Tentativa de homicídio na danceteria…

O crime aconteceu na virada da noite de sábado, no interior da danceteria Fim de Tarde, no centro de Santa Rita do Sapucaí.

Musica correndo solta, pouca luz, muita loira gelada, suco de gerereba, uma faca pontiaguda e afiada e raiva; ingredientes propícios para a concretização de uma vingança.

Foi assim que Paulo Eduardo Damasceno, 22 anos, quase deu cabo da vida do desafeto Valdelicio Eduardo de 45 anos, no interior da danceteria. Ele já havia confessado ao amigo Anderson Jose Batista, que pretendia matar o desafeto, pois ele teria estuprado sua prima, dias antes.

Um golpe no braço, outro no abdome e um quase fatal no pescoço. Foi assim que Jairo, proprietário do estabelecimento encontrou Valdelicio, cheio de furos, esvaindo em sangue, sentado em uma cadeira. O próprio Jairo, depois de chamar a policia surpreendeu o homicida no banheiro, entregando a faca assassina ao amigo Anderson para esquivar-se do crime.

Paulo Eduardo assinou o 121 c/c 14 do CP e foi se hospedar no Hotel Recanto das Margaridas. Valdelicio foi socorrido inicialmente no Pronto Atendimento Municipal do Hospital Antonio Moreira da Costa. Seu estado clinico é grave e não está descartada a possibilidade de a tentativa virar homicídio.

Acidente ou malabarismo…!?!?!?

O mirabolante acidente aconteceu no final da tarde ensolarada e fresca desta segunda, 23, numa estrada vicinal do bairro Penha, em Passos.

O motorisdta N. seguia pela estrada de terra batida em alta velocidade, quando perdeu o controle da direção do seu Fiat Uno azul, derrapou, subiu num pequeno barranco, caiu com a cara no chão e ficou encostado em um mourão da cerca de arame.

N.S.S. de 19 e sua passageira K.T.K., de 20 anos, não se feriram. Ficaram apenas com o susto, o mico e o trabalho para retirar o carro de lá!!

Foto: Folha da Manhã de Passos.

Este outro conseguiu esta façanha após passar pelo radar, cuja velocidade permitida é 60k por hora, no dia 12 de outubro passado, no bairro Serrinha, chjegando em Santa Rita do Sapucaí.

Dormiu no volante… acordou na pedra!

O detetive forasteiro e a medica voluntaria

No final de março de 2006  a Delegacia de Policia da rua Quintino Bocaiúva recebeu um novo policial. O moço, novo na cidade, porem velho de carreira, chegou taciturno, mão no bolso, pouca prosa. Estivera um ano aposentado e fora chamado de volta na pior época do ano… no final de dezembro. Apesar disso, retomara o ritmo e empolgaçao com a função policial. Mas isso fora em Pouso Alegre, cidade que o viu crescer! Agora estava, numa cidade estranha, à qual não nutria nenhuma simpatia, podendo aposentar a qualquer momento. Seria difícil descruzar os braços e voltar a trabalhar…

A criminalidade em Santa Rita do Sapucaí naquele ano, como em muitos outros, estava em alta. Trafico de drogas, pequenos furtos, roubos a estabelecimentos comerciais engrossavam diariamente a estatística criminal do município. Homicídios já haviam ocorridos três e outros sete aconteceriam até o fim do ano. Era impossível ao experiente, comedido e altruísta policial assistir passivamente a tudo isso, recebendo um salário, ainda que modesto, sem nada fazer. Aos poucos foi descruzando os braços, arregaçando as mangas…

Certa manha ao sair rápido com os colegas para um operação de rotina, quase esbarrou numa bela e esbelta jovem com seu inseparável salto alto, no balcão do serviço de transito. Nem a notou. Não havia motivos. Ela também, não, mas como conhecia todos por ali, mais tarde perguntou ao delegado, seu amigo, quem era o ‘forasteiro’ que parecia arrastar os companheiros para o trabalho.

– … Veio de Pouso Alegre. Fim de carreira. Não é flor que se cheire! – Respondeu sem esticar conversa, o veterano delegado. E ficariam nisso se a aposentadoria tivesse saído nos próximos meses.

Ao voltar de férias regulamentares, em agosto, o novo delegado da Comarca nomeou o ‘detetive fim de carreira’, seu Inspetor, principalmente com atribuições de administrar o Hotel Recanto das Margaridas, onde os pouco mais de 50 presos brincavam de cumprir pena. Na ocasião, cumprir pena na cadeia de Santa Rita era uma gostosa diversão. O preso podia entrar e sair do “presídio modelo do sul de minas” a hora que quisesse. Bastava fazer um tatu na parede da cela, galgar o muro externo e ir embora. Alguns saiam pela porta da frente, iam dormir em casa, às vezes fazer um assaltozinho básico e de manhazinha voltavam para a cela. Fabio Junior, o Pinta, costumava fugir e ficar dois ou tres dias mocosado nos muquifos do bairro Recanto das Margaridas. Quando a saudade dos amigos do cárcere batia, ele voltava, subia no muro e passava horas sentado lá em cima, conversando com os colegas. Era preciso acabar com esta farra! Era preciso, como já dissera no dia 26 de novembro de 2004, um certo delegado regional, “dar um pouco de dignidade à policia civil” naquela cadeia.

Se faltava dignidade à policia, administradora do presídio, se faltava pulso, seriedade e até honestidade, faltava também tratamento digno aos presos. Tais como atendimento medico, dentário, alimentação decente por sinal muito bem paga pelo Estado. Em poucos meses a rotina da cadeia mudou, a criminalidade na cidade baixou, dos outros sete homicídios ocorridos no município, seis foram completamente elucidados. O reflexo veio no ano seguinte… A criminalidade caiu em quase 80%.

Entre as medidas adotadas no Hotel Recanto das Margaridas, duas foram fundamentais: firmesa no relacionamento com os presos e atendimento básico de saude. A primeira não era problema, bastava querer. A segunda era mais difícil. Ninguém quer trabalhar num presídio, ninguém quer ter contato com presos. Inicialmente a secretaria municipal de saúde disponibilizou uma equipe medica para atender uma vez por mês no presídio modelo do sul de minas. Era pouco e no terceiro mês o medico desistiu. Restava tentar um medico com perfil de “saúde publica” que se dispusesse a fazer um trabalho voluntario.

Foi aí que o detetive forasteiro entrou na vida da bela e esbelta jovem e seu inseparável salto alto… Ela era medica. A jovem atendeu o pedido como se tivesse tendo o privilegio de fazer um trabalho voluntario. Com seu largo e cativante sorriso, a jovem medica recém formada, passou a atender vez por semana na cadeia. Toda quarta feira de manhã, enquanto descansava do plantão no Pronto Atendimento Municipal, ‘carregava pedra’… Subia para o Hotel Recanto das Margaridas, onde além do trabalho medico, fazia também importante trabalho social e  psicologico.

O relacionamento do detetive forasteiro com a medica, durante vários meses, era meramente profissional. Se restringia a escolta e segurança durante o atendimento no presídio. Ao voltar das férias em fevereiro,  ela não estava mais lá. Havia se mudado para Varginha e, pior, ela é que precisava de tratamento medico. Estava internada com uma seria crise de Lúpus. A amizade do detetive forasteiro com a medica do salto alto começou estreitar aí, com a preocupação dele de que ela ficasse bem e pudesse voltar a atender no presídio. Alguns meses depois ela voltou à rotina.

Apesar da aproximação causada pela doença e pelo objetivo comum, que era melhorar a qualidade de vida dos hospedes do hotel Recanto das Margaridas, o relacionamento continuou cordial e profissional, embora mais estreito. Além do que, o forasteiro também tinha seus fantasmas… Embora casado há longos anos e os filhos formados, prestes a aposentar, psicologicamente não estava bem. Alguma coisa o frustava e incomodava. Não sabia o quê! A única certeza que tinha é que quando aposentasse, iria mudar radicalmente de vida… de cidade, de estado, talvez até de país!

Sem perceber, o andar da carruagem, o resultado do competente trabalho policial, a amizade com a jovem medica, aos poucos estavam afastando a ansiedade da iminente aposentadoria. A idéia de largar tudo e partir em busca do desconhecido, já não era tão contundente. Já não pensava mais em Mato Grosso, Rondônia, Amapá… Um belo dia, ao terminar o atendimento dos presos na cadeia, um fato inusitado aconteceu … O detetive forasteiro exibiu a canela com um ferimento e pediu medicamento para cicatrizá-lo. Ao examiná-lo a medica, na carceragem, na presença dos demais policiais, deu o diagnostico e o prognostico:

– Isso é coisa atoa, vai cicatrizar naturalmente… Mas se você fosse solteiro, eu cuidaria do seu dodói…!

Susto, surpresa, brincadeira entre amigos, constrangimento, rubor…!  Quando percebeu já havia falado. Gargalhada geral, gerando descontraídas brincadeiras.

Brincadeira involuntária que gerou uma coceirinha no ego, tanto dele quanto dela. A partir daquela manhã, nunca mais seriam os mesmos. Nunca mais se veriam apenas como colegas de trabalho. Agora tinham mais assuntos do que asma, micose, depressão e ziquizira de cadeia para discutir. Sem querer, sem se dar conta, estava nascendo um romance… Antes mesmo de se tocarem, precisavam de definições, tomar decisões…

Foi no mês de julho que decidiram seguir o mesmo caminho. O detetive forasteiro, aquele que “não é flor que se cheire”, já não era mais forasteito. Foi morar na delegacia. No mês seguinte era um novo casal. Alem da grande diferença cronológica de idade e de um casamento também encerrado, tinham algo mais em comum; espírito jovem e muita vontade  de recomeçar, de reconstruir, de ser útil…

Não foi fácil. Ambos tinham gênios muitos forte. Ele muita experiência para oferecer, ela muita impetuosidade para impor. Ele muita saúde, ela pouca… Logo no primeiro mes de relacionamento o convívio foi posto à prova. Vinte e quatro dias num quarto de hospital em Varginha e mais uma semana na UTI em São Paulo. Depois disso mais duas curtas separações.

Em 2009 uma mais longa. Desta vez, dois meses distantes, com muitos diálogos inflamados até que veio o silencio. Não mais se falaram. Precisavam de silencio e solidão para reflexão, para a purificação, para a espiritualização, para talvez… se reencontrarem.

Uma neblinada madrugada de junho – onze da manhã de um gelado domingo de junho, para um solteiro cinqüentão, era madrugada – o telefone tocou;

– Oiiii… Já amanheceu por aí?

Bem, amanheceu meio minuto antes, quando o telefone zuniu debaixo do travesseiro, mas pela extensão do sorriso do outro lado da linha, o ex-detetive forasteiro preferiu sorrir amarelo e dizer que já estava de pé a muito tempo.

– Estamos indo à Pouso Alegre almoçar no “Tomodati”…  Quer comer suchi com a gente?

Depois de empanturrar de churrasco até as quatro da manhã, peixe cru com arroz e ‘caipisaquê’ de kiwi com bastante gelo era uma boa opção – pensou o detetive – Além do que, não se viam há mais de 60 dias! Duas horas depois estavam almoçando no Shoping Minas Sul em Poços de Caldas. A noite já haviam reatado o romance. O casamento formal aconteceu numa segunda feira 13, ás 13 horas, em Santa Rita. Trinta e cinco dias depois voltaram a Poços para a Lua de Mel.

Depois de diplomar-se em “Impactos da violência na Saúde” pela Fiocruz e pos-graduar-se em Saúde da Família, pela UFMG, a ex-medica voluntaria do presídio, que nasceu as 13 horas do dia 13 no quarto 13, atualmente exerce suas funções no PSF de Pouso Alegre e é medica perita da Seplag-MG. Participa também de grupos de trabalhos voluntarios no combate às drogas. Seu Lúpus ainda insiste em alterar seu humor. Nada no entanto, que uma boa dose de amor não possa aliviar.

O ex-detetive forasteiro pendurou suas chuteiras, mas encontrou no jornalismo uma maneira de continuar a combater o crime, mostrando a cara dos meliantes e as conseqüências da caminhada criminosa.

Esta é a nossa historia….

E viverão felizes para sempre…

Quem disse que 13 é numero de azar…???

Operação Roda Dura… Policia civil desmantela quadrilha e põe fogo nas carteiras frias

Durante duas semanas, um a um, na surdina, sem alarde, os catorze  integrantes da quadrilha que há anos vinham vendendo CNH frias em Pouso Alegre e região, foram caindo nas malhas da lei…

Depois de gastar tanta lábia para vender carteiras frias as ‘roda-dura’, diante das câmeras e microfones Fernando Aragão e Fabiano de Souza, cabisbaixos, não abriram a boca nem para dizer ‘nada a declarar’…

A policia civil concluiu nesta quarta 12, as investigações que culminaram com a prisão de catorze estelionatários envolvidos num lucrativo esquema de venda de carteira de motoristas na região. Os trabalhos iniciaram ha vários meses, depois que algumas carteiras impressas em papel grosseiro, visivelmente de má qualidade, foram feitas em blitz rotineiras da policia rodoviária estadual.

Os policiais da AISP 109 concluiram que a quadrilha, composta por 16 integrantes, agia na região a pelo menos dois anos, alguns até a mais tempo. Cerca de 40 carteiras frias, apreendidas em poder de motoristas supostamente habilitados, residentes nos municípios de Pouso Alegre, Congonhal, Estiva, Cambuí, Senador Jose Bento, Cachoeira de Minas, todos na área da circunscrição da CIRETRAN de Pouso Alegre, dão a dimensão da ramificação dos criminosos.

Mas eles garantiam que a carteira era quente!!!

Para isso usavam o nome de funcionários da delegacia de Policia e diziam que eram seus amigos, estavam em conluio com eles, alguns até se identificavam como policiais, por isso conseguiam o documento sem exames.

Segundo o delegado regional Flavio Tadeu Destro, a organização criminosa era comandada por Fabiano de Souza Pereira, que intermediava a negociação e Fernando Aragão dos Santos e sua esposa Edilaine Regina de Melo Souza, que cuidavam da documentação tais como CPF, RG, comprovante de residência e fotografias e ainda parcelavam em duas vezes. Com eles foram apreendidos computadores, notebooks, papeis para impressão das carteiras frias e documentos de futuros “motoristas roda-dura”.

Miguel Arcanjo Lacerda, Paulo Roberto Silva Peres, Adriano dos Anjos Nascimento, Edson Jose da Silva, Jairo Carvalho Vieira, Jose Fernando Contrucci Faria, Ana Rosa de Morais e Silva, Mauricio de Oliveira Moraes, Eurípedes “Lipinho” Pelegrini Pereira,  Lucas de Araujo, Anésio Severino da Silva, Sebastião Roque da Silva “Cardan” e Gesio Antonio Ramos eram os agenciadores. Eles cobravam entre R$500 reais e R$3 mil reais de acordo com a cara do freguês…

Para o delegado Tomas Edson Vivas de Resende, membro da Banca Examinadora da Ciretran e delegado que chefiou os detetives nas investigações, nos últimos anos, centenas de CNHs frias foram vendidas pela quadrilha. Todas como se tivessem sido expedidas pela CIRETRAN de Pouso Alegre, assim não levantaria suspeitas quando os ‘roda-dura’ fossem abordados pelos policiais nas blitz de fiscalização… Centenas de  motoristas circulando nas ruas e rodovias do sul de minas… sem habilitação!!!

Todos os integrantes da quadrilha foram presos mediante Mandado de Prisão Preventiva por Falsificação de documento e formação de quadrilha. Adriano e Edson, que portavam as próprias carteiras frias no momento da prisão, responderão ainda por uso de documentos falso. Fabiano, o chefe do bando responderá ainda por estelionato e trafico de influencia, porque dizia ser amigo e parceiro de policiais.

Além de comandar a quadrilha, Fabiano exercia uma função ainda mais sórdida! Para alguns candidatos que tentavam conseguir a carteira pelos tramites legais e se inscreviam no exame de rua, ele pegava dinheiro e prometia intervir na delegacia e na banca examinadora, onde alegava ter influencia. Como não tinha e nunca teve influencia, o candidato que não estava apto a dirigir, era reprovado… e ficava com a dupla imagem de corrupção do examinador, que nem conhecia o crápula Fabiano.

O estelionatário Jairo Carvalho Vieira e o ex-playboy e inadimplente de pensão alimentícia, Jose Fernando Contrucci Faria, já estavam vendo o sol nascer quadrado desde o final de maio, transferido por motivos de segurança, para o Hotel Recanto das Margaridas, em Santa Rita do Sapucaí .

Edilaine Regina de Melo Souza, esposa do falsario Fernando Aragão dos Santos, pressa preventivamente no inicio da operação, teve a prisão relaxada porque colaborou com as demais investigações e esta amamentando um bebê de 2 meses. Ela responderá o processo em liberdade.

A máfia das carteiras frias poderá amargar até 130 anos de cana.

Está com pena?

Pois coloque as barbas de molho!!! Você que leva no bolso uma “pedrinha de gelo”, uma carteira tão falsa quanto nota de 7 reais, também vai sentar-se ao piano e assinar o 304… O hotel do Juquinha está te esperando de braços abertos…!

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Quem quer o Pudinho Preto

Ele só tem 60 dias de vida. Mas sua historia começa no longínquo ano canino de 2008.

A entrada da fazenda Nosso Paraizzo, no bairro Vintém  em Santa Rita do Sapucaí e o bairro dos Coutinhos, em Congonhal, tem algo em comum: ambos são pontos de abandono de cachorros!!!

Certa tarde de 2008 ao chegar à residência do Osvaldo, fui recepcionado por um minúsculo cãozinho viralatas. Ao ver o carro parar defronte o portão ele saiu correndo da varanda e veio latindo em minha direção. Mas, como todo bom viralatas, atravessou o buraco na cerca – aquele que fizera anos atrás para o Campeão – e veio cheirar a barra da minha calça. Tinha corpo e orelhas de pincher, pernas, cor, rabo e comportamento de viralatas. Também era menos ardido que um pincher… Osvaldo disse que viu quando o passageiro de um Uno prata abriu a porta e o soltou ali perto da igreja, dois dias antes. O cãozinho caído de mudança ficou por ali e como Osvaldo lhe deu comida, ele – o pincher espigado – o adotou. Na semana seguinte quando lá cheguei, não recebi as boas vindas do peralta cãozinho amarelo. Nem poderia! Ele estava amarrado…

– O que houve? O cãozinho cometeu algum crime para você prendê-lo?

– Cometeu, sim. Homicídio. Aliás, ‘galinhacidio’… O danadinho matou dois franguinhos e uma galinha. Vou ter que desfazer dele…

Quando cheguei em casa naquela noite, depois do futebol, disse à Tatiana, à queima roupa:

– Venha ver o Pingo. Veja se você gosta dele!

– Que Pingo? Do que você está falando…?

– Venha ver…

Foi paixão à primeira vista!… E uma torrente de perguntas, exclamações e chamegos!

-Oh, que gracinha! Onde você achou? Quem te deu? Como está magrinho! Como ele se chama. Coitado, está com fome… Parece Pincher! Que pêlo bonito! Hum, precisa tomar banho!!! Vamos arrumar uma casinha para ele. Não podemos deixá-lo aqui fora… O tigrão poderá bater nele…

Bateu um ciúme… Quase me arrependi de tê-lo adotado!

Pingo foi o décimo terceiro cachorro a integrar a matilha da fazenda naquele fim de ano. Vivia solto como todos os demais.

Quando Domênica, a única que tinha lugar cativo dentro de casa, entrou no cio, Pingo teve que morar com ela na area de serviço, para não ser estraçalhado por Atila, Tigrão, Rock Boy e outros. Nenhum dos gigantes alcançava a pequenina Yorkshire para copular, mas nenhum deles resistia aos seus ‘encantos de donzela’! Domênica ficou prenha pela primeira vez. Ainda bem. Assim ela poderia garantir a estirpe do Pingo, pois ele…?!

Mesmo sabendo que agora tinha uma casa definitiva para morar, uma bela e dengosa companheira e breve teria uma renca de filhos para criar, Pingo nunca deixou suas aventuras. O inverno de 2009 foi um dos mais rígidos dos últimos anos e chegou muito antes do dia 21. Chegou na primeira semana de junho. Alheio ao frio e suas obrigações, Pingo saiu – provavelmente – no inicio da noite para caçar lebre no cafezal ou quem sabe para pular a cerca com a cadela da vizinha… E nunca mais voltou. Teria ele se desesperado, ante a iminência de ser pai, e fugido de casa? Melhor seria se fosse apenas isso.

Quando tentou voltar para casa o portão estava fechado. Ele tentou entrar pelo vão da tela… mas seu destino estava traçado. Enroscou-se e ficou preso na tela, ao relento, na noite gelada. Na manhã seguinte, notando sua ausência, o caseiro saiu a procurá-lo. Seu pelo curto e dourado estava russo de geada. Pingo nunca mais anunciaria a chegada de alguém na fazenda. Foi sepultado sob o sol morno do meio dia, com as devidas honras, num canto do jardim. Seus três filhos do tamanho de ratos nasceram órfãos de pai semanas depois. O único macho da prole viveu apenas um dia. Uma das meninas foi doada tão logo aprendeu a manejar os talheres, quero dizer… desmamou. A outra, que se parecia mais com o saudoso Pingo, ficou morando na fazenda e foi batizada de Dominick! Uma indecifrável mistura de pincher-viralata com Yorkshire Terrier.

A melhor definição para Dominick talvez seja… “é uma figura”. Sapeca, estridente, corajosa e dócil. Se receber um cafuné ela deita e rola querendo mais. Aventureira… – achou o portão aberto ela vai passear. Já foi roubada duas vezes em Santa Rita e fugiu de casa outras duas em Pouso Alegre. Diferentemente da Lassie, que deita diante do portão, encosta a cabeça no chão fica olhando triste, esperando um aceno para correr atrás da gente, e não sai do lugar a não ser se for chamada, Dominick nem espera o portão eletrônico abrir direito… Quer ser a primeira  sair na rua. E se não tomar uma sonora bronca vai passear cheirando aqui e acolá com suas perninhas curtas parecendo uma maquininha automática.

Estou com uma obra – interminável – em casa. Por isso temos que deixar o portão aberto. Para conter o espírito aventureiro de Dominick, tivemos que mantê-la acorrentada. Conseguimos evitar sua fuga mas não a natureza, não o seu cio… O namorado – talvez ela já tivesse mantido encontros secretos com ele em outras escapadas, não sabemos – veio de longe. Era um Poodle preto. Quero dizer Poodle-Vira, né. O fato de ter encontrado Dominick amarrada não diminuiu o assanhamento do macho. Aliás, deve tê-lo deixado ainda mais excitado, pois em poucos minutos ele fez a corte e… ‘apagou’ o fogo da Dominick! O resultado está aí… Este lindo “Pudinho Preto”, filho de Poodle-Vira com Yorkshire-Pincher-Vira, neto de uma pura donzela Yorkshire com um aventureiro Pincher-Vira…

O Pudinho Preto é fofo demais da conta. É a mais pura miscigenação das raças Pincher-Yorkshire-Poodle. Não deve crescer muito, mesmo assim em nosso quintal não há espaço para ele, sua mãe aventureira e o ‘pequeno’ Átila, filho de um legitimo Pointer Inglês com uma São Bernardo. Por isso ele está procurando uma nova família que queira adotá-lo.

A historia do fofucho “Pudinho Preto”, por enquanto dá menos de uma pagina. Mas você pode fazer dela um livro!!!

Topa? Quer levá-lo para sua casa?

Quem nasce em “Cachoiera” de Minas, é….????

Nome de praça homenageia professora com erro de português.

O internauta João Batista dos Santos, de Três Corações (MG), flagrou um erro de português em uma placa localizada em uma praça que está em construção na cidade. Onde se deveria ler “Profª. Marta Bezerra” está escrito “Prof. Marta Bezerra”.

“Se a professora Marta Bezerra – que morreu no ano passado – visse o que está escrito na placa que designa a praça em sua homenagem no bairro onde morava, certamente iria ficar inquieta. Professora de língua portuguesa e defensora do idioma e da correta aplicação da ortografia, certamente não hesitaria em mandar consertar”, afirma o internauta que já foi aluno da professora.

O fato traz à tona uma das primeiras materias publicadas neste blog no ano passado, sobre uma placa candidamente fincada na margem da BR 459, no bairro Serrinha em santa Rita do Sapucaí. Veja a matéria.

Retrato da educação no Brasil

20 10 2011

Terminou outro dia a greve – recorde – de 112 dias dos professores de Minas. Aliás, terminou como todas as outras nos anos anteriores; com os professores com uma mão na frente e outra atrás. Enquanto isso, os estudantes brasileiros se formam, recebem seus canudos e ingressam  na faculdade ou no mercado de trabalho escrevendo assim:

A placa está ali a quinhentos metros da cidade de Santa Rita, saída para Pouso Alegre, na descida do bairro Serrinha, acima da ‘vivenda’ do “Psicoteca” – Aliás, ‘psicoteca’ é corruptela de ‘psicotécnica’, resultado da cultura ou incultura do Sr. Sebastião ao pronunciar tal palavra – há cinco anos, desde a conclusão das obras de recapeamento e ampliação da BR 459.

O erro não é somente gráfico, mas também fonético, afinal cachoeiiiiiiiira soa bem diferente de cachoiêêêêêêêêra….

De quem é a culpa?

Do funcionário do DENIT/DER que mandou pintar a placa? Ou do ‘profissional’ que pintou a dita cuja? De ambos. E acrescento ainda mais dois culpados. O cidadão cachoeirense e a escola.

O funcionário do DENIT ou encarregado da obra deveria escrever no papel os dizeres a serem pintados e conferir a ‘obra’ depois de pronta. O ‘artista’ que pegou no pincel, se não sabia escrever, deveria consultar quem sabe antes de ‘pintar o sete’.

Tudo bem, não dá para esperar muito destes dois; um é empregado do governo e fiscalizando ou não a qualidade da obra, vai receber seu polpudo salário no fim do mês – Aliás, obra do DENIT… Põe polpudo nisso!!! O outro, tanto faz; cachoeira, cachoiera ou cachorreira … o que importa é que o dimdim ‘escorra’ para seu bolso.

Mas e o cidadão cachoeirense??? Por ali passam diariamente centenas de cachoeirenses todos os dias… será que não sentem nem mesmo um arranhão no orgulho ao verem o nome de sua cidade escrito de forma errada? Ou será que nunca repararam?

Bem, se o cidadão ‘cachoierense’ não se importa em ver o nome de sua cidade deturpado, se o funcionário do DENIT não se importa em ver a competência do seu trabalho atestada e se o pintor de placas não se importa em pintar publicamente sua ignorância, desculpem-me. Deixem a placa lá. Serve ao menos para alguns motoristas mais atentos se distrair na viagem, pintando comentários pejorativos sobre os três. Enquanto isso, os governos deixam seus estudantes meses sem aula por causa de cento e poucos reais e se justificam dizendo que estão cumprindo a lei… Mais correto seria se tivessem pintado; “Cachorrada” dos polit….”, bem, deixa prá lá…

Não se surpreendam se na próxima placa escreverem “Cachorreira” de Minas…. ”

Até a manha desta sexta, 01 de Junho de 2012, a placa continuava imaculada no local!!! Ou seria maculada?

Jovem tem “um branco” e mata namorada em Santa Rita

Final de semana violento… Homicidio em Passos, tentativa em Pouso  Alegre, dinheiro falso em Congonhal, mulher levando ‘sabonete drogado’ para o marido na cadeia, advogado atropelando e abandonando motoqueiro na Fernão Dias, assalto em via publica, ressureição do “Já Morreu”… E para fechar o fim de semana, um jovem tem um surto de loucura e criva a namorada de facadas no interior de sua casa em Santa Rita do Sapucaí…

Eram quase seis da tarde de domingo quando o cidadão  L.R.M. residente no bairro Santa Barbara, em Piranguinho, recebeu um telefonema do filho. Do outro lado da linha o garotão Anderson Martins Rodrigues, sensivelmente perturbado dizia:

– Pai, acho que eu fiz uma burrada…!!! Matei a Tamires….

L. e demais familiares chegaram rapidamente à casa do filho no bairro Rua Nova em Santa Rita. Apesar de ter chamado o pai, Anderson trancou a casa e foi necessario insistir muito para que ele abrisse a porta. A cena que o pai do jovem presenciou não era nada agradável. Parecia ‘set’ de filmagem de filme de terror. Sob o sofá da sala debaixo de um lençol, jazia o corpo da jovem Tamires Carolina Souza, que no dia 05 de março fizera 18 anos.

Ela tinha um corte profundo no pescoço, na jugular e outros quatro furos nas costas. Seu sangue estava espalhado por toda casa. Nas roupas, no chão, nos moveis, na cozinha e até nas paredes da casa do assassino. O sangue que ainda circulava em suas veias, não seria suficiente para preservar-lhe a vida. Ela ainda foi levada pálida para o PS, mas já não respirava.

Quando o pai entrou Anderson teve mais um acesso de furia e passou a chutar e quebrar moveis e utensílios  domésticos, juntando-os aos copos, pratos e talheres já destruidos na cozinha. Ao pai Anderson Martins, de 19 anos disse que “teve um branco”, por isso matou a jovem com quem trabalhava e  que começou namorar ha um mês.

Ao sentar-se ao piano do delegado de plantão em Pouso Alegre o jovem industriário, que nas redes sociais se diz “simpático, inquieto, divertido e disponível para novos relacionamentos…” ficou calado. Diz que só vai se pronunciar em juízo. Também, falar o quê…?

Calado, caladinho, caladão, o jovem “do branco”, de mente obscura, que pintou sua casa de vermelho com o sangue da namorada, vai viver dias negros e taciturnos, com seus fantasmas, no hotel Recanto das Margaridas.

 

Chapa expulsa mulher da cama para transar com outra

Quando achamos que já vimos de tudo, sempre aparece uma mais nova…!!!

A senhora Bernadete Jesus, 52 anos, estava quieta no seu canto, mais precisamente na sua cama, no bairro Fernandes em Santa Rita do Sapucaí, vendo televisão, ao pé da noite desta quarta, 16, quando o amasio Lucio Antonio Fonseca, 39, chegou. E Lucio não chegou  só. Trouxe com ele uma vizinha, com a qual pretendia transar!!!

Além da morena não indentificada, o chapa trazia de braços dados, ‘Severina do Popote’… estava mamadinho mamadinho. Agarrou a amasia pelos colarinhos e exigiu que ela saísse da cama para que ele pudesse se deitar com a vizinha.

Expulsa de sua própria cama, Bernadete foi se queixar à sogra, que mora de parede-e-meia, a qual tentou chamar o filho na chincha. Ebersom Moraes, 31 também quis por fim à ‘pouca-vergonha’ do irmão e a confusão se fez. O forrobodó foi tamanho, que a mãe de Lucio desfaleceu. Na confusão a vizinha assanhada saiu pela tangente. Chamados por vizinhos, em poucos minutos chegaram os homens da lei para Lucio ‘descarado’ Antonio e a ambulância para sua mãe.

Na DP de P.A. o chapa chapado sentou-se ao piano e assinou um 21 da 3688 e foi agraciado com mil reais de fiança. … E jura de pés juntos que é inocente, que não fez nada, que é solteiro, apenas bebeu algumas e queria dar uma ‘miudinha’ com a vizinha… na cama de Bernadete!!!

Mula de Santa Rita também recebeu seu fardo

Semana passada publicamos a condenação completa dos integrantes da quadrilha da ex-Rainha do Trafico de Pouso Alegre, RegiMARA Cristina da Silva, presa pela policia civil no inicio de outubro de 2010. Dentre os 22 suditos da rainha está o mula Tiago Donizete Faria e de acordo com a caneta equilibrada do Juiz Carlos Cesar de Chechi, de Pouso Alegre, Tiago foi absolvido por falta de provas do seu envolvimento com a quadrilha da loira de olhar morteiro.

–  Mas ele não havia sido preso com meio de farinha do capeta? Sim, é verdade!!!

–   A famigerada droga não fora adquirida da quadrilha da Mara??? Sim, é verdade!!!

–  Mas então…?!?!

… Tiago era só mais um ‘mula’, que estava a serviço de um ‘cliente’ da Mara, morador e distribuirdor da droga em Santa Rita do Sapucaí. Aliás, distribuidor este que na investigação da quadrilha da Mara, não veio à tona … ainda.

No entanto, se Tiago não tinha envolvimento com a famigerada quadrilha, ele próprio praticou o trafico. Um passarinho verde contou aos detetives de Pouso Alegre que ele estava levando a droga para Santa Rita. Os pupilos da delegada Stella Reis foram esperá-lo no trevo no dia 03 de setembro de 2010 e o pegaram com meio quilo do ‘pó’ na garupa da moto. Só o pó para ele…

Pela tarefa de mula que lhe renderia 200 reais, Tiago Donizete recebeu 4 anos e 2 meses de cana. A sentença do homem da capa preta de Santa Rita saiu no ultimo dia 31 de janeiro. Atualmente ele vive de papo para o ar, por conta do contribuinte, no Hotel Recanto das Margaridas.

Sueco vai trabalhar de graça em Santa Rita do Sapucaí

A noticia é velha, mas o comentário e o esclarecimento são novos.

Ao pé da noite do ultimo domingo, dois veículos da Fiat, um Uno e um Idea se envolveram em um acidente corriqueiro de transito na famosa e sempre perigosa Avenida Frederico de Paula Cunha, em santa Rita, causando pequenos danos. O acidente que deveria ser resolvido com meia dúzia de prosa quase virou incidente diplomático internacional. É que o motorista do Idea Adventure era o Sr. U. F., um sueco que trabalha na cidade. Contrariando os hábitos do seu país de origem que figura entre os mais evoluídos do mundo, o sueco desceu do carro distribuindo bolachas na cara da motorista do Uno, Rose de Cássia Campioni – será minha ex-colega do CVT? – e sua filha adolescente. Populares que defenderam as donzelas do brucutu, afirmaram aos policiais que o sueco aparentava estar mamado…!

O caso do gringo foi parar na delegacia regional de Pouso Alegre onde ele sentou-se ao piano e assinou um TCO-Termo Circunstanciado de Ocorrência. Ainda que o sueco falasse em sua própria língua… para sueco ou “ingles ver” ou ouvir, não havia muito o que fazer. Como manda a lei, ele foi liberado.

O fato de ser o brucutu sueco, libanês, coreano ou escocês, não lhe garante nenhuma prerrogativa especial, pois ele estava na baixada do Maristela e não embaixada da Suécia e não está em missão diplomática a cargo do seu país – aliás, ele demonstrou ser um fiasco em matéria de diplomacia. Por outro lado, o fato de o gringo trabalhar na Loja Cem, Padaria do Carlitos, na Casa de Carnes Borsatto ou no boteco do Mauricinho, não aumenta nem diminuiu seu crime e nem implica seu patrão. Portanto ele deve ser enquadrado nas leis brasileiras.

Crimes da natureza que o sueco esquentadinho cometeu – vias de fato, art. 21 da L.C.Penais ou Injuria, art. 140 do CP, se enquadram na Lei 9.099/95 e são passiveis de transação penal. Ou seja, o loiro nórdico deverá sentar-se ao piano do homem da capa preta daqui algumas semanas ou meses e substituir a pena restritiva de liberdade – que não passa de um ano – por uma pecuniária ou de prestação de serviços. Deverá portanto, pagar três ou quatro cestas básicas à APAE, creches ou Asilo ou então trabalhar em uma destas instituições sociais oito horas por semana, durante três ou quatro meses.

Bem que o juiz poderia determinar que ele colocasse uma farda,  um quepe, um estridente apito e fosse orientar o transito no cruzamento da Avenida Delfim Moreira com Rio Branco na hora do rush… Ele tem muito que aprender praticando!