“Loló” para o baile funk do Esplanada

LolóCombater o trafico e uso de drogas no Brasil é uma tarefa que vai muito além da policia! Requer o engajamento dos mandatários do país nesta guerra, começando com politicas internacionais de retaliações aos países produtores de drogas da America do Sul, a começar pelo fechamento de fronteiras e embargos comerciais. Enquanto nossos políticos não passarem da inercia e dos – fracos – discursos, apenas em busca de votos e manutenção no poder, resta à policia militar e à sempre combalida policia civil, ensacar fumaça! A policia civil, sempre com efetivo – e outros recursos – deficitários e sucateados nem tem investigadores para tal. A policia militar prende, mas ninguém fica preso, pois nossas leis penais processuais são como cadeia de papel…!

Semana passada os abnegados cabos Ferreira e Fernandes fizeram mais uma dessas intervenções, que, na pratica redundam, completamente inócuas.

Passavam os sobreditos homens da lei pelas proximidades do Jardim Esplanada na virada da noite de sábado, quando avistaram um quarteto com pinta de somongós. Durante abordagem, foi encontrada com os quatro meliantes razoável quantidade de droga. Sessenta e tres barangas de farinha do capeta e 99 frascos de lança perfume, o popular “loló”. Cada um dos menores assumiu a propriedade de um terço droga.

Ao sentar ao piano do paladino da lei na DP, os três “dimenor”, Gabrile, Pedro e Matheus naturalmente assumiram a paternidade das ‘crianças’. E não tiveram nenhum pudor em dizer que iriam vender as drogas na danceteria perto do local onde foram presos.

No frigir da lei, “ficaram os anéis e foram-se os dedos”, ou seja… Sairam da DP de braços dados com seus pais. Na primeira esquina os pais foram para uma direção e os inimputáveis mini formiguinhas do trafico foram para outra… em busca de mais farinha e “loló” para o baile funk!

 

***** Abrace seu filho… Não deixe que as drogas o abracem!*****

Lorena está bem… O agressor continua foragido!

bebe IViviane Nunes da Conceição sentou ao piano da Delegada de Mulheres na manha desta sexta, 12, para prestar depoimento acerca das agressões sofridas pela filha na quinta feira de Corpus Christi. A mãe trazia nos braços a filhinha de fraldas. Lorena, de oito meses, exibia uma cútis corada e saudável, sem as marcas das agressões de uma semana antes!

Viviane contou à delegada protetora das mulheres e crianças indefesas, Lucila Vasconcelos, praticamente o que já havia contado à policia militar na dia dos fatos! Que ao chegar em casa encontrou a filhinha com equimoses no rosto e no olho esquerdo como mostraram amplamente a fotos na mídia na ocasião. Depois de arrancar o amasio dos braços de Morfeu, e questioná-lo acerca dos ferimentos, ele teria dito que a criança teria caído da bicicleta! No hospital Regional onde foi medicada, o medico de plantão contestou tal versão, explicando que tais lesões, inclusive outras menores no pescoço, eram resultados de agressões físicas propositais, próprias de uma pessoa irada e sem controle! E a policia foi chamada para registrar o fato e prender o agressor.

Desde então o amasio de Viviane, que já havia dobrado a serra do cajuru, não foi mais visto. Segundo Viviane deixou escapar à delegada, ele está escondido na casa de parentes, esperando a poeira baixar, com medo de represálias de populares.

– Ele fez contato com a delegacia, através de um advogado, para se apresentar e prestar depoimento. – Informou a mesma delegada.

Por se tratar de violência domestica, o caso da bebezinha de oito meses, recebido pelo delegado de plantão na quinta feira, foi promovido à Delegacia de Proteção à Mulher. Fernando Gomes da Silva será indiciado por lesões corporais e maus tratos, com ‘tempero’ da lei Maria da Penha. A mãe da criança e naturalmente sua representante legal pediu “medidas protetivas” para ela e para a filhinha.

Viviane e Fernando dividem os cobertores há dois anos. Além da garotinha que ganhou as paginas sociais nos últimos dias, o casal espera outro bebezinho para daqui a seis meses! Segundo Viviane, seu amasio Fernando é amante também de Severina do Popote e da ‘pedra bege fedorenta’!

-… Mas esta foi a primeira vez que ele agrediu nossa filinha – afirma Viviane.

O caso da garotinha de olhos castanhos com a borda do esquerdo arroxeada, comoveu, indignou e chocou a população de Pouso Alegre. Muitas pessoas foram visita-la, conhece-la de perto, inclusive a realidade em que ela vive! Muitas pessoas ofereceram e estão levando ajuda material para a família! Para a policia o “caso Lorena” é “só mais ‘um’ caso” de violência contra criança! – São tantos…!

 

Apesar de ter requerido ‘medidas protetivas’ de acordo com a Lei Maria da Penha, que compreende entre outras coisas, manter o valentão a mais de duzentos metros de distancia dela e da filha, pelo sacolejar da carruagem a que estamos acostumados a viajar, antes do final do mês de junho, pai, mãe e bebezinha de olhos castanhos estarão vivendo sobre o mesmo teto!

 

João Bobo, o Bullyng e as brigas na escola

 

Os pais estão indignados com as agressões sofridas pela filha ...

Os pais estão indignados com as agressões sofridas pela filha M.E.A.S.

Desde tempos imemoriais crianças, adolescentes e jovens brigavam na escola… Quando a diretora ou professora pegava os brigões pelos braços, levava para diretoria e perguntava:

– Porque vocês brigaram?

Um deles respondia:

– Porque ele “buliu” comigo!

As brigas especialmente entre estudantes atravessaram os tempos e recentemente descobriram o termo inglês para denomina-las: “Bullyng”!

Talvez o “buliu” fosse desde outrora corruptela do charmoso Bullyng inglês, pois ambos os termos significam a mesma coisa: Bully = Valentão, que se refere a todas as formas de atitudes agressivas, verbais ou físicas, intencionais e repetitivas a uma pessoa – considerada ‘inferior’ ou simplesmente diferente.

O próprio termo “buliu” já denotava um tom caipira, simplório da pessoa que o pronunciava! Ou seja; o “buliu” dito pela vitima era motivo para “bulir” ainda mais!

As consequências advindas do “buliu” ou “bullyng” às vezes ultrapassam as linhas das lesões corporais e entram no campo das lesões fatais!

... também saiu arranhada do

C.S.M. também saiu arranhada do bullyng

João Bobo, personagem de uma musica sertaneja raiz da dupla já falecida Tião carreiro & Pardinho é o exemplo clássico do “bullyng” nas ruas com desfecho fatal! Cansado de ser “bulido” pelos molecões na rua, um dia João Bobo revida atirando uma pedra na direção dos “bulidores”! A pedra acerta um garoto inocente que ia passando e o mata…!

O pobre João Bobo, a vida toda insultado na rua, senta no ‘banco dos réus’ e parece fadado a uma condenação minima de seis anos de cadeia! No entanto, repetindo uma curta frase cinco vezes no tribunal, o advogado consegue absolver João Bobo!

O “bullyng” na ocasião deu uma trégua…!

Mas nunca abandonou as ruas e escolas!

No inicio da tarde desta quinta, 11, o “buliu” fez mais duas vitimas… Por enquanto leves! Na verdade o desfecho aconteceu hoje. Mas o “bullyng” vem acontecendo há tempos!

Cansada de ser “bulida” pela colega, ontem a garotinha M.E.A.S., 12 anos, resolveu aparar as arestas e deu uns safanões na “bulideira” C.H.R.C.! Hoje a ‘bulideira’ foi à forra. Mas não foi só.  Levou com ela a mãe Rosemeire de Fatima Rodrigues do Couto, 48 e um desconhecido que parece ser o pai! Quando chegou ao Colegio Estadual José Marques de Oliveira no inicio da tarde, antes de entrar na escola, M.E.. entrou no borralho. Sobrou até para colega C.S.M. também 12 anos.

Quando os homens da lei chegaram ao local para registrar os fatos, a “bulideira’, sua mãe Rosemeire e o cidadão não identificado que as acompanhavam,  já haviam dobrado a serra do cajuru. Pelas agressões praticadas contra as garotinhas de 12 anos, Rosemeire de Fatima, cujo endereço é um salão de beleza da Rua Afonso Pena, mas mora no Bairro Canta Galo, deverá assinar o 129 do CP.

Se ficar só nisso, terá ficado barato, pois muitas historias de “buliu comigo” já viraram historias de João Bobo…!

 

Um assalto a cada meia hora em Pouso Alegre

Luis Fernando "Vinte e Dois" Teixeira era o piloto da motoca...

Luis Fernando “Vinte e Dois” de Sousa Teixeira era o piloto da motoca…

O relógio da matriz marcava exatamente 18h42 da noite criança de sexta, 05, quando uma moto Honda preta parou na porta do supermercado Ponto Alto no bairro Santo Antônio. Da garupa saltou um guampudo usando moletom, de arma em punho, e fez seu educado pedido….

– Quero todo o dim-dim do caixa… Agoooora! Senão alguém pode se machucar!

Levaram o que tinha disponível no caixa… A merreca de duzentos reais. E dobraram o morrinho do Santo Antônio defronte a antiga morada do Corpo Seco, em direção à Rua Alberto Paciulli.

Quando tentavam localizar a motoca preta e os dois assaltantes nas imediações do Ribeirão das Mortes os policiais ouviram outra noticia crime pelo radio da viatura…

Eram exatamente 19h23 quando um motoqueiro saltou da garupa de uma moto Honda preta na porta da padaria Santa Rita de Cassia, no bairro Chapadão, adentrou a padaria, apontou o mesmo trabuco prateado e exigiu o dim-dim. Desta vez o roubo rendeu mais… R$250!

 

Milton Bruno Teixeira Messias exibiu o trabuco no Santo Antonio...

Milton Bruno Teixeira Messias exibiu o trabuco no Santo Antonio…

Minutos depois a dupla foi abordada pelos homens da lei na rotatória da Prefeito Olavo Gomes de Oliveira, tentando sair pela tanagente no bairro Santa Rira, em direção ao Forum da Comarca. O garupa ainda tentou sacar o trinta e dois prateado, mas acabou tomando juízo..! Na algibeira de ambos ainda estava parte do dinheiro roubado nos dois estabelecimentos comerciais.

Quem conduziu a motoca preta fora da lei nos dois roubos foi o meliante Luiz Fernando de Souza Teixeira, vulgo “Vinte e dois”. No entanto, em cada assalto teve um pistoleiro diferente… No mercadinho do Santo Antonio, quem exibiu o Taurus prateado foi o meliante Milton Bruno Teixeira Messias. Depois de se mocosar na casa da amasia, ele cedeu a garupa da moto preta para o primo Rodrigo Alessandro Palmeira, vulgo “Carioca” para assaltar a Padaria Santa Rita no Chapadão. A policia militar chegou a esta conclusão observando dois detalhes: As blusas usadas nos dois roubos eram diferentes! Enquanto abordavam “Vinte e dois” e “Carioca” perto do Forum, o celular de um deles tocou… Era o primo Milton Bruno Teixeira querendo saber se a fita da padaria havia dado certo!

 

Rodrigo Palmeira Carioca mostrou o 32 prateado na padaria do Chapadão...!

Rodrigo Alessandro “Carioca” Palmeira ‘mostrou’ o 32 prateado na padaria do Chapadão…!

Se o trio que assaltava de meia em meia hora não tivesse sido abordado pela PM no bairro Santa Rita, o próximo assalto seria a Oeste da cidade, no bairro São João. E para fechar os pontos cardeais iriam assaltar outro mercadinho no bairro Faisqueira…!

Na DP os três assaltantes, cujas capivaras de furtos & roubos e trafico de drogas vai do norte ao sul da cidade, assinaram o 157 e trocaram a motoca preta pelo taxi do Magaiver que os levou até o lar-doce-lar do Hotel do Juquinha.

Operação “tapa buraco” superfaturada na Dique II

Sandro Henrique Faria !Gu": - Eu estava lá soltando pipa...!

Sandro Henrique Faria !Gu”: – Eu estava lá soltando pipa…!

O sol estava à pino nesta terça, 09, quando a policia militar recebeu a informação de que uma execução por desacerto de drogas estava prestes a acontecer nas margens do Rio Mandu, próximo a Avenida Dique II. Os primeiros policiais que seguiram para o local para checar a informação foram o sargento Henrique o seu fiel pupilo soldado Everton. Não viram iminência de assassinato, mas avistaram dois guampudos com pinta de somongós se afastando de um campinho de futebol em direção ao aterro da avenida – Aquela que foi construída igual o nariz! – Um deles levava nas mãos uma sacola com um pequeno, mas valioso volume.

Ao perceber a aproximação da Arca de Noé, os guampudos se separaram na tentativa de despistar os policiais. Um voltou para o bairro. O outro seguiu até o aterro e tentou desesperadamente, igual um tatu, tapar um buraco à margem da polemica via! Surpreendido com a mão na massa – não a asfáltica usada na esburacada avenida, mas a massa composta de sobra de cocaína, detergente, bicarbonato de sódio e outras porcarias que até hoje, por falta de batismo oficial, levam o nome de CRACK! E uma bela quantidade! Oito cavacos médios, quatro cavacos grandes e um cavaco pequeno de pedra bege fedorenta, pesando cerca de um quilo da devastadora droga que vem destruindo viciados e minando as bases de milhares de famílias país afora! Nas imediações dos buracos da Dique II, os policiais encontraram ainda mais de noventa  barangas de farinha do capeta acondicionadas em ‘ependorfis’, prontas para o comercio.

 

Uma pequena fortuna em pedras para tapar buraco na Dique II...!

Uma pequena fortuna em pedras e farinha para tapar buraco na Dique II…!

Sem conseguir tapar os buracos da Avenida Dique II com as pedras de crack, Sandro Henrique Faria, deu o braço a torcer.

– Cada cavaco médio desses eu vendo por R$ 700. Os maiores eu vendo por R$ 1.300.

Na DP, no entanto, Gu jurou de pés juntos que a droga enterrada no balde no aterro da Dique II não lhe pertence! E justificou com originalidade sua presença na margem da via…

– Eu estava lá ‘soltando pipa’… – disse ele. Sem ficar vermelho!

Sandro Henrique Faria, o GU, 24, é figurinha fácil no álbum da policia. Ele foi integrante da quadrilha da “Rainha Mara”. Após investigação da PC, ele foi preso preventivamente em setembro de 2010. Processado por trafico e associação para o trafico – artigos 33 e 35 da Lei antidrogas – ele foi condenado a 9 anos e 4 meses de cana em 2012. – Mara tomou 34. No final de 2014 Gu recebeu o beneficio da prisão albergue e desde então só volta ao Hotel do Juquinha para dormir. Tem o dia todo para soltar pipas e tapar buracos com pedras – beges fedorentas – na Dique II!

A pipa embicou no buraco…!

 

Sexta feira negra em Pouso Alegre

O roubo aconteceu piuco depois deste crepúsculo e o assaltante enfurnou-se debaixo desta ponte!

O roubo aconteceu pouco depois deste crepúsculo e o assaltante desceu por esta estradinha e enfurnou-se debaixo desta ponte!

O final de semana que começou às 18h00 de quarta, 03, e terminou à 00h00 de segunda, teve seis roubos à mão armada em Pouso Alegre. Quatro deles na sexta feira, 05. Dois deles chamam a atenção, pela ousadia da dupla de assaltantes. Entre um roubo no norte e outro no sul da cidade, havia se passado menos de meia hora…!!!

O roubo que mais chamou a atenção aconteceu ao pé da noite. A situação que propiciou o roubo nos remete ao inicio dos anos 80! Naquela época, Rodrigo e Cristina compravam um refrigerante, estacionavam a Brasilia verde do pai dele numa rua deserta do bairro Santa Doroteia e ali ficavam horas namorando…! Ricardo e Amelinha faziam a mesma coisa no interior do fusca que ela acabara de comprar, porém no bairro Fatima I – não existia o II e o III- A avenida Aeroporto também era ponto de namorar… às vezes juntava meia dúzia de carros um a cada cinquenta metros. Parecia um ‘drive-in’ onde o casal de namorados eram os protagonistas do filme! E era para namorar mesmo! Tipo ouvir musica internacional, beijar, acariciar, amassar, bolinar! Quando muito desabotoar o sutiã! Ver a cor da calcinha da Patricia, só depois de noivos! Alisar os pelinhos pubianos? Só depois de casados…!

Mas os tempos românticos, lúdicos, ficaram no passado. Nos anos oitenta os nóias eram apenas maconheiros e eram conhecidos da sociedade. Os filhinhos de papai usavam cocaína, dez vezes mais caro. Aí, nos anos 90, os produtores de drogas resolveram ampliar suas empresas… Pegaram as sobras do refino da cocaína, misturaram um monte de merda e criaram uma droga ainda mais forte e nociva do que a farinha do capeta… O Crack! Por um terço do preço! Nos últimos vinte anos a pedra bege fedorenta chegou aos quatro cantos do país! O preço médio para facilitar o troco é R$ 5.  E uma pedra só não satisfaz. E, para conseguir a segunda, a terceira, a quarta e muitas vezes passar a noite na verdadeira ‘noia’ nos lugares mais imundos, o dependente quimico ou psíquico topa qualquer parada! Penhora documentos, motos, carros, a cesta básica das crianças e até a própria mulher! E quando não tem o que penhorar apela para os roubos! Às vezes o trabuco nem tem balas, às vezes é de plástico, às vezes é apenas um isqueiro por baixo do moleton… mas vai saber!

Por isso, hoje, estacionar o carro numa quebrada qualquer dos incontáveis bairros que surgiram na periferia de Pouso Alegre, triplicando a população da cidade e quadruplicando seus problemas sociais, para namorar, corre-se o risco de receber companhia pouco agradável. Na melhor das hipóteses o assaltante vai levar apenas a carteira, o celular, o relógio, os cordões… Mas pode levar também a namorada para comer numa outra quebrada! Isso se não fizer o serviço ali mesmo, na frente do namorado e depois mata-lo!

Na noite ainda criança e fresca da quarta, 03, os irmãos Valmir e Valdir estavam no interior de um Fox parado na beira da rodovia BR 459 no bairro Belo Horizonte – não, não, não… Não estavam namorando, não! –  esperando a esposa de Valdir que chegaria de viagem…! De repente um vulto soturno usando bermuda e capuz de moletom se aproximou do carro em que estavam, encostou uma espingarda na janela e prometeu mandar bala nos dois se alguma coisa fugisse ao seu controle. Com a espingardona de quase um metro de cano encostada na cabeça de Valdir, o assaltante pegou o celular que estava sobre o painel e exigiu o conteúdo da carteira. Antes de sair levando cerca de R$300, o assaltante da espingardona fez mais estragos… Amassou a coluna, quebrou calha e vidro traseiro do Fox com a coronha da espingarda. Em seguida desceu a rodovia e enfurnou-se debaixo da ponte do Rio Sapucaí Mirim e misturou-se à escuridão da noite!

Com diria minha leitora Melissa, do velho Aterrado…

– A cada dia somos mais reféns da bandidada!!!

 

Leia daqui a pouco: Dois assaltos em meia hora

Ex-assessor parlamentar senta ao piano do delegado de trafico

Nem a "Casa de Leis" escapou da traficância de Bejota...!

Nem a “Casa de Leis” escapou da traficância de Bejota…!

Foi um depoimento curto e objetivo. Antes de iniciar o interrogatório propriamente dito, o experiente delegado Gilson Baldassari, responsável pela investigação, perguntou ao ex-assessor se ele queria ouvir as gravações, para ver se reconhecia sua voz! Isso inibiu qualquer tentativa de tapar o sol com a peneira. Ainda assim Ricardo Pisani tentou sair pela tangente, dizendo que de fato havia usado o telefone celular corporativo da Câmara de Vereadores de Pouso Alegre para pedir droga ao traficante Bejota… Mas era para um amigo! Então foi sutilmente ‘lembrado’ pelo delegado que tal conduta poderia se enquadrar no artigo 33! Ou seja; trafico! Diante disso o ex-assessor desistiu de qualquer delonga e admitiu ter feito o pedido de cocaína ao traficante usando o aparelho corporativo da Casa de Leis!

Embora constrangedor, o depoimento de Ricardo Pisani não trás qualquer prejuízo penal para sua pessoa. Suas declarações tem valor apenas como testemunho em desfavor do fornecedor de drogas. Serve para enriquecer o “dossiê” do traficante dos playboys – e dos ilustres! O depoimento do ex-assessor parlamentar, juntado a outra dezena de depoimentos de usuários de drogas, vem engrossar o conjunto probatório levantado pela PC contra o traficante, para que o Homem da Capa preta para dosar sua pena.

Embora Ricardo e outros tantos clientes de Bejota sejam inimputáveis criminalmente, – por este fato – pois não foram pegos com drogas, além do que, usuário de droga não sofre pena restritiva de liberdade, eles são imputáveis “moralmente”… Estão na situação parecida com a dos clientes da padaria da esquina, que somente prospera porque a clientela a cada dia consome mais pães, doces e outras guloseimas…! O trafico de drogas só se expande e o traficante enriquece e por consequência fortalece o crime, porque os nóias consomem seus produtos!

Benedito Jose Teixeira de Souza, o Bejota, também conhecido pela clientela de drogas como “Motoqueiro Fantasma” pelo ‘modus operandi’ ou seja; pela facilidade que tinha em aparecer e desaparecer em esquinas, praças, portas de lojas – e até na Câmara Municipal – com remessas mínimas de cocaína na cueca, foi preso pela dupla de detetives Teobaldo & André no dia 21 de maio.

O IP do qual o usuário Ricardo Pisani é testemunha, é o terceiro inquérito de trafico de drogas instaurado pela delegacia antidrogas de Pouso Alegre contra Bejota, o traficante dos playboys – e dos ilustres! A riqueza de detalhes da investigação encetada pelos pupilos do delegado Gilson Baldassari poderá render ao traficante uma pena bem próximo da máxima… De quinze anos!

 

 

Assaltantes de sorveteria entram em fria

Pedro Felipe de Almeida

Pedro Felipe de Almeida

Foi mais um assalto pé-de-couve básico no centro da cidade. Às sete e meia da noite desta terça, 2, o sujeito alto, com pinta de maloqueiro entrou na sorveteria Ice Bom da Avenida João Beraldo, enrolou a camiseta na cabeça, baixou o boné para esconder mais o rosto, sacou o trabuco e ameaçou fazer barulho se a balconista não entregasse o dim-dim! Enquanto isso, do lado de fora da porta outro sujeito com cara de Lombroso monitorava o movimento da rua. Levaram também o básico… Cerca de 200 reais. Mas não foram longe. Ficaram nas imediações, comendo lanche e enchendo a cara de Whisky barato!

Enquanto a policia militar rodava o centro da cidade à procura da dupla de assaltantes de sorveteria, eles foram novamente à caça. Já na virada da noite, na esquina da Bueno Brandão com Afonso Pena, dois quarteirões depois da sorveteria, a mesma dupla deu o pulão numa senhora que passava. Enquanto um deles segurou dona Eva, o outro esvaziou sua bolsa. Levaram apenas o aparelho celular.

Quarenta minutos depois os homens da lei trombaram com três suspeitos, cujas características e vestes batiam com as dos assaltantes,  nas imediações.

Nem dona Marilda nem dona Eva puderam afirmar com precisão se eram eles os assaltantes… Mas as câmeras do circuito interno de segurança da sorveteria e câmeras de “Olho Vivo” espalhadas pela cidade puderam!

O assaltante que entrou na sorveteria e deixou dona Marilda gelada, é W.S.G. morador da Francisco Sales nos Quatro Cantos! Ele tem apenas 13 aninhos de idade. Seu parceiro que ficou do lado de fora dando cobertura é Pedro Felipe de Almeida, 20 anos, morador o bairro Anchieta em Santa Rita do Sapucaí. Os dois realizaram também o roubo da senhora Eva na esquina da Afonso Pena e esconderam a pistolinha 22 em um terreno baldio ao lado da E.E.Dom João Rezende, a poucos quarteirões do local dos crimes. Se não tivessem sido presos certamente fariam mais algumas fitas durante a madrugada…!

O terceiro suspeito detido pela PM no inicio da madrugada é P.C.O.T., 16 anos, morador do Jardim, Amazonas. Ele não participou de nenhum dos roubos, mas foi envolvido porque no momento da detenção estava usando uma blusa azul, aa mesma vista através das câmeras do circuito interno durante o primeiro roubo… Ele a havia tomado emprestado do amigo W.S. Embora seja egresso do Hotel do Juquinha, de onde saiu na semana passada depois de uma custodia por roubo à mão armada, nos casos desta terça ele está inocente!

Depois de sentarem ao piano da delegada de plantão, os “dimenor” W.S.G. e P.C.O.T. foram entregues às seus respectivos pais, pois no hotel do Juquinha não tem espaço nem para os marmanjos, muito menos para “dimenor” que, teoricamente, não comete crime! Já o garotão Pedro Felipe de Almeida, que diz ganhar R$350 por semana como servente de pedreiro em Santa Rita, foi se espremer no Hotel do Juquinha!

 

 

Abrace seu filho… Não deixe que as drogas o abracem!

 

A criminalidade chegou ao bairro dos Coutinhos

Nem a garrafa de Casa dos Ventos que eu trouxe de Pouso Alto para o escrivão escapou da sanha dos ladrões de sitio dos Coutinhos...!

Nem a garrafa de “Casa dos Ventos” que eu trouxe de Pouso Alto para o escrivão escapou da sanha dos ladrões de sitio dos Coutinhos…!

Segundo o professor, historiador e escritor Hilario Coutinho, o bairro banhado pelo Ribeirão Santo Antônio e suas dezenas de nascentes, tem seu primeiro registro como “Bairro Coutinhos” lá pelos idos de 1786. O patriarca da família Coutinho, meu deca-avô João Coutinho Portugal, instalou sua primeira moradia no aconchegante local em 1814. Por isso, o livro de sua lavra em parceria com o primo Celso Coutinho, “A Família Coutinho no Sul de Minas”, foi lançado no dia 14 de novembro de 2014.

      Nestes dois séculos de existência o famoso e hospitaleiro bairro viu muita transformação. Todas benéficas, acompanhando a evolução do homem e da sociedade.

      As duas ultimas mudanças no bairro foram o êxodo rural, há cinco décadas, em busca de melhores perspectivas de trabalho e de vida… E agora o inverso; o ‘êxodo urbano’ para o bairro, porém por motivo diverso… Por lazer! Enfim, são muitas as mudanças de comportamento, de politica, de religião, de hábitos… E de valores!

      Dentre as peculiaridades dos Coutinhos está o fato de que, em duzentos anos, jamais houve um homicídio por qualquer razão no bairro. – Este dado pode mudar a qualquer momento! – Furtos no bairro, também sempre foi coisa rara. Ladrões mais raro ainda! Ou pelo menos era raro até pouco tempo atrás.

     Há cerca de cinco ou seis anos um cidadão – novo no bairro – dono de um sitio foi vitima de furto. Durante conversa informal num balcão de boteco ele teria comentando com amigos para moradores do bairro ouvir:

– Comprei a chácara no bairro dos Coutinhos depois de ser informado que aqui não há ladrões…

      A resposta veio de chofre, por um morador que ouvia a conversa na outra ponta do balcão…

– É verdade. Até agora não tinha mesmo ladrões no bairro. Mas eles estão começando a chegar…!

     A resposta curta e grossa do meu conterrâneo encerrou prematuramente a critica. Porém, talvez o sitiante tivesse razão. De uns tempos para cá o hospitaleiro bairro tem sido palco de furtos. E o pior…! Os mãos leves, ao que parece, são criados no próprio bairro!

     Recentemente aconteceu no bairro dos Coutinhos e adjacências furtos de gado. A policia não descobriu quem eram os ladrões. Mas as vitimas de furtos receberam de volta sua ‘res’ furtiva – que no caso eram ‘reses’ bovinas! O pai de um dos ladrãozinhos, abastado e honesto fazendeiro que trabalha de sol-a-sol, envergonhado pela conduta do filho, ressarciu o prejuízo dos vizinhos para que o caso não chegasse à justiça. Ficou barato! No Texas, quem fosse pego roubando gado, era pendurado na primeira arvore que a patrulha encontrasse no pasto!

      Meu conterraneo Joel, contemporâneo do meu pai, mudou-se como nós para Pouso Alegre há cerca de 40 anos. Mas nunca deixou seu pedacinho de chão no bairro dos Coutinhos. Nas horas de folga cultiva café, banana, feijão, cascavéis, cutias, tatus e até lobos…! Seu sitio é de fato um pedaço de paraíso. Mas fica muito distante do centro do bairro, ao pé da serra. Por isso Joel resolveu comprar um pequeno sitio mais perto da ‘civilização’ do bairro, na localidade que chamamos de “Onças”! Outro dia ele estava angelicalmente nos braços de Morfeu no seu rancho quando a luz forte de uma lanterna o fez despertar. Ao lado da cama singela estavam dois guampudos; um segurando a lanterna acesa e outro um pedaço de pau! Haviam arrombado a porta…

– Queremos a chave do cadeado da porteira e do cadeado da casinha da picadeira… – disse um deles ameaçadoramente.  

      … E levaram a picadeira de capim, deixando a vaquinha Jersey do Joel sem comida no dia seguinte.

     Todo mundo no bairro sabe quem são os três ladrões que roubaram a picadeira do Joel. São nascidos e criados ali mesmo. Há duzentos anos, meu deca-avô João Coutinho Portugal teria cortado pessoalmente os ladrõezinhos na guasca, até o couro cru de boi berrar!

     Coisa bem pior do que esfolar a pele de ladrõezinhos na guasca, pode acontecer a qualquer momento!

     Durante a madrugada deste sábado, 30, ladrões – provavelmente do próprio bairro – voltaram a atacar. Entraram em duas casas de sitio na mesma localidade das “Onças”. No sitio do Marcos e na chácara do Edgar! Levaram camas, colchão, bomba d’agua, botijão de gás, roupas de camas, panelas, talheres e até galão de plástico!

– O que me deixou mais aborrecido foi o fato de terem levado minhas cachaças que eu estava guardando para uma ocasião especial! Inclusive uma é aquela que você me deu há dois anos, lembra? – Comentou Edgar.  

     Todo cidadão tem o “direito” de investigar e tentar prender quem o roubou…! Todo policial tem o “dever” de investigar e prender quem o roubou! O difícil é investigar e “apenas” prender!

– Estou torcendo para não encontrar o ladrão, Chips… Senão quem vai cometer um crime maior sou eu! – Desabafa Edgar!

      Há quase vinte anos na policia civil, o escrivão chefe do cartório da Delegacia Regional de Pouso Alegre, é muito mais do que um policial burocrático. Tem policia e tino policial no sangue. Desde o inicio da carreira, há quase vinte anos, sempre participou das operações de campo. Apaixonado por armas de fogo, fez todos os cursos e treinamentos no gênero. Fez inclusive o ultimo treinamento há dois meses com submetralhadora…!  Os ladrões que arrombaram seu sitio e levaram suas panelas, pratos, talheres e sua garrafa de “Casa dos Ventos” correram e estão correndo um serio risco! A batata dos ladrõezinhos de sitio pode queimar!

     O bicentenário Bairro dos Coutinhos não é mais o mesmo!

O sobrinho e o carro quebrado

Imagem ilustrativa

Imagem ilustrativa.

– Oi tia Beth… Sua benção! E o tio como vai? Mamãe mandou um abraço pra vocês.

– Quem está falando…?

– É o Pedrinho, da Lica… De Belo Horizonte. Tudo bem? Olha tia, tô no maior perreio… Eu tava indo fazer uma visitinha pra senhora, mas o meu carro quebrou na estrada no alto da serra, perto de Itaguara. O mecânico disse que é a rebimboca da parafuseta… Ele cobra três mil e quinhentos reais para consertar! Mas eu só tenho setecentos e pouco no bolso… Será que a senhora não pode me emprestar três mil reais? Eu estava mesmo indo na sua casa. Quando chegar aí eu faço a transferência para a senhora! Anota aí o numero da conta do mecânico. Assim a senhora deposita direto na conta dele!

E a caridosa ‘titia’ do Pedrinho vai ao banco, saca suas economias e deposita na conta do mecânico de Itaguara. Mais tarde o sobrinho liga agradecendo o empréstimo, dizendo que vai chegar de manhazinha. Ou então tenta mais um golpe dizendo que o mecânico achou outro defeito e ele precisa de mais dois mil reais!  Dona Tuca, a simpática titia, nem se dá o trabalho de procurar na memoria a imagem do sobrinho Pedrinho… que ela nem sabia que existia!

O golpe é tão velho quanto a media de idade das pessoas que caem nele. Geralmente pessoas septuagenárias. A policia não sabe ainda como o vigarista descobre que a vitima tem um sobrinho ou netinho com o nome mencionado. Por que não é possível que a titia ou vovozinha seja tão lerda que não saiba que não tem um sobrinho ou netinho com tal nome! Ou será que é…!?

Bem… lerdinha, espertinha, boazinha ou simplesmente distraidinha, – isso para não dizer, tolinha mesmo! – o fato é que a titia Zuca caiu no “conto do sobrinho & o carro quebrado”…

Estava ela quieta no seu canto arrumando a cozinha do café da manhã em sua casinha singela no Jardim Noronha em Pouso Alegre quando o telefone tocou. Era o sobrinho Mucio da Silva de Oliveira. Ele estava no Km 790 da MG 179, próximo de Alfenas, com o carro quebrado. O mecânico já havia dado o diagnosticado e o prognostico: Com três mil reais o carrão ficaria novinho em folha. O deposito poderia ser feito direto na conta do ‘mecânico’ Rafael L. Batista.

Preocupada com o pobre Pedrinho na estrada, com esse frio! dona Zuca mandou o marido fazer o deposito na conta do mecanico. Gumercindo, 76, saiu de casa imediatamente, andou alguns quarteirões até a casa lotérica da Silviano Brandão, sacou mil reais da sua poupança e depositou na conta do vigarista. De lá seguiu até a caixa Econômica Federal da Pça. Senador Eduardo Amaral para sacar e depositar o restante. Aí foi salvo pelo funcionário da caixa, bisbilhoteiro… Ao perguntar a ele para quem iria o deposito, Gumercindo contou a historia do sobrinho da esposa e o carro quebrado! O caixa então deu um sorrisinho sarcástico dizendo por dentro…

– Não acredito que eles caíram nesse golpe! – e abriu seus olhos…!

Gumercindo desistiu do deposito, voltou pra casa e contou a ‘descoberta’ à esposa. Só então ela se deu conta de que nem tem sobrinho com nome de Mucio! E mandou Gumercindo de volta ao quartel para registrar o golpe!

Contando assim a estória do “sobrinho & o carro quebrado” parece engraçadinha, não é?

Parece… Mas não é!

Dinheiro, especialmente nos dias de hoje, custa suor e às vezes até lagrimas!

É difícil ganha-lo… Não se pode entrega-lo de mão beijada a nenhum tipo de sobrinho… Muito menos a sobrinhos que não existem!

Conte essa estória – verdadeira, acontecida no meio da manha desta segunda, 01 de junho em Pouso Alegre – a seus amigos e parentes. Especialmente aos septuagenários… Eles são as vitimas prediletas dos “sobrinhos & o carro quebrado”!