Jessica Alves Wenceslau, 21, residente na vizinha Cambui, é figurinha fácil no álbum da policia desde os 18. Sua especialidade é a tradicional mão leve. Ela entra nas lojas, espia daqui, espia dali, se lhe oferecem ajuda ela agradece e despista e, depois de namorar as mercadorias vai embora sem se despedir. E com ela vão também alguns objetos da loja… sem passar pelo caixa!
Na maioria das vezes os comerciantes nem percebem que foram furtados. Jessica já passou a mão leve desde Extrema até Cambui onde mora. Agora foi a vez de Pouso Alegre. Ela só caiu nas malhas da lei, porque, cumulo do azar, furtou em duas lojas da mesma rede.
Depois de perceber pelas câmera do Big Brother que havia sido vitima de furto, uma funcionária da Jamil Modas da Dom Nery ligou para o colega Breno, da mesma rede, na Com. Jose Garcia e deu o alerta…
– A pirralha acabou de furtar aqui na loja um relógio! Fique atento…
Quando acabou de receber o telefonema da colega Breno saiu à porta da loja para ver se, quem sabe avistava a ladra… Eis que neste momento a garota entra na sua loja!!! Ele nem pensou duas vezes… Foi logo interpelando Jessica antes que ela passasse a mão leve também na sua loja…
– Ei… Voce acabou de roubar a minha amiga! Cadê o relógio que furtou lá…!
Ao perceber que o jovem comerciante sabia o que ela havia feito no verão passado, Jessica passou sebo nas canelas e dobrou a serra do cajuru. Foi alcançada já no jardim, debaixo das barbas da policia militar. Detida pelo destemido comerciário, Jessica foi entregue aos policiais militares e desceu no taxi do contribuinte para delegacia de Policia. Sua bolsa estava recheada de bijuterias furtadas na loja Pink Biju da Dr. Lisboa pouco antes. A proprietária da loja de bijuterias nem havia percebido que fora vitima de furto! O relógio cabritado na loja Jamil Modas da Dom Nery estava difícil de ser encontrado. Foi necessário um ‘streep tease’ forçado na jovem par encontra o relógio na sua calcinha…!
B.O. encerrado, meliante presa, res furtiva recuperada e devolvida aos donos, tudo resolvido? Não! Foi difícil fazer a jovem ladra parar de chorar para sentar ao piano do delegado Erasmo. Chegou-se a pensar que ela ficaria desidratada de tanto chorar no “corró” enquanto aguardava para assinar o 155 em serie! Já no final da tarde desta segunda, depois de secar as lagrimas de crocodilo até alagar o ‘corro’ e ficar sem palavras, Jessica disse apenas…
– Só vou falar em juízo!
Nem precisava falar! Sua bolsa – sua calcinha – e o Big Brother das lojas já haviam dito tudo que o paladino da lei precisava para mandá-la para do Hotel do Juquinha.
Com a morosidade da justiça, é bem provável que Jessica não seja julgada pelos furtos no comercio de Pouso Alegre nos próximos 89 dias e retorne à liberdade. Resta saber se ao deixar a prisão ela vai recomeçar a vida de crimes em Cambui ou se vai continuar seu itinerário pelas cidades que margeiam a Fernão Dias na direção de Careaçu, São Gonçalo…
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