Aviõezinhos caem no Santo Antonio

Uma trilha no pasto, na divisa dos bairros Santo Antonio, Santa Edwiges e Saúde, desde a epoca de vovó criança, tem sido usado para distribuição e uso de drogas. O nóia desocupado senta-se na beira da trilha e fica esperando o aviãozinho ‘aterrissar’… Se os homens da lei aparecem pela Alberto Paciulli, eles correm para a Notel Teixeira, se vem de lá, eles vazam para o Santo Antonio.

Na sexta à tardinha a policia conseguiu abater uma dupla de aviõezinhos ali no estrategico local do crime. Gustavo Ribeiro, 20 e L.G.A.Oliveira, 17 anos, foram pilhados com a mão na massa. Aliás, com uma baranga de erva marvada na algibeira. Na casa deles havia mais. Na casa do Gustavo, no bairro Nova Pouso Alegre, longe dali, os policiais encontraram dentro de uma embalagem de celular, cinco tabletes de cannabis. O proprio irmão do mocinho, que desaprova suas atividades comerciais ajudou a procurar a droga. Com eles havia tambem dois aparelhos celulares cheios de mensagens do tipo:

– Aê, mano, tem da boa? Manda uma baranga aí, no local de costume, firmeza?

Os aviõezinhos disseram que a erva para uso proprio, mas não colou. Sentaram ao piano e assinaram o 33.

O ‘dimenor’, cuja lei não o alcança, voltou para casa acompanhado de mamãe. Gustavo, que tem 20 aninhos deverá ficar até os 23 no Hotel do Juquinha…

Policia de Tocaia… motoristas mamados em cana!

Ao contrario do que alguns colegas da imprensa, às vezes tentam passar para os leitores, na região do 17º Departamento de Policia Militar e Civil, que abrange três delegacias regionais e mais de 70 cidades, a criminalidade está sob controle. Resultado da eficiência da policia no seu combate? Ou do juizo dos cidadãos?

Os crimes continuam acontecendo – pois eliminá-los totalmente é utopia – porém em, pequena escala. Nada que obrigue o cidadão de bem a arrancar os cabelos… Por isso, nossa pagina policial está quase vazia!

Sabedores de que estava acontecendo uma festa em um sitio nas margens da MG 459, na noite de sábado, entre Ouro Fino e Monte Sião, os zelosos patrulheiros estaduais resolveram armar uma blitz por ali e ficaram de tocaia.

As nove e meia da noite Wellington Nunes Penha, 26 anos saiu da festa abraçado com a loira gelada, abraçou o volante do seu gol, pegou a estrada, andou cem metros e …caiu nos braços da lei.

Ao soprar o bafômetro, constatou-se que ele tinha quase 300 miligramas de liquido correndo em suas veias… Mas não era sangue!!! Era álcool.

-Ô, seu guarda, mas daqui na minha casa são só cem metros…!

– Deixe que a gente te leva… É mais seguro. Em cem metros pode acontecer um acidente e você se machucar!!!

… E levaram mesmo! Mas levaram para o piano do delegado de plantão de Pouso Alegre, onde ele assinou o malfadado artigo 306 do CTB.

Duas horas mais tarde Jesuino Francisco Odinino, 52 anos, saiu da mesma festa, levando num braço a loira gelada e no outro seu golzinho. Lá estavam os zelosos patrulheiros esperando por ele. A historia se repetiu. Jesuino também soprou o aparelhinho dedo-duro e foi sentar-se ao piano do delegado de plantão em Pouso Alegre.

Wellington pagou 550 e Jesuino 650 reais de fiança para aguardar o processo em liberdade. Teria ficado mais barato se tivessem levado o motorista da rodada…

     

“Minutos de Sabedoria”…

“Expulse de seu espírito todas as lembranças tristes.

Será que remoer os erros vai conseguir curar o mal que já houve?

Não!

Quanto mais revolver em seu coração as tristezas do passado, mais vai sofrer, sem resultado nenhum.

Dirija sua mente às recordações alegres, aos momentos felizes, aos fatos agradáveis do passado.

Acenda a luz, para que as trevas desapareçam”.

Para relaxar… As ultimas de “Joaquim & Manuel”…

As ultimas de Portugues

Enorme

Após examinar a paciente o medico telefona para seu marido e dá a noticia:

– Seu Manoel, sua mulher tem uma angina enorme!

– Isso não é nada, doutor… É que o senhor não viu os peitos dela!!

 

Herança única

O tabelião lê o testamento do Joaquim para a viúva dona Manuela;

-Seu marido deixou tudo que tinha para a Casa de caridade da Viúva Desamparada…

– Ai, Jesus! E eu…?

– Pois é… A senhora era justamente tudo que ele tinha

 

 

Portuga no trem

 

Manoel está viajando de trem quando dá uma baita dor de barriga. Pressente que vem uma tremenda caganeira. Ele olha para os lados e nada de achar o banheiro. Baixa as calças e se alivia ali mesmo no corredor do trem. Logo vem o funcionário da estrada de ferro, olha para aquilo e diz:

– Sinto muito, mas vai ter que me acompanhar, e vou ter que dar parte ao chefe!

E o portuga emenda:

– Ah, pois não, senhoire… Por mim pode dar tudo!

 

Pelas barbas do Manoel

Manoel usava uma bela e bem cuidada barba. Maria adorava ficar passando os dedos pelas bochechas peludas do marido. Um dia, Manoel saiu com os amigos e foram assistir um jogo de futebol. Manoel estava seguríssimo de que seu time ganharia fácil e não teve duvidas: apostou a própria barba se o time perdesse. Perdeu!!

Depois do jogo os amigos se reuniram no boteco para comemorar e raspar a barba do Manoel e ficaram até tarde abraçando a loira gelada. Rasparam a barba do patrício e Manoel ficou com a cara mais lisa que bumbum de bebê. Lá pelas tantas da madrugada Manoel foi embora, com a cara lisa e completamente mamado. Chegou em casa, tomou banho, deitou-se ao lado da mulher e apagou a luz. Maria passou a mão pelo rosto dele e falou assustada:

– O que você ainda está fazendo aqui a esta hora, Alfredo?? Daqui a pouco o Manoel chega e se encontrar você aqui, vai ser aquela merda!!!

Taxista-mula prova do próprio veneno

Um taxista de 76 anos foi encontrado morto num cafezal na beira da estrada entre Perdoes e Ribeirão Vermelho na manha desta quinta, 21. Ele fora visto pela ultima vez na tarde anterior, trafegando pela Fernão Dias, levando no interior do seu carro de praça os seus algozes; dois “dimenor” de 16 e 17 anos. Com ajuda de uma garota de 23, os delinqüentes mataram o velhote estrangulado e tentaram queimar seu corpo. Um tenebroso e horrendo crime, porém, foi procurado com as próprias mãos. O velho taxista , aproveitando-se da idade e das facilidades da profissão, usava o taxi para transportar drogas de uma biqueira à outra da cidade. Ha dois meses o delegado da Comarca de Perdoes já o havia advertido sobre os riscos que corria. Plantou… Colheu!

O assassinato imperdoável do vovô de Perdoes lembra outro semelhante, ocorrido em Pouso Alegre em 2003. Naquela ocasião, o taxista Gabriel, de 58 anos, também sentiu na pele – e como sentiu!!! – o que dá envolver-se com nóias e traficantes de drogas. Investido numa profissão honrada, acima de qualquer suspeita, Gabriel levava mais encomendas do que passageiros em seu Fiat Uno. Dezenas de vezes ouvi seu celular tocar e ele interromper uma mão de carteado para fazer uma corrida – ou seria uma “correria”? – para “clientes” especiais. Além de ser um arquivo criminal vivo, que anda com a vida na corda bamba, o mula teve um desacerto com a clientela.

Numa noite qualquer daquele ano ele fez sua ultima corrida e levantou bandeira 2 para sempre. A fumaça do seu taxi e do seu corpo foi vista de longe. Quando os bombeiros chegaram ao deserto loteamento São Fernando não deu mais para separar as cinzas do taxi da do taxista! Brincou com fogo…

Motorista mamado corre mais que a policia

Às três e meia da tarde desta quinta, 21, de chuva fina, patrulheiros da estrada faziam policiamento de rotina pela MG 459, proximo a Monte Sião, quando de repente um Monza ultrapassou em alta velocidade e sumiu na curva. Os patrulheiros saíram no seu rastro e depois de intensa perseguição pela rodovia estadual e pelo bairro Mococa, o piloto finalmente entrou numa estrada vicinal e abandonou o velho Monza. Abandonou o veiculo mas não desistiu da fuga … Embrenhou-se num matagal à beira da estrada e logo tropeçou nas malhas da lei.

Convidado a soprar o bafômetro, constatou-se que o piloto Altair Wagner Teodoro, 39 anos, tinha 17 decigramas de álcool por litro de sangue correndo em suas veias. Isso dá cana!!!

Na DP de PA, Altair deu sua versão dos fatos: Disse que voltava de Águas de Lindóia e apenas ultrapassou a viatura, mas estava completamente sóbrio, pois não havia bebido nadica de nada. Mesmo assim ficou sem o carro, assinou um 306 e para voltar para a capital da malhas, teve que desembolsar 622 reais de fiança.

Ah, um dos passageiros do Monza, Odair Bernardo, era foragido da justiça!!!

Assim era Bogê…

Terminou na semana passada a Copa Bogê de futebol amador, realizada no campo do Bangu, no velho Aterrado. O evento organizadado pelos boleiros Luiz, Braizinho e Bofinho, contou com a participação de 16 equipes da cidade. O caneco ficou com Bangu A.C. um dos mais antigos e tradicionais clubes de futebol amador de Pouso Alegre. A copa homenageou o boleiro Jesus Bento de Souza, o Bogê, morto aos setenta anos e um dia, em 2010.

Mas quem foi Bogê???

Conheci Bogê numa manha fresca de agosto de 1982. Quando cheguei para trabalhar na velha delegacia da Silvestrre Ferraz, o saudoso Inspetor Ângelo – impossível mencionar o nome do policial Ângelo Augusto de Freitas, falecido na manha do dia 05 de outubro de 2004, sem mencionar saudade. O velho Angelo fez do serviço publico sua religião. O trato com as pessoas, com seus superiores, com seus subordinados, sua simplicidade e seriedade na busca da solução para o problemas dos outros tornaram o Inspetor Ângelo numa pessoa impar na policia – conversava com Bogê. Quando terminei de assinar o “ponto” ele olhou para mim e disse:

– Chips, vá com o Bogê ao bairro dos Vitorinos… Ele achou a canoa dele lá e precisa de apoio policial para trazê-la de volta. Não se preocupe em apurar o furto. Basta recuperar a canoa…

Bogê olhou para mim com os olhos vivos e curiosos e deve ter pensado: “Será que este moleque dá conta de trazer esta canoa, do bairro dos Vitorinos!?”.

Durante décadas o bairro dos Vitorinos, município de Silvianopolis, divisa com S.S. da Bela Vista, margeando todo Rio Sapucaí, entre os bairros do Sitio e Água Quente, ostentou a fama de ser o mais violento da região. Povo de sangue quente e língua curta. De pouca prosa. Treleu não deu, quem fala é a lapiana numero 9 ou o trinta e dois.

A canoa do Bogê fora furtada nos fundos de sua casa no Rio Sapucaí, no bairro de Fátima. Um oleiro conhecido seu havia reconhecido a canoa amarrada na beira do rio, lá no bairro dos valentões, 30 quilometros rio abaixo.

Fomos num caminhão basculante que traria areia e a canoa. Atravessamos o rio e saímos numa pequena fazenda no bairro dos ‘perigosos’. Contrariando a orientação do Inspetor Ângelo, chegamos até o curral onde um velhote de sessenta e poucos ordenhava uma malhada holandeza, escoltado por um grande cão mestiço passtor alemão. Ele só nos deu atenção quando eu afastei a jaqueta jeans deixando aparecer o cabo do velho HO enferrujado na cinta. Mesmo assim respondeu resmungando que não possuía canoa e nem conhecia ninguém por ali que tivesse uma. Era um autentico “Vitorino”…  O velho Ângelo, que em 82 ainda não era velho, mas tinha muita experiência de vida, estava certo. O que importava era trazer a res furtiva do Bogê de volta. Cortamos a corrente que a prendia ao pé de um ingazeiro, colocamos na caçamba basculante e voltamos para casa. Naquele resto de ano nunca mais faltaria peixe na mesa do Ângelo e na minha. Bogê, pescador nas horas vagas ficou eternamente grato. Ele mesmo relembraria e recontaria esta historia dezenas de vezes.

Apesar da aventura perigosa da canoa no bairro dos valentes Vitorinos, nossos passos se estreitaram  a partir de 85, através da verdadeira paixão do Bogê: o futebol.

Quando ressucitamos a Liga Esportiva de Pouso Alegre, Bogê reapareceu com sua verdadeira roupagem; técnico de futebol. Montou, ao lado do Herondi Chagas, a A.A. de Fátima, clube que se rivalizaria com o tradicional Juventus do Zé Maria. Com vários jogos de uniformes na cores Vermelho e Branco, o time do Bogê era o mais vistoso da cidade. Foi o pioneiro em torcida feminina organizada. O barranco do Estádio Minduinzão, na beira da linha, no Fátima, nunca mais seria o mesmo depois do time do Bogê. A galera era tão animada que virou time de futebol feminino!!

Apesar de toda animação, de todo colorido e da experiência futebolística do Bogê, a A.A. de Fátima não chegou a colecionar canecos. Teve vida efêmera, durou poucos anos.

Mas o boleiro apaixonado não pendurou as chuteiras. Aliou-se ao rival Juventus e foi mais feliz com a camisa grená. No entanto, a marca do extrovertido ponta direita e sempre alegre e sonhador treinador de futebol, ficaria gravada para sempre nos anais da historia do futebol amador de Pouso Alegre, com outras cores, em outro clube… o São Geraldo.

Bogê mudou-se com a família para o velho Aterrado nos idos de 90. Apesar de o futebol da cidade na ocasião caminhar cambaleante pelas sombras, Bogê foi ousado e inteligente. Criou um novo clube no velho Aterrado e deu-lhe um nome que homenageia o bairro… São Geraldo F.C.. Conseguiu levar para o clube boa parte da nata do futebol amador da cidade tais como Bedeu, Helinho do Sebo de Gato, Teobaldo, o goleiro Batavo, Gelo, Kalu, Aguinaldinho, Kiki, Pelota, Porção, Clovis Bento, Deley… Conquistou vários títulos. O mais importante caneco levantado pela equipe alvi-negra do São Geraldo, ‘cover’ do Santos, time do coração de manteiga do extrovertido Bogê, foi o de campeão da Copa Sesquicentenário de Pouso Alegre, evento disputado no Estádio do Mandu com mais de 200 clubes participantes. Este só o São Geraldo tem…!!

Tendo nascido em Pouso Alegre, mas morado em São Paulo até ’75, onde se casou e enviuvou, Bogê chegou a dirigir o Monte Negro de Osasco, time da terceira divisão, na época. Em um jogo de campeonato contra o Aparecida, seu time perdeu por 3×1. Mas não perdeu a pose. Sacoalhou e orientou sua equipe até o ultimo minuto. Ao ver o treinador na beira do campo, tentando incentivar seus jogadores, um repórter se aproximou e perguntou:

– Jogando aqui na ‘terra santa’, perdendo de 3 x1 aos 44 do segundo tempo… o senhor acha mesmo que dá para virar o placar???

Bogê respondeu no estalo, apontando para o placar manual no fundo do estádio:

-Dá… É só subir naquela escada e virar o placar…!!!

Numa outra tirada, já dirigindo seu orgulhoso São Geraldo, seu fiel escudeiro e co-fundador do time, o atacante Deley, perdendo o jogo, de dentro do campo insistia;

– Mexe no time, Bogê, mexe no time…!

-Só se eu tirar você, que é o mais fraco do time!!! Respondeu Bogê. E o jogo continuou.

Assim era Bogê… Simples, humilde, corajoso, responsável e extramamente bem humorado. Nada o fazia perder as estribeiras. Nem uma sonora goleada sofrida pelo seu time. Na véspera dos jogos mais importantes saia de casa em casa dos jogadores, à pé ou de bicicleta, relembrando seus atletas do compromisso e da importância do jogo.

– A cachaça do meu pai era o futebol – diz o filho Clovis Bento –  que no auge da juventude foi um craque no meio campo – com os olhos nadando de saudade do velho boleiro.

Tiriça, seu apelido de jovem ponta direita ou Bogê, pode não ter ganho todos os jogos que disputou, mas… Ganhou de goleada da vida!

Saudades, velho pescador…

 

Estádio da Lema: Nunca mais…!?

Muito pior do que a saudade de um lugar que não existe mais é ver este mesmo lugar abandonado, sujo, sem vida, sem poder tocá-lo…

Esta é a situação do velho Estádio da Lema, “Alto da Comendador”, como bradava Ideisio Dantas, “Ninho do Dragão”, “Casa do Rubro Negro do Mandu” e outros epítetos carinhosos e garbosos das décadas de 60 – que não vivi – e de 80 que acompanhei e vibrei com outros milhares de apaixonados pelo futebol profissional da terra.

Equipe junior de 1986 que o Pouso Alegre Futebol Clube não aproveitou

O estadinho tem historias que antecedem até o “arco da velha”. Suas paginas mais marcantes, no entanto, remontam às ultimas décadas. De 87 a 92, quando a LEMA – Liga Esportiva Municipal de Amadores mostrou do que era capaz e realizou cerca de 80 campeonatos, em todas categorias,  gerou mais uma polemica: Afinal, o estadio da Lema pertencia à liga ou ao PAFC?

Pertencia, sempre pertenceu ao Pouso Alegre Futebol Clube. O terreno foi doado pela família do Pinto Cobra nos idos de 30, muito antes da criação da Liga Esportiva, em 1948. O que ocorre é que em diversos períodos de ostracismo do PAFC, quem cuidou, manteve funcionando e até pagou dividas de financiamento de ampliação de arquibancadas junto ao extinto Banco Nacional, foi a Liga Esportiva.

Em alguns momentos de sua existência, a historia da liga esportiva, entidade-mãe, se confunde com a do glorioso PAFC, seu mais ilustre filiado. Daí a confusão… mas o Estádio da Lema sempre pertenceu ao Dragão.

É pena que este esclarecimento, no momento não tenha importância, pois tanto a LEMA – que em novembro de 87 virou LEPA – quanto o PAFC num perigoso sono profundo!!! O clube que se orgulha de ter encarado de frente grandes equipes do futebol brasileiro e ter colocado água no chop do Galo em pleno Mineirão no dia do seu aniversario, morreu há quase vinte anos. Até parece maldição do Galo.

Depois daquele convincente e glorioso 2×1 de 1990, o Dragão só desceu ladeira abaixo. Vendeu craques como Paulo da Pinta, Nonato, PC Gusmão, Edevaldo, Cezar, Zigomar, Waltinho, Carlão e tantos outros e nunca mais montou um time à altura de suas tradições. O dinheiro da venda destes jogadores? Deve ter engordado a conta bancaria de alguém, ou quem sabe se transformado em carrões envenenados de alguns ‘boys’ na epoca!!! Nos anos seguintes aventurou-se em bingos, afundou-se em dividas, caiu nas divisões e desapareceu!

Desde os últimos anos do século passado, tentou duas ou três vezes se levantar. A ultima foi em 2009. O então presidente, cuja eleição ninguem sabe quando foi a ultima vez que se deu, aliás eterno presidente Jose Chaves, com toda sua fala mansa e postura de grande cartola, andou dizendo por aí que montaria um time para levar 20 mil torcedores ao estádio… Levou menos de duzentas pessoas nos quatro jogos que fez. Não passou da segunda fase do certame da Terceira Divisão. E sumiu de cena de novo.

Desde que o proeminente empresário e promissor político Jair Siqueira, que havia ressuscitado o Dragão em 82, entregou o clube ao empresário Jose Chaves, este nunca mais o deixaria. Ou daria as cartas como Presidente do Clube ou como Presidente do Conselho. De lá para cá a historia do tão cantado Rubro Negro do Mandu tem apenas três capítulos; dividas, dividas e… dividas.

Embora o clube esteja endividado e no completo ostracismo há quase duas décadas o aludido presidente não realiza mas não larga o osso… Não entrega o clube para ninguém.

E o Estadio  que vale uma pequena fortuna. Algo em torno de R$ 15 milhoes, está assim: arquibancadas destruídas, alguns postes podres caídos, outros postes de iluminação ameaçando cair sobre o hospital, vestiários sendo invadidos pelo mato, gramado tomado pelo mato, criando cobras, aranhas, escorpiões e ratos, bem no centro da cidade. A situação quanto aos bichos só não é pior porque o zelador Jorge Galo, morando no canto do estádio desde 1960, mantem uma criaçao de galinhas no local  para afugentá-los.

As ultimas informações sobre a diretoria do clube dão conta de que o eterno presidente está adoentado e a exemplo do que aconteceu em Cuba, passou o bastão para um dos filhos.

Pouso Alegre, cidade bela, hospitaleira e promissora, que cresce igual abobrinha verde – só para ficar nos adjetivos simplistas –  mais um ano

ficará fora da disputa de um campeonato profissional.

Encerremos com tres perguntas;

– Porque o presidente Jose Chaves não entrega o clube a quem queira administrá-lo e tentar recolocá-lo no lugar que merece, dando um pouco de alegria à sua torcida?

– Se ele não ‘entregar’, poderá o Ministério publico intervir?

– Se ele quiser entregar, haverá alguém ou um grupo disposto a ressuscitar o glorioso PAFC???

Enquanto as respostas não vem, é conveniente que se faça alguma coisa quanto aos bichos peçonhentos e postes que ameaçam cair sobre os vizinhos….!!!

 

Casal 20 da sargeta e as barras de chocolate

Policiais militares que passavam pelas imediações da Praça Jorge Beltrão, no crepúsculo frio e sombrio desta terça, 19, avistaram um casalzinho saboreando uma deliciosa barra de chocolate e resolveram abordá-lo. Além da deliciosa guloseima que degustavam como crianças, Adrielly Louise Souza, 21 e Frederico Ramos Ferreira, 23, levavam numa sacolinha com emblema do supermercado Alvorada, outras 5 barras do mesmo produto.

Não havia queixa de furto. Mesmo assim os zelosos policiais resolveram checar: fotografaram o ‘casal 20’ com a câmera do celular pessoal e levaram a foto e os chocolates para o gerente do supermercado conferir!

… E não é que os chocolates haviam sido furtados no Alvoradinha da Silviano Brandão!?!?!?…

O gerente Leonardo Silva contou que estava atendendo um vendedor e percebeu quando um garotão acenou da calçada do supermercado e uma garotinha saiu correndo rua afora com uma sacolinha sob a blusa. Como ele estava ocupado, deixou o feito pelo não feito… mas reconheceu que o produto fora furtado em sua loja!

Já a jovem Adrielly Louise – lembram das aventureiras Telma & Louise, que saltaram no abismo no final do filme? – contou historia ainda mais interessante, de cortar o coração. Diz ela que vive maritalmente com Fred … pelas ruas e por isso passa muita fome. Pela manhã encontrou um conhecido seu, um rapaz de estatura mediana, branco, cabelo castanho claro, que saiu do hotel do Juquinha dia destes e atualmente trabalha como segurança no aludido supermercado e o mesmo disse a ela:

– Se você quiser furtar alguma coisa no supermercado, pode ir lá que eu dou ‘cobertura’…!!!

E ela foi com o ‘marido’ Fred no final da tarde. Saiu diboinha do supermercado comendo a guloseima sem ser incomodada…

Pelo furto dos chocolates avaliados pelo perito em R$15 reais, Telma & Louise, digo, Fred & Adrielly Louise foram se hospedar no Hotel do Juquinha.

Pelo menos lá não vão passar fome…!!!

Maria da Penha leva nóia para o Hotel do Juquinha

Alguém aí se lembra do famoso artigo 16 da extinta e charmosa Lei 6368/76?

Refresque a memória: Dizia o seguinte: “Adquirir, guardar ou trazer consigo para uso proprio, substancia entorpecente ou que cause dependência fisica ou psiquica”… etc, etc. “Detenção de 6 meses a 2 anos”.

A famigerada lei mandou muito jovem cidadão promissor na vida para o velho hotel da Silvestre Ferraz, no tempo em que superlotação prisional era coisa de cidade grande…

Em agosto de 2006 ela foi substituida pela Lei 11.343. Seu artigo correspondente agora é o 28, que diz: “Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar será submetido às seguintes penas:

I – advertência sobre os efeitos das drogas;

II – prestação de serviços à comunidade;

III – medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo.

…………

§ 7o  O juiz determinará ao Poder Público que coloque à disposição do infrator, gratuitamente, estabelecimento de saúde, preferencialmente ambulatorial, para tratamento especializado” – Mentira deslavada!!! O poder publico não atende direito nem velhinhos hipertensos e diabéticos e os pacientes portadores de outras doenças do cotidiano, muito menos os que buscam a doença da droga com as próprias mãos…!!!

… E por aí vai. Ou seja, o caboclinho que consome a droga e, entre outras reações, entra em paraNóia, sofre as sanções acima descritas… Que não dá mais cadeia!!!

A menos que… Sob efeito da droga ele cometa outros crimes, inclusive o de tentar arrancar o pescoço da irmã e espezinhar o pai para conseguir dinheiro para aplacar a fissura!!!

Este foi o caso do cidadão Lincon Roberto Brandão, morador do velho Aterrado. Ele tem 34 anos e a mais de dez  caiu no mundo das drogas. Desde a madrugada desta terça ele vinha infernizando a família para que lhe dessem dinheiro para saciar o vicio. De manhã foi pra rua. Pediu, implorou, mendigou, mas… necas de catibiribas! Sem dim-dim ou um celular, um radio, uma bicicleta, uma moto ou  outro objeto de troca… não há drogas!

Às dez da manhã Lincon voltou a atormentar a família. Foi ao boteco do pai, pegou a irmã Daniele Rodrigues pelo pescoço e jurou que separaria sua cabeça do corpo se ela não lhe desse dinheiro para drogas.

– Me dê o dinheiro, eu quero pedra… – dizia desesperado!

O pai, Luiz Roberto de Lima Brandão, naturalmente tentou salvar a filha das garras do filho fissurado mas acabou estatelado ao chão após um violento empurrão.

Os homens da lei foram chamados e o nóia desceu com pulseiras de prata no taxi do contribuinte para a DP. Tanto a irmã com o pescoço ardendo quanto o pai, meio esfolado, manifestaram expressamente o desejo de processar Lincon pelo crime de lesões corporais, de acordo com a Lei Maria da Penha. Ele até que poderia se livrar solto para responder o processo em liberdade, mas quem não tem 5 pratas para comprar uma pedra bege fedorenta, não tem R$622 reais para pagar a fiança. O que a nova lei antidrogas não fez, Maria da Penha fez… Mandou o nóia para o Hotel do Juquinha.

Esta é a triste rotina de famílias, cujo jovem filho ou filha, numa curva qualquer da vida conheceu, experimentou e abraçou a droga… E tem incautos que ainda acha que deveria ser liberada!!!