Motoqueiro quer matar o vigesimo oitavo cidadão passense

     O crime violento na capital mineira da cana de açucar deu uma pequena tregua. Ja faz quase um mes que não se mata ninguem…. mas não por falta de tentativas. Até o dia 11 de agosto, 27 passenses ja haviam sido mandados para a cidade dos pés-juntos e outros tantos recebido azeitonas quentes com o mesmo endereço.

      Na ultima segunda à noite, um motoqueiro passou chispando por uma rua do bairro Bela Vista e mandou bala na direção do cidadão Claudio Onesio Ramael Pinto, 27 anos. Quatro tiros acertaram o moço em regiões não vitais. Ele foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e levado para a Santa Casa, onde passou por delicadas cirurgias mas não está livre de se tornar a 28ª vitima de homicidio no ano, na cidade meio mineira meio paulista de 96 mil habitantes. O motoqueiro-pistoleiro naturalmente dobrou a serra do cajuru sem dar entrevistas…. mas a batata está assando pra ele!!!

Mulher ciumenta mata companheiro para não perdê-lo para a ex-esposa

       O caminhoneiro Ladir Francisco da Silva, morador de Coqueiral, na região dos Lagos, era um daqueles cidadãos que não se decidia o que queria da vida… não em termos de mulheres pelo menos. A indecisão custou-lhe a vida. Ele fora casado, descasou, tornou  se casar, descasou novamente e outra vez se juntou, agora com Alessandra da Silva, cabra arretada e ciumenta que não aceita bola dividida. Parece que ele tinha alguma pendenga com a primeira ex-esposa, ou estava arrependido da escolha, pois no domingo, aproveitando que havia festa na cidade vizinha de Santana da Vargem, foi lá festar e aproveitou para se encontrar com a ex-cara metade. Só que a atual também foi à festa. Estavam no interior do carro dele, discutindo aguas passadas, quando Alessandra chegou e rodou a baiana. Em meio ao trololó, a preterida de 23 anos sacou um punhal e cravou no peito do amasio. Um golpe só e foi o suficiente para por fim à indecisa vida conjugal de Ladir. O caminhoneiro de 48 anos teve tres filhos com a primeira e um com a segunda esposa. Com a assssina de 23 anos não deixou nenhum orfão.

      Em julho passado, Alessandra apontou um revolver calibre 22 para ao companheiro e disse com todas as letras que se ele a deixasse, ela o mataria. Parece que Ladir não levou a ameaça a serio. Embora tenha cometido o crime premeditadamente Alessandra não se preocupou em dobrar a serra do cajuru. Caiu nas malhas da lei logo em seguida e ao sentar-se ao piano do delegado de plantão de  Varginha, contou que matou o amasio para não perdê-lo para a rival. Como não tinha antecedentes, a homicida assumida assinou o 121, pagou fiança e voltou para casa para aguardar o julgamento em liberdade.

Cidadão inventa crime e pede solução à policia

       Estavam os homens da lei de Itapeva traçando os planos de ação para a longa jornada de trabalho no primeiro domingo de setembro, quando o cidadão D.J.A. ali chegou com cara de pelamordedeus, dizendo que havia sido vitima de roubo. Entre um soluço e outro ele contou que passava pelo bairro Monjolinho na zona rural do município quando outro veiculo deu-lhe uma fechada obrigando-o a parar. Do seu interior saltaram dois malacos encapuzados, apontaram os trabucos para sua cara, deram-lhe uns petelecos, amarraram suas mãos ao pé de uma arvore na beira da estrada e levaram seu VW Gol verde. Coitadinho!!! Como de praxe a PM comunicou as demais unidades da área para o costumeiro ‘cerco e bloqueio’, expediu a fanhosa mensagem; “atenção todas as viaturas… tá na escuta? Gol verde roubado no bairro Monjolinho. Meliantes fortemente armados espancaram e amarraram a vitima numa arvore. São perigosos… pertencem ao PCC, fiquem atentos, QAP” e ficou atenta, na expectativa de cruzar com o golzinho do moço nos braços de outro.

      Às duas da tarde D.J. voltou ao quartel da PM, feliz e faceiro, abraçado ao volante do golzinho, para informar que tudo não passara de um equivoco. Contou ele que na madrugada anterior, desfilou pelos bares da vida, amarrou-se num pé de cana e ficou sem condições de dirigir, por isso voltou para casa a pé e para justificar o fiasco, contou para a mulher que havia sido roubado…!!!

       Pela brincadeirinha com os homens da lei, D.J. recebeu pulseiras de prata e desceu para a delegacia de policia onde sentou-se ao piano e assinou um 340. Coisa pouca… de um a seis meses de detenção, mas foi suficiente para devolver a cara de chororô ao inventor de crime que não aconteceu.

Cidadão revoltado baixa as calças e c… no processo

O ouvinte ou leitor que acompanha as crônicas “Direto da Policia” há quase três décadas, naturalmente já se acostumou com meu linguajar  simples e popular, recheado de termos do dia-a-dia, muitos deles usados exclusivamente no meio policial e pelos hospedes do hotel do Juquinha, tais como “bandeco”, “boi”, “ventana”, “pipa”, “dormir na praia” e tantos outros substantivos chulos e pobres que enriquecem minha narrativa. Mas o dileto leitor  jamais ouviu ou leu nesta pagina nenhum termo cacófono ou que “cheire mal”. Pois bem. Hoje vou pedir  licença a você meu querido leitor para usar um destes termos que realmente soa e cheira mal a qualquer ouvido… e nariz. Mas de outra forma não teria como contar a cagada que um  cidadão fez em pleno fórum da cidade de Jaú, no interior paulista.

Por esta cagada literal, em protesto contra decisão judicial em seu desfavor, o pacato sisudo e ordeiro cidadão seria condenado de 2 a 5 anos de prisão. Ao ser submetido a exame de insanidade mental, os peritos consideraram que ele é portador de ‘esquizofrenia paranóide’ ou ‘transtorno esquizotipico’, portanto, semi-imputável, por isso o homem da capa preta converteu a pena restritiva de liberdade em ‘tratamento ambulatorial’ por tempo indeterminado, devendo o cagão ser submetido a exames médicos periódicos nos próximos três anos, como mandam os artigos 98 e 337 do Código Penal. Que cagada longa…

 

Em 2004 Erre Esse foi preso e processado por manter dentro de casa arma de fogo. O processo, como de praxe, se arrastou por vários anos na justiça e no final do ano passado o caçador de jau finalmente recebeu sua reprimenda, leve na verdade; teria que comparecer mensalmente durante seis meses ao Fórum da Comarca para mostrar que estava vivo e colocar sua assinatura no correspondente processo. Como todo cidadão que tem seus direitos restringidos, Erre Esse não concordou com a punição, mas não fugiu. De cara enfunada ele compareceu durante cinco meses ao Fórum e assinou calado o processo. No sexto mês, quando finalmente ficaria livre da pena, Erre Esse entrou no Fórum, foi até o balcão de atendimento, pediu os autos como de habito, assinou-o e ao invés de devolvê-lo ao serventuário da justiça, virou-se para as pessoas que ali aguardavam atendimento, teceu breve comentário sobre o fato, ressaltando seu protesto pelo tratamento recebido da justiça – o que considerava injustiça – e, como o cidadão que acaba de quitar uma promissória, pega-a, rasga em mil pedacinhos e joga no lixo, arriou as calças, agachou e sob o olhar estupefato das pessoas presentes, cagou sobre os autos do processo!!!!.  Antes de devolver o documento cagado e fedido ao escrivão, o caçador ainda acrescentou; “ Tenho vontade de esfregar os papeis na cara do juiz e do promotor…”. Quase teve chance, pois recebeu pulseiras de prata e voltou sentar-se no banco dos réus para ouvir sua nova condenação… agora bem longa e menos ‘glamourosa’, como doente mental.

Aquela espingardinha chumbeira de caçar jaú no arredores de Jaú, que ficava guardadinha atrás da porta do quarto do matuto Erre Esse, lá ao pé da grota funda, acabou atirando longe, heim?

Santarritense decepciona… cai de 3 em casa

 

 

 

 

 

     Pela ultima rodada do turno do campeonato mineiro da Segunda Divisão, o Santarritense F.C. recebeu o CAP-Uberlandia no Estádio Erasmo Cabral na manha deste domingo e não foi feliz. Perdeu de 3×0 para o azulão do Triangulo. O resultado, no entanto não espelhou o que foi o jogo. Numa partida bastante disputada de lado a lado, tanto Azulão quanto Canarinho poderia ter saído vitorioso. O empate teria sido ainda mais justo, diante do empenho e garra dos jogadores da casa que levaram perigo pelos menos até a área do time visitante diversas vezes. Faltou calma e capricho para concluir as jogadas e alegrar os cerca de 200 torcedores que foram prestigiar o time do vale da eletrônica.

      No intervalo do disputado jogo, falei com o coordenador do Santarritense Jose Romildo Bueno, o Bugalu, que anda preocupado com as finanças do clube. O Santarritense disputa o campeonato Mineiro da Segunda Divisão desde 2003, sempre com campanhas regulares, apesar das dificuldades financeiras. Em 2009 e 2010 pediu licença à Federação, por falta de recursos. Na atual temporada o plantel tem 27 jogadores, sendo dez “pratas da casa” e 17 profissionais vindos de outras cidades e Estados, inclusive o técnico Zezito, de Poços de Caldas. O clube recebeu uma ajuda de custo da prefeitura, no valor de 20 mil reais em parcelas de 4 mil. Algumas empresas da cidade tem ajudado com 3 mil reais. O destaque do time é o centroavante Bruninho, morador do bairro Recanto das Margaridas,  artilheiro da equipe com 4 gols. Todos os jogadores da cidade ganham salário mínimo, mas somando despesas de salários, alimentação e viagens, o clube tem uma despesa mensal em torno de 25 mil reais – Só ao triangulo mineiro, distante 600 km de Santa Rita o time fará três viagens, para enfrentar CAP-Uberlandia, Araguari e Araxá. Cada jogo em casa, a FMF leva 2.400 reais de taxas, entre árbitros, representante, delegado e fiscal de renda. E falando nela, a renda da bilheteria não cobre as despesas do próprio jogo. Os jogadores de fora pertencem a empresários que pagam seus salários.    

      Mesmo diante de tantas dificuldades, Bugalu não se deixa abater; “nosso objetivo é chegar à Primeira Divisão e poder jogar contra os grandes Atlético, Cruzeiro e América. Enquanto perseguimos o objetivo maior, o campeonato serve como vitrine, para mostrar os jovens talentos de Santa Rita, que poderão se transferir para grandes clubes do país. Se isso acontecer, além de realizar o sonho desses meninos que treinam em nossas escolinhas desde pequenos, suas vendas poderão colocar dinheiro em caixa para continuarmos o nosso trabalho”, disse o abnegado treinador.

       O Santarritense está no caminho certo, mesclando jogadores ‘prata da casa’ com os forasteiros mantidos por empresários. Aliás, não fosse a parceria com empresários-boleiros o time não teria condições de entrar em campo para a disputa do certame profissional. Pode não chegar ao objetivo ainda a curto prazo, mas dadas as atuais conjunturas do futebol profissional no Estado, o Santarritense vem fazendo o que pode. Um time mais competitivo e vitorioso depende de maior prestigio do torcedor e principalmente do empresariado da cidade.

       A derrota em casa para CAP-Uberlandia frustrou a pequena torcida e deixou mais distante os sonhos do coordenador Bugalu, mas não arrefeceu sua vontade de colocar o futebol da capital da eletrônica entre os melhores do Estado.  

Mais um conto do vigario via celular

O aposentado M.O.S. 55 anos estava quieto no seu canto, cochilando no banco da praça, quando ouviu o suave dim-dom do seu moderno aparelho celular. Era uma mensagem de telemarketing do SBT. M.O. quase deu um pulo de alegria. As letrinhas juntas diziam que ele havia sido contemplado com um VW Gol zerinho no programa Silvio Santos. Tudo que ele tinha que fazer era procurar uma agencia da CEF e efetuar um deposito no valor de R$410,00 numa determinada, conta em nome de determinada pessoa. Sem problemas. O que são 410 reais por um carro zerinho zerinho? Feita a transferencia ele recebeu nova mensagem orientando-o a realizar mais dois depositos agora no BB; R$ 999,00 e 499,00. ….Ainda estava quase de graça o golzinho!!! Feitas as transferencias no BB, M.O.S. recebeu nova mensagem, ainda mais atrativa que a anterior. Pela sua ‘confiança no programa’ – e pela sua facilidade em acreditar em coelhinho da pascoa – ele havia sido contemplado também com um premio de R$ 50.000,00. Para receber o dim-dim e o Gol zero, ele teria que depositar  R$ 1.300,00 numa outra conta, novamente na CEF. Ele foi para o banco mas quando estava na fila do caixa, percebeu os olhares soturnos e sorrateiros de um guampudo à distancia e começou a sentir cheiro – só cheiro – de maracutaia. Com receio de perder seu rico dinheirinho – Óh, inocencia perdida!!! – o aposentado desistiu do deposito e foi para casa aguardar novas instruções via celular. Os vigaristas de plantão, de uma penitenciaria qualquer do país, talvez de Bangu II, no Rio ou quem sabe da Papuda, em Brasilia, ainda fizeram varias ligações e enviaram mensagens para o aparelhinho movel do aposentado, dando bronca, cobrando o deposito de 1300 reais para liberar o carro e os 50 mil.  M.O.S. estava propenso a fazê-lo!! Ele somente procurou a policia depois que os parentes e vizinhos o convenceram de que ele havia caido num golpe.

       A estoria parece ilaria não é? Não é. Todos os dias dezenas de pessoas, de lavradores a doutores, caem no “Conto do Vigario” internauticocibernetico e depositam quantias até maiores em contas fantasmas…. mas o prejuizo é real. Alerte seu amigo. Voce não vai querer  que ele seja mais um Mané Otario da Silva, vai? Seu celular acaba de receber uma mensagem….

7 anos de cadeia por roubo de cuecas

        Em tempos em que a policia federal – leia-se imprensa, jornalismo investigativo – descobre a cada dia uma nova maracutaia nacional, com milhoes de reais sendo desviados dos cofres do contribuinte para as guaiacas de parentes e amigos dos ‘representantes’ que colocamos em Brasilia – primeiro o Ministerio dos Transportes, depois o da Agricultura e agora o do Turismo… cheios de maçãs podres, o que não é nenhuma novidade, diga-se de passagem – vale lembrar alguns casos de cidadãos simples mortais, que vão parar atras das grades, por furto de galinhas. E são justamente os bipedes galinaceos que começam ilustrando esta simples e curta materia. Em 85, quando cheguei para trabalhar na minha saudosa Silvianopolis, o velho hotel da Julio Correia Beraldo tinha apenas um preso; Carlinhos Lobão. Um negro alto, meio curvado, voz de trovão, com quase dois quilos de beiços. Trabalhava como ‘chapa’, de bermuda e chinelos,  na agropecuaria do Heleno durante o dia e à noite ia dormir na cadeia. Assim foi durante um ano e meio. Seu crime? Numa noite quente de outubro invadiu o quintal de um vizinho no bairro do Lava-pés e furtou uma galinha, para fazer uma ‘frangada’ regada a suco de gerereba com os amigos. Carlinhos Lobão não reclamou da justiça, não esperneou, não mordeu ninguem. Pagou de ‘diboinha’ seu debito social e durante um ano e meio não comeu galinha, nem frango, nem franguinha…. não de noite, pelo menos.

       Outro dia contei nesta mesma coluna a historia daquela simpatica e bondosa senhora que desfilou pelos corrredores do Baronesa protegida pelo ‘habito’, visitando sorrateiramente as gondolas e na saida foi barrada pelo segurança levando na bolsa a tiracolo refis de barbeadores…. sem pagar. Ela desceu no taxi do contribuinte para a DP e não foi autuada em flagrante e portanto não subiu para o hotel do Juquinha, porque a delegada de plantão foi muito sensata, mas sentou-se ao piano e assinou um 155. Ah, ela é freira….

       Na segunda feira do ultimo carnaval, meu conterraneo T. pulou o muro do quintal da casa da senhora D., lá em Congonhal e furtou uma calcinha que estava secando no varal. Ele não explicou o que pretendia fazer com a ‘langerri’ da vizinha, mesmo assim também contou com o bom senso do delegado de plantão para não ter que se travestir de boneca no hotel do Juquainha. Só não escapou do piano e esta sendo processado por furto.

        Mas o motivo que me faz tomar seu tempo meu estimado leitor, são as cuecas.  Não as minhas Lupos e Bad Boys e nem as suas. Mas as velhas e surradas cuecas de elanca de M.T.V, que também estavam penduradas no varal. Elas foram alvo da cobiça do cidadão C.F.M. na cidade de Alfenas. Na calada da noite o moço de 27 anos galgou o muro da residencia, desceu sorrateiro no quintal e passou a mao leve em tres cuecas e um par de meias e tentou dobrar a serra do cajuru. Foi delatado pelo “Totó” que estava de guarda e caiu nas malhas da lei. Apesar da indignação, o vizinho declarou ao juiz que as peças intimas eram bastante usadas e portanto não tinham valor material e nem mesmo sentimental, por isso o douto homem da capa preta, baseado no principio da insiginificancia da ‘res furtiva’, absolveu o larapio de cuecas. O sempre zeloso Representante do Ministerio Publico discordou e sob a alegação de que o meliante sem roupa de baixo tinha maus antecedentes e tendencias a delinquir, recorreu da descisão. O processo subiu e C.F.M. foi então condenado pelo TJMG a 7 anos de prisão pelo furto das cuecas e meias velhas. A pendenga continua acalorada e parece que não vai esfriar tão cedo, pois o STJ acatou a primeira descisão da Comarca de Alfenas e o absolveu. Novamente o dignissimo MP recorreu e o caso das cuecas furadas – que apesar de lavadas continuam fedendo para C.F.M. – pode parar no Supremo Tribunal Federal. Enquanto isso, nos bastidores – ou seria nos esgotos? – da Esplanada dos Ministérios….

Amelinha… aquilo sim era aborrescente de verdade

Era quase uma hora de uma madrugada fria de maio quando ela entrou pela porta que estava apenas cerrada. Gordinha, rechonchuda, longos cabelos loiros falsos, com as raízes pretas mostrando que há varias semanas nao tomava banho de tinta. Vestia uma calça jeans semi-nova, porém bastante surrada, resultado de muitos dias ininterruptos de uso e uma camiseta amarela menos usada, mas tão surrada quanto e chinelos havaianas. Trazia na mão direita uma faquinha de pão e na ponta da língua uma boa doze de fel … ou talvez pimenta.. ou simplesmente “paia”. Entrou como um furacão no saguão e ao ver que a única luz acesa era a do reservado da recepção onde eu estava, veio até mim perguntando sem parar; “Cadê a Fatinha…. hoje eu mato aquela desgraçada….Ela me bateu, hoje eu mato aquela desgraçada. Cadê ela, cadê ela?” Fatinha, a experiente detetive dos seus enfados, havia sido transferida para Pouso Alegre meses atrás e certamente, àquela hora, estava no melhor dos sonos, nos braços de Morfeu. Sonolento estava eu, que havia levantado há meia hora para receber um “menor infrator” conduzido pela PM, por ter sido abordado em via publica contrariando determinação judicial. Enquanto aguardava a chegada de um representante do Conselho Tutelar, fechei a porta e aproveitei para passar-lhe mais um dos inúteis sermões. Sem mover um músculo, além das pupilas para acompanhar os movimentos da desvairada, fiquei alguns segundos processando a cena, bolindo ‘tico & teco’ no cérebro, esperando minha deixa para intervir. O garotão negro, alto, sem desencostar do frio balcão de mármore, virou o corpo de lado e deu meio passo para trás, para a parede. Se eu não esperava tanto ódio e agitação naquele inicio de madrugada, a garota da faca não esperava tanta frieza de minha parte e nem tanta rapidez e coragem do garoto ao lado no balcão. Ao ver a garota brandindo a faca no ar, querendo a todo custo matar minha ex-colega há vinte e nove quilômetros dali, o garotão esguio esticou o braço e agarrou a munheca dela, imobilizando a faca e sua mão. Não precisei de nenhum movimento brusco para tomar-lhe a reluzente faquinha de pão de cabo de madeira. Desarmada, a garotinha continuou soltando impropérios e ameaças contra a detetive ausente e como não dizia coisa com coisa, convidei-a a se retirar. Tornei a cerrar a porta da delegacia e voltei a ‘businar’ na orelha do jovem esguio – meu corajoso auxiliar, muito mais corajoso do que um detetive “ad-hoc” com o qual trabalhei em Monte Sião. Um dia o corretíssimo delegado Watson de Pinho rolou na poeira com um meliante, caíram de um barranco de três metros de altura quebrando o pé direito e o tal ‘detetive’ não se dignou sequer a entregar-lhe o par de pulseiras de prata para prender o meliante vencido – de 17 anos. Antes de concluir o sermão, ouvi barulhos de vidros se estilhaçando do lado de fora. Ao abrir a porta deparei com a garota ‘braba’ com um pedaço de tijolo na mão quebrando a sirene e luminoso do velho golzinho 93, uma das duas viaturas pertencentes à delegacia. Desta vez tive que fazer força. Foi necessário puxa-la pelos cabelos para afastá-la da viatura e expulsá-la dali. Ela foi embora deixando para trás mais um inimigo tão odiado quanto a policial Fatinha. Mas voltou. Voltou cerca de uma hora depois. Desta vez, ao invés de faca de pão, trazia nas mãos um par de pulseiras de prata. Havia sido presa pela policia militar, quebrando as janelas do prédio do Ministério Publico à uma hora da madrugada. Seria louca? Estaria drogada? Estaria possuída pelo Chiquinho da Borda? Ou seria apenas mais uma adolescente deitando e rolando nos braços do protetor e desregulamentado ECA, querendo chamar a atenção??? Uma mera rebelde sem causa achando bonito fazer feiúra? O tempo diria…

Foi assim que conheci A.T.M.S., que chamarei apenas de  AMELINHA, aos 16 anos de fúria incontrolável.

Na manha seguinte, ao comentar com os colegas as alterações do Plantão Policial, os colegas me deram a ficha completa da ‘aborrescente’ aborrecida. Um dos colegas comentou; “… Então você foi batizado!!!”. Outro acrescentou sarcástico: “Não precisa ficar com saudades… você ainda vai vê-la muito por aqui. Ela é figurinha fácil…”. Amelinha, 16 anos, órfã de pai – vivo!!! Dizem asmas línguas – morava com a mãe, mas vivia mais na rua do que em casa. Apesar do seu jeito espalhafatoso, do seu palavreado chulo e gratuito, ela quase passava despercebida na rua; seria só mais uma adolescente mal educada. Mas nos órgãos públicos, na Delegacia de Policia, no Conselho Tutelar, no Fórum, no Ministério Publico, no hospital, ah!!!, Aí Amelinha soltava os capetas, rodava a baiana e dava show. Afrontar autoridades e seus agentes era para ela mais que uma obrigação… Ser o centro da atenção das autoridades era uma missão que ela realizava com raro prazer. A lista de seus artigos, no entanto era pobre. Apenas alguns 129 e outros 28. Ela gostava mesmo era do 140, 147 e 163. Danificar bens públicos, xingar e ameaçar agentes públicos era seu passatempo favorito. Seu estrelato no meio policial parece ter acontecido cerca de dois anos antes, por volta dos catorze anos, com a chegada da puberdade, quando ela foi infectada com o ‘vírus da adolescência’. Aí começaram as transgressões, as agressões, os xingamentos em casa, na escola e ela foi apresentada ao Conselho Tutelar. Ninguém torna-se cliente do Conselho Tutelar para fazer pic-nic. Amelinha tornou-se pernona non grata com espantosa rapidez. Aliás, pessoa indesejável e mal vista seria bondade. Antes do quinze anos Amelinha era a pessoa mais temida, era o terror dos conselheiros tutelares. Não pra menos. Não havia uma conselheira ou conselheiro que não tivesse tomado tabefes e bicudas regados a impropérios impublicáveis da pequena rechonchuda. Veículos e moveis do Conselho ela não quebrava todas as vezes não… só quando tinha vontade. Uma das kombis ela não se contentou em apenas chutar, ateou fogo. E se o leitor pensa que ela era valente somente com quem não tinha poder de policia, enganou-se. Policiais civis e militares também tinham que agüentar seu destempero físico e verbal e não raro as escassas e mal conservadas viaturas alocadas pelo Estado sofriam também avarias, com socos, bicudas e pedradas. As autoridades de Santa Rita preferiam mil vezes domar o Chiquinho da Borda. O sempre sisudo e inatingível homem da capa preta muitas vezes teve seus ouvidos feridos com suas ofensas indevidas. No prédio do promotor de justiça, o qual zelava pela integridade da pequena e indefesa cidadã, Amelinha, muitas vezes irrompia sozinha ou com sua mãe correndo atrás tentando segura-la, empurrando mesas, chutando papeis, passando por cima de atendentes e estagiarias apavoradas e invadia o gabinete do guardião do ECA, soltando fogo, cobras e lagartos pelas ventas contra policiais, enfermeiros ou conselheiros que ousaram contrariar seus desejos e direitos de adolescente.

Quando queria falar com o bom moço, nem cerca de arame eletrificado a segurava e claro, não precisava de agenda. Por isso naquela madrugada gelada de rebarba de festa de Santa Rita, depois de ser expulsa pelos cabelos da delegacia, ela invadiu o prédio do promotor e quebrou suas janelas para reclamar com ele… mesmo sabendo que àquela hora seu protetor deveria estar debaixo de sete palmos de cobertor.

Aquela costumeira – e saudosa – reunião de café da manha na cozinha da Delegacia de Policia, saboreando pão e leite da Vaca Mecânica da prefeitura de Santa Rita com café puro da Fazenda Nosso Paraizzo, foi mais prolongada que a habitual. Ali meu padrinho Jose Benicio contou-nos, entre outras façanhas, o baile que Amelinha dera no companheiro Kleber Brunhara. Ele fora designado meses antes para escoltar Amelinha e entrega-la num hospital psiquiátrico da Avenida Carandaí, na capital mineira. Todo polido – como convém a um policial – o jovem detetive estendeu o oficio de apresentação da adolescente à recepcionista do ‘nosomanicomio’ e quando virou-se para apresentá-la ela não estava mais lá. A garotinha rebelde ficara menos de vinte segundos fora do seu raio de visão e foram suficientes para ela sumir de vez de sua vista e dobrar a serra do cajuru – ou seria do curral? Ou de Itaguara? – na capital mineira. Um dos colegas concluiu a narrativa do Benicio dizendo; “Amelinha chegou à Santa Rita primeiro que o Kleber”. Exagero talvez, mas o que dissera o outro colega sobre ‘saudade’ estava coberto de razão. Quinze dias depois Amelinha veio fazer-me outra visita. Chegou na virada da noite, conduzida pela PM e antes mesmo de redigido o B.O. de quebradeira e perturbação do sossego, a kombi azul do Conselho Tutelar chegou com duas conselheiras para conduzir a menina-problema para o aconchego do seu lar. Esperei pacientemente os policiais redigirem…

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Tia Silveria e o mini-bug

     Como todo homem que nasce, cresce e amadurece, sempre guardei boas e saudosas lembranças da infância e dos tempos idos. Dentre elas, tem uma que certamente vai acompanhar-me até a despedida quando eu for chamado a prestar contas ao criador. Ao criar a coluna Cotidiano neste Blog, vi a oportunidadee de falar um pouquinho de uma pessoa bela e dadivosa que conheci desde que me percebi gente e que prestou contas há alguns anos, cuja lembrança estará sempre comigo. Ainda posso vê-la na janelada casa amarela, com seu sorriso despretensioso acenando com o braço e dizendo: “Chega pra cá. Vem contar umas mentiras da cidade pra gente…”. Tia Silveria.

     Na minha mais tenra infância morava eu com meus pais e minhas dez irmãs numa casa grande, de pau-a-pique, um metro acima do chão, no local denominado ‘Vargem do Coqueiro’, cerca de quinhentos metros distante da estrada principal do bairro. A casa mais próxima era a da tia Silvéria, a cinqüenta metros da estrada. Caminho inevitável para se chegar ao centro do bairro. Até a casa dela se chegava pela estrada. A partir daí havia apenas um trilho batido. O aceso era somente à pé ou a cavalo. Carro só existia um mesmo no bairro… Logo, ir de minha casa para a dela era ir para a civilização. Da dela para a minha era voltar para o mato.

     Mas não foi este divisor geográfico de sentimentos e comportamentos que isoladamente marcou minha infância, adolescência e maturidade. Se tia Silvéria não tivesse recebido do Pai os dons que recebeu e distribuiu, sua casa seria apenas um caminho por onde passar. O que ficou guardado e merece ser sempre retirado do baú da memória é o que a boa e obesa senhora levava no peito e expressava sempre no seu cotidiano; Alegria, muita alegria. Contagiante alegria e bom humor. Era bom demais chegar à casa de tia Silvéria, vindo do mato ou da civilização. Afastar de lá, o fazíamos com aperto no peito e saudade precoce. E olhe que a casa dela era uma casinha de cangalha, paredes de pau-a-pique pintadas com tabatinga e fogão a lenha, composta de  quatro cômodos de dois metros e meio por dois.

     Quando me mudei para a cidade e ficávamos às vezes  semanas sem nos ver, a efusão com que ela nos recebia era redobrada. Embora houvesse no bairro outros parentes do mesmo grau e afinidade e até minha querida avó, eu somente “chegava” realmente ao bairro depois de visitar tia Silveria. Ela também se mudou pata outra casa perto dali e para se chegar a casa de minha avó Ana, prédio conservado tal como foi construído, existe um atalho que leva direto a ela, bem mais curto, mas eu ia primeiro ver tia Silveria, para depois visitar minha avó.

     Toda vez que ali chegava, nosso dialogo se repetia. Quando eu empurrava a porteira do curral ela aparecia na janela da casa alta e simples como ela e perguntava; “Porque não trouxe o resto da bagaceira?” Sem responder sobre o resto da bagaceira – minha família – eu perguntava como estavam as coisas por ali e ela dava a resposta que carrego e uso até hoje; “ aqui está tudo uma prata preta”. Não sei se existe prata preta. Talvez a prata escura seja mais pura e valiosa e ela usasse o termo para deixar claro que a vida era muito valiosa e à sua volta estava tudo bem. Esta era a sua maneira de dar as boas vindas. Com descontração, alegria e otimismo. Jamais se queixava de qualquer incomodo. E depois do tradicional ‘entra pra dentro’, entre um gole de café, que jamais esfriava na chapa do fogão e umas mordidas no tradicional e delicioso bolo de fubá, em poucos minutos ela me punha a par de tudo que acontecera no bairro na minha ausência. E naturalmente ficava sabendo das novidades que eu levava da ‘praça’.

     O tempo passou e a casa velha amarela que pertencera ao meu tio André foi demolida e outra de alvenaria foi construída em seu lugar. Pouso depois de se casar, seu filho caçula pediu que ela se mudasse e ocupou a casa dela. Voltando a morar na casa em que nascera, com o filho mais velho e sua família, tendo como privados apenas o quarto de dormir e uma cozinha no quintal, tia Silveria mudou muito seu jeito de ser. Tornou-se doentia e amarga. Quando perguntávamos seu estado de saúde e espírito ela respondia sempre; “Não estou boa hoje, não…” E enumerava seus males na mesma intensidade que anos antes jogava alegria pela janela da casa de assoalho alto. Mas a chorumela era passageira. Depois de colocar para fora suas dores e anseios não revelados ela voltava a ser a Silveria dos meus sonhos, cuja presença e convivência queríamos que durasse para sempre. Tia Silveria continuou sendo referencia para mim em minha terrinha amada até o fim de sua caminhada terrena. Em 1996 tive a benção de morar na mesma casa que foi dela, há menos de cinqüenta metros de sua cozinha e pude desfrutar, ao menos nos finais de semanas, de sua alegre companhia. Naquele ano aconteceu um fato inusitado que fez reviver tia Silveria dos meus tempos de criança. No inicio de uma ensolarada tarde de sábado, meus filhos e o amigo Marquinhos estavam aprendendo dirigir um mini- bug cor de rosa em volta da casa, quando tia Silveria chegou e pediu-me para leva-la à casa de tia Rosina,  um quilometro distante dali. Naturalmente me dispus a faze-lo mas antes, de brincadeira, sugeri que ela fosse no carrinho com os meninos. Para minha surpresa, tia Silveria simplesmente empurrou o Diego do assento do passageiro com um porretinho que levava para se apoiar, dizendo; “ Chega pra lá menino…” e sentou-se espremida no único banco do buguinho, ao lado do Marcelo e seguiram estrada afora até a localidade do Mourão Furado. Quem passou pela estrada alegre e poeirenta do bairro dos Coutinhos naquela tarde, com certeza viu uma cena inesquecível; Uma velhinha beirando os 80 anos, espremida entre três garotos de treze e catorze anos num buguinho barulhento cor de rosa, com o vento espatifando o coque dos longos cabelos brancos. Um foto desta cena hoje certamente correria o mundo pelo you tube. Para ilustrar um pouquinho mais a cena, o buguinho era tão minúsculo que eu o havia levado de Silvianópolis para o sitio, montado, no porta malas do meu Escort.

     Assim era tia Silveria. Não fazia graça. Era a graça. Não ria. Fazia-nos rir. Era generosidade, otimismo e alegria em pessoa. Viveu 79 eternas primaveras com Deus e para ele se foi. E a saudade…..

Editorial

       Há sete anos criei o jornal impresso FOLHA de Pouso Alegre. No meu primeiro contato com o leitor escrevi um conciso e ufanista Editorial justificando sua criação e propagando que tínhamos fôlego para virar o ano político e caminhar com as próprias pernas… errei feio. Consegui circular por 23 semanas e fechei o escritório no mais absoluto vermelho. Com independência política e de pensamentos mas no vermelho.

     Fiquei alguns anos sem passar perto de um teclado, mas sempre bisbilhotando o que meus colegas estavam escrevendo nos jornais. Muitas vezes tive vontade de voltar, mas não encontrava razão. Afinal, escrever o que? Para quem? Quem está interessado em ler jornais do interior, cheio de classificados, de propaganda de veículos e de releases dos órgãos públicos? Matutei, matutei, matutei… Debrucei sobre o velho dilema; Quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha? Ou; “é fresquinho porque vende mais… ou vende mais porque é fresquinho”? Afinal, o cidadão não lê jornal porque não tem conteúdo… ou é inútil escrever conteúdo, pois o cidadão não lê? Você sabe responder com precisão? Eu também não…

     Mesmo assim não consegui ficar longe dos meus leitores, ainda que sejam pouco mais de meia dúzia. Mas se meia dúzia de leitores se derem ao trabalho de ir à banca na sexta feira comprar o jornal por minha causa, já sou um colunista feliz. Vai que cada um destes leitores fale de mim para um amigo seu… o amigo fala para outro, que fala para outro, depois de amanha já serão mais de …. quinze.  Mas espere aí… o que o meu falecido jornal e agora minha coluna no Folha de P. Alegre tem ver com este Blog? Tudo, ué. Se não fosse esta meia dúzia de leitores que toda semana procura avidamente o jornal para ver o que eu escrevi, se não fosse esta meia dúzia que me enche de confetes através de emails dizendo que eu tenho que publicar minhas historias em livros, se não fosse esta meia dúzia de abnegados leitores que fazem birra para que eu crie meu próprio blog, eu estaria quietinho criando galinhas lá atrás da serra do cajuru… É por causa desta meia dúzia de leitores que ao me verem conversando com alguém na rua, no supermercado, no restaurante, se enche de sorrisos e vem me cumprimentar se derretendo em elogios, que eu decidi partir para a luta, que dizer, para o Blog.

      Comecei falando com seriedade e relaxei no final, né? Desculpe. É que o bom humor não desgruda de mim. Mas falando serio, pois comunicação é coisa seria, não prometo que vou estar no ar no mês que vem, como prometi com o FOLHA em 2004. Tudo vai depender de você meu estimado leitor. Da sua paciência, do seu interesse, do seu estado de espírito, da sua propaganda – anote num papel qualquer meu endereço eletrônico e passe para seu melhor amigo. Ele vai se emocionar com o presentão!!! – e também da sua participação enviando comentários, criticas e sugestões. Até elogios, pode…

       A pagina do Blog ainda está pelada? Não tem quase nada e que tem é só sobre “bandidos & mocinhos”? Calma meu estimado leitor, muita calma nesta hora. Para chegar ao décimo passo temos que dar os outros nove. Entramos no ar no dia primeiro de setembro. A primavera começa no dia 21. Por enquanto só temos os botões. Mas vamos desabrochar. Não vamos ficar atrelados somente à pulseiras de prata, e viajar apenas no taxi do contribuinte. Vamos sentar ao piano e ‘dar o serviço’ no esporte, na política, na cultura, no lazer… no cotidiano de nossa gente.

      Quem mais vai participar do Blog além do estimado leitor? Ah, muitos e renomados colunistas da cidade. Tem o…., tem também o…. e ainda o… Brincadeirinha de novo. Tem muitas cabeças pensantes, pensando em como expressar seus pensamentos no Blog do Chips, para despertar o pensamento do cidadão que pensa em melhor qualidade de vida para ele e para as pessoas que o cercam. Isso mesmo! Comunicação é a engrenagem que move o mundo. Sempre foi. E Blog é o principal veiculo de comunicação do momento. Portanto, acesse o Blog do Chips. Leia, interaja e fale para os seus amigos. Parece coisa atoa, pretensão minha, talvez, mas navegar aqui poderá fazer diferença na sua vida. ‘É de gratis’. Aproveite e deleite…