Policia Civil desbanca quadrilha do “Binho”

Abimael Costa de Oliveira, o Binho: Além do mandado de Prisão ele foi pego com maconha em casa.

Abimael Costa de Oliveira, o Binho: Além do mandado de Prisão ele foi pego com maconha em casa.

Quando Cesar Milton de Souza, vulgo “Carudo” recebeu as  pulseiras de prata e foi morar do no Hotel do Juquinha, no dia 11 de abril, parecia que o trabalho da policia havia sido encerrado. E quem não foi preso continuou suas atividades nocivas distribuindo pedra bege fedorenta, farinha do capeta e erva marvada como se fosse a coisa mais natural do mundo.

No entanto o melindroso Ze Coruja, o mais eficiente amigo o oculto da lei, continuou abastecendo a policia de informação. No inicio do mês da copa, já com vasto dossiê em mãos, o delegado de combate ao trafico de drogas Gilson Baldassari solicitou ao Homem da Capa Preta o ‘mandamus’ para outros quatro traficantes residentes no velho Aterrado.

O bote certeiro e sem alarde foi dado na ultima quinta feira, 05, pelo detetives Teobaldo e André. Ao serem presos em suas residências, como se não bastasse a ordem judicial, Abimael Costa de Oliveira, o “Binho” e Cicero dos Santos Silva mantinham pequeno estoque da famigerada Cannabis Sativa de Lineu!

O comerciante Marcelo Ferreira de Lima, dono de marcadinho e padaria no velho Aterrado, conheceu as pulseiras de prata da lei na manhã de sexta, 06. Segundo as investigações da PC ele não se envolve diretamente no trafico, mas financia Binho e seus asseclas.

Carla Aparecida G. dos Santos: Ela foi á DP dar apoio a Binho e caiu nas malhas da lei!

Carla Aparecida G. dos Santos: Ela foi á DP dar apoio a Binho e caiu nas malhas da lei!

Cicero dos Santos Silva: Ele também foi pego com maconha.

Cicero dos Santos Silva: Ele também foi pego com maconha.

A prisão mais fácil e mais charmosa, para não dizer irônica, da discreta operação da PC aconteceu ainda na tarde de quinta. Ao saber da prisão de Abimael “Binho”, a jovem Carla Aparecida Gonçalves dos Santos correu para a delegacia de policia, para dar apoio ao namorado – aliás, há quem, diga extraoficialmente na DP, que Binho, usando seu direito constitucional de informar uma pessoa da família que estava preso, Binho teria chamado a namorada à DP. – Ao chegar a Delegacia de Policia Carla também recebeu as pulseiras de prata, pois havia um MP para ela também, como integrante da quadrilha!

O quarteto naturalmente jurou de pés juntos que era inocente, mas não teve choro e nem vela e nem fita amarela… Todos foram se juntar ao comparsa Cesar Milton “Carudo” de Souza no Hotel do Juquinha.

Marcelo Ferreira de Lima: Segundo investigações da PC ele seria o "financiador" da quadrilha.

Marcelo Ferreira de Lima: Segundo investigações da PC ele seria o “financiador” da quadrilha.

 

Uma Unidade de Saúde para inglês ver

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Embora seja critico ferrenho de “maus feitos & descasos” de toda e qualquer administração publica com o dinheiro dos nossos impostos, não costumo sair por ali fotografando tais mazelas para mostra-las aqui no blog. Até porque, se fosse fazê-lo, precisaria de mais do que vinte e quatro horas por dia e de mais espaço no blog para tal.

Mas… Tem algumas mazelas que gritam para serem mostradas! Algumas pulam na frente do nosso carro pedindo pelamordeDeus para serem estampadas aqui no blog. Esta semana mesmo, ao passar pela bela Avenida Policarpo Campos, o canteiro central pulou na frente do meu carro de braços abertos, aos gritos:

– Ei, você não é o Chips? É sim! Pelo sorriso sarcástico do Rock Hudson e pelos cabelos grisalhos do Richard Gere, eu te reconhecendo… Eu já te vi lá no blog…! Ô Chips, faz alguma coisa! Pede pra alguém cortar essa floresta aqui no nosso canteiro… Tá cheio de ratos, baratas, aranhas, cobras, lagartos, javalis, onças, rinocerontes…! As madames que fazem caminhada pela avenida tem medo de chegar perto da gente! O mato está muito alto… Pra conferir a silhueta ou o penteado das peruas que passam fazendo caminhada do outro lado, ou pra paquerar os gatos, elas têm ficar na ponta dos pés! Crianças não passam nem perto da gente…! Olha a tristeza das arvores sufocadas pelo capim braquiária e outras pragas…!

Bem, melhor deixar de lado por enquanto os jardins e canteiros das avenidas de Pouso Alegre! Porque se for emendar só os que estão abandonados “por conta do abreu”, dá pra ir até aquele famoso aeroporto de cargas e voltar ao centro da cidade!

Mas tem uma mazela da qual não posso deixar de falar. Aliás, a própria mazela já não fala mais comigo! Cansou de pedir providencias toda vez que surjo na esquina a caminho da escola do meu filho…  Agora quando passo por lá ela se limita a abrir ligeiramente os braços e me olhar com aqueles olhos desacorçoados de quem diz:

– Mas o que eu estou fazendo aqui? Faz quatro meses que fui inaugurada, anunciada aos quatro ventos como mais um “avanço da saúde no município” e até agora não recebi um paciente sequer! Aliás, apenas cortaram a fita simbólica, colocaram esta faixa anunciando o serviço, colocaram no site oficial da prefeitura e nunca mais voltaram aqui! Sequer vieram fazer uma faxina!!!

A mazela da qual estou falando, caso o leitor ainda não tenha percebido, é a Unidade de Saúde do bairro N.S.Aparecida. Foi instalada na casa de numero 70 da Rua Pedro Caldas Rebelo no dia 12 de fevereiro de 2014. A placa diz: “Em breve será uma Unidade de Saude – ESF”…!

Desde então está lá, entregue às baratas. Enquanto isso, o aluguel, que imagino seja em torno de mil reais por mês, deve estar correndo com o posto sem ter atendido sequer um mendigo!

Critica ferina ou bem humorada à parte, uma coisa não podemos negar: Em tempos de estrangeiros visitando o Brasil por ocasião da Copa, a administração municipal foi bem original: “Unidade de Saúde para inglês ver”…!

O ESF do bairro Nossa Senhora começa a funcionar ainda no primeiro semestre. Outras três unidades chegam às regiões dos bairros Foch, São Camilo e Árvore Grande até o final do ano. Programa Saúde Mais Perto de Você vai levar ESFs para 90% dos lares de Pouso Alegre até 2016

 ESF-N.S.Aparecida

A Secretaria de Saúde já definiu o local de funcionamento da unidade de Estratégia de Saúde da Família (ESF) que vai atender a região do bairro Nossa Senhora Aparecida. Ela ficará baseada na Rua Pedro Caldas Rebello, ao lado da Escola Estadual de Educação Especial Dr. Custódio Ribeiro de Miranda. A equipe de saúde vai atender aos bairros Nossa Senhora Aparecida, Santo Ivo, Cascalho, Santa Dorotéia, Cruzeiro do Sul e Jardim Satélite. Em torno de 3,5 mil pessoas serão atendidas pela unidade que vai contar com um medico clínico geral, uma enfermeira, um técnico de enfermagem e seis agentes comunitários de saúde. Outras três regiões, nos bairros Foch, São Camilo e Árvore Grande serão atendidas pelo programa até o final do ano.

 

Na tarde de quarta-feira (12), o prefeito Agnaldo Perugini visitou a futura sede do ESF em companhia do secretário de Saúde, Dr. Luis Augusto Cardoso e do vereador Rafael Huhn, que tem forte atuação na região. Depois de vistoriar o prédio, o prefeito e o secretário da pasta estimaram para o primeiro semestre o início do funcionamento da unidade. “Está em andamento o processo de contratação dos profissionais que vão atuar na unidade. Feitas as últimas vistorias no imóvel, entre abril e maio começam as atividades do ESF”, confirmou Dr. Luis Augusto.

 

Assaltante trapalhão deixa cair a mascara… … e é reconhecido pelas vitimas.

Luz Gustavo Silva Franco:  - Sou inocente! Eu estava dormindo na hora do assalto...!

Luiz Gustavo Silva Franco:
– Sou inocente! Eu estava dormindo na hora do assalto…!

     O roubo aconteceu no crepúsculo do domingo,01, no supermercado Alvorada, o “Alvoradinha” da Silviano Brandão – de novo! Às cinco e quarenta da tarde dois malucos entraram no estabelecimento e passaram a fazer terror. O primeiro, usando boné branco, blusa de moletom clara, bermuda jeans e tênis com detalhes vermelhos, sacou um trezoitão, encostou no pescoço do empacotador e ficou mais de um minuto prometendo empacotá-lo se os funcionários não atendessem direito o seu parceiro! O outro, aos gritos obrigou a fiscal abrir um cofre de onde passou os cinco dedos num pacote de aproximadamente R$ 3 mil. E continuou exigindo que as demais funcionarias entregassem o dim-dim dos caixas. Como davam ordens demais e ameaçavam constantemente puxar o gatilho do trabuco contra o pescoço do empacotador, funcionários e clientes do supermercado ficaram desnorteados e sem condições de atender os pedidos… Por isso o próprio assaltante se serviu dos caixas escancarados e encheu as panturras com cerca de três mil reais. Ainda de revolver em punho, os legítimos ‘157 nervosos’ e principiantes pés-de-chinelos saíram pela Rua do Rosário e sumiram no crepúsculo sombrio da antiga Rua da Zona.

Registrado o BO de assalto à mão armada, os homens da lei passaram a procurar pela cidade todo cidadão usando bermuda jeans, moletom claro, boné branco e tênis com detalhes vermelhos ….. Não tardou avistaram um ‘mano’ com ponta de somongó num ponto de ônibus da Rua Alberto Paciulli tentando embarcar para o velho Ribeirão das Mortes. Era Luiz Gustavo Silva Franco, 18 anos morador do Bairro Santa Edwiges… Levado para a DP ele foi apresentado às testemunhas do infausto assalto ao supermercado. Todos os funcionários e clientes, que um hora antes se viram na mira do trezoitão prestes a vomitar azeitona quente, foram unanimes em afirmar:

– Foi ele!

– É ele mesmo!

– Foi ele que encostou o revolver na nuca do empacotador!

– Foi ele que ficou ameaçando matar o funcionário do supermercado!

– Eu me lembro dessa voz ameaçadora…

– O assaltante nervoso usava esta mesma roupa!

– Nossa… Eu achei que ele ia atirar no funcionário do supermercado!

– Eu me lembro do rosto! Na hora do assalto o lenço que ele usava caiu… Eu vi o rosto dele!

Mesmo sendo apontado pelas testemunhas e funcionários como sendo um dos assaltantes – o que ficou mais de um minuto com o trabuco encostado na nuca do funcionário do supermercado – o jovem Luiz Gustavo usou seu direito pétrio previsto no Artigo 5º da Constituição da Republica Federativa do Brasil para negar o crime:

– Eu sou inocente! Eu estava dormindo em casa na hora do assalto.  Eu estava no ponto de ônibus quando fui abordado pela PM e levado para a DP…

Ao jurar inocência, Luiz Gustavo eximiu-se da obrigação de apontar seu provável parceiro no malogrado assalto. Mas isso não o livrou de assinar o 157. Se nos próximos dias Luiz Gustavo não apresentar um álibi convincente, ele terá que ver o Brasil perder a ‘Fifa Cup of the world 2014 in the Brazil’ na velha TV analógica de tubo do Hotel do Hotel do Juquinha!

Quanto ao parceiro, o que fez a limpa nos caixas enquanto Luiz Gustavo ameaçava matar o refém, e que provavelmente ficou com a arma e a res furtiva, ele que coloque as barbas de molho, pois a batata está assando pra ele…!

“Mineirinho” é executado em Santa Rita

Mauro Benedito de Oliveira

O crime aconteceu por volta de nove e meia da noite deste domingo, 01 de junho, na Rua dos Jasmins. O fato chegou ao conhecimento da policia militar através de telefonemas anônimos, possivelmente de vizinhos. Quando os policiais chegaram o local seguido do Resgate do Pronto Atendimento Municipal, Mauro Benedito de Oliveira, o “Mineirinho” já estava sem vida. Segundo informações não oficiais prestadas à policia militar no local, um veiculo de cor amarela fora visto se afastando do local logo após os disparos de arma de fogo.

A policia civil ainda não sabe quem executou Mineirinho – que verdade era natural de Avaré-SP- e morava há anos em Itajubá. No entanto sabe que muitas pessoas tinham motivos para mata-lo. Mineirinho de 34 anos estava na caminhada criminosa há mais de dez anos, desde o inicio da década passada. Consta de sua capivara os crimes de roubo à mão armada, trafico de drogas, porte de arma, ameaça, danos e outros delitos menores, da Lei 3688. Respondia a processos nas comarcas de Pouso Alegre, Santa Rita do Sapucaí, Brazópolis e Itajuba onde morava.

Por razões processuais – o que é difícil ao leigo entender – ele continuava em liberdade. Aliás, deixara o Hotel Recanto das Margaridas no final do ano passado.

 

 

Para refletir no fim de semana…

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     “Conta-se que seis homens ficaram presos numa caverna por causa de uma avalanche de neve. Teriam que esperar até o amanhecer para receber socorro. Cada um deles trazia um pouco de lenha e havia uma pequena fogueira ao redor da qual eles se aqueciam. Eles sabiam que se o fogo apagasse todos morreriam de frio antes que o dia clareasse.

     Chegou a hora de cada um colocar sua lenha na fogueira. Era a unica maneira de poderem sobreviver.

     O primeiro homem era racista. Ele olhou demoradamente para os outros cinco e descobriu que um deles tinha pele escura. Então raciocinou consigo mesmo:

– Aquele negro! Jamais darei minha lenha para aquecer um negro! –

E guardou-a protegendo-a dos olhares dos demais.

    O segundo homem era um rico avarento. Estava ali porque esperava receber os juros de uma divida. Olhou ao seu redor e viu um homem da montanha que trazia sua pobreza no aspecto rude do semblante e nas roupas velhas e remendadas. Ele calculava o valor de sua lenha e, enquanto sonhava com seu lucro, pensou:

– Eu dar minha lenha para aquecer um preguiçoso? Nem pensar!

     O terceiro homem era um negro. Seus olhos faiscavam de ressentimento. Não havia em seus olhos qualquer sinal de perdão ou de resignação que o sofrimento ensina. Seu pensamento era mais pratico;

– É bem provável que eu precise desta lenha para me defender. Além disso, eu jamais daria minha lenha para salvar aqueles que me oprimem! – E guardou sua lenha com cuidado.

     O quarto homem era um pobre da montanha. Ele conhecia mais do que os outros os caminhos, os perigos e os segredos da neve. Este pensou:

– Esta nevasca pode durar dias! Vou guardar minha lenha.

     O quinto homem parecei alheio a tudo. Era um sonhador. Olhava  fixamente para as brasas. Nem lhe passava pela cabeça oferecer a lenha que carregava. Ele estava preocupado demais com suas próprias visões – ou alucinações!? – pra pensar em ser útil.

    O ultimo homem trazia nos vincos da testa a nas palmas calosas das mãos os sinais de uma vida de trabalho. Seu raciocínio era curto e rápido:

– Esta lenha é minha. Custou o meu trabalho. Não darei a ninguém nem o menor dos gravetos!

     Com este pensamentos os seis homens permaneceram imóveis. A ultima brasa da fogueira se cobriu de cinzas e finalmente apagou!

     No alvorecer do dia, quando os homens do socorro chegaram à caverna encontraram seis cadáveres congelados. Cada qual segurando um feixe de lenha!

     Olhando para aquele triste quadro o chefe da equipe de socorro disse:

 – O frio que os matou não foi o frio de fora… Foi o frio de dentro!

 

     Não deixe que a friagem que vem de dentro mate você!

     Abra seu coração e ajude a aquecer aqueles que o rodeiam…

     Não permita que as brasa da esperança se apague e nem que a fogueira do otimismo vire cinzas.

     Contribua com seus gravetos de amor e aumente a chama da vida onde quer que você esteja.

     E não nos cansemos de fazer o bem… Porque a seu tempo, ceifaremos, se não desfalecermos.”

 

Tenham todos um caloroso final de semana!

 

Cavucada ‘forever’ está “soprando velinhas”…

Alexandre Cavucada na porta de sua casa no Belo Horizonte hoje de manhã...

Alexandre Cavucada na porta de sua casa no Belo Horizonte hoje de manhã…

Alexandre Reis Assunção, o nosso ‘forever’ CAVUCADA, está soprando velinhas nesta quarta, 28. Desde que ele se conhece por gente as pessoas o chamam assim… E recebem um caloroso sorriso e ao menos um centavo de prosa!

Assim é o palmeirense Cavucada que só tem uma tristeza na vida… Quando vê uma maldade!

Alexandre Reis Assunção chega ao 45 anos de vida biológica mas o alegre e eterno Cavucada continua na tenra e inocente infância… na casa dos 9 ou 10 anos de idade psicologica! Não faz mal a ninguém. Pelo contrario, faz bem! Receber um “Oi fulano” e um aceno dele na rua com sua inseparável camisa do Palmeiras nos faz lembrar que existe pessoas simples, puras, despidas de formalidades, que se lembram de nós!

Ao contrario do quadragésimo quarto aniversario que coincidiu com um dia frio e chuvoso em 2013, o quadragésimo quinto está acontecendo num dia claro de sol. Pena que o nosso amigo Alexandre nem saiba que está fazendo aniversario. Ele estava sozinho em casa e quando perguntei quantos anos estava completando, ele respondeu de chofre… 50! E fez questão de posar comigo para o ‘selfie’…

Cavucada não sido mais visto pelas ruas da cidade como de habito. Estaria ele ficando velho? Estaria doente? Ou apenas mais caseiro!

– Não tenho te visto mais pela cidade, Cavú…! Voce não tem saído de casa?

– É o frio, né Chips… Agora eu fico em casa!… De noite eu faço bagunça com a criançada aqui na rua…

Parabens Cavucada… Que Deus o conserve assim, alegre como os ‘lírios do campo’ que não tecem nem fiam, espalhando alegria e pureza!

 

Leia mais sobre o ‘nosso’ eterno Cavucada aqui no blog…

Reviravolta no caso do homicídio do “Beco dos Nóias”… Cristiano Kiki é inocente!

Cristiano Sana "Kiki" dos Santos: Ele poderá retomar a liberdade a qualquer momento...

Cristiano Sana “Kiki” dos Santos: Ele poderá retomar a liberdade a qualquer momento…

Diferentemente do foi dito pela imprensa, inclusive aqui no blog, a prisão do suspeito Cristiano Sana dos Santos, o Kiki, na ultima quarta feira com autorização do Homem da Cara Preta, não fora ‘preventivamente’ e sim ‘temporariamente’. A diferença é imensa. A prisão preventiva ocorre quando já existe a comprovação da autoria do crime… A temporária, quando há informações e suspeitas. O Juiz autoriza a prisão justamente para que a policia possa deter e interrogar o suspeito. A prisão preventiva pode durar até o julgamento do caso ou até quando o juiz achar necessário sua manutenção, baseado em vários requisitos… A temporária geralmente dura 5 dias, podendo ser prorrogada para 10 ou mesmo se transformar em temporária se for confirmada a autoria.

A prisão de Cristiano Kiki na ultima quarta tinha caráter temporário, pois segundo investigações da delegacia de homicídios, ele fora visto no local do crime, próximo à sua residência, com outros nóias, e na manhã ao encontro do cadáver de Lucas, ele desaparecera do bairro, bem como alguns pertences do morto. Em seu depoimento Cristino Kiki negou ter matado o jovem Lucas, mas estava no local do sinistro e como todo bom cabrito, não berrou… Não disse ao delegado o nome do assassino.

A policia civil continuou investigando e chegou ao nome do cidadão Renan Augusto Dias da Silva, que até a data do funesto crime ocupava um casebre próximo ao local do assassinato, onde, segundo informações da delegacia de Combate ao Trafico de Drogas, funcionava uma “biqueira”…! Desde a sangrenta madrugada do dia 05 de maio, a biqueira fechou as portas e seu ocupante dobrou a serra do cajuru. No entanto, sabendo que a policia sabia “o que ele havia feito no ultimo verão”, e que, chegar a ele seria questão de tempo, Renan resolveu se antecipar. No final das tarde desta segunda, naturalmente com seu causídico à tiracolo, ele apresentou-se espontaneamente ao delegado de homicídios Renato Gavião em Pouso Alegre e contou sua versão dos fatos.

– Fui eu que matei ele doutor… Mas foi para me defender! No dia 3 de maio ele parou perto da minha casa e pediu dez reais para comprar uma pedra, pra gente queimar junto. Eu dei e ele não voltou mais. No dia seguinte eu levantei ao meio dia e passei a tarde toda bebendo, fumando maconha e cheirando farinha… Na virada da noite eu sentei na calçada em frente minha casa e estava lá quando Lucas passou! Aí eu fui tirar satisfação com ele por causa dos dez reais… Nós discutimos e ele falou que não ia me devolver…

– Por isso você o matou?

– Ele estava usando crack naquela hora, doutor, e eu também estava sob efeito de drogas! Aí quando ele abriu o porta malas do seu Escort e saiu com mão por baixo da blusa, eu pensei que ele estava armado e me defendi dando as facadas no peito e na barriga…

– Onde você pegou a faca usada no crime…?

– Antes de sentar na calçada eu já peguei a faca e coloquei na cintura para me precaver… A rua é cheia de nóias que fica usando drogas em frente minha casa…!

– O que você fez com a faca?

– Eu enterrei no quintal… De manhazinha fui pra casa do meus pais em Itajubá!

– E quanto aos pertences do Lucas, o celular e o tênis…?

– Os noias que estavam por perto devem ter pegado…

– Qual a participação do Kiki no assassinato?

– Nenhuma. Ele e outros nóias estavam ali só usando drogas, mas ele não teve participação. Ele só falava para ‘largar mão daquilo’…!

Renan Augusto Dias da Silva, 21 anos, diz que é usuário de drogas desde o 13 anos, é amasiado, tem uma filha de 6 anos e um filho de 1 ano e oito meses e trabalha “eventualmente’ na transportadora ‘Log Trans’. Como apresentou-se espontaneamente à justiça, tem residência fixa e não possui antecedentes, ele foi ouvido e liberado. Se não houver ordem em contrario do Homem da Capa Preta, ele aguardará o julgamento em liberdade.

Contou-me no final da manhã desta terça o delegado Renato Gavião, que ainda hoje oficiará ao Juiz Criminal pedindo a suspensão da prisão de Cristiano Kiki, o qual deverá retornar brevemente ao Beco dos Noías.

Caiu o ultimo homicida impune de Pouso Alegre

Cristiano Sana "Kiki" dos Santos: Segundo o delegado Renato Gavião, ele confessou que matou Lucas Prince para roubar-lhe os pertences...!

Cristiano Sana “Kiki” dos Santos: Segundo o delegado Renato Gavião, ele confessou que matou Lucas Prince para roubar-lhe os pertences para trocar por drogas…!

Tão logo o BO que narrava o assassinato do jovem Lucas Ribeiro Prince na madrugada do dia 05 de maio chegou às mãos do delegado de homicídios, Renato Gavião, ele e seus pupilos entraram em cena para apurar a autoria. Depois de uma ligeira vasculhada nas imediações do sinistro local onde o jovem foi encontrado com perfurações de faca, os detetives chegaram ao nome do autor: Cristiano Sana dos Santos, vulgo “Kiki”, 36 anos, processado em 2005 por disparo de arma de fogo. Apesar de ser figurinha fácil no álbum da policia por envolvimento com drogas, ele não tinha até então outras passagens.

Apontada a autoria, o delegado Gavião solicitou ao homem da capa preta a prisão preventiva do homicida conforme manda a lei. O “mandamus” foi assinado na tarde de terça feira, 20. Faltava agora avistar e oferecer as pulseiras de prata ao autor do sexto assassinato do ano em Pouso Alegre. Não tardou. Ao pé da noite do dia seguinte, quarta, ao passar pela sinistra Rua Daniel Paulino dos Santos no velho Aterrado o sargento Almeida e seus pupilos avistaram um sujeito com pinta de somongó querendo bater asas e resolveram abordá-lo para saber o motivo do seu olhar de gato que comeu toucinho! O moço se identificou, mas foi logo dizendo que estava limpo… Estava mesmo! Mas o seu nome constava na lista de procurados da policia.

Ao sentar-se ao piano do delegado Gavião, Cristiano Kiki contou mais do que o necessário! Disse ele que matou Lucas para roubar-lhe umas merrecas! Por conta essa confissão, Kiki se enquadra no artigo 121 c/c 157 do CP. Isso chama-se latrocínio e poderá lhe custar de 12 a 30 anos de cana. Por casa de umas merrecas…!

É nessa hora que entra em cena o velho e injusto jargão: “Se fosse rico nem ficaria preso”. E é verdade. Porém, ao contrario do que pensam os leigos e maldosos, ele quase não ficaria preso, não porque usaria seu dinheiro para comprar a policia, o ministério publico ou o juiz! Mas sim porque ele contrataria um advogado para defende-lo antes mesmo de confessar o crime. Ele seria orientado a dizer ao piano do delegado que matou Lucas para se defender de uma agressão iminente! Portanto, até que se prove o contrario – e a policia embora tenha descoberto a autoria, não tem como provar a motivação – seu crime se enquadraria em homicídio simples, cuja pena vai de 6 a 20 anos, com atenuante da legitima defesa, que reduziria mais um terço da pena e, sendo ele primário, uma vez que já pagou seu debito anterior pela infração da lei 10.826, sairia após cumprir um sexto da pena! Ou seja, passaria apenas 8 meses vendo o sol nascer quadrado!

E vejam os senhores, não estou aqui fazendo criticas aos nobres causídicos e defensores públicos, pois reconheço muito bem seu mistér previsto na Constituição Federal de defender o cidadão em toda e qualquer circunstancia! Estou apenas cumprindo meu dever de informar o leitor do funcionamento – vigente e legal – do ‘sistema’!

Enfim, ao ser preso Cristiano “Kiki” Sana, embora transite com desenvoltura pelo submundo do crime, por falta de orientação, foi logo dando o serviço. Agora longos anos o esperam no Hotel do Juquinha!

Átila, o ‘gigante bocó’ e o festival de foguetes

CACHORROS & CACHORRADAS

Os Pais de Atila, Nick e Bob

Os Pais de Atila, Nick e Bob

Era o filho mais velho de uma ‘ninhada’ de três. Foi o ultimo a deixar o útero materno! O pai era um legitimo Pointer Inglês malhado cara de pidoncho. A mãe era uma gigantesca São Bernardo tricolor babona. E ele, para não deixar nenhum enciumado, nasceu com pelagem e cor do pai Bob e o porte gigantesco e dócil da mãe babona, Nick! Com quarenta e cinco dias já pesava dez quilos! Dormia na garagem com outros seis, sete ou até mais de dez da sua espécie. Logo depois da adolescência se tornou o rei do ‘quintalzinho’ de seis mil metros quadrados da Fazenda Nosso Paraizzo. O pai Bob era o primeiro que murchava a orelha para ele. Até mesmo o garboso pastor Belga Jack e o atlético Dog Alemão Rock Boy tinham que bater continência p’ra ele e pedir licença para circular pelo seu território! O Fila Tigrão, mais novo e ligeiramente menor, não falava um ‘au’ na sua presença.

Atila, com cerca de  quarenta e cinco dias, e dez quilos.

Atila, com cerca de quarenta e cinco dias, e dez quilos.

 

Mas não era somente a desenvoltura, o porte gigantesco, a voz ensurdecedora que lhe chamava a atenção! Na intimidade do lar sua docilidade era impar. Tatiana que fez seu parto fazia o que queria com ele. Desde monta-lo até fazê-lo rolar no chão. Quando era necessário dar-lhe algum medicamento ou vitamina, ela abria sua bocarra e enfiava as capsulas lá no fundo da sua garganta com seu meigo bracinho branco roçando as fileiras de dentes alvos! Certa vez Atila pulou um alambrado de um metro e meio para ir caçar lebres e lagartos no brejo próximo e acabou cortando o bilau… Eu e a Tatiana o seguramos na maca e a Cris fez a sutura no pênis do gigante… sem anestesia. Era dócil demais…!

Porém como tudo nesta vida muda, nós também mudamos… de casa. Fomos morar no velho e assombrado casarão construído em 1936 pelo ‘bisa’ da Tatiana, Sanico Telles, há poucos metros do Inatel. Apesar de a casa ser imensa e um quintal também, não foi possível levar todos os cães. Só foram os ‘xodós’ Atila, o Tigrão e a Dominique. Ainda assim eles só podiam ficar na parte dos fundos do quintal. Acostumados com tanto espaço na fazenda, logo começaram ficar estressados. De vez em quando Atila e Tigrão se estranhavam e se pegavam! Era uma luta de gigantes. Literalmente. Invariavelmente Tigrão afinava e se deixava ficar estendido num canto qualquer esperando o perigo passar e Atila em cima dele. Seus rugidos eram ouvidos lá na Rua do Queima. Parecia um leão lutando e matando um búfalo com a imensa bocarra no pescoço do Tigrão. E eu pensando;

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Momento de Atila tranquilo com Tigrão em seu canto

– Meu Deus, hoje o Tigrão não escapa! Vai ser impossível costurar o seu pescoço!

Eu ralhava, batia com chicote, cabo de vassoura, jogava baldes de agua fria, jogava com a mangueira e nada…! Atila só largava o pescoço e saia de cima do Tigrão quando ele amolecia o corpo parecendo morto ou quando o stress finalmente passava. E eu pensando;

– Deixe ver se ainda dá para salvar o pobre coitado!

E aí constatava o inacreditável! Não havia sequer um arranhão no corpo e nem mesmo no pescoço do Tigrão, apenas baba, muita baba do Atila! Ele não feria nem mesmo o macho na hora da luta!

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Um dos milhares momentos de Tatiana amassando o gigante

No começo de 2012 mudamos para Pouso Alegre. Casa pequena, quintal pequeno, mas era mais fácil a Tatiana separar-se de mim do que do gigante Atila! Mas eu não ligava. Aliás, há muito eu havia me juntado ao inimigo… Eu não podia com ele, mesmo! Afinal tinhas suas vantagens… Caminhar com Atila pelas ruas do bairro Fatima – bairro mor em caminhadas – era uma festa. Era algo para se levantar o astral. Quem estivesse ao seu lado se tornava alvo das atenções. Era impossível as pessoas passarem por nós sem se manifestar. Os homens viravam o pescoço de longe e nada diziam, mas não deixavam, de olhar. O jeitão do gigante bocó realmente chamava a atenção. As mulheres inevitavelmente paravam para conversar, admiradas! Às vezes não era apenas com o cachorro, mas ele era o pretexto…! Certa vez uma loira me perguntou se eu podia dar-lhe o telefone… Do cão, claro!

– Nossa… Como ele é bonito!-… imenso! Quanto ele pesa?

– Oitenta e pouco…

– Que raça é essa?

– O pai é perdigueiro, a mãe é São Bernardo!

– Perdigueiro?

– É. É o Pointer inglês…

– Como é mesmo a raça São Bernardo…?

-… É aquele grandão peludo, que leva um corote no pescoço!

Atila e sua parceira Lobinha, uma cão-do-mato

Atila e sua parceira Lobinha, uma cão-do-mato

– Ah, o Bethovem…?

– Isso mesmo!

– Que idade ele tem…?

– Está com 7 anos…

– Nossa, mas ele parece tão cansado… O bigode já está branco…

-… É que cães desse porte vivem pouco… Por volta de nove anos somente!

– Ele é bravo?

– Só no quintal…

Atila e a pequena Domenick

Atila e a pequena Domenick

Quando alguma criança fazia cara de medo, eu pegava nas bochechas do Atila, fazia uns cafunés e chacoalhava pra lá e pra cá para mostrar que ele era bonzinho! Numa caminhadas de três ou quatro quilômetros, a ida não era fácil! Tinha que fazer força para segurar o gigante malhado querendo cheirar tudo, marcar território, encarar outros cães na grade das casas! A volta era moleza. Podia até soltar a guia que ele vinha caminhando lentamente, lado a lado, arfante, com a língua de fora, dando um banho de baba na rua… Se eu apertasse o passo ele ficaria pra trás. Também, quase noventa quilos…!

Como fora criado na fazenda adorava espaço. Não podia ver o portão da garagem aberto que logo saia pra rua, mijando aqui e acola, marcando território como todo cão. E tinha um serio defeito: Era desobediente! Se falássemos com ele de perto ele murchava a orelha e voltava de medo, balançando a cabeça com a boca aberta como quem diz;

– Eu só ia dar uma voltinha…! – Mas se falássemos um pouco mais de longe ele se fingia de surdo! Levantava a cabeça e saia num galope, que nem moleque, fazendo balançar o passeio do vizinho com seus oitenta quilos de pintas pretas e brancas! Lá ia eu pelo bairro correndo atrás com uma guia na mão! Um dia eu o perdi de vista e desisti de procura-lo. Fiquei sentado no portão esperando… Meia hora mais tarde ele surgiu arfante na esquina e voltou pra casa. Aos poucos fomos acostumando a deixar que ele desse um volta sozinho no quarteirão. Quinze ou vinte minutos depois ele estava arranhando o portão da garagem. Entrava, bebia alguns litros d’agua e se estirava numa sombra qualquer pra cochilar. O único perigo era matar alguém ao virar numa esquina… De susto.

Como todo cão, Atila tinha os ouvidos supersensíveis. Podia estar no fundo do quintal que latia e corria para o portão da frente se chegasse alguém estranho. Se isso é bom nos cães, tem também o lado ruim, naturalmente… Os cães tem pavor de foguetes, tiros e trovões! Quando ele ouvia estalos de foguetes corria desesperado em volta da casa procurando um buraco para esconder. Se achasse alguma porta aberta se enfiava murcho, cabeça colada ao chão dentro de casa. Se persistissem os estrondos era capaz de se enfiar no quarto até em cima da cama onde ficava tremendo igual vara verde! Quando estava naquele estado era quase impossível tirá-lo de dent

Cachorro

O esconderijo de um cão desesperado

ro de casa. Ordenar que saísse era o mesmo que falar com um poste. Eu torcia para ele se deitar num tapete… Assim facilitava sua retirada puxando seu tapete! Certa noite em meados daquele ano, ao ouvir um foguetório qualquer ele correu desesperado em volta da casa procurando um esconderijo, como de habito, até que sossegou. Na manhã seguinte nós o encontramos ainda ressabiado dentro da churrasqueira!
Alguém se lembra qual time ganhou a Copa do Brasil de 2012? Eu lembro. Em 2042 ainda lembrarei daquela quarta feira de julho! Quando eu cheguei da minha pelada, tão logo abri a garagem com o controle, Atila saiu para dar uma volta. Deixei que ele fosse, até porque eu não conseguira mesmo alcança-lo. Depois de tomar meu banho, abri uma loira gelada e fui lá fora abrir o portão… Mas Atila não estava lá como de costume. Fui até a esquina esperando ver o gigante malhado surgir lentamente com a língua de fora, mas… Nada. Comecei ficar preocupado. Voltei pra casa peguei o carro e sai à sua procura! Revirei o bairro…  Nem sombra do gigante Atila. Comecei ficar realmente preocupado, pois àquela altura eu já ouvira alguns foguetes que precediam a final da Copa do Brasil. Se ele estivesse por perto, ele voltaria desesperado para casa. Mas se estivesse longe, ficaria desesperado, poderia desguaritar…! Quando a Tatiana chegou da academia contei o fato e saímos em dois carros, cada um para um lado – o foguetório aumentando! Rodamos o bairro e adjacências até perto da meia noite e não vimos mais nosso xodó malhado, nosso ‘gigante bocó’ como carinhosamente o chamávamos! Falamos com vizinhos, ligamos para o ‘passiento’ de cachorro que o conhecia, para os vigilantes noturnos do bairro, deixamos todos em alerta para avisar se o vissem! Aquela noite em que o Palmeiras ganhou a Copa do Brasil de futebol será inesquecível… Não que eu seja palmeirense, não pelo titulo do Verdão, mas pelo foguetório que afugentara nosso ‘filho’ Atila! Imaginávamos mil coisas!

Atila dentro de casa assustado

Atila dentro de casa assustado

– Talvez ele tenha se escondido nalgum lote vago ao ouvir os foguetes – dizia eu tentando animar a Tatiana.

– Vai ver ele se assustou se perdeu a direção de casa. Deve estar andando pelo centro da cidade… Se ele não voltar a gente anuncia no Blog, no face… Ele não vai passar despercebido. – eu tentava acreditar.

– Alguem deve tê-lo raptado – dizia a Rayanne.

– É. Muita gente gostaria de tê-lo. Lembra que uma pessoa queria compra-lo?

– Lembro. O moço ofereceu três mil por ele…!

– Muitas pessoas já nos viram com ele, sabe quem somos… Não teriam coragem de ficar ele. Lembra que já devolveram a Dominique três vezes? – Se ele for arranhar o portão de uma casa por engano e o dono da casa não morrer de susto ao vê-lo passar por entre suas pernas e correr para dentro de casa para se esconder, fatalmente vai notar nosso telefone na coleira e vai ligar…! – Eu não queria acreditar que tínhamos perdido nosso ‘gigante bocó’. Quem iria notar minha presença caminhando pelo bairro sem ele?

Quando o telefone tocou às seis e meia da manha daquela quinta feira, Tatiana foi pegar o aparelho, a base dele, um ursinho de pelúcia e meia dúzia de bibelôs que estavam sobre o criado mudo, todos no chão! Tínhamos absoluta certeza que o telefonema àquela hora da manhã trazia informações sobre o nosso Atila. Só não sabíamos quais eram! Mas precisei de apenas alguns segundos para saber. Sem ter que perguntar … Bastou escutar o silencio da Tatiana e olhar para seu rosto mudando de cor e banhando em lagrimas sentada sobre a cama, o aparelho escorregando pela mão…! A voz fúnebre do outro lado do aparelho era do “passiento” de cachorro. Às perguntas atropeladas de Tatiana do tipo.

– Achou ele? Ele está bem? Onde ele está:

Ele respondera apenas…

– Acho que é ele… Na rodovia…

Olhando para o vazio Tatiana disse-me com a voz sumindo, vendo há quilômetros dali o gigante bocó correndo à galope atrás do seu carro, em meio a uma matilha de viralatas, pelo gramado verde e aparado do jardim da Fazenda Nosso Paraizzo, quando ela passava pelo portão eletrônico…

-… Na saída do Pontilhão do Baronesa, sentido Congonhal!

Em menos de dois minutos eu estava no local. Antes de vê-lo tinha certeza que era ele e era mesmo! Atila estava lá. Frio, inerte, silencioso, sem baba e sem aquele seu sorriso molecão! Não poderia ter o sorriso na cara, pois não tinha cara…! Não tinha cabeça! Não tinha nem a coleira! Do pescoço para trás estava intacto, sem um arranhão! Do pescoço para frente havia apenas uma mancha de sangue e de sebo espalhados na pista… Parte certamente seguira viagem entre as rodas da carreta que o atropelara. Ainda bem que fora uma carreta, pois se fosse um carro de passeio não seria apenas Atila que teria morrido ali naquela barulhenta e abafada madrugada! A única coisa a fazer era arrastar os quase oitenta quilos para o acostamento da via… Para evitar futuros acidentes! Tudo por causa dos foguetes…

Daqui a duas semanas começa a polemica “Cup FIFA of world” no continente chamado Brasil, num tapete ainda bagunçado que custou cerca de vinte e oito bilhões de reais!

atila (11)Milhões de brasileiros vão comemorar as vitorias do Brasil…

Milhões de brasileiros vão comemorar as derrotas do Brasil…

Milhões de brasileiros vão comemorar as derrotas da Argentina!

Milhões de foguetes explodirão no espaço…

Milhões de cachorros ‘xodós’ de crianças e adultos procurarão desesperados um esconderijo…!

Quantos Átilas desguaritarão…!!!

 

 

Nóia furta carro do Teobaldo

Piumhi II

O furto aconteceu na madrugada desta segunda, 19. Após tomar seu lauto café com queijo da vizinha Serra da Canastra, com melão Rey e abacaxi de Frutal, na companhia da cara metade, o jovem delegado Teobaldo desceu para pegar o carro e começar mais uma animada semana de trabalho. Ao chegar à garagem do prédio, só o pó…!!! Seu lustroso Hyundai HB-20 já havia saído para a rua… sem ele! A garage do prédio no centro de Piumhi no Oeste Mineiro, é daquelas pequeninas, do tipo: pra um sentar o outro tem que levantar! por isso as chaves de todos os veículos ficam numa caixa comum no fundo da garage, para que o dono da vaga de trás manobre o carro do vizinho para sair. Não teria nenhum problema se todos os moradores fossem bonna gente! Porém, entre eles tem um amante da pedra bege fedorenta, o qual, segundo os próprios familiares que já o internaram em várias clinicas de tratamento e desintoxicação, já vendeu até a chupeta Lillo e o boneco ‘George’ da ‘Pepa Pig’ do sobrinho para sustentar o vicio! O curioso é que dentre tantos carros na garagem o nóia resolveu furtar logo o do jovem delegado!

Sem ter certeza de que era ele e sem acusa-lo formalmente, o policial fez sua família saber que o cidadão condômino do andar de baixo do seu, era o suspeito numero um do crime. Diante da sutil pressão, os familiares devem ter enfiado um mínimo de juízo na cabeça do moço… No final da tarde o lustroso HB-20 foi encontrado solitário numa rua deserta da pequena Piumhi. Antes disso no entanto, ja correra um boato pela cidade que o moço havia tentado trocar o carro do delegado por drogas! Felizmente para todos, os donos de biqueiras não toparam a troca…!

A devolução intacta do carro roubado poderá encerrar a investigação. Uma pena! A ultima vez que roubaram “um” Teobaldo em Pouso Alegre, a justiça e a sociedade tiveram um grande lucro… Enquanto investigava o furto do celular de sua esposa o detetive Teobaldo levantou informação que o levaram à histórica apreensão de cinco toneladas de maconha na região! – “Gô e as cinco toneladas de maconha…!”

Piumhi I

É uma pena que o nóia de Piumhi tenha desistido do furto e devolvido o carro do delegado Teobaldo…! Se a investigação continuasse, quem sabe a policia não derrubasse mais algumas toneladas de erva marvada numa daquelas carretas supostamente de milho de Patos de Minas para o sul pelas BRs 262 e 050, via Passos…!?

De concreto até agora no furto do carro do delegado, só sua intenção de mudar-se do prédio de apartamentos para um lugar mais seguro…!