Policia Civil acaba com a farra dos ladroes de joias

         Foi presa ao pezinho da manhã deste domingo, depois de quase 12 horas de arduo trabalho, uma quadrilha que acabara de arrombar uma joalheria e uma loja de material esportivo no centro de varginha. Os gatunos sorrateiros aproveitaram uma festa de Debutantes que acontecia em um clube ao lado da loja de esportes para arromba-la. Trabalharam desde as seis da tarde de sabado depois do expediante até alta madrugada arrombando cofres. O que não sabiam é que ha semanas a policia civil ja estava de olho neles. Quando tentaram vazar atraves do clube, cairam nas malhas da lei com R$130 mil reais em dinheiro e cheques e as ferramentas – chave de fenda, pe-de-cabra, furadeira manual e chave micha – usadas no sinistro. Com os larapios foram apreendidos tres carros com placas de S.J. dos campos, Ribeirão Preto e São Paulo.

         No começo do mes, integrantes da quadrilha estiveram na loja de joias ao lado, estudando o local do crime. Dois deles, que ficaram do lado de fora das lojas para avisar se ‘pintasse sujeira’, conseguiram dobrar a serra do cajuru… mas a batata está assando pra eles.

        Os gatunos de Varginha podem ser os mesmos que ha duas semanas levaram R$200 mil reais de uma joalheria de Pouso Alegre e uma coleção inteira de ‘lingerie’ de uma loja ao lado.

      Para saber se eles são ou não da mesma quadrilha basta despí-los… se estiverem usando calcinhas e sutiãs, são os mesmos…

Traficantes decretam a prisão de família inteira

      Cinco adultos, uma criança imberbe e um bebê de colo, todos de uma mesma família, estão morando na delegacia de policia de Cariacica, região metropolitana de Vitoria. Eles se mudaram para lá na semana passada para se protegerem das ameaças de traficantes de drogas do bairro.   O motivo das ameaças teria sido o suposto abuso sexual da criança de 7 anos de idade, que teria sido praticado pelo próprio avô, de 60 anos.

      Ao estilo justiceiro dos presídios, onde todo estuprador é no mínimo estuprado, quando não paga o hediondo crime com a própria vida, o grupo de traficantes que faz a lei no bairro, teria visitado o suposto vovô tarado para fazer justiça. “Quatro bandidos chegaram na minha casa dizendo que ouviram falar que meu pai havia estuprado minha filha. Logo depois voltaram armados para mata-lo”- disse o pai da criança supostamente abusada sexualmente.

      Sem explicar como conseguiu fugir dos traficantes armados, o vovô jurou de pés juntos que é inocente.

     Enquanto a policia não apura se houve ou não o crime de estupro e o de ameaças, a família passa os dias na porta e à noite dorme nos duros e lisos bancos de madeira da delegacia de policia

Garoto de 15 anos morre na “Roleta Russa”

          Aconteceu de novo. A brincadeira é velha mas nunca sai de moda e costuma fazer vitimas  literalmente novas. A primeira vez que vi foi no filme – muito bom por sinal – O Franco Atirador com Robert De Niro e Christtofer Walken em l979. – Algum tempo depois de voltar da Guerra do Vietnan,  De Niro fica sabendo que o amigo Walken não morrera como se pensava. Ele estava paranoico e ‘ganhando’ a vida num cassino numa aldeia vietnamita, apostando na Roleta Russa. Só que a arma era apontada para sua cabeça. No momento em que ele consegue finalmente encontrar o amigo, a unica bala do revolver também encontra e ele tomba morto –

       Anos atras um colega interrogando um suspeito de assassinato numa cefezal no bairro Recanto das Margaridas, usou a brincadeira macabra da Roleta Russa para pressionar o meliante. No momento em que ia puxar o gatilho, um anjo disfarçado de passarinho esbarrou em seu braço desviando a trajetoria da bala… salvando os dois, o meliante e o policial.

        Sete anos atras C.B.L. de 14 anos,  não teve a mesma sorte. Ele e outros 4 garotinhos entre 13 e 15 anos, aproveitando a ausencia da mae resolveram brincar de Roleta Russa com o revolver de um deles. Na terceira tentativa suicida a bala de Bruno Lopes, de 15 anos, dono da arma, saiu a meio palmo da sua testa. A brincadeira sinistra acabou ali.

         Bruno, irmão caçula de Tiziu, um dos mais espertos meliantes da cidade nos anos oitenta, assassinado no velho hotel da Silvestre Ferraz, pelos colegas de cela, orfão de pai assassinado pela propria mae que na ocasião pagava pelo crime no citado presidio, naturalmente ficou impune.

          Na ultima quinta feira no bairro Portão na cidade de Lauro de Freitas, o garotinho M.E. de 15 anos teve o mesmo fim de C.B.L. O “Bruno dele” foi outro garoto da mesma idade. Na Roleta Russa baiana no entanto, embora tenha usado tal modus operandi, suspeita-se que o ‘franco atirador’ tenha puxado o gatilho, não por brincadeira mas para quitar uma rixa ‘passional’. Segundo depoimento de um dos garotos que participavam da roda sinistra, o matador teria perdido a namoradinha para o ‘amigo’ provocando uma rusga entre eles. Qualquer que seja o desfecho da investigação, o franco atirador conterraneo de Caetano ficará impune.

Piadas para relaxar… antes de dormir

LOIRA VISITANDO O ZOOLÓGICO

Na primeira jaula uma plaquinha com os dizeres: “Leão Africano”. E lá dentro o grandalhão preguiçoso estirado no chão.

Mais à frente, outra jaula e a plaquinha pendurada informando; “Tigre asiático”. Lá dentro o felino andando de um lado a outro como se estivesse se exercitando.

Na terceira jaula, a plaquinha avisando;  “Urso canadense” e o bicho e o bichoi ronronando no fundo do recinto.

A quarta jaula estava vazia, com a porta aberta e uma plaquinha pendurada na grade avisando; “Tinta fresca”.

A loira olha, fixa bem a vista, de repente sai correndo e gritando desesperada: – Gennnteee! O tinta fresca fugiiiiu, o tinta fresca fugiiiiu…!!!!

O CENSO E O CAIPIRA

O representante do censo pergunta ao caipira:
– Quantos filhos o senhor tem?
– Bão… As minina são seis… Os minino são quatro…
– Então sua prole é grande?

– Grande até que não, mas tá sempre dura…

O PADRE NOVATO E AS GOTAS DE VODKA

      O novo Padre da paróquia estava tão nervoso, no seu primeiro sermão,que quase não conseguiu falar. Antes do seu segundo sermão, no domingo seguinte, perguntou ao Arcebispo como poderia fazer para relaxar, e este  lhe sugeriu que na próxima vez, colocasse umas gotas de vodka na água, e que depois de uns  goles  estaria mais relaxado.

         No domingo seguinte aplicou a sugestão e sentiu-se tão bem, que   poderia falar alto até no meio de uma tempestade, de tão feliz e descontraído que se encontrava. Depois de regressar à reitoria da paróquia encontrou uma nota do Arcebispo dizendo:

           “Prezado padre:

               1 – Na próxima vez coloque gotas de Vodka na água e não gotas de água na Vodka.

               2 – Não coloque limão e açúcar na borda da taça.

               3 – O missal não é um apoio para copo.

               4 – O manto da imagem de N.S.J. C. não deve ser usado como guardanapo.

               5 – Existem 10 Mandamentos e não 12.

               6 – Existiram 12 Apóstolos e não 10.

               7 – Não nos referimos a Cruz como “aquele T grande”.

               8 – Não nos referimos ao nosso Salvador Jesus Cristo e seus Apóstolos como “JC e sua Banda”.

               9 – Davi derrotou Golias com um estilingue e uma pedra, e nunca teve nenhuma relação sexual com ele.

               10 – Não nos referimos a Judas como “Filho da Puta”.

               11 – O Papa é sagrado e não castrado; e não nos referimos a ele como “O Padrinho”.

               12 – O Pai, O Filho e O Espirito Santo não são “O Velho, o Júnior e o Aparecido”.

               13 – Judas não enforcou Jesus, e Tiradentes não tem nada a ver com a história.

               14 – A Hóstia não é chicletes, portanto evite tentar fazer bolas.

               15 – Backstreet Boys não estava na relação de música do coro.

               16 – Aquela “casinha” era o confessionário e não o banheiro.

               17 – Evite apoiar-se na imagem de Nossa Senhora, muito menos abraçá-la.

               18 – A iniciativa de chamar o público para dançar foi muito plausível, mas fazer trenzinho e correr pela igreja, não.

               19 – Limite-se a sermões sobre religião e evite falar de futebol e política.

               20 – Água benta é para se benzer e não refrescar a nuca.

               21 – Nunca reze a missa sentado na escada do altar, muito menos com o pé sobre a Bíblia Sagrada.

               22 – As hóstias devem ser distribuídas para o povo e não usadas de aperitivo  para acompanhar o vinho.

               23 – Nem Bruce Willis nem Sharon Stone estavam na Reencarnação de Cristo.

               24 – Aquele pregado na cruz era Jesus Cristo e não Raul Seixas.

               25 – Edir Macedo não é Diretor Financeiro da Igreja Católica.

               26 – Procure usar roupas debaixo da batina. Evite abanar-se com a batina quando estiver com calor.

               27 – Nunca, mas nunca mesmo leia “Casos Sexuais Verídicos” em uma missa.

               28 – O nome do Papa é João Paulo e não Leonardo, e nenhum dos dois fez dupla com Xororó.

               29 – Belém onde Jesus Nasceu não fica no Rio Grande do Sul.

               30 – Judas vendeu Jesus no Sanedrin e não no mercado persa e foi em 30 moedas de ouro e não em duas pila.

               31 – Os pecadores quando morrem vão para o inferno e não para a  puta que os pariu !!!!!!

               32 – Numa missa não se faz perguntas ao publico, nem existem cartas e universitários.

               33 – Onde se reza a missa é o altar e não o “Palco do Mundo”.

           Pelos 45 minutos de missa que acompanhei, notei essas falhas.

           Lembro que uma missa leva em torno de 1 hora e não 2 tempos de 45 minutos.

           Espero que tais falhas sejam corrigidas já para o próximo domingo.

           Atenciosamente,

           O Arcebispo

           PS:Aquele sentado no canto do altar, ao qual se referiu como “travesti de saia”, era eu.

Jogadores do Santarritense dão sangue pela classificação

       Pelo placar mínimo possível e necessário os meninos do Zezito bateram o aguerrido Araguari no Estádio Erasmo Cabral agora há pouco. A julgar pelo placar, poderia o torcedor distante até pensar que o time do Triangulo Mineiro facilitou. Muito pelo contrario. Um simples empate garantiria o time índigo-rubro na competição.

        Foi talvez o jogo mais disputado pelas duas equipes em todo o campeonato. Era jogo de vida ou morte… e o time do Triangulo morreu… O robozinho do Vale, com três vitórias e cinco derrotas, menos de quarenta por cento de aproveitamento dos pontos disputados, passou para a próxima fase.

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        Diferentemente das ultimas partidas que fez em casa, desta vez o time mostrou maturidade e firmeza, passando segurança e confiança a sua pequena, mas apaixonada torcida. Do goleiro ao camisa 11, todos deram suor e sangue pelo time. Os meias Gabriel e Sandro….literalmente. Numa disputa de bola aérea na meia lua do campo defensivo, os dois se chocaram de cabeça e desabaram estendidos no gramado. Com alguns curativos para conter o sangramento, Sandro voltou a campo e continuou lutando. Já Gabriel, com extenso corte na lateral da região frontal, deixou o gramado na ambulância do Pronto Socorro, com a cabeça enfaixada. Antes disso, no começo do segundo tempo, também numa dividida pelo alto com o adversário, o volante Bruno caiu desmaiado. Ficou quase um minuto ‘nas nuvens’, mas voltou a si e recusou-se a deixar o campo, embora seu substituto já estivesse no aquecimento. Só saiu no finalzinho da partida quando caiu novamente, desta vez não desmaiado, mas extenuado.

       Nos jogos anteriores em casa, contra Cap-Uberlandia e Araxá, o time, embora tenha buscado o gol, não conseguiu tocar as redes e viu a bola rondar perigosamente sua área durante todo o tempo. Seis delas entraram. No jogo de vida ou morte desta manha, o time do Vale da Eletrônica mostrou que merece sobreviver no certame. Além de anular todas as jogadas do adversário, marcou presença na sua área do primeiro ao ultimo minuto. Num deles, perto dos quarenta do primeiro tempo, num lance típico de centroavante para quem não tem bola perdida, Bruninho – prata da casa – acreditou, dividiu com o goleiro rente a linha de fundo e no bate-rebate com o arqueiro e a trave, a pelota sobrou limpa para o atacante Pablo – seu vizinho no Recanto das Margaridas – que também acreditou na jogada, tirar o primeiro e único zero do placar.

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       O Robozinho do Vale continuou pressionando e criando chances de gols até o apito final e poderia ter feito mais se não fosse a garra, agilidade e reflexos do esguio goleiro do Araguari. Os seis minutos de acrescimo da partida foram ainda mais emocionantes.

      Os demais adversários na próxima fase são ligeiramente mais fortes do que o Araguari, principalmente pela experiência de seus jogadores mais ‘rodados’, no entanto, se editar partidas semelhantes a deste domingo, o Santarritense poderá dar muita alegria a sua torcida e ao apaixonado diretor Bugalu.

Quem quer adotar o Nino…?

   Oi, eu sou o NINO… Sou um ‘Viradalmata’

       Quando eu era bebê cai num bueiro e perdi minha mãe.

       Fui resgatado pelo ‘Bem Estar Animal’ e adotado por um rapaz bem intencionado, mas ele não entendia muito de cães. Como cresci e fiquei deste tamanhão, precisei de mais espaço e comecei fazer ‘artes’. Aí ele estressou e me devolveu ao canil.

      Eu gosto de liberdade, por isso andei arranhando a grade para sair e acabei machucando a pata. Estou me cuidando e já estou quase bom.

      Agora tenho um ano e quero uma casa com mais espaço para morar.

      Sou dócil, bonito e valente.

 

 

 

 

 

 

     Me leva para sua casa….???

Piadas para relaxar… antes de dormir

BOAS MANEIRAS DO JOÃOZINHO

Durante a aula de Boas Maneiras, diz a professora:

– Zezinho, se você estivesse namorando uma moça fina e educada e, durante o jantar, precisasse ir ao banheiro, o que diria?
– Segura as pontas aí que eu vou dar uma mijadinha.
– Isso seria uma grosseria, uma completa falta de educação.
Juquinha, como você diria?
– Me desculpa, preciso ir ao banheiro, mas já volto.
– Melhor, mas é desagradável mencionar o banheiro durante as refeições.
– E você, Joãozinho, seria capaz de usar sua inteligência para, ao menos uma vez, mostrar boas maneiras?

– Eu diria “Minha prezada senhorita, peço licença para ausentar-me por um momento, pois vou estender a mão a um grande amigo que pretendo lhe apresentar depois do jantar”.

ÊH MALDADE!!!!!!!

– Dotô, minha muié anda mei disanimada, mei doente.
O médico faz o diagnóstico:
– Meu senhor,sua esposa está precisando de verdura, ferro e cálcio.
E o mineiro:
– Uai, dotô …
Ver dura, ela tá sempre veno.
Ferro, leva quastodia.
Agora, se o senhor pudé colocá um carço, eu agradeço porque ela ta meiforgada memo…!!!

RACIOCÍNIO ALOURADO

Uma loura estava dormindo com o marido e o cão do vizinho latia sem parar. De repente, a loura levantou e foi resolver o problema.

O latido ficou mais alto.
Quando ela voltou o marido perguntou:
– O que você fez?

– Botei o cão no nosso quintal pra esse vizinho ver o que é bom!!!

 

 

Cálice sagrado ressuscita “Já Morreu”

     Ele tem 34 anos e desde os 16 vive na rua. Aos dezessete matou um colega de ‘ponte’ – moravam embaixo da ponte – e conseguiu casa, comida e roupa lavada de graça. Desde que deixou o hotel do contribuinte de Cambuí, há quase 15 anos, vive nas ruas de Pouso Alegre, no velho hotel da Silvestre Ferraz e agora no Hotel do Juquinha. Seus delitos são leves. Consumo imoderado de suco de gerereba, uma ou outra pedra bege fedorenta de vez em quando, uma briguinha com uma namorada  e um furtozinho pé-de-couve aqui e acolá. Nada que faça dele um bandido, mas sem duvida um marginal, destes que mais incomodam do que metem medo. Mas ele já teve momentos de fama.

         Em 2002 passava eu pela perimetral com o parceiro Fernando Jardim, quando deparamos com um tumulto na beira do velho Mandu, defronte a tapera da Vigor. Nas duas margens do poluído rio, com a enchente baixando, havia mais de mil pessoas sem contar uma dúzia de policiais militares e outra de Bombeiros. Lá no meio do rio segurando uma bela tocha e agarrado a uma corda atirada pelos prestativos bombeiros, com a água pelo pescoço, Adriano Carlos do Carmo, o JA MORREU, dava seu show. Havia brigado com a namoradinha Luciene e dizia que queria ‘morrer por amor’. A brincadeira era ameaçar soltar a corda e afundar se os bombeiros se aproximassem. Os bombeiros até que achavam divertidos os apupos da platéia. Além do que, nadar àquela hora da tarde, embora em águas sujas de enchente, era refrescante. Mas os PMs já estavam com água pela tampa com a zombaria do nóia. A esta altura Adriano Já Morreu temia sair das águas mornas do rio, pois sabia que ficaria com o lombo quente da manguara dos policiais. Eu conhecia Já Morreu de outros carnavais. Em diversas ocasiões eu havia sido seu anjo bom, inclusive numa delas, levei vestimenta completa do meu guarda roupa para ele quando a PM o conduziu completamente nu para a delegacia. Por isso, ao ouvir minha voz na beira do rio, mamado que estava, desandou a chorar e viu em mim a tabua de salvação. Veio nadando lentamente em minha direção, sem soltar a corda, tentando explicar em meio a chorumelas o que estava acontecendo, sob calorosos aplausos da galera. Parecia coisa de cinema. Ao chegar à margem, no entanto, o inevitável aconteceu. Enfurecidos com o dramalhão do nóia e enciumados com o desfecho inusitado – estavam ali há mais de meia hora tentando sem sucesso por fim ao show do pé-de-cana, de repente a um simples aceno de um civil, o nóia vem para seus braços!!!. – os policiais o agarraram e o arrastaram – literalmente – para a barca. Achei mais sensato não intervir naquele momento e segui para a delegacia. Bastava cruzar a Avenida Perimetral – que ainda não tinha canteiro divisório – e seguir em frente para chegar à DP, quatro quarteirões depois, cerca de dois ou três minutos de viagem. Chegaram com ele duas horas mais tarde. As marcas de botina e cacetete não apareciam tanto porque ele – acostumado a comer soberdas marmitas e PFs oferecidos por donas de casa nas imediaçoes do centro, muito mais por medo dele do que por solidariede –  era um mulato encorpado e marrudo. Estava só de calção e como não conseguia andar, foi novamente arrastado na sarjeta até o saguão da delegacia. Não recebeu mais sopapos, pontapés e borracha no lombo porque eu o levei imediatamente para o interior da DP.

        Depois de passar algumas temporadas no velho hotel da Silvestre Ferraz e no Hotel do Juquinha, por crimes pés-de-couve, Já Morreu retomou a leve e descompromissada vida de indigente e voltou ao lar doce lar das vielas, marquises, prédios abandonados e pracinha da catedral, na companhia de outros colegas de ‘filosofia’.

        Outro dia ele e outros dois colegas de copo, resolveram ajudar o sacristão na coleta durante a missa na Catedral. E o dizimo, é claro se destinava à obras  assistenciais … dele e do seu grupo, naturalmente. Como já estavam mamados, sujos e maltrapilhos um seminarista julgou inconveniente suas presenças na Casa do Pai e pediu à Guarda Municipal que os convidassem a se retirar. Eles desistiram da coleta e se foram de mãos abanando. Mas já Morreu não estava morto. Voltou para a coleta no final da tarde, antes da missa das cinco, com a casa santa ainda vazia. Para evitar aborrecimentos e transtornos com a sacolinha, resolveu levar sua parte em ouro e prata. Sorrateiramente pegou um cálice no altar, colocou debaixo da camisa e foi saindo de fininho. Esbarrou numa Ministra de Eucaristia e para disfarçar, fez cara de pelamordedeus e perguntou se ela por acaso não tinha uma cesta básica para presenteá-lo. Lá fora encontrou os amigos Agnaldo Acassio Reis e Evaldo Camargo da Silva e antes de trocar o valioso cálice por duas ou três ‘pedrinhas’ beges fedorentas e um ‘litrão’ da marvada com um intrujão qualquer no velho Aterrado, convidou-os para um trago de suco de gerereba. Não seria com certeza nenhuma Anisio Ferreira e muito menos uma Havana de Salinas, mas o copo? Ah, este era especial, muito especial… Seria no cálice de ouro com detalhes de prata, surrupiado da igreja. Ao passar pela Praça Senador Bento com pinta de somongós, foram abordados pelos homens da lei. Não foi difícil para os policiais deduzirem a procedência do cálice sagrado, dourado e prateado, quase tão valioso quanto o do Indiana Jones. Em poucos minutos o seminarista Wellington Caproni, que já os expulsara da igreja de manhã, reconheceu o caríssimo artefato furtado na igreja.

       Tudo resolvido? Não. Ao sentar ao piano, Adriano Carlos do Carmo, que há muito não sabe o que é documentos, disse que se chamava Carlos Henrique do Carmo e com o nome do irmão mais velho foi autuado em flagrante e levado para o limbo do umbral da BR 459. Passou batido na PM e na PC, mas caiu na malha fina ao fazer o ‘check  in’ no hotel do Juquinha. Na terça ele voltou à DP para assinar mais um B.O.. Artigo 297 do CP, falsidade ideológica.

        Já Morreu e seus dois colegas de copo, embora não vivam sem o famigerado suco de gerereba, devem estar cantando Chico Buarque…. “Pai, afasta de mim este cálice…”.

Churrascada gorda em Bueno Brandão

       Com o ‘ouro negro’ a R$ 500 reais a saca e o bife de alcatra e contra-filé a R$19 e a picanha a R$ 25 reais o quilo, furtos e roubos de café e gado na zona rural da região tem se tornado a menina dos olhos dos meliantes amigos do alheio… Um prato cheio e saboroso. Nas ultimas semanas centenas de sacas de café tem trocado de dono nas fazendas da região… Sem pagar qualquer tipo de tributos. Picanhas, alcatras e coxão-mole ambulantes também têm pego a estrada em caminhões boiadeiros improvisados ou a pé mesmo e mudado de pasto.

        Ao chegar à fazenda Cascavel em Bueno Brandão na ultima quarta feira o pecuarista Benedito Vieira, teve uma surpresa desagradável. Vinte e uma cabeças de ruminantes haviam partido em busca de novos prados, sem deixar endereço. O ladrão era manso. Depois de arrombar a porteira do pasto que margeia a estrada, saiu tocando o gado sem berrante estrada afora e sumiu na poeira. A policia registrou o B.O., mas até o momento não sabe onde será a churrascada.

     Se o gado do sr. Benedito estivesse numa fazenda do vizinho município de Ouro Fino, não teria sido furtado. Lá tem sempre um ‘menino vigiando a porteira’…   

Maconha era levada dentro do marmitex

         O ‘modus traficandis’ é antigo e mais comum do que parece. Sua descoberta e apreensão lembram um pouco o delito do artigo 306 do Código de Transito Brasileiro; corre solto em qualquer rua da cidade especialmente à noite e finais de semana e pode ser pego a qualquer momento. Basta fazer uma blitz de meia hora e três ou quatro motoristas serão presos com alguma irregularidade, principalmente dirigindo mamado. Entrada de drogas nos presídios também é assim. Se a fiscalização afrouxa um pouquinho, os egressos de cadeia e parentes de presos mandam a erva marvada ou pedra bege fedorenta para o meliante queimar ou vender lá dentro. É só dar um puxão na rédea que as drogas aparecem em recheios de bolo, em fraldas sujas em bumbum de bebê, nas pererecas das namoradas ou dento do ‘bandeco’.

       Desta vez a maconha, cerca de 50 gramas, suficientes para 50 baseados, estava dentro da marmita de ‘alimento’ – ‘comida’ na cadeia não é substantivo, é verbo, portanto o arroz com feijão, carne de panela, batata frita encharcada e fatias de pepino, beterraba ou tomate é ‘alimento’. A erva marvada foi colocada em pratos limpos quando o bandeco já estava dentro do apartamento do novo hotel do contribuinte de Alfenas. Os agentes aproveitaram o embalo e apreenderam também dois celulares e um carregador mocosados dentro da espuma do colchão. Um dos presos pés-de-couve assumiu a paternidade da maconha e depois de visitar a DP para assinar o 33, voltou para o presídio… com mais um processo na ‘caminhada’.