Um professor teria postado imagens suas, nu, para alunos da 7ª serie, através do WhatsApp.
Os crimes mais graves que o ser humano pode sofrer, são os de cunho sexual. Notadamente os praticados contra crianças. Daí o agravamento da lei penal para o estupro de incapaz, ou de vulnerável. Para o legislador, incapaz – de conhecer a maldade ou de defender-se da maldade do abuso do seu corpo – é toda criança menor de 14 anos. Para quem comete tal abuso, a pena mínima é de 8 anos, e pode chegar a quinze.
A grande dificuldade na aplicação da lei aos tarados, é a ausência de provas! Pois o simples ato libidinoso, que é tão horrendo quando a própria penetração, de uma forma ou outra, não deixa marcas. Não deixa marcas físicas, não deixa marcas na carne… Mas deixa marcas indeléveis na alma. A mulher, ou o homem, não esquece jamais um abuso sexual. E muitas vezes o trauma poderá acarretar desvios de comportamento irreparáveis. O abuso sexual na infância é imperdoável… pela vítima e pela sociedade.
Outro dia uma jovem acadêmica, durante uma aula de medicina legal, desandou em soluços e se desfez em prantos… É que ela se viu, quase dez anos atrás, na pele de uma vítima usada para ilustrar a aula! Na ocasião do abuso, por parte de uma pessoa muito intima da família, ela não teve coragem para denunciar o agressor. Aliás, situação muito comum nos casos de abusos sexuais dentro do seio familiar.
Mês passado duas irmãs de vinte e poucos anos procuraram a polícia em Pouso Alegre para registrar um BO de abuso sexual, praticado por um vizinho amigo da família. Ele era cheio de ‘mãos bobas’ e, também cheios de ameaças caso elas contassem o fato para os pais. As meninas sufocaram o choro, o medo, a vergonha e cresceram com as cicatrizes na alma. Hoje, ao ver o estuprador na rua, eles sentem desprezo e nojo! Sabem que ele jamais será punido pelos crimes, mas registraram o BO para tentar diminuir as cicatrizes que carregam na alma.
Atitudes como a dessas irmãs que delataram o estuprador mais de dez anos depois, é raridade. Com a criação da Lei Maria da Penha há pouco mais de uma década e com a expansão das delegacias da mulher, muitos casos que antes ficavam corroendo a alma da vítima, agora, apesar da pobreza das provas, tem chegado ao conhecimento da polícia a tempo de punir o tarado.
Esta semana mais um caso escabroso chegou ao conhecimento da policia. Não se trata de estupro de vulnerável, mas é tão tenebroso e nojento quanto… Um cidadão teria postado nas redes sociais, um vídeo pornográfico onde ele aparece nu, se masturbando! Tá, isso é muito comum, infelizmente. Tem pervertido de todo tipo por aí…! O detalhe é que ele é um professor do ensino fundamental e teria postado suas imagens no grupo de WhatsApp dos seus alunos da 7ª serie!
O boletim de ocorrência foi registrado pelo vice-diretor da Escola Estadual Artur da Costa e Silva – o Polivalente -, em Pouso Alegre, nesta sexta-feira, 04. Segundo o vice-diretor a postagem aconteceu no ano passado, mas só agora chegou ao seu conhecimento através do pai de um aluno. Ele informou ainda, no BO, que ao questionar os alunos, obteve a confirmação.
O comportamento do professor de 40 anos, navega pelos delitos de “ato obsceno”, passa perto de “constrangimento ilegal”, flerta com “satisfação da lascívia”, mas pode chegar ao artigo 241 do ECA, que prevê pena de 4 a 8 anos de cadeia.
A polícia civil vai investigar o caso.