainda tentou sacar R$1.500 e tentou comprar uma motocicleta na cidade de São Paulo.
Mas afinal, como funciona o golpe?
Simples.
O salafrário 171 coloca um obstáculo qualquer na greta do caixa eletrônico para prender seu cartão e fica por ali, fingindo estar fazendo uma operação qualquer no caixa ao lado. Quando você começa arrancar os cabelos, xingar a mãe da máquina e esmurra-la para que ela vomite seu cartão, ele aparece como anjo salvador! O exterminador de chupa-cabra então te orienta a bloquear o cartão. Só que o numero que ele liga é de um comparsa dele, para o qual você passa sua valiosa senha… e tudo que tiver na sua conta!
Meu ex-colega de exército e amigo do face, J.R.P., caiu no golpe do chupa-cabra e ficou com a conta zerada! O banco disse que vai ressarcir seus prejuízos!
Velinhas para o meu amigo Jose Evanildo…
O soldado que nasceu no dia 31 de novembro!
Eram exatamente treze horas da tarde ensolarada e quente de novembro. Os setenta e dois soldados da Bateria Comando estavam simetricamente enfileirados por colunas sob a cobertura ao lado da Bateria, quando o grandalhão oficial Vargas, recentemente promovido a Capitão recebeu o comando do cabo-de-dia. Após dar a ordem costumeira.
-Descaaaaasarrrrrr…
Passou a fazer uma chamada aleatória;
– Três vinte e quatro …
– Rabelo – Respondeu com voz grave o refratário de 22 anos, de Machado.
– Três trinta…
– Héééélio – respondeu o mecânico de Santa Rita esticando o ‘é´’.
-Tres zero quatro …
– Máts – respondi, apimentado o ‘a’ e engolindo o ‘o’.
– Três quarenta e nove …
– Evaniuuuuudo – respondeu o soldado Evanildo, prolongando o som do ‘u’, em tom grave.
Quem apenas ouvisse a voz, acharia que era um homenzarrão de 1,87mts, quase do tamanho do ‘Vargão”! Era um baixinho marrudo que fazia flexão com um braço só todo dia, mas não media mais do que 1,68mts. Foi campeão do Pentatlo militar naquele ano, mas foi reprovado no PELOPES, por falta de altura! Eu por que era muito franzino…
O comandante deu três passos lentos na direção do soldado, parou na frente dele, de braços cruzados nas cotas e repetiu, como se estivesse do outro do prédio;
– Soldado 349?…
Evanildo desfez a posição de sentido, afastou as mãos das coxas, afastou a perna direita e voltou a juntá-la batendo o salto do coturno brilhoso no calcanhar esquerdo ao mesmo tempo que batia as mãos espalmadas nas coxas, emitindo um único som, no mesmo segundo em que repetia no mesmo tom do capitão…
– Evaniiiiuuuuuudo… Senhooor…!
O capitão grandalhão soltou os imensos braços ao longo do corpo e ficou alguns segundos parado à frente do soldado, olhando para baixo tentando encontrar seus olhos protegidos pela aba do quepe, até que disse;
– Sabe o que eu vou fazer agora, Baixinho ?? – Por ser atleta, Evanildo era seu ‘peixe’… isso lhe permitia essa ‘intimidade’! – Vou te dar um tabefe no pé da orelha, que você vai sair ‘catando cavaco’…!
Sentimos o sangue acelerar em nossas veias! Que comportamento era aquele do Capitão? Estávamos acostumados a receber ordens, receber castigos físicos, do tipo “caia de boca” e pague 50 ‘pulinho de galo’, ou 20 flexões. Ou então ofensas quase gratuitas do tipo “acerta o passo ‘Mocorongo’”… Mas ameaça, não. Ameaça era uma coisa muito pessoal. Não fazia parte da ‘hierarquia e disciplina!
E o capitão, que na verdade era simpático e bem-humorado, emendou;
– Vou te dar um murro na cabeça que afundá-lo nesse piso de concreto…
A coisa era séria! – Pensamos. Evanildo, o “Baixinho”, “peixe” do comandante, nem piscava! Devia ter feito alguma coisa muito grave! A tensão era grande. O silencio gritava…! E o capitão soltou a pergunta que os 72 soldados já não aguentavam mais conter:
– Sabe por quê???… Porque você não existe, Baixinho!!!
Como?
Passamos da perplexidade à confusão mental. Será que o capitão estava bem? De repente o comandante dá dois passos atrás, solta um braço das costas, vira-se para o restante da bateria e pergunta?
– Bateria… vocês conhecem alguém que tenha nascido no dia 31 de novembro!!!
É claro que ninguém ousou abrir a boca. Nem mesmo o Silvestre 367, de Cambuí, que tinha um parafuso meio solto. Até porque, a maioria daqueles soldados ‘voadores’ mal saídos da adolescência – inclusive eu – nunca havia reparado que o mês de novembro tem apenas 30 dias.
E o Capitão Vargas, mato-grossense do sul, de Dourados, voltou ao seu ‘normal’ comentando e ordenando;
– Só mesmo em Espírito Santo do Dourado para ter mês de novembro de 31 dias!!! Baixinho… Fora de forma. Você está dispensado do expediente da tarde. Vá à sua cidade consertar essa ‘titica’! Esteja aqui para o expediente amanhã de manhã… Se não quiser tomar o tabefe no pé da orelha!
Jose Evanildo Alves, o Baixinho ‘tres quarenta e nove’, ‘peixe’ do Capitão Vargas na turma de 77; meu companheiro de ‘voação’ na biblioteca durante a faxina; cumplice nos furtos de abacate no quartel; depois colega de teatro amador e contemporâneo no ensino médio no Colégio Comercial São Jose, teve um pouco de dificuldade para ‘renascer’ aos 18 anos, em um dia que faça parte do calendário. A escrivã Iêdis, titular do único cartório da cidade de Espírito Santo do Dourado, reparou seu próprio lapso e o deixou um dia mais novo!
Hoje, 30 de novembro meu amigo e parceiro de tantas histórias está completando 59 anos.
Parabéns “Baixinho”… Que Deus o abençoe sempre!!! E o livre das iras do Capitão Vargas…
Os três roubos da terça-feira 27
Uma caminhonete, uma moto e uma bolsa feminina com cartão bancário e senha! Com os documentos roubados da vitima o assaltante conseguiu sacar todo o dinheiro da conta e ainda fazer empréstimos no nome do seu marido!
O primeiro roubo do dia aconteceu no início da tarde na esquina da Avenida Levino Ribeiro do Couto com Rua Cap. Pedro Narciso, no centro de Pouso Alegre. A vitima foi uma senhora de 49 anos moradora da cidade de Estiva. Dona Cida contou que minutos antes estivera no banco Mercantil para fazer uma movimentação financeira na conta do marido M.L.P., mas, ao ser informada pelo gerente que só poderia fazê-la com procuração, resolveu voltar para casa. Ao passar pela sobredita esquina a caminho da rodoviária, foi então assaltada. Segundo ela, o sujeito moreno de calça jeans e camisa escura enfiou a mão na cintura, ameaçou sacar um trabuco e tomou sua bolsa. Ainda segundo dona Cida sua bolsa continha 30 reais, um celular, sua carteira de identidade e o cartão bancário do Banco Mercantil em nome do seu marido… com a senha anotada num papel junto ao cartão!
Minutos depois quando ela procurou o banco para sustar o cartão, tomou um susto! Ao consultar o saldo constatou varias operações bancarias: entre 12:50H e 12:56H “alguém” havia sacado R$1,500 e feito dois empréstimos pessoais de R$1.036 na conta do seu marido. Havia ainda outros dois saques, um R$1 mil e outro de oitenta reais, da mesma conta!
A movimentação bancaria que a cultivadora de morangos não pode fazer na conta do marido… o assaltante fez!
História bem menos obnubilada contou a jovem comerciaria K.G.R.. Às dez e vinte da noite ela estacionou sua moto Yamaha Fazer 250 na porta do estabelecimento 24 horas da Rua Cel. Joaquim Roberto Duarte e neste momento recebeu companhia. Um sujeito negro, alto, de olhos saltados dentro de um capacete preto se aproximou, mostrou um trabuco por baixo da blusa de mano cinza e exigiu a chave da motoca. Sem agradecer a gentileza, o sinistro assaltante, de bermuda e chinelos, seguiu pela Tuany Toledo levando a Fazer branca.
O terceiro e último roubo aconteceu no apagar das luzes da terça, 27, no bairro Cidade Jardim.
Estava a jovem L.L.B. parada ao lado do seu veículo VW Saveiro, branco, quando três guampudos apareceram e ‘pediram’ a chave do carro. L. disse aos policiais que tentou fugir com a chave do veículo, mas ao ouvir o clique de um trabuco, provavelmente uma pistola, sendo engatilhada e a voz tenebrosa do assaltante avisando que iria puxar o gatilho, ela entregou a chave. Ainda segundo a jovem os três assaltantes surgiram do mato na beira da BR 459 e disseram que estavam fugindo!
– Nós queremos o carro para fugir… vamos abandoná-lo na Fernão Dias – teria dito um dos assaltantes.
Até o momento desta publicação nem o Saveiro da L.L. e nem a Fazer da K.G. foram localizados.