Em matéria policial tudo que o blog trás à publico a seus leitores tem como fonte de dados, além da memoria do autor, que milita como repórter policial há mais de trinta anos, informações colhidas na DP, registros oficiais em BOPMs, até chegar aos depoimentos de pessoas envolvidas nos fatos!

A matéria sobre  o roubo acontecido na manhã de terça na empresa Factoring na Herculano Cobra, seguiu os mesmos caminhos. A primeira informação passada pelo plantonista da DP, é que os autores do roubo, Ze Dois e Lequinho, eram presos albergados da APAC. E assim a matéria ganhou o titulo “Hopedes da APAC caem de novo”.

No dia seguinte à publicação da matéria o Blog recebeu o comentário da leitora “Caàmilla de Paula”, a qual faz questionamentos tais como;

– que seu irmão Alexander não participou do roubo em questão,

– que seu irmão foi absolvido da acusação de integrar uma quadrilha de assaltantes de caixas eletrônicos e, finalmente,

– que ele está cumprindo a condenação no  regime aberto no “albergue” no próprio Hotel do Juquinha e não na Apac!

  Dado o tom pejorativo, agressivo, de deboche, usado pela irmã do preso Alex da Gesonia, usando palavras cacófonas e brejeiras, resolvemos não lhe dar atenção. Até porque, Caàmilla de Paula não merece muito credito! Ela é a mesma que no ano passado foi detida na entrada do presidio tentando levar um aparelho de TV recheado de aparelhos celulares para o irmão hospedado no Hotel do Juquinha!

Mais tarde recebemos o comentário do sr. Divino Barbosa Soares, diretor de segurança da Associação de Proteção e Assistência aos Condenados de Pouso Alegre. No seu comentário, o Sr. Divino informa que os meliantes presos pela PM como autores do roubo no centro da cidade, não são hospedes da APAC.

O blog não tem motivos para duvidar da informação do diretor da APAC. Mas, para esmiuçar os detalhes da vida pregressa dos dois assaltantes, voltamos à DP em busca de mais informações e constatamos que, de fato, tanto “Zé Dois” quanto “Lequinho” “Alex da Gesonia”, quando foram presos na terça feira, estavam cumprindo pena no Regime Aberto, ou seja, deveriam estar trabalhando durante o dia e voltar para dormir no “Albergue” do próprio presidio batizado por este blog de Hotel do Juquinha!

Nos autos do flagrante do sobredito assalto, consta também que Alexsander de Paula Moreira Beck – sobrenome que Alex adicionou depois do casamento no final ano passado – está condenado a 3 anos meio por porte de arma e 5 anos e meio por roubo ao supermercado Center Box, além do indiciamento por formação de quadrilha.

Quanto aos comentários da jovem Caàmilla de Paula, eles não merecem consideração! Tanto que foram jogados no local condizente com o seu conteúdo… Na lixeira!

A vida de M. nunca foi fácil. Mãe aos dezesseis anos, logo enviuvou-se do pai de Juliano. Criou o filho com dificuldade. Tentou dar um novo pai para ele mas não foi feliz. Fez a sua parte, mas o filho não seguiu seus passos. Teve muitas decepções com ele. A maior foi em 2007, quando Juliano cometeu um estupro de incapaz. Ele fugiu e mais tarde ela soube que estava preso em Campinas por outro crime. Saiu da cadeia a menos de um ano. Voltou para casa a poucos meses. Mas nunca foi o homem da casa.

Sem eira e nem beira, Juliano precisou da ajuda da mãe. Para não abandonar o filho, afinal é filho, M. deu-lhe guarida no porão de sua casa humilde, ainda inacabada, no Cidade Jardim… Um simples cômodo de porão com banheiro. Ajudou a comprar top ware e outras bugigangas para revender. E ouviu suas confidencias. Preferia não ter ouvido! Outro dia Juliano confessou que estava apaixonado por um garoto de 15 anos! …E era correspondido! E havia outro menor no mesmo relacionamento, formando um triangulo amoroso! A mãe do garoto descobriu e ameaçou levar o caso à policia…

No meio da tarde desta quarta,17, no seu local de trabalho M. recebeu um telefonema do filho… Ele disse que havia tido um problema com um garoto e precisava de dinheiro para ‘dar um tempo’…!

M. naturalmente não atendeu seu apelo.

Ao chegar do trabalho no final da tarde e ver três viaturas policiais, policiais militares, perita criminal e este repórter fotografando o porão incendiado e uma aglomeração de vizinhos em frente sua casa, M. apressou as conclusões! Deduziu que a mãe do garoto com o qual ele mantinha laços íntimos o havia denunciado à policia. Deduziu que o próprio filho, por pirraça por ela não te-lo ajudado pela ultima vez, teria ele próprio colocado fogo no porão! Ainda hoje pela manhã, achava que todo assedio da policia e da imprensa era por conta do envolvimento do filho Juliano com o garoto de 15 anos e outro menor. Só mais tarde, ao ler o blog e ver a reportagem na TV, inclusive a entrevista com ela acerca do incêndio, foi que M. soube que havia acontecido um crime horrendo… Somente após a reportagem M. se deu conta de que seu filho havia agredido e violentado o garotinho de 10 anos na creche em construção, a poucos metros da sua casa! Que ele havia cometido seu segundo estupro!

– Eu estou ainda mais envergonhada… Não tenho coragem de aparecer no meu trabalho! Meu filho é um monstro! Ele tem que pagar pelo que fez! – diz a mãe do estuprador.

– Ele cumpriu pena em Campinas, tem amigos lá… Deve ter ido pra lá! – deduz M.

Comentários informais de legistas que analisaram as lesões no pequeno estudante estuprado, concluíram que ele escapou por muito pouco de morrer asfixiado pelas mãos do estuprador!

Passado o estado flagrancial, a delegada responsável pelo IP deve pedir a prisão preventiva de Juliano Pires Teixeira dos Santos, 31, reconhecido por fotografia pelo garotinho M. como o estuprador do Cidade Jardim!

Trabalho escolar de uma criança, moradora do bairro, encontrada no quarto em chamas do estuprador!

O estupro de vulnerável aconteceu no inicio da tarde desta quarta, 17, nas proximidades da Escola Municipal do bairro. Segundo o garotinho M. seu pai o deixou na porta da escola por volta de onze da manhã. No entanto, ao invés de entrar na escola, ele ficou com outros dois amigos ali por perto. Logo depois surgiu um rapaz que se dizia chamar Jhonatan e ficou conversando com eles. Um tempo depois, quando seus amiguinhos de afastaram para brincar em casa, o tal Jhonatan o agarrou pelos braços, o arrastou para uma construção deserta ali perto da escola e o estuprou. O garotinho de 10 anos contou ainda que desmaiou no momento do abuso e quando voltou a si o estuprador já havia ido embora.

A policia militar foi chamada ao local, registrou o fato, rastreou, mas não achou nem a sombra do estuprador.

Por volta de quatro da tarde, moradores da Rua 6 no Cidade Jardim viram o porão de uma casa pegando fogo…! Após verificarem que não havia ninguém em casa, populares, usando baldes com agua, apagaram o incêndio. Segundo os próprios moradores informaram à policia, era ali que morava o estuprador do garoto! A cama e moveis da casa de quarto e banheiro do suposto estuprador ficaram completamente destruídos!
O cidadão que teve a casa incendiada é Juliano Pires Teixeira dos Santos, 31 anos, desempregado. Segundo sua mãe, no meio da tarde ele teria telefonado para ela pedindo dinheiro, pois precisava sair da cidade com urgência, mas naturalmente não explicou porque! Ela acredita que, diante da recusa em dar-lhe dinheiro, ele próprio, por pirraça, teria colocado fogo na casa e fugido! Segundo ainda a mãe de Juliano, além de um furto em 2003, anos atrás ele foi preso apor Atentado Violento ao pudor e cumpriu pena uma cidade vizinha.

– Desde então ele não se endireitou… Eu construí esse cômodo para não deixa-lo na rua e rezo todos os dias para ele criar juízo! – disse ela visivelmente envergonhada do comportamento do filho.

Juliano Pires deverá responder por estupro de vulnerável e incêndio criminoso da casa da própria mãe, que aliás, se não fosse os vizinhos, poderia ter sido totalmente destruída!

“Zé Dois” : Confessou ter entrado na Factoring de arma em punho…

Raspava onze da manhã desta terça, 16, quando um sujeito usando uma blusa de moletom preta da marca ‘Fatal Surf’ entrou na loja Factoring na Herculano Cobra, no coração de Pouso Alegre, baixou o capacete na cabeça, sacou um trabuco, apontou para o proprietário e fez seu pedido:

– Eu só quero o dinheiro!

Pedindo assim tão delicadamente o comerciante nem questionou… Entregou tudo que havia no caixa! Mesmo assim foi amarrado no banheiro. E viu o assaltante virar as costas para segundos depois virar a esquina.

Com a algibeira recheada com R$320 o assaltante montou na garupa de uma motoca Honda CBX Strada que o esperava ali perto e dobrou a serra do cajuru. Na verdade cruzou a ponte do Rio Sapucaí Mirim… e rumou para o mocó no Cidade Jardim.

Para evitar a identificação pelas vestes o assaltante retirou a blusa de moletom preta de marca Fatal Surf e a jogou na beira da estrada. Mas, como meliante faz pouco uso do planejamento e logística, o assaltante jogou a blusa usada no crime na beira da rodovia, antes da ponte – devia ter jogado no rio! – deixando portanto, o rastro para a policia seguir.

Seguindo a blusa fatal os homens da lei abordaram a dupla de assaltantes numa rua do Cidade Jardim, andando a pé, com pinta de somongós! Apesar de ter dispensado a blusa usada no roubo, foram reconhecido pelas demais peças da indumentária tais como tênis, calça, camiseta, boné, etc. O dim-dim roubado na Herculano Cobra ainda estava na algibeira do assaltante. A moto Honda CBX 200 Strada haviam deixado numa quebrada e o trabuco 22 disseram ter dispensado na beira do rio!

O meliante que apontou o 22 para o comerciante no centro da cidade e levou sua grana é Felipe Talice da Silva Costa, 25 anos, também conhecido pela alcunha de Zé. Na verdade “Zé Dois”! pois é filho e teve escola com o velho Ze Um, um legitimo “menino que vi crescer”, meu vizinho, na estrada do crime há mais de vinte anos. “Zé Dois” ainda não é tão famoso quanto o pai – embora tenha cometido ainda mais pesado – mas responde por furto, roubo e homicídio. Até esta terça cumpria pena no regime aberto, albergado no próprio Hotel do Juquinha!

Alex da Gesonia: Indiciado por formação de quadrilha de assaltantes de bancos, está condenado a 9 anos e 20 dias. Mas cumpre pena no “albergue” do Hotel do Juquinha…!

O comparsa de Zé Dois é tão ilustre quanto ele. Responde pelo nome de Alexsander de Paula Moreira e também pelas alcunhas de “Lequinho” e “Alex da Gesonia”. Mas jurou de pés juntos que é inocente! Em maio de 2013, enquanto aguardava julgamento por porte ilegal de arma, Alexsander foi indiciado por formação de quadrilha. Ele foi preso no momento em que uma quadrilha se preparava para roubar um banco em Cachoeira de Minas.Tres meses depois foi condenado a 3 anos e meio pelo porte de arma e no ano passado recebeu mais 5 anos, 6 meses e 20 dias de cana por roubo ao supermercado Center Box. Apesar do currículo, Lequinho também estava até ontem cumprindo pena como albergado no Hotel do Juquinha!

“Zé Dois” e “Alex da Gesonia” voltaram ao lar-doce-lar do Hotel do Juquinha!

É triste admitir isso, mas a aparência de Ronaldo “Bolacha” de Assis Matos estava bem melhor quando desfrutava da hospedagem do Hotel do Juquinha!

Passava de uma da madrugada de sábado, 13, quando o alarme do Supermercado São João no Arvore grande disparou. O primeiro ouvir o som estridente e chamar a policia foi naturalmente o vizinho. Imediatamente a policia militar chegou ao local e cercou o prédio. Quando o proprietário chegou, constataram que um larapio havia estado ali e arrombado dois dos quatro caixas e levado cerca de R$350.

Para entrar no supermercado o larapio pulou o muro dos fundos, cortou a cerca elétrica, subiu no telhado, entrou pelo exaustor, danificou o forro de pvc de acesso aos vestiários do funcionários e finalmente chegou aos caixas! Depois de pegar a merreca de trezentos e cinquenta reais, quase tudo em notas de dois reais, estando já cercado pelos vizinhos, o ratão cortou outra cerca elétrica, subiu no telhado do vizinho e pulou em um terreno baldio!  Usando lanternas os policiais vasculharam o terreno e encontraram o gatuno acuado no fundo do lote, com a algibeira abarrotada de notas de dois!

O gatuno do Supermercado São João é Ronaldo de Assis Matos, 39, o velho “Bolacha”, figurinha mais carimbada no álbum da policia do que nota de dois reais em caixa de supermercado. Cento cinquenta e cinco, 157 e 163 em sua capivara também tem mais do que nota de dois em padaria!       Na estrada tortuosa do crime desde 1998, ele conhece cada centímetro do velho Hotel da Silvestre Ferraz.

Bolacha está em liberdade condicional desde dezembro de 2014 mas pelo jeito, ainda não havia achado o caminho de casa. Agora achou… O caminho do Hotel do Juquinha!

* Leia daqui a pouco: Hospedes da APAC caem de novo