Ministerio Publico manda prender policiais em Borda da Mata

A prisão do trio aconteceu no final da tarde desta segunda, 2. Um delegado de policia, um investigador e um escrivão ‘ad-hoc’ foram presos preventivamente por policiais da Corregedoria da Policia Civil de Belo Horizonte a pedido da Promotora de Justiça da Comarca de Borda da Mata. Segundo Regina Capeli os policiais teriam recebido R$100 mil de propina para liberar dois casais de estelionatários presos na semana passada.

O quarteto que durante um ano e meio enriqueceu aplicando golpes pela internet em todos os cantos do Brasil, segundo a investigação do MP, fora preso pela policia militar na ultima quarta 27. No dia seguinte já estava na rua sem o conhecimento do Ministério Publico. Um advogado que também teve a Prisão Preventiva decretada e está foragido, teria intermediado a propina entre os três policiais e a quadrilha de 171 que gerenciava 36 sites de vendas pela internet. – Vendiam, recebiam mas não entregavam os produtos!

Informações não oficiais dão conta de que na residência do detetive Marcelo Rosa havia vários  documentos oficiais que deveriam estar na delegacia de Policia.

Policiais da Corregedoria da Policia Civil optaram por não falar com a imprensa durante as investigações.

O jovem delegado Erismam Mauricio e o veterano investigador Marcelo F. Rosa foram levados pelos policiais da Corregedoria da PC para belo Horizonte onde deverão aguardar o desfecho das investigações do órgão. O servidor Nogueira, da delegacia de Borda da Mata, está custodiado pela justiça no Hotel do Juquinha.

Briga de irmãos no Cruz Alta leva o mais novo para o cemitério

Segundo familiares, as brigas entre os irmãos Flavio Orlando, 39, Jesus Roberto, 50 e Flavio Ronaldo Pereira, 46 anos eram constantes. Eles discutiam e se engalfinhavam por motivo banais. Ha cerca de um mes, Jesus teria causados danos no veiculo de Flavio. Por conta disso, no domingo ambos brigaram, tendo Jesus ‘levado’ a pior. No final da manhã desta segunda, 2, Jesus Roberto, com auxilo do irmão Fabio, foi à forra. Desta vez usaram pedaços de pau na contenda até que Flavio Orlando, varios ferimentos na cabeça e no rosto perdeu os sentidos. Ele foi socorrido pelos Bombeiros e levados para o Hospital Regional Samuel Libanio.

Logo depois da briga, já se preparando para dobrar a serra do cajuru, um dos agressores teria dito a um vizinho…

– Matei meu irmão… ele tá caído lá no quintal de casa – Disse Jesus

A informação inicial acabou mobilizando a policia militar na tarde de ontem na tentativa de prender os homicidas. O perito de plantão no entanto, informou que o sinistro não passara de lesões graves, que poderiam evoluir para morte, pois a vitima havia sofrido afundamento do crânio e possivelmente sofrera morte encefálica. Já no final da noite a morte foi confirmada.

Até o inicio da manhã desta terça os irmãos homicidas ainda não haviam sido presos.

PM surpreende morador do Arvore Grande com farinha no Aterrado

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Passavam os homens da lei pela famosa boca de fumo do velho Aterrado, em patrulhamento de rotina, visando combater o trafico de drogas, quando resolveram abordar o cidadão Anderson Cesar Raimundo com pinta de somongó, defronte um terreno baldio. Segundo o BO que narra os fatos, Anderson de 26 anos, morador do bairro Arvore Grande, levava na algibeira um pacote com 51 barangas de farinha do capeta. Ao sentar ao piano do delegado de plantão, Anderson jurou de pés juntos que a droga não era dele…

– Essa droga não é meeeeennnnhaaa… Eles acharam a droga no terreno baldio.

Apesar da negativa, Anderson não conseguiu explicar o que estava fazendo na boca de fumo àquele hora da madrugada. Por isso o douto paladino da lei optou por dar credito ao BO e ratificou o flagrante no 33. Anderson Cesar amanheceu em dezembro vendo o sol quadrado no Hotel do Juquinha.

Simone e Yasmim Retuci… Finalmente caíram!

Simone Retuci...- Eu uso 'pedra' a vinte anos!

Simone Retuci…- Eu uso ‘pedra’ a vinte anos!

O ‘mandamus’ expedido pelo Homem da Capa Preta da Segunda Vara Criminal da Comarca de Pouso Alegre, foi expedido com base nas investigações da policia iniciadas com denuncias de ‘amigos ocultos da lei’.

Quando os policiais civis e militares bateram à porta de Simone, foi um pandemônio geral! Mãe e filha tentaram por todos os meios dispensar as provas do crime. Torneira da pia, vaso sanitário, cestos de lixo… Tudo foi tentado para mandar a droga por água abaixo. Tarde demais. No guarda roupa da jovenzinha foram encontradas quatro barangas de farinha do capeta e uma de ‘erva marvada’. Na barra da bermuda de Yasmim havia uma nota de 20 e uma baranga de cocaína. No cesto de lixo do banheiro havia mais 4 barangas de pedra bege – duplamente – fedorentas jogadas por Simone. Os policiais apreenderam também vasto material para embalagem de drogas tais como, plástico, papel alumínio, esfarelador de drogas e uma ‘marika’ para queima de crack.

No momento da prisão Simone alegou ser usuária de crack…

– Eu uso pedra faz vinte anos…!

Já a filha é mais refinada …

– Eu só cheiro o pó! – Disse ela

Mas admitiu também que vende pedra e farinha a 5 e 10 reais a baranga nas horas vagas. Ao piano da delegada de plantão, na presença do advogado, preferiram o silencio.

Yasmim...: - Eu só cheiro farinha!

Yasmim…: – Eu só cheiro farinha!

– Só vamos falar em juízo! – Disseram mãe e filha.

Simone Retuci – Ôh, saudade do velho sanfoneiro! – 37 anos e a filha Yasmin Cristina Retuci Romualdo, 18 anos, depois de assinar o 33 c/c 35 da Lei Anti-drogas, foram se hospedar no mesmo apartamento do Hotel do Juquinha.

Ah, Clovis Retuci, que mora na casa da frente, entregou espontaneamente uma baranga de maconha, alegando ser usuário e assinou o 28.

Simplorio & Finorio vendem bilhete premiado em Pouso Alegre

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Seu Juca, 61 anos, morador lá das bandas da serra de Espirito Santo do Dourado, conheceu Simplório no final da manhã desta segunda, 25. Cruzava ele a Herculano Cobra com Adolfo Olinto, na esquina do correio, saindo da casa lotérica, quando Simplório, moreno claro, baixo, gordo, com aparência de baiano, cerca de 40 anos se aproximou e puxou prosa com ar humiiilllde, quase santo…

– Seu moço, será que o sr. pode me ajudá? Eu tô com um bilhete de loteria aqui na ‘gibeira’, minha mulé falou que tá premiado… O sr. conhece por aqui uma casa lotérica que possa confirmar isso pra mim…?

Antes que o agricultor, plantador de banana, moço bom e honrado, dissesse alguma palavra, apareceu Finório…! Sujeito maduro, alto, claro, bem vestido, boa prosa. Foi logo se desculpando por entrar na conversa…

– Desculpe senhores, eu não pude deixar de ouvir a conversa de vocês… O sr. disse que tem um bilhete premiado? Pelo amor de Deus, fala baixo… Essa cidade está cheia de ladrões! Se alguém escuta isso toma o bilhete do sr.! Chega pra cá… Eu sou cambista, deixa eu conferir…

E foi logo abrindo uma maletinha que trazia consigo, tirando um pacote de bilhetes, impressos de loteria, anotações e sem dar tempo a Simplório e a Juca,  pegou um folheto e emendou…

– Está aqui, este são os últimos números sorteados da Quina… vamos conferir… Seu Juca, por favor, eu digo os números que deu e o sr. confere no bilhete do Simplório… Anota aí… 24… 47… 13… 31 e…50…

Simplório com os olhos grudados no papel na mão do plantador de bananas solta um grito e imediatamente tapa a boca com a mão…

– A Maria tinha, razão, tô rico… Agora ‘vamo’ ‘pode’ compra nossa casinha! Vou trocá a bicicleta…

– Pela amor de Deus, disfarça Sr. Simplório! Quer ser assaltado antes de receber o premio? Eu vou ajuda-lo a receber… Vou leva-lo à agencia da Caixa Econômica Federal antes que alguém tome o seu bilhete… O sr. está com os documentos aí, Rg, CPF, comprovante de residência, carteira de trabalho, cartão do sus, reservista, batistério, declaração de renda, carteira de sócio-torcedor do flamengo…  O sr. vai ter que abrir conta para receber esse premio!

– Ixi… Danô! Eu não tenho nada disso aqui não, sô.

– Olha eu posso ajudar o sr. a receber esse premio, deixe ver… – consulta seus folhetos! – Deve dar uns 300 mil, mas eu quero 10% ! – propõe Finório.

– Topá eu topo seu Finório, mas eu tenho que dá uma gorjeta pro moço aqui também, porque ele tava me ajudando primeiro quando o sr. chegô… – retruca Simplório quase ofendido.

– Concordo, nada mais justo… Então o sr. pega dez por cento de 300 mil e reparte pra nóis dois. Está bom assim pra voce sr. Juca?

Para o agricultor da “Praia” estava ótimo. Ele estava apenas passando por ali. Ganhar 15 mil reais sem fazer força era bom demais! Ele precisaria de duas Toyotas Bandeirantes lotadas de banana para ganhar 15 mil…!

– Mas como que a gente faz, seu Finório…? Quis saber simplório.

– Nós vamos à Caixa, recebo o premio na minha conta, saco e passo para o sr. descontando a minha parte…

– Mas que garantia que eu tenho…?

Antes que completasse a frase desconfiada, Finório emendou

– Vamos fazer o seguinte… Como prova de confiança, cada um de nós vai deixar os 15 mil reais com o Sr…. Eu tenho quase vinte mil reais aqui na maleta, que eu estava indo ao banco depositar – Completou Finório abrindo a maletinha e mostrando um gordo pacote de notas de cem reais. Virando para Juca ele pergunta;

– O sr. também tem os quinze mil para deixar com ele como prova de confiança?

Neste momento o plantador de banana que até então praticamente não abrira a boca, pois Finório não parava de falar, soltou a voz desanimado…

– Eu só tenho 750 reais na algibeira…

– Ah então não tem jeito, eu ajudo o sr. receber seu premio mas eu fico com os 30 mil de gorjeta..!

Antes que Juca dissesse qualquer coisa, Simplório indagou;

– Eu queria dar a gorjeta para o sr. também… O sr.não tem um dinheiro no banco, alguém que pode emprestar os 15 mil…

Alziro coçou a cabeça, pensou na bufunfa que estava escapando pelo vão dos dedos e falou…

– Bem, no banco eu tenho uns 5, tenho umas contas de banana para receber de clientes, mas não dá 15 mil…

Finório imediatamente enfia a colher na conversa…

– Tudo bem… Então vamos ao banco sacar este dinheiro! Vamos tomar cuidado com ladrões e vigaristas!

E foram.

Depois de limpar a conta no banco do Brasil, os três seguiram no carro do Finório, um Honda Civic prata, pela cidade, em busca dos clientes que deviam bananas para o sr. Juca. No Jardim Noronha ele recebeu uma divida de 4 mil reais, totalizando R$ 9.750. Colocaram o dinheiro do agricultor junto com o pacote de dinheiro do Finório numa bolsa que Simplório levava e seguiram para a Caixa Econômica onde iriam receber o premio da Quina, de 300 mil reais.

Toda a ‘operação’ para arrecadar o dinheiro, “prova de confiança”, durou cerca de duas horas. Finório, Simplório e Juca já haviam se tornado ‘velhos amigos’! Ao passar defronte uma farmácia na Silviano Brandão, Simplório passou mal! Parece que teve uma queda de pressão ou algo parecido! Ainda bem que estavam em frente a farmácia. Só tinha um problema! Não havia como estacionar…!

– Por favor seu Juca, pega um remédio ali pra mim. Eu sempre tenho isso… Tenho que colocar embaixo da língua senão o coração paraaaaiiiii… – disse Simplório entregando uma cartela vazia com o nome do medicamento e ‘desmaiando’ no banco traseiro do Honda Civic!

Juca entrou na farmácia e saiu rapidamente com o remédio na mão!

Mas cadê o Honda?

Juca olhou pra lá, olhou pra cá, olhou pra cima, pra baixo, foi até a esquina! Chegou a perguntar a um transeunte se não tinha visto um Honda Civic prata! Demorou alguns minutos para Juca ‘cair na real’… Para deixar ‘cair a ficha’… Para se dar conta de que havia caído no ‘conto do vigario’…! Mesmo assim, ora com um frio na espinha ora com o sangue fervendo nas veias, de raiva, ele ainda andou mais meia hora nas imediações da farmácia na esperança de avistar o Honda. Na esperança de ver Simplório desmaiado numa sombra qualquer segurando a bolsa com seus 9.750 reais…! Somente duas horas depois ele se aninou a procurar a policia para contar o fato. A esta altura Simplório & Finório deviam estar saboreando um rodizio regado a Casillero Del Diablo safra 2007, numa churrascaria qualquer da Fernão Dias próximo à Atibaia…

O diálogo e nome do personagem desta historia são fictícios. Foram criados com base em experiencias anteriores. Até porque, as vitimas morrem de vergonha de admitir que foram tão ingênuas. E contam pela metade ou inventam historias. O nosso “Juca” por exemplo contou para os familiares que foi assaltado, com arma e tudo, dentro do banco! – Não é mesmo, Jesus?

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O personagem, sua atividade laborativa, sua procedência  e os valores no entanto são reais. O produtor de bananas da “Praia” caiu mesmo no famigerado “Conto do Vigário” na segunda passada. Entregou de bandeja quase dez mil reais à famosa dupla. Simplório, o moço sempre de meia idade pra cima, que finge de pobre coitado e pede ajuda para receber o premio de loteria, pois não tem conta em banco, e Finório, o boa pinta, boa praça, boa prosa que oferece ajuda, foram batizados com este nome lá nos tempos de vovó de vestidinho chita… O golpe é muito velho. Mas tem vitimas novas todo dia!

Para cair no “conto do vigário” não precisa ser plantador de banana da Praia, aposentado do ‘Inamps’ ou costureira de subúrbio. Basta dar trela para Simplório & Finório. Eles conseguem até tirar leite de cavalo sem tirar o peão da sela!

Em Pouso Alegre já caíram no golpe ofice-boy, professora, policial aposentado, advogada… Teve até um distinta agiota da ‘high Society’. Ela foi aborda na porta da igreja de Fátima e conseguiu uma façanha! Entregou três mil reais que tinha em casa e foi ao banco na companhia da dupla e fez um empréstimo de 25 mil… Ela queria comprar o bilhete inteiro de 250 mil por 30 e ainda conseguiu um ‘desconto’! E depois queria me processar por causa das perguntas que eu fiz a ela!

Enfim…! Qualquer pessoa que cresça os olhos numa ‘graninha extra sem suar a camisa’ poderá cair no Conto do Vigário! Basta cruzar por aí com a famosa dupla Simplório & Finório!

 

Avioezinhos do São João caem de novo…

Se voce for pego com isso, ganha 5 anos de cana... Yago  e Janderson ganharam um 'puxão de orelha'!

Se voce for pego com isso, ganha 5 anos de cana… Yago e Janderson ganharam um ‘puxão de orelha’!

Eram três e meia da tarde desta terça quando o sargento Silveira e o soldado Fabrício passavam pelo Jardim São João e avistaram os dois motoqueiros engarupados. Quando tentaram abordar os garotos, teve inicio uma espetacular fuga pelas ruas do Jardim São João. Parecia cenas de filmes de Eddie Murphi ou Martin Lawrence… Janderson e Yago, os dois figurinhas fáceis do álbum da policia pularam riscaram as ruas do bairro com os homens da lei no cangote. Depois de freadas bruscas, arrancadas e manobras perigosas, pararam a Honda Titan 125 preta de placa HGY-2064 defronte uma residência da Rua Pintassilgo. Entraram correndo em casa, trancaram a porta, subiram por um alçapão, pularam no telhado do vizinho Narciso, quebrando suas telhas, desceram num quintal, subiram outro muro e foram parar ofegantes debaixo da cama da vovó!

Eles tinham motivos para fugir da policia como o diabo foge da cruz! É que além das barangas que levavam no bolso, no seu muquifo havia um robusto cavaco de pedra bege fedorenta e outras barangas, que eles distribuem uma a uma pela bairro na motoca preta. Levavam na algibeira pouco mais de oitocentos reais… Um bom dim-dim para quem não tem emprego fixo e nem renda!

Levados para a delegacia de policia sentaram ao piano, perderam a droga, o dim-dim e a motocicleta usada para a pratica criminosa. Mas não perderam o bem mais valioso… A liberdade! Pois um 15 e o outro 16 anos. Só poderão ser processados por trafico de drogas e se mudar para o Hotel do Juquinha depois que completarem 18 aninhos. Até lá Janderson e Yago ainda farão muita entrega no São João e imediações e poderão divertir a vizinhança com suas fugas mirabolescas pelas ruas e quintais do bairro…!

Resposta ao questionamento do leitor Guy Fawer

Seu questionamento está tão distante da realidade que – desculpe – chega a ser infantil! Passa a ideia de que o cidadão é julgado e condenado ou absolvido com base nas informações contidas em um singelo B.O.!

Não meu amigo Guy…

O Boletim de Ocorrência é uma mera peça informativa – a primeira – em um inquérito policial. Para que o cidadão vá sentar-se no banco dos réus, há um longo caminho a ser percorrido, um livro inteiro, com dezenas de paginas a ser escrito, com todas as provas possíveis e admitidas em lei. O BO da PM é apenas a comunicação do crime ao delegado de policia, para que ele instaure ou não o IP e comece as investigar.

No caso em tela, depois do relatório da policia militar vem o laudo pericial do perito criminal, a declaração do medico que socorreu a vitima, o Auto de Corpo de Delito ou Laudo de Necropsia – se Pedrinho vier a óbito – do Medico Legista oficial, comprovando a gravidade, intensidade e quantidade da ofensa à integridade física da vitima – quantos tiros, de que distancia foram disparados, onde acertaram … Feito isso a autoridade policial irá juntar os depoimentos das testemunhas e dos envolvidos, fazer seu relatório com base no que foi apurado para só então encaminhar à justiça.

Antes de chegar ao Juiz, o I.P. ainda passará pelo crivo do promotor de justiça que denunciará ou não o agressor com base nos dados apurados.

Logo se vê que a primeira informação falando em um, três ou trinta e quatro tiros não tem a menor relevância. Ela serve sim, para justificar a prisão do agressor e começar as investigações…

Se o BO elaborado pela PM no calor do crime fosse conclusivo, decisivo e definitivo, não precisaríamos do perito, do medico legista, dos investigadores, do delegado e nem do promotor!!!

O BO que levou o crime ao conhecimento da Autoridade Policial menciona um tiro no pescoço, como poderia ter citado um tiro no abdome ou nas nádegas…! Era o suficiente para justificar a prisão em flagrante do atirador Taylor das Dores. Até porque a função de procurar ferimentos e informar com precisão ao delegado compete, como eu disse acima, ao medico legista.

Vou desenhar!

No inicio da tarde ensolarada de sábado, 17 de agosto de 2003, recebi um comunicado da PM informando que o administrador Hélcio Luiz dos Reis fora encontrado morto com 4 golpes de faca, no interior de sua residência, no Colinas de Santa Barbara…! Por varias razões – inclusive porque convivi com ele dez meses no exercito – fui com o perito Luiz Claudio ‘fazer o local do crime’. Enquanto fazíamos os levantamentos, contamos 9 perfurações de faca no corpo do amigo! Quando o agente funerário chegou e virou o corpo inerte e frio, achamos mais 4 ferimentos. Acompanhei a necropsia feita pelo medico legista Vitor Romeiro, no IML, e chegamos a 17 facadas.

Do encontro do cadáver banhado em sangue no final da manha até a conclusão do Medico Legista depois da necropsia no final da tarde, quantas facadas meu amigo ‘329’ levou…! Quanto boato correu pela cidade acerca do crime?

Quando publicamos o post “Tentativa de homicídio no Aterrado” ainda não tínhamos – aliás, ainda não temos o laudo oficial do medico legista. E isso não tem a menor importância. Um, cinco ou sete tiros não mudam os fatos…

Como se depreende meu estimado Guy Fawer e demais leitores, a policia militar e mesmo os investigadores se forem os primeiros a chegar ao local do crime, não tem nenhuma necessidade e nem meios para informar com minucias os fatos. Há um longo caminho a ser percorrido na busca dos detalhes até que o acusado vá sentar-se desenxabido e cabisbaixo no banco dos réus…!

No caso em tela, não periga o atirador Taylor ser condenado ou absolvido por causa de um econômico B.O.

Abraços.

Peladeiros do Canadá salvam ‘donzela’ de estupro

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Eram nove da noite fresca desta quarta, 27. O time de colete preto vencia o de colete laranja por 13 a 8… De repente, quando o delegado Clauber Moura se preparava para balançar mais uma vez as redes do sargento Leomir – ela já havia feito o mais belo gol da noite, por cobertura? – ouvimos gritos desesperados de mulher… Clauber parou! Todos paramos no lance e corremos para o alambrado oeste da quadra, na direção de onde vinham os pedidos de socorro! Os gritos ficaram abafados, como se tivesse uma mão tentando impedí-lo… De repente se tornaram agudos de novo…

– Socorro, aaaaiiiii… socorro, me ajude…!

Seriam adolescentes ‘zuando’? Ou seria uma donzela em perigo na estradinha escura depois do Jardim Canadá? Os gritos se repetiram …

– Me ajuda… Socorro… Aaaaaiiiihhh…

No minuto seguinte doze homens suados, de schort e colete estavam descendo a estradinha vermelha em direção aos gritos que vinham da escuridão.

Aos ouvir os gritos de cá, cessaram os gritos de lá… No instante seguinte o farol de uma moto acendeu em nossa direção! Ao ver aquele bando de homens de punhos cerrados indo ao seu encontro, o motoqueiro deu um cavalo de pau, tomou a direção contraria e sumiu na escuridão da noite. Talvez nunca saibamos quem era ele! Será?

Com mãos tremulas, derramando a água do copo que o único vizinho da quadra e sua esposa lhe ofereceu no portão, atropelando as palavras, a frágil e bonita garotinha de blusinha branca e shortinho jeans vomitou as palavras aos prantos;

– Eu não conheço o cara… Eu estava sentada perto da minha, ele passou e me convidou para dar uma volta de moto! Eu pensei que era no bairro, de repente ele veio para este lado, no escuro… eu nem sei onde estou! Eu gritei para ele voltar, quando ele diminuiu eu saltei da moto e ele me agarrou e começou me arrastar para o mato, me bater… eu comecei gritar…

– Onde voce mora garota?  Você viu o rosto dele? É seu namorado? Quantos anos você tem? Você já saiu com ele antes? Se o vir de novo você o reconhece? – bombardeávamos a donzela assustada de perguntas…

– Eu moro perto da Praça de Esportes… Eu pensei que era para dar uma volta lá perto…! Eu nunca o vi antes! Ele não tirou o capacete! Eu tenho 18 anos! … Vim de São Gonçalo… Não conheço nada por aqui… – tentava a garotinha responder à nossa enxurrada de indagações enquanto bebia a água com açúcar derramando na blusinha branca…

Bem, não havia mais nada a fazer. A mulher do vizinho já estava com o celular na orelha chamando a PM. O motoqueiro tarado a esta altura já havia passado pelo Recanto do Teimoso, pelo Alçapão e já devia estar chegando no Cajuru – o bairro. O restante do futebol…? Só se tivesse um terceiro tempo! Pior para o time laranja do Fernandinho, que perdia – de novo – para o meu time de preto. Semana que vem tem revanche!

Só espero que não apareça mais nenhuma donzela de shortinho jeans em perigo, nas garras de um motoqueiro estuprador, para atrapalhar nossa pelada…!!!

Hospedes do Hotel do Juquinha concluem cursos de Almoxarife e Recepcionistas.

“A educação profissional como forma de humanização”, este é o lema!

Formação H. Juquinha II

O Presídio de Pouso Alegre através da Diretoria de Atendimento e Ressocialização vem realizando diversas atividades sociais na área de educação (Ensino Fundamental e Médio, EJA), cursos profissionalizantes, cultura, trabalho e saúde. Atendimento médico, acupuntura, oftalmologista e dentista, realizados pela ONG Ordem, Graça e Misericórdia de Carmo da Cachoeira/MG.

– Para a realização destas ações, contamos com o apoio do conservatório de música, prefeituras de Congonhal, Senador José Bento, Careaçu e Pouso Alegre, Suzuki Motors, Igreja Adventista do Sétimo Dia,. OAB, Guarda Municipal de Pouso Alegre – conta com orgulho o diretor geral Willian Abrete Pinto.

Segundo o Diretor Geral Willian Abrête Pinto a conclusão de curso esta semana, representa uma oportunidade para os detentos do Presídio de Pouso Alegre conseguirem uma profissão no futuro.

– Saliento a importância do investimento nos presídios mineiros através de parcerias nas áreas do trabalho, educação, cultura etc, como forma de ressocialização e reinserção social do indivíduo privado de liberdade, pois se não tiverem o que fazer, passarão o dia no ócio dentro da cela. Que possamos compartilhar a responsabilidade de resgatar essas pessoas para o convívio social, tendo a convicção de que não seremos decepcionados, pois a cada conquista, a satisfação vem sendo recíproca entre todos os envolvidos. – diz com orgulho o ‘gerente geral’, a um ano à frente do polêmico “Hotel do Juquinha”.

Formação H.Juquinha III

Com a implantação da horta comunitária, o Presídio de Pouso Alegre, utilizando a mão de obra dos detentos que estão no direito de remir suas penas, tem distribuído hortaliças para entidades carentes da região.

Formatura Presidio

Um salão familiar para os visitantes dos presos está em fase terminal que será inaugurado em breve, para que as pessoas que vêm ao presídio possam utilizar banheiros, mesas, bancos e bebedouros enquanto aguardam a entrada na unidade prisional.

–  “Triste não é mudar de ideia e sim não ter ideia para mudar” – filosofa o sábio detento A.C.P..

Formação no H. Juquinha I

Pelo que se vê, uma parte da sociedade e a gerencia do Hotel do Juquinha, acreditam na recuperação dos seus hospedes… É preciso que eles também acreditem!

Cabeleireira de Pouso Alegre ganha Gol Flex e 35 mil por telefone…

No final da manhã deste domingo 24, a cabeleireira M.L.M.S, 52 anos recebeu uma mensagem em seu celular informando que ela havia sido contemplada em um sorteio e tinha ganhado R$ 35 mil e um VW Gol flex. Tudo que ela tinha a fazer era retornar a ligação de um aparelho fixo para o numero (85) xxxx-yyyy para receber as instruções de como retirar seu premio.

Ao ligar para ao referido numero – cujo DDD é do Ceará e região – o promotor do sorteio disse que ela teria que fazer a transferência de R$ 780 para a conta de M.W.F.Silva numa agencia da Caixa Econômica Federal. Tão logo fez a transferência do numerário e voltou a ligar para o mesmo numero, o “sr.Marcio” – percebendo que estava fácil! – mandou que ela fosse à agencia do Santander e depositasse mais R$ 1,20 mil para a mesma conta! Neste momento ‘a ficha caiu’…! A euforia da cabeleireira se apagou… Ela se deu conta de que havia caído no hilário “conto do vigário” via celular! Seu rico dinheiro já havia mudado para o Ceará!

A historia da dona Maria me fez lembrar o primeiro carro que ganhei por telefone, no final de 2006… Foi divertidíssimo. Aliás, foi um espetáculo digno de plateia!

Descíamos – eu e os inseparáveis parceiros Benicio e Cleber – a Rua das Hortências no bairro Recanto das Margaridas, quando o celular vibrou na cintura. Ao abrí-lo vi a mensagem:

– “Voce foi escolhido pelo Programa “Faça uma pessoa feliz” do SBT. Voce foi sorteado com um Honda Civic completo e mais um bônus de R$ 5 mil para documentação e seguro. Ligue de um aparelho fixo para o numero abaixo para confirmar seus dados e receber seu premio”. A central de sorteios do SBT o parabeniza e aguarda seu contato”.

Nós havíamos acabado de prender um cidadão por inadimplência alimentícia e como estávamos no velho golzinho quadrado sem ‘forninho’, ele estava no banco de trás ao lado do Clebinho. Mostrei para o três a mensagem, pulando de alegria no banco da frente!

– Vejam… Acabei de ganhar um carrão zero e mais cinco mil reais!!! Que maravilha! E olha que eu nem vejo o SBT em casa…!

Chegando na Delegacia da Quintino Bocaiuva fui direto para trás do balcão, peguei o telefone e liguei para o numero indicado na mensagem.

– Alô, foi vocês que me enviaram uma mensagem sobre o sorteio de um Honda Civic…?- falei eufórico.

– Um instante… Qual é o numero do téléfone fixo do sr. mesmo? – Perguntou uma voz com sotaque nordestino. Após ouvir o numero que eu disse o dono da voz fingindo desinteresse acrescentou…

– Estou anotando o numero aqui… Vou passar o sr. para o sr. Givanildo, da  ‘Central de Sorteios’. Um instante… – disse a voz.

Enquanto aguardava quatro ou cinco segundos, dava para ouvir uns cochichos do outro lado da linha que dizia… “… é um dos nossos clientes!”

A mesma pessoa deu uma limpada na garganta, impostou um pouco a voz e iniciou o diálogo tentando imitar ao menos a alegria do patrão Silvio Santos.

– Quem é o felizardo que acaba de ganhar um belo Honda Civic…?

A cada resposta que eu dava ele emendava uma nova pergunta ou uma interjeição do tipo;

– Mas que sorte a do sr.! senhor Airton! O sr. certamente vai fazer uma festa para comemorar, não é? Imagine ganhar um carro e mais cinco mil reais… – E sem dar tempo para qualquer interpelação, o cidadão com sotaque nordestino foi me enchendo de pergunta e foi esquecendo as ‘formalidades’. Logo estava me chamando pelo nome como se fossemos velhos amigos ou vizinhos!

– Acho que eu mesmo vou levar este carro aí para o sr. e participar deste churrasco, seu Airton!

Sabendo muito bem com quem eu estava falando e que tipo de carro eu havia ganho, dei corda para o moço da ‘central de sorteios’. A cada pergunta dele eu interrompia eufórico, querendo saber detalhes sobre meu carrão novo!

– Mas quando vocês vão me entregar o carro…!

– Amanha mesmo, seu Airton. Mas o dinheiro vai estar depositado na sua conta hoje mesmo, seu Airton…

– Mas que horas vocês chegam com o carro? Quero marcar o churrasco e desfilar com ele pelas ruas, posso?

– Mas claro, seu Airton! O carro é seu… – emendava no mesmo ritmo e euforia o moço da central de sorteios, cada vez mais à vontade, cada vez mais nordestino…!

A esta altura do nosso dialogo no hall do velho predio da esquina da Quintino Bocaiúva, Benicio e Cleber já haviam recolhido o preso da Pensão Alimentícia no ‘corro’ e já havia se juntado a meia dúzia de pessoas em volta do balcão para ouvir a conversa… Afinal, não era todo dia que viam um colega de trabalho ganhar assim um carro de sessenta e cinco mil num sorteio. Quanto mais eu me empolgava de cá com meu Honda Civic, mais o moço da ‘central de sorteio’ se empolgava de lá com minha empolgação…

– Mas me diga, em qual banco mesmo o sr. tem conta, seu Airton? Itaú, é? Tem conta em outro banco também? O sr. trabalha com que mesmo, seu Airton. O sr. já tem carro seu Airton? Que bom sr. Airton, agora o sr. pode dar o carro velho pra esposa e ficar com o carrão zero, né, seu Airton. Isso é que é sorte né, seu Airton? Como é que o sr. quer receber estes cinco mil, seu Airton? Através de boleto ou direto na conta, seu Airton? Qual é mesmo numero da conta seu Airton? Quanto o sr. tem na conta do Itau, seu Airton? E na conta da Caixa seu Airton?

Depois de uns quatro ou cinco minutos de animada conversa, decidi ‘apertar’ o cinto do ‘moço da central’;

– Mas de onde mesmo o sr. está falando, Givanildo?

– Da ‘central de sorteio’ do SBT…

– Eu pensei que o sr. estivesse falando de Fortaleza… Seu sotaque é bem nordestino!

Após uma pigarreada ele emendou…

– Mas eu sou do Ceará mesmo, é que eu não perdi o sotaque da terrinha, inda não!

– E há quanto tempo você trabalha em São Paulo, Givanildo?

– Já tem uns doze anos, oxente!

A esta altura da conversa, no entorno do balcão já não cabia mas ninguém! Funcionários, despachantes, pessoas que estavam na delegacia por algum motivo queriam ouvir de perto minha conversa com o ‘moço da central de sorteios’. E eu dando corda…! E ele querendo saber tudo e mais um pouco a meu respeito! O que eu fazia,quanto eu ganhava, em que banco eu tinha conta, quanto eu tinha na conta… Até que eu fiz a clássica pergunta!

– Mas o que eu tenho que fazer para receber este maravilhoso Honda Civic e os cinco mil, Givanildo…?

– É muito simples seu Airton, o sr. só precisa fazer um pequeno deposito na conta do SBT para ‘reativar’ a conta…! De quanto o sr. dispõe no momento no banco, seu Airton?

– Devo ter uns … quatro mil no banco Itaú, Givanildo – menti descaradamente abrindo um sorriso para as pessoas à minha frente no saguão da delegacia. Minha conta estava mais vermelha do que uniforme de bombeiro! Se eu de fato recebesse um Honda Civic de 65 mil e vendesse para pagar minhas contas em 2006, acho que mal sobraria para comprar uma bicicleta! A esta altura até o delegado Jose Walter, ao ouvir a conversa, desceu do seu gabinete no andar superior e parou na escada de madeira para ver e ouvir a encenação…! Percebendo pela minha euforia que eu já estava quase ‘fisgado’, o ‘moço da central de sorteios’ aumentou a pressão psicológica.

– Mas o sr. não tem dinheiro na poupança no outro banco que o sr. falou não, sr. Airton?

– Devo ter uns três mil e pouco na Caixa, mas eu vou precisar dele para pagar a escola dos meninos…

– ‘Ara’ sr. Airton, o sr., não pode dispor de 7 mil não, sr. Airton? O sr. vai receber totalmente de graça um premio de 70 mil, sr. Airton! Dá para colocar todas sua contas em dia…

– Tudo bem… sete mil! E o que que eu tenho que fazer?

– Fala o numero da sua conta para eu mandar depositar os 5 mil hoje mesmo, seu Airton… Agora anota aí o numero da minha, quer dizer, da conta do SBT para o sr. fazer a transferência dos 7 mil sr. Airton… – derrapou ele.

Bem, depois de uns seus ou sete minutos de encenação com Givanildo, o ‘moço da central de sorteios’ do SBT, diante de calorosa plateia querendo saber o desfecho, era hora de terminar o espetáculo e descer do palco. Levantei da cadeira com o telefone colado no ouvido e fiz a pergunta que todo cidadão que ganha carros e outros prêmios através de celular deveria fazer…!

– Sr. Givanildo… De qual penitenciária do Ceará o sr. está falando, mesmo!!!

– …………….

Após alguns segundos de silencio, engasgos e pigarros, o ‘moço da central de sorteios’ fingindo de desentendido soltou uma pergunta. Sua palidez do outro lado da linha podia se pegar com a mão…

– Não estou entendendo… Do que o sr. está falando, seu Airton..!

– Sr. Givanildo, pelo DDD da mensagem no meu celular, pelo seu sotaque e por mais alguns ‘detalhes’ eu sei que o sr. é um picareta falando de uma penitenciaria qualquer do nordeste do Brasil… Este numero de conta bancaria que você anotou aí é tão verdadeiro quanto você é funcionário do SBT! Eu estou falando da delegacia de policia onde eu trabalho, maaaannnnéééé!

Com o rosto pegando fogo de raiva, o ‘moço da central de sorteios’ do SBT, a dois mil e setecentos quilômetros de Santa Rita do Sapucaí, soltou um palavrão e desligou o celular.

No saguão da DP eu e a plateia soltamos uma gostosa gargalhada…

Para lidar com vigaristas de todo tipo, que te oferece prêmios e bilhetes premiados, não precisa ser policial e nem ter qualquer tipo de experiência… Basta lembrar que para ganhar alguma coisa… É preciso suar a camisa! É preciso trabalhar!!!