Lista de presentes da velhinha

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Dona Gigi, 84 anos, entrou na farmácia do Jesus na Comendador Jose Garcia, tirou da bolsa um papelzinho todo enroladinho, desenrolou lentamente, pediu uma caneta emprestada e desfiou o rosário de perguntas enquanto ia colocando um ‘x’ na frente de cada item:

– Vocês tem analgésicos?

– Temos sim, senhora.

– Vocês tem remédio contra reumatismo?

– Temos sim, senhora.

– Vocês tem pomada antirruga?

– Temos sim, senhora.

– Vocês tem bicarbonato?

– Temos sim, senhora.

– Vocês tem antidepressivos?

– Temos sim, senhora.

– Vocês tem remédio para memoria?

– Temos sim, senhora.

– Vocês tem fralda para adultos?

– Temos sim, senhoooora…!

– Vocês tem…

– Minha senhora! Aqui é uma farmácia, nós temos isso tudo. Qual é o seu problema?

– É que eu vou me casar com meu noivo Janjão, de 90 anos… E nós gostaríamos de saber se podemos deixar nossa “listinha de casamento” aqui com vocês…!

 

“Minutos de Sabedoria”…

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“Se você não sabe perdoar sem esquecer, é sinal de que não compreendeu ainda a verdade e o caminho a seguir.

Procure perdoar e esquecer as magoas e ofensas, as intrigas e calunias.

Mantenha-se em tal atitude que nenhuma calunia o possa atingir.

Perdoe e siga seu caminho.

Quando o caluniador abrir os olhos, você estará tão distante dele, que não poderá mais ouvir sua voz cheia de veneno”.

 

Tenham uma iluminada semana…

Neco Paturi, o caloteiro de Monte Sião

Monte Sião

Em minha curta passagem pela capital das malhas – foram apenas três meses antes da ‘primeira’ aposentadoria – colecionei fatos inesquecíveis! Morando de segunda a sexta no alojamento da DP e comendo de restaurante ao lado da igreja comecei ganhar peso e então passei a fazer caminhadas. Ia todos os dias até o bairro dos Francos em Aguas de Lindoia pela estrada vicinal e voltava pela rodovia passando pelo C.T. do Oscar. Como era horário de verão, depois da caminhada pegava a velha Honda ‘Duty’ branca e subia nas montanhas em volta da cidade para curtir o por do sol. O Morro Pelado, com magnifica vista para outras seis cidades ao redor, estava se tornando meu quintal de casa. Em menos de três meses os sete ou oito assaltos a malharias nos fins de semana caíram a zero. Era raro o dia que não mostrava as pulseiras de prata para alguém… Só prisões insignificantes; ladroes pés-de-couve, “dimenor” e devedor de pensão alimentícia.

Mas, como os boatos andam mais do que “égua do chapadão”, logo surgiu a lenda de que havia uma “equipe de fora” trabalhando na cidade em horas mortas, combatendo a criminalidade. Isso assustou os meliantes das cidades vizinhas, especialmente do Estado de São Paulo, que preferiram esperar a poeira baixar! A temível ‘equipe de fora’ era eu e o bate-pau Nilson, funcionário emprestado da Secretaria de Saúde, que conhecia cada ruela da cidade e cada pé de Ipê que margeia as infindáveis e muito bem cascalhadas estradas do município, mas que era incapaz de fechar uma pulseira de prata nos punhos de alguém. Tem até um fato pitoresco que ilustra isso… Semanas antes da minha chegada foram ele e o delegado Watson prender um suspeito. Dito Cabrito resistiu à prisão e entrou em luta corporal com o delegado! Rolaram na poeira e caíram ambos em um barranco na periferia da cidade, mas o delegado mesmo com o pé-quebrado conseguiu segurar Cabrito pelo chifre. Seu filho, com 17 anos na época, fechou as pulseiras de prata nos punhos do prisioneiro. Enquanto tudo isso acontecia, Nilson, o ‘policial ad-hoc’, meu futuro parceiro, permaneceu com o traseiro colado no banco da viatura assistindo passivamente à luta do bandido com o delegado! Watson passou o mês seguinte sem poder prender ninguém… Usando muletas e um grosso gesso no pé…! Às vezes eu levava comigo o professor Clovis, que, a exemplo de Nilson, desviado de função, trabalhava na DP como Vistoriador de Veiculo. Ele também não era muito dado a prisões, mas falava grosso e se impunha! Clovis, culto, bom gosto para musica, respeitado, mostrou-me todos os bons alambiques da redondeza; desde o “Galo Branco” em Socorro, “Engenho do Barreiro” em Lindoia à famosa “Moreninha”, na divisa com Jacutinga! Não que abraçássemos com tanto ardor a sedutora Severina do Popote, mas ‘uma garrafa de boa cachaça abre facilmente qualquer porta em Belo Horizonte’…!

Foi na Capital das Malhas que no final de uma ensolarada manhã eu ouvi uma das frases mais significativas – e mentirosas – da carreira; depois de meia dúzia de prosa com o delegado Watson Vieira Pinho – e ouvir o que não esperava… – o delegado regional que havia me mandado pra lá a toque de caixa sem sequer olhar na minha cara, chamou-me ao gabinete e disse solenemente:

– Vou te levar de volta para Pouso Alegre… “Preciso de você para dar um pouco de dignidade à Policia Civil na cadeia de lá”.

Eu naturalmente agradeci – o falso elogio – e repeti mais ou menos o que dissera em seu gabinete no dia 06 de outubro, após o sepultamento do Inspetor Angelo…

– Sou funcionário do Estado de Minas, chefe… Daqui até Itacarambi está bom p’ra mim! Porém, vou trabalhar mais trinta e cinco dias, sair de férias em janeiro e me aposentar…!

Aposentei, voltei ao trabalho e exato um ano e meio depois, o mesmo delegado regional, depois de me mandar novamente “à toque de caixa” para Santa Rita, teria dito em reunião com a tiragem…,

– Fulano é um safado! Ele estava denegrindo a imagem da policia na cadeia!

Se mereço ou não os epítetos, tanto o elogioso quanto o injurioso, perguntem ao delegado Chefe de Departamento Jose Walter da Mota Matos, responsável pela sindicância! – Que eu fiz questão que fosse instaurada.

Mas essa já é outra historia! O alvo desta breve crônica é o ‘quarteto’ Neco Paturi, inadimplente de pensão alimentícia, seu pai Roberto e o facão Tramontina, o netinho ‘x9’ chorão e meu fiel ajudante Nilson Pé-de-couve…

Ao abrir a porta da delegacia na manha do dia 26 de novembro de 2004, há 35 dias da sonhada aposentadoria, deparei com um rapaz que dizia saber do paradeiro do depositário infiel, com o qual tinha uma pendenga de carro pago com cheque sem fundos. Era preciso levar o depositário às barras da justiça para desembaraçar o imbróglio! Tomamos café e fomos a um sitio no município de Jacutinga. Eu, o interessado na prisão e meu parceiro Nilson “Bate Pau”, policial “ad-hoc” – desculpe o termo cacófono – cagão que só ele! Quando descíamos a MG 459 ele começou choramingar;

– Ô Chips, é melhor a gente pedir apoio ao pessoal de Ouro Fino… O velho é perigoso!

Como seguro morreu de velho, talvez ele tivesse razão! Mas enfrentar toda a burocracia às oito e meia da manhã para mobilizar uma equipe de policiais de outra Comarca para prender um depositário infiel!? Achei meio esdrúxulo. Além do mais, nem tínhamos certeza da precisão da informação. Sem contar que o tempo poderia conspirar contra nós! Quando chegamos ao portão da chácara meu ‘intrépido’ companheiro sugeriu:

– Ele me conhece… Se ele me ver vai querer fugir. É melhor eu ficar aqui na entrada… Se correr para cá ‘eu pego ele’!

Entrei no jardim da bela chácara, ouvi ruídos de esmeril e não demorei avistar meu procurado. Ele estava numa casinha de ferramentas amolando um imenso facão tendo ao seu lado um garotinho de 4 ou 5 anos. Quando levantou os olhos do esmeril, eu e o credor estávamos há dois metros dele. Sabendo do que se tratava, Roberto continuou prolixamente amolando o facão ao som estridente do esmeril que soltava faíscas para todo lado. Quando se deu por satisfeito, desligou o motorzinho e saiu lentamente da casinha com o facão ainda quente em minha direção, testando o corte da lamina…! – Sutil ameaça! – Levantei levemente a barra da calça deixando ver o cabo do trezoitão e falei;

– Facão Tramontina pega fio fácil, né? –

Sem ouvir qualquer resposta ou pergunta, acrescentei:

– Sr. Roberto, estou precisando do senhor lá na delegacia de Monte Sião… – E pedi a ele que colocasse o facão – agora com o corte azulado – sobre uma bancada de madeira, ao mesmo tempo em que estendia-lhe o par de pulseiras de prata. Por uma razão que só vim compreender depois, ele não questionou. Parecia ter pressa de ser preso! Quando eu coloquei-lhe as algemas o garotinho que estava a seu lado desandou a chorar e perguntou;

– Você vai prender meu pai também…?

O “pai” a quem o garotinho se referia, deduzi de imediato, devia ser Neco Paturi, muito mais urgente prender do que o avô Roberto! Neco Paturi era um tremendo caloteiro de Pensão Alimentícia. Se pensão fosse luz! ele dormia no escuro há mais de ano! O jovem de 26 anos vivia fugindo da PM como o vampiro foge da réstia de alho! Para escapar das pulseiras de prata e continuar sem prover a prole, ele não respeitava fronteiras!  Certa vez pulou do terceiro andar do apartamento da mãe atrás do cemitério, numa laje, dali saltou para um quintal e conseguiu dobrar a serra do cajuru – contavam os boateiros de plantão!

Em nenhum momento estivéramos pensando na possibilidade de encontrar por lá o ‘caloteiro de pensão’. No entanto, ao ouvir a pergunta do menino; “prender meu pai também”, a ficha imediatamente caiu. Deixei o velhote de uns sessenta anos, já peado, aos cuidados do credor e pedi ao garotinho que me levasse para a cozinha da casa a pretexto de beber um copo d’água. Ele me acompanhou relutante. Um tanto por sair de perto do avô, outro tanto arrependido da pergunta que fizera! Apesar da tenra idade, já era ‘cobrinha criada’ e percebeu que cometera um vacilo! Apelei para a psicologia…

– Em qual quarto seu pai está…? – Perguntei com fingido desinteresse.

Aos quatro anos, filho de peixe, peixinho é… O garotinho já estava escolado. Continuou rezingando e não disse nem uma palavra que me levasse a seu pai. Mas a pergunta que escapou lá fora na porta da oficina fora suficiente. Vasculhei quase todos os cômodos da casa… Sem sucesso! Quando chequei no ultimo quarto que ficava à oeste, portanto ainda com as sombras da manhã, percebi que debaixo da cama estava mais escuro do que o normal. Mas não identifiquei o fujão. Para evitar sustos e incidentes, afinal Neco Paturi, embora não fosse criminoso, era procurado pela justiça! Ele poderia tentar levantar voo! Ou pior… Poderia usar algum instrumento – talvez um revolver enferrujado calibre 32! – contra mim para evitar a prisão… Cerquei-me de cautela! Durante todo esse tempo meu ‘eficiente’ parceiro continuava na estrada, protegido atrás de uma moita de cipreste! Ele não se dignara a descer à chácara nem para saber se eu ainda estava vivo! Telefonei pra ele! Quando ele chegou, determinei que se posicionasse do lado de fora da janela e acrescentei em tom alto e claro;

– Quando eu levantar o colchão da cama, atire no primeiro ‘objeto’ que se mover!

Eu estava preparado para ver a cara do sujeito surgir debaixo da cama. Mesmo assim o suspense me traiu… Quase disparei o trabuco de susto quando vi aquele baita homem magrelo estirado de costas no canto do quarto! Matamos dois coelhos com uma só cajadada naquela manhã. Prendemos pai e filho. De quebra levamos junto o neto pirralho chorão delator. Tentei pagar pra ele um sorvete em agradecimento por ter entregado de bandeja a cabeça do pai… Mas ele, desde que percebera o vacilo, ficou emburrado e não abriu mais a boca… Exceto para choramingar!

O liso Neco Paturi, que até então eu não conhecia, passou mais de uma semana no X-1, esperando seu advogado selar um acordo com a ex para quitar os débitos alimentícios. Ele era comerciante informal de carros e motos… Precisou desfazer de alguns para pagar a pensão devida há mais de ano!

A bela Monte Sião, cujos ciprestes do jardim central, carinhosamente bem podados e cuidados, imitam capivaras, elefantes, ursos, ‘paturis’  e outros bichos, marcou época…!

 

 

Simplório & Finório voltam a atacar em Pouso Alegre

'Seu" João foi abordado na famosa e movimentada Avenida Ver. Antonio da Costa Rios sob o sol quente da manhã

‘Seu” João foi abordado na famosa e movimentada Avenida Ver. Antonio da Costa Rios sob o sol quente da manhã

João, morador do velho Aterrado, disse que voltava do banco com a guaiaca recheada; R$ 3 mil, quando um guampudo simplório, com cara de ‘pelamordeDeus’, se aproximou e pediu ajuda para receber um premio de loteria. Como sempre, antes que ele explicasse que não estava interessado, apareceu Finório, moço de lábia fina, bem trajado e foi logo se oferecendo para ajudar Simplório a sacar seu premio na Caixa… Desde que ele lhe desse uma pequena porcentagem! Antes porém, foi aconselhando a falarem baixo, para não despertar a atenção de possíveis vigaristas que poderiam querer tomar seu dim-dim!

Conquistada a confiança do ‘seu’ João, Simplorio, o dono do bilhete ‘premiado’ prometeu dar a gorjeta em troca da ajuda, desde que fosse repartida entre os dois. Como sempre acontece nessa modalidade de golpe, Simplório pediu então uma prova de confiança… Ambos, ‘seu’ João e o moço fino de fala fácil, deveriam deixar com ele algum dinheiro que carregavam!

Sem problemas. Finório rapidamente exibiu um pacote de dinheiro bem dobradinho dizendo que eram dez mil reais que estava indo depositar no banco. – Desnecessário dizer que no pacote havia apenas uma nota de R$50. O resto era papel milimetricamente cortado, dobrado e amarrado com elástico! – Seu João, que a dupla estivera observando sacar os três mil reais no banco minutos antes, diante da possiblidade de multiplicar seu dim-dim por dez, também entregou suas economias, resultado de mais de quarenta anos de trabalho. E foram os três para a Caixa econômica sacar o premio do bilhete da quina. Foram no carro do Finório, ressabiados, conversando baixo para ninguém saber que levavam na algibeira um bilhete de R$ 300 mil. Até no ultimo momento usaram um argumento convincente para ludibriar o bom velhinho;

– Fica o sr. na fila de idosos, ‘seu’ João, assim seremos atendidos mais rápido – disse o esclarecido – e cara de pau – Finório!

Antes de chegar ao caixa ‘seu’ João percebeu que a dupla “Simplorio & Finório” não estava mais ali… Havia dobrado a serra do cajuru! Com eles dobrou também a sacolinha com os três mil reais que havia sacado uma hora atrás no banco do Brasil!

O enésimo “Conto do Vigario” foi registrado pela filha do ‘seu’ João muitas horas depois, ao pé da noite desta segunda,31, na DP.

Deu pena do ‘seu’ João! Mas é sempre bom lembrar que, se ele tivesse recusado os 10% do bilhete premiado, seu rico dinheirinho poderia estar agora esquentando debaixo do seu colchão…

P.A.F.C. vai promover eleições no dia 15 de maio

Os Dragões do Mandu já podem preparar as faixas e a 'charanga'...

Os Dragões do Mandu já podem preparar as faixas e a ‘charanga’…

       A tão sonhada eleição para a Diretora Executiva e Conselho Deliberativo do famoso Rubro Negro do Mandu, o “Dragão” do Sul de Minas, acontecerá no dia 15 de maio, dia em que o clube completa exatos 100 anos e meio! A decisão foi anunciada com exclusividade a este blogueiro no final da noite desta segunda, pelo eterno presidente do clube, em sua residência, na Comendador.

Ao chegar da costumeira ‘pelada’ ontem à noite havia um recado bombástico me esperando em casa;

– O presidente do Conselho Deliberativo do Pouso Alegre Futebol Clube ligou a pouco mais de meia hora e disse que gostaria de falar com você ainda hoje sobre as eleições no clube. Ele disse que está te esperando em casa…

Ao ver o recado anotado pela babá, naturalmente duvidei… Claro, só podia ser brincadeira de algum amigo querendo falar comigo. Como não lembrava da pessoa pelo numero resolvi ligar…. Surpresa! Do outro lado da linha a voz, embora ligeiramente cansada e ofegante, continuava inconfundível! Aquele ‘meu prezado’, que muitos diziam que equivalia à frase resumida na três letrinhas ‘fdp’, eu ouvira dezenas de vezes e, confesso, não tinha saudades! Mas era mesmo a voz suave, polida e convincente do eterno presidente do ‘Pousão’…! Ele estava me esperando em sua mansão para falar de futebol… Se eu estivesse interessado!

Em 2016 a campanha histórica do time de 1990 já poderá se repetir...

Em 2016 a campanha histórica do time de 1990 já poderá se repetir…

Enquanto esfregava o shampoo ‘Men’ ‘grisalhos a brancos’ durante o banho, o curto diálogo com o presidente do Dragão do Sul de Minas no minuto anterior, me levou numa rápida viagem pelo tempo, quando o futebol amador de Pouso Alegre era o mais exuberante do Estado, reconhecido e aclamado pela Federação Mineira de Futebol.

Estávamos reunidos na sede da LEMA na Dr. Lisboa para tratar do calendário daquele ano, quando recebemos um telefonema;

– O PAFC está de portas abertas para a Liga Esportiva… Gostaríamos de discutir uma parceria entre o clube e a entidade-mãe, visando o crescimento e fortalecimento de ambas… Seria um prazer receber os diretores da Lema em minha casa neste momento – dizia o sempre polido presidente.

       A discussão regada a vinho branco e uma infindável variedade de queijos, de parmesão a suíço, – o Gorgonzola alguns colegas deixaram num canto da baixela  por causa do aspecto… pensando que estava estragado – varou a tarde e adentrou a noite. Quando olhamos o relógio, percebemos que naquele momento o desfile de carnaval já havia tomado a Dr. Lisboa. O Fiat 147 do tesoureiro Jose Laurindo – aquele mesmo que ele havia ganho em uma rifa – já havia sido guinchado pela policia. Nada que um telefonema do todo poderoso presidente do PAFC não pudesse resolver. Saímos de sua mansão por volta de 23h00 daquela sexta feira de carnaval de 1987 com sorrisos de orelha a orelha! Levávamos uma maleta abarrotada… de promessas! O então presidente que fora eleito em 85 só não nos entregou a chave do portão do velho estádio da Lema! Nos seis anos seguintes conviveríamos com uma realidade bem diferente. Totalmente adversa daquilo que fora dito na reunião que apelidamos de “reunião do guincho”! Até mesmo as requisições legais feitas pela liga – entidade-mãe do clube – para  eram negadas. O eterno presidente chegou ao cumulo de mandar o chefe do policiamento retirar o Presidente da liga das cadeiras reservadas às autoridades à qual ele tinha direito como Representante da Federação nos dias de jogos!

A reunião desta vez foi mais curta. Foi regada a Cappuccino e pão de queijo – só eu e ele – … Mesmo assim ultrapassou as dozes “badaladas notúrnicas”. O eterno presidente demonstrou bem menos ufanismo ao falar do seu plano de ‘entregar’ o clube do qual detém o poder e a posse nos últimos 29 anos. Visivelmente cansado, falando pausadamente e às vezes com grandes intervalos, foi logo à parte mais importante da conversa;

-… Vou realizar eleições gerais no clube! Vou entregar a Diretoria Executiva e o Conselho Deliberativo…

– E quando serão essas eleições…?

– Será publicada nos principais órgãos da imprensa da cidade nos próximos dias, inclusive no seu blog… Você é o primeiro a saber! A data já está marcada: 15 de maio.

– E porque 15 de maio?

– Por três motivos: Primeiro que é uma data histórica, quero dizer, meio histórica… Eu queria ter realizado esta eleição no dia 15 de novembro passado quando o clube completou 100 anos, mas não foi possível. Agora, no dia 15 de maio o clube completa ‘cem anos e meio’…

– Mas…

Ha anos o Estadio da Lema está abandonado...

Ha anos o Estadio da Lema está abandonado…

– O segundo motivo, é que eu estava aguardando a definição do comprador do estádio da Lema…

– Espere… espere, o Sr. vai vender o Estádio…?

-… Deixe-me concluir, meu prezado! Desde o meio do ano passado venho mantendo negociações com um executivo de uma multinacional… Eles tem interesse em adquirir o terreno pertencente ao clube para construir ali um mega Shopping e um conjunto residencial! O negocio somente foi definido na semana passada.

-…  Por acaso, qual seria o valor dessa transação…?

– Onze milhões de dólares… Cerca de 25 milhões de reais!

-… Não estou conseguindo acompanhar o raciocínio, presidente! O que tem a ver a venda do terreno da Comendador com a eleição?

-… Vamos ao terceiro motivo!  A venda do estádio tinha que ‘casar’ com a compra de um terreno para a construção do “Centro de Treinamento” do clube. Isso aconteceu também esta semana… E o mais importante de tudo, quero entregar o clube em atividade, como peguei em 85! Por isso eu tinha que concluir os negócios da venda do estádio, aquisição do terreno e montagem do plantel para voltar a disputar os campeonatos da Federação Mineira…

– O Sr. está dizendo que tem também um time pronto para disputar a Segundona do mineiro…?

-… Um plantel inteiro, com tecnico e tudo! Pronto para entrar em campo. Um plantel que fez bonito no campeonato mineiro da primeira divisão este ano e que, eu tenho certeza, ascenderá ao Modulo B no final do ano…! Em 2016 o P.A.F.C. estará recebendo outra vez os ‘grandes’ de Minas no Manduzão…

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– O Sr. está falando do …?

– Tombense! Já acertei com a diretoria… O time com 15 jogadores e Comissão Técnica ficará à disposição do Pouso Alegre até o final do ano. Pretendo manter um plantel de 25 jogadores. Os outros dez serão recrutados do futebol amador da cidade. Tenho um ‘olheiro’ infiltrado na ‘Copa Coe’ observando estes jogadores.

– Mas se o Sr. ‘tem’ mais de vinte milhões na mão, um centro de treinamento e um clube praticamente campeão, porque vai realizar eleições e entregar o comando do clube? O Sr. vai concorrer à eleição?

– Não meu prezado… Eu não vou concorrer à eleição. Estou velho, cansado como você pode ver… Continuo apaixonado pelo P.A.F.C., mas não tenho mais aquela disposição de vinte anos atrás para dirigi-lo. A cidade… o torcedor merece um grande time profissional…! Eu fiz muito pelo Pouso Alegre! Mas fui também muito criticado…! Quero entregar um time melhor. Mais bem estruturado do que peguei… Este será meu legado!

– E as dividas do clube…?

-… São pequenas perto do valor do patrimônio do clube. Eu já paguei quase todas. Só quero o ressarcimento do que paguei! Não chega a meio milhão…

– Pelo Estatuto do Clube somente os sócios em dia com suas obrigações poderá concorrer a esta eleição…

-… O clube não realiza eleições regulares a muitos anos. O próprio clube está irregular… A eleição terá que ser acompanhada e homologada pelo Ministério Publico. Qualquer um poderá concorrer à eleição… Até você, meu prezado!

O histórico estadinho será vendido para uma multinacional para virar Shopping ...!

O histórico estadinho será vendido para uma multinacional para virar Shopping …!

– Presidente, confesso que ainda estou meio atônito… Desde a década de 80 acompanho – a meia distancia – o P.A.F.C… Em todo este tempo o clube esteve em suas mãos – ou da sua família – ora na presidência do clube, ora na presidência do Conselho Deliberativo, mas sempre dando as cartas… Deixe ver se eu entendi bem: O Sr. está vendendo o Estádio da Lema por onze milhões de dólares, está comprando um terreno nos arredores da cidade para construir um CT, está com um time montado para disputar e vencer a Segunda Divisão e vai realizar eleições gerais no clube no dia 15 de maio? É isso mesmo? E qualquer um poderá concorrer a estas eleições?

-… E você é o primeiro a saber, meu prezado!

– O Sr. tem ideia do tamanho da alegria que este seu gesto de … generosidade, vai causar nos desportistas de Pouso Alegre?

– A minha alegria será maior do que a deles…!

– Posso publicar esta noticia Presidente?

– Foi para isso que eu o convidei…

– A proposito, porque eu, com exclusividade!

Neste momento o eterno presidente, sempre altivo, sempre dono da situação, baixou os olhos…

– Não sei bem… Talvez eu deva isso a você! Você vai entender…

Naquela noite de sexta feira de carnaval de 1987 o presidente do P.A.F.C. prometeu um casamento perfeito entre o futebol amador e o profissional… O namoro não resistiu nem ao carnaval!!! A conjuntura econômica, politica e esportiva é totalmente diferente, hoje. Será que desta vez o “eterno presidente” vai abrir mão da noiva e dar o passo decisivo para o gol?

Se no dia 15 de maio, aos cem anos e meio, acontecer a tão sonhada eleição – transparente – já será uma goleada! A imensa galera rubro negra adormecida vai delirar…!!! No Ano da Copa o torcedor manduano tem dois motivos p’ra ir pra rua, sacudir as bandeiras e bebemorar…!!!

Bem… Como voce meu estimado leitor deve ter percebido, essa é uma reportagem de “Primeiro de abril”!!! E foi publicada no dia primeiro de abril de 2014. Era um sonho. Mas agora vai se tornar realidade…!!!

O Pouso Alegre vai realizar eleições gerais… Dentro de 60 dias!

Vamos falar sobre isso nesta sexta-feira 18, na Super Radio 90,9 FM, a partir das 09:30h. Eu , Jose Henrique, Miriam Moraes de Paula da Pinta…! Depois ‘atualizarei’ esta matéria, agora real!

‘Um puta’ bandido e ‘um porra’ policial

Ao voltar de três meses de ‘ferias premio’, por castigo – pois na concepção da chefia eu não deveria tirar férias! – fui mandado pra rua… Para trabalhar. O que aliás foi o mesmo que jogar o sapo na agua… Eu estava morrendo de saudade da rua! Na ocasião eu ainda conservava meu HO 38, mais enferrujado do que niquelado, que o inspetor Angelo havia me depositado informalmente em 1981. Algemas no entanto! nem pensar! Se tivesse que prender alguém eu que me virasse com o cinto, cordas, embiras ou qualquer coisa que servisse para imobilizar as mãos do meliante!

Numa bela manhã de outono, subia eu a Prefeito Olavo Gomes de Oliveira, quando na curva do japonês o tirocínio deu o alerta… Defronte o Posto Pantanal descia um sujeito de bicicleta! Ao avistar o golzinho preto & branco 6252 na curva, o sujeito que vinha na banguela puxou a aba do chapelão de palha na cara tentando cobrir o rosto. Meu parceiro Rogerinho, com poucos meses de policia e seu sotaque paulistano nem se deu conta do ‘detalhe’. Mas eu, policia ‘véio’, notei o gesto discreto do chapeludo e mantive os olhos grudados nele. Quando passou por nós ele deu uma discreta olhadinha…! para conferir se estavam procurando por ele ou talvez apenas para ver se eram policiais conhecidos! Diminui a marcha e continuei com os olhos grudados no chapeludo, pelo retrovisor…! Defronte o Vinicius Meyer ele deu uma discreta olhada para trás…! Estava devendo !!! Antes que ele virasse a próxima esquina para entrar no Costa Rios, eu invadi a pista contraria, passei pela borda do posto do Armando e desci de volta em direção ao aterrado! O moço – que eu não sabia quem era – tinha culpa no cartório! Teve inicio uma curta, mas alucinante perseguição. O chapeludo entrou na primeira esquina! Eu entrei na segunda…! Mesmo assim, apesar de estar pedalando, ele tinha vasta dianteira e saiu na minha frente na esquina da primeira rua do Costa Rios paralela à Avenida Ver. Antônio Costa Rios…! Emparelhei com ele.

O que aconteceu nos minutos seguintes eu nunca soube definir se foi cômico ou trágico! Quando virei a viatura cantando pneu e iniciei a perseguição, naturalmente comentei com o novato Rogerinho que se tratava de um suspeito em potencial…! A sacolinha que ele levava presa ao guidão da bicicleta na mão esquerda poderia ser um tijolo de maconha, uma res furtiva qualquer! Ou então o chapeludo era fugitivo! Por isso, tão logo iniciamos a perseguição, Rogerinho empunhou o trezoitão… Quando emparelhei, ele optou pela minha esquerda… Aí é que estava o perigo! Enquanto eu tentava ‘fechar’ o biker fujão, Rogerinho gritava histericamente com seu sotaque paulistano:

– Para mano! Porra meu, não tá vendo que é cana, caralho… Para senão eu vou atirar, meu! Porra mano!

Em outra circunstância eu daria gargalhada do palavreado do parceiro, mas naquele momento não dava… Enquanto dava ordens para o bandido como se estivesse numa ruela centenária da Mooca, Rogerinho sacudia sem parar o trabuco para o fujão! O problema é que entre ele e o fujão estava eu ao volante! Mais precisamente minha cabeça! Enquanto ouvia:

– Porra meu, tá maluco mano! Eu vou atirar caralho… – Eu podia ouvir o roçar do cano do 38 niquelado ora na minha orelha, ora nos meus cabelos!!! O clímax da perseguição aconteceu na penúltima esquina do bairro antes de virar para entrar no Aterrado pela porta dos fundos! Quando ele vacilou para entrar à esquerda eu encostei o para-choque do gol na traseira da bicicleta e o joguei ao chão! Neste momento Rogerinho quase se apoiou no meu ombro com o revolver encostado no meu peito, para alvejar o fujão! Se ele puxasse o gatinho, pelo menos meu bigode ficaria chamuscado…!

Disposto a não se deixar prender o suspeito levantou do chão e correu na direção contraria! Aliás ele mal tocou no chão quente do asfalto! Tive tempo apenas de retirar a chave da ignição e saí fungando no seu cangote! Apesar de cansado, pois pedalara freneticamente os últimos duzentos ou trezentos metros, o suspeito era bem mais alto do que eu e, portanto suas pernas lhe davam vantagem na corrida. Alguns metros atrás de mim vinha meu intrépido parceiro desfiando a mesma ladainha com sotaque paulistano…;

– Porra, meu, não respeita policia não, caralho? Vou atirar, maluco… Vai parar ou não?

Parou! Não de medo das ameaças do policial ‘mano’, mas parou! Parou quando eu coloquei uma das mãos suadas na sua…

 

Para continuar endo essa historia, acesse [email protected]

 

Você gosta de peladas?

Imagem ilustrativa

 

Nosso plantel está formado há vários anos. No entanto, devido às contusões dos atletas Vander, Valdecir, Fernando e Beiçola, estamos desfalcados. Por isso estamos convocando substitutos.

A partir desta segunda, 31 de março, os jogos voltam a ser realizados na quadra “Bola na Rede”, atrás da Auto Peças Comendador. Será a re-estréia da quadra, agora totalmente reformada e coberta!

Você tem mais de 18 anos e ainda consegue correr atrás da redonda, está convidado a integrar nosso plantel. Além da mensalidade que deverá ser paga toda primeira segunda feira do mês, a única exigência que fazemos é que você “não seja crac”... É que só temos uma bola e os demais peladeiros também querem participar do jogo! Além do que, não queremos correr o risco de, depois de algumas semanas, perdê-lo para a seleção do Felipão.

Portanto, se você aceitar as condições e quiser brincar com a gente às segundas das 7 às 8, ligue-me… 9202-7281.

Inteligência corta comunicação com Hotel do Juquinha

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O hospede do Hotel do Juquinha, Giovane Naves Tavares não é o único a ficar sem comunicação com o mundo externo no momento. Outros dezesseis presos ficaram falando com as paredes. É que os aparelhos que foram deixados nos ‘arredores’ do presidio, foram interceptados pelos agentes. Na quarta feira, 26, os agentes do Setor de Inteligência do presidio captaram uma informação dando conta de que naquela noite os presos receberiam uma grande leva de aparelhos celulares. O diretor de Segurança, Alexandre Gomes Alves então distribuiu seus homens estrategicamente nas cercanias do estabelecimento prisional e ficaram atentos para a chamada dos aparelhinhos. A encomenda não chegou ao seu destino, mas ficou à disposição, no pátio externo do presidio, entre uma cerca de alambrado e outra. Na manhã desta quinta a primeira providencia da chefia de segurança foi ‘varrer’ as imediações. Lá estavam os aparelhos e parte dos respectivos carregadores; dois pequenos embrulhos continham dois aparelhos cada, e um maior, protegido por espuma, continha 12 aparelhos celulares! Para ter certeza de que nenhum chegara ao seu destino, o diretor Alexandre determinou a  varredura de todo o Pavilhão II do ‘hotel’. No apartamento do hospede Giovane Naves Tavares foi encontrado um aparelhinho. Ele assumiu a paternidade do aparelho ‘penetra’ mas não disse quem o enviou e nem quando recebeu.

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A comunicação do encarcerado com o mundo externo serve entre outras coisas, para mantê-lo informado sobre os passos da policia. Mas serve principalmente para comandar o trafico de drogas de dentro dos presídios, além de ordenar execução de desafetos – inclusive policiais – e outras desordens. Apesar disso, portar aparelho celular no interior do presidio não é crime. O preso que for pilhado nesta situação incorre em “falta disciplinar grave” e sofrerá as seguintes sanções disciplinares, apenas;

– Perda da visita de familiares durante 30 dias e

– Perda do banho de sol por 30 dias

E poderá também, a critério do Juiz da Execução Penal, perder alguns benefícios processuais tais como saidinhas de 7 dias – Dia das Maes, Dia dos Pais, Dia da Criança, Natal, etc. e atrasar a progressão dos regimes prisionais.

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Giovane Naves Tavares, o hospede que assumiu  a ‘paternidade’ do celular encontrado em sua cela, está recolhido ao Hotel do Juquinha desde o dia 29-11-2013, por crime de ameaça com ‘tempero’ da Lei Maria da Penha. Para o diretor Alexandre, o aparelho apreendido na cela deve ser de outro…

– Giovane é pé de couve, deve ser apenas o ‘laranja’…!

Laranja, mixirica ou limão, o fato é que sua estadia no Hotel do Juquinha azedou!!! A direção do ‘hotel’ quer saber agora quem se embrenhou no matagal na calada da noite para fazer a entrega dos dezesseis celulares que foram ‘barrados’ no alambrado e principalmente, a quais presos eles se destinavam!

 

Esta foi a primeira apreensão digamos, vultosa, neste ano. Em 2013 foram 70 celulares e carregadores. Trinta só no fim do ano.

– Enquanto você é uma cabeça pensante tentando evitar a entrada de objetos e drogas no presidio, nós somos 630 pensando em como burlar essa vigilância – Teria dito um preso ao diretor dias atrás!

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É verdade. Mas no momento o placar está favorável à direção do Hotel do Juquinha…!

Gilson, o delegado triatleta de Pouso Alegre

Minha 'magrela' de R$2,5 mil 'sumiu' no meio dessas maquinas!!! - Diz delegado atleta ( de camisa verde)

Minha ‘magrela’ de R$2,5 mil ‘sumiu’ no meio dessas maquinas!!! – Diz delegado atleta ( de camisa verde)

Apesar de dispor de pequena quantidade de policiais para investigar os crimes relacionados a drogas em Pouso Alegre, a delegacia dispõe de muita qualidade! Especialmente no que diz respeito ao preparo físico…! O veterano Teobaldo, um dos jogadores de futebol amador mais conhecidos e atuantes da cidade, joga peladas tres vezes por semana com vigor e disposição de causar inveja a muitos jovens. O garoto André, um dos jogadores mais completos nos fundamentos do futebol, só não joga sete dias por semana porque a faculdade – e a namorada! – não deixa. Mas o mais surpreendente atleta da equipe especializada no combate ao trafico de drogas, é o chefe Gilson Beraldo Baldassari! O delegado que combate o vicio das drogas, também é viciado… Em atletismo! Ele admite que não consegue ficar um dia sem praticar esportes. É corrida de resistência, natação, ciclismo, tae-kwon-do… E vez por outra participa de competições oficiais Brasil afora!

Neste fim de semana Gilson Baldassari, que comemorou mais de 50 primaveras – participou do tradicional “Troféu Brasil de Triátlon” na cidade litorânea de Santos.

– A prova mais difícil foi a natação… Chovia muito em Santos e o mar estava muito agitado! Foi difícil nadar os mil e quinhentos metros – Disse ele.

Os dez quilômetros à pé e os vinte de bicicleta, provas que Gilson pratica todos os dias – em que não está de plantão ou correndo atrás de traficantes! – parecem ter sido fáceis, pois no final, entre centenas de triatletas na sua categoria, 50 a 54 anos, ele acabou chegando em 13º!

Chegada do Gilson

Apesar de praticar esportes todos os dias, a paixão começou tarde!

– Eu comecei praticar e tomei gosto pelo esporte no exercito, em 79. Depois que deixei o exercito continuei praticando… Na ocasião o irmão Rhino, do Colegio São Jose, montou uma equipe para representar o colégio e a cidade de Pouso Alegre no atletismo no Sul de Minas. Tinha eu, o João batista Fernandes, o Moises, o Claudio, o Losqui , o Roberto… O professor Walter era nosso treinador e nos levava para todo lado para competir. Era um trabalho social que o irmão Rhino, apaixonado por esporte fazia pela cidade. Hoje eu sinto necessidade de praticar esporte todo dia… – Diz o delegado atleta.

Bandidos, tremei… Se a policia padece de quantidade, sobra disposição e qualidade física no combate às drogas! 

Patinho acha drogas na rua e leva para casa

Lucas Ferreira "Patinho II"  da Cunha: Faz duas semanas que eu achei a droga na rua e estou usando...

Lucas Ferreira “Patinho II” da Cunha: Faz duas semanas que eu achei a droga na rua e estou usando…

Policiais militares investigavam um roubo ao supermercado Paraíso, ao pé da noite de sábado, 22, quando depararam com o suspeito Lucas Ferreira da Cunha saindo de sua casa no velho Aterrado. Durante a abordagem o suspeito de 21 anos, figurinha fácil no álbum da policia, levava na algibeira apenas alguns trocados. Em sua casa ali perto, cuja entrada foi franqueada pelo próprio, alegando nada ‘dever’ e pela jovem Sara, namorada do seu amigo Alisson, debaixo da pia da cozinha, os policiais encontraram um saco sujo de terra com resquícios de erva marvada e farinha do capeta. No quarto, mocosado no interior de um travesseiro, havia R$ 450 e mais R$835 no interior do guarda roupa.

Questionado acerca do dim-dim e da droga, Lucas Ferreira, o Patinho II, alegou que a grana era proveniente da pensão deixada pela mãe. Já para o resquício da droga recém desenterrada do quintal, Patinho, embora use o apelido do irmão mais velho, foi mais original;

– Eu achei a droga na rua na semana passada e trouxe para casa, para usar…! Disse ele… sem ficar vermelho.

Lucas Ferreira Patinho II da Cunha é quase tão famoso quanto o irmão Júlio Cesar, o Patinho original – menino que vi crescer. Posou pela primeira vez para o álbum da policia em 2000, tão logo passou a “dimaior”. Até setembro do ano passado ele estava hospedado no Hotel do Juquinha.

Como o passado condena, o delegado de plantão não deu credito à sua conversa para boi dormir… Sentou o moço ao piano e o enquadrou no 33. Patinho II caiu como um patinho nas malhas da lei e voltou para o lar, doce lar, do Hotel do Juquinha.