Professor lança livro sobre a família “Coutinho no Sul de Minas”

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A obra que resgata dois seculos de historia de uma das mais tradicionais famílias da região, trás a co-autoria do historiador Celso Coutinho.

O lançamento ‘popular’ do livro aconteceu no ultimo dia 15 de novembro no bairro dos Coutinhos, onde teve origem a família, durante encontro dos descendentes do patriarca. João Coutinho Portugal estabeleceu-se com a segunda esposa no município de Congonhal em 1814, dando origem à Família Coutinho no Sul de Minas. O livro impresso pela Editora Santuario, com 511 paginas, conta a trajetória dos Coutinhos e seus desmembramentos, com suas nuances e características, seus hábitos e tradições e a arvore genealógica que está na 11ª geração.
Lançado informalmente durante o IV Encontro da Família no mês passado, onde vendeu 680 copias, o livro “A Familia Coutinho no Sul de Minas” escrito pelo Professor Hilário Coutinho, será lançado formalmente pela Academia Pouso Alegrense de Letras no inicio de 2015. Os leitores no entanto, poderão adquirir a obra na “Livraria Intelecto” de Pouso Alegre ou através de ‘email’ do autor.
Ensinando Filosofia há 26 anos em escolas de Pouso Alegre e região, inclusive na ETE-Santa Rita do Sapucaí, o professor Hilario Coutinho, oitavo na arvore genealógica da família Coutinho, precisou de dez anos para escrever o livro. E conta como foi…

Airton Chips: Professor, por que escrever um livro sobre a Família Coutinho?

Hilário Coutinho: A intenção primeira é resgatar a nossa história, cujo bicentenário se completa este ano. Mas, também, temos a intenção de proporcionar mais duas virtudes à Família Coutinho: dar a ela notoriedade histórica e social, pelo tempo e ação no Sul de Minas e ainda preservar, oficialmente, sua identidade de colônia portuguesa, coisa que ninguém havia falado disso até hoje.

A. Chips: O que você espera da comunidade Coutinho, com este livro da própria história?
H. Coutinho: Considerando que o historiador apenas significa os fatos, só podemos esperar três coisas da família Coutinho: primeira, que as pessoas interessadas leiam essa obra que foi escrita muito mais com a alma que com a racionalidade acadêmica.
Espero ainda que, ao ler a própria história, cada leitor, dentro da sua realidade, valorize os nossos e seus parentes, pois é deles que a história foi construída e agora registrada.
E, por último, espero que preservem sua identidade histórica e a contem aos seus filhos, para que cada geração se veja dentro de um processo social e na dinâmica da história da humanidade.
A. Chips: Quem atuou com você para a produção do livro?
H. Coutinho: Diretamente, como coautor, foi o meu primo Celso Coutinho. Desde o primeiro momento, quando eu tive a ideia de produzir o livro, fui à casa dele, falamos sobre o assunto, e o processo ocorreu como esperávamos, até o livro ser editado, lançado e entregue à comunidade. Tivemos apoio direto ainda do amigo e parente, Isaias Claret de Lima, que assumiu o levantamento dos descendentes de Joaquim Venâncio Coutinho. Outras pessoas, conforme estão lançadas nos agradecimentos especiais do livro, nos ajudaram na coleta de dados de seus familiares.
A. Chips: Qual foi a maior dificuldade para escrever o livro?
H. Coutinho: Seguramente, foram as intermináveis pesquisas em livros das Igrejas, das cidades por mim visitadas. Gastei tempo, dedicação e até muito dinheiro para documentar tudo, comprovar os fatos e oficializar em documento acadêmico.
A. Chips: Das cidades visitadas, qual mais marcou o seu trabalho de pesquisa?
H. Coutinho: Foi a cidade da Campanha da Princesa. Lá, no solitário do saguão da Cúria Episcopal, fiquei incontáveis horas e em vários dias, passando folhas de enormes livros antigos, à caça do tesouro oculto: certidões de nascimento, casamento e óbitos dos nossos antepassados.
A. Chips: E qual foi o maior desafio enfrentado durante esses 10 anos de pesquisa?
H. Coutinho: Foi a morte da minha mãe. Mamãe faleceu dia 26 de dezembro de 2.004, quando eu já estava embalado com as pesquisas bibliográficas. A morte dela foi uma ducha de agua gelada em minha vida. Por muito pouco eu não joguei tudo para o espaço.
A. Chips: Mas, porque 10 anos, uma década para produzir esse livro, embora grande e complexo?
H. Coutinho: Bom, primeiro eu não sou nem historiador e nem escritor oficial. Sou um professor de Filosofia. Leciono mais de 50 aulas semanais e tenho que correr 400 km por semana para atender as cinco unidades escolares. Então, eu fiz o que pude, administrando os três tempos da vida: atenção à minha família, dedicação ao trabalho e aplicação às pesquisas para o livro! Outra dificuldade é a natureza da obra. Escrever livro dessa natureza, não basta ser contador de causos e ter boa vontade, é preciso conhecer mais profundamente as coisas e ir aos lugares certos e de forma responsável.
A. Chips: O livro está dividido em duas partes, uma histórica e outra genealógica. Qual das duas foi a mais difícil fazer?
H. Coutinho: Obviamente, foi a parte histórica. Essa foi preciso conhecer os fatos, confirmá-los e, o mais difícil, dar significado a eles. Isso é pura produção intelectual de quem escreve. Uma coisa é contar o fato, oralmente; outra coisa é escrevê-lo, manter a sua veracidade e colocar alma nele. Quanto à genealogia, bastava correr de duas a três vezes às casas das pessoas, e coletar os dados.
A. Chips: O livro foi lançado popularmente e entregue à comunidade Coutinho. Por acaso há projeto para um lançamento mais acadêmico?
H. Coutinho: Sim. Eu já tive contato com a ACADEMIA POUSO ALEGRENSE DE LETRAS, através da Maria do Carmo, a ‘Madu’. Estamos acertando uma data viável, para o início do ano que vem, para um lançamento acadêmico em Pouso Alegre. Na data certa, vamos comunicar a todos sobre esse evento.
A. Chips: Como as pessoas interessadas devem fazer para adquirir o livro ?
H. Coutinho: Temos, por enquanto, três meios para a aquisição do livro:
Através da Livraria Intelecto, que fica em Pouso Alegre, na Rua Comendador José Garcia, número 272. Pela internet, no email [email protected], E ainda diretamente no “Restaurante Casa da Vó”, no próprio bairro dos Coutinhos, em Congonhal.
A. Chips: Suas considerações, professor…
H. Coutinho: Aproveito para agradecer a você a oportunidade de estar aqui nesta pagina divulgando nosso trabalho e agradecer as pessoas que leram e que estão lendo o livro “A família Coutinho no sul de Minas”. Finalizando, posso dizer que a minha experiência de escrever a história é semelhante a dar um mergulho no escuro do túnel do tempo, sem a menor ideia de onde se pode chegar. E que, escrever sobre genealogia é o mesmo que correr atrás do infinito!

 

Parque Zoobotanico de Pouso Alegre homenageia ambientalista

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A denominação que homenageia o ambientalista e ex-chefe do Ibama professor Fernando Bonillo foi aprovada pela Camara Municipal da cidade na sessão da ultima terça feira, 25. O projeto de autoria da vereadora Lillian Siqueira foi aprovado por unanimidade por seus pares.
Fernando Afonso Bonillo Fernandes era Mestre e Doutor em engenharia florestal pela Universidade Federal de Lavras – Ufla – com especialização em agricultura, ciências do meio ambiente com ênfase em biologia; era professor do curso de Ciências Biológicas da Universidade do Vale do Sapucai – Univás – em Pouso Alegre. O ambientalista era chefe da unidade regional do Ibama em Pouso Alegre e uma das principais referencias em meio ambiente no Sul de Minas. A formação acadêmica no entanto, diz menos do que foi o homem… Fernando Bonillo era apaixonado pela natureza. Símbolo e legitimo defensor do meio ambiente. Sua figura alta, séria e agradável, sem ser sisuda, era presença constante, inclusive, na delegacia de policia resgatando e amparando animais de toda espécie apreendidos em poder de caçadores e malfeitores. Resgatou e devolveu à natureza centenas, milhares de aves indefesas e outros bichos. Fernando Bonillo morreu no dia 01 de outubro do corrente vitima de câncer, aos 58 anos.
Importante remanescente da Mata Atlântica e considerado pelas autoridades ambientais como Unidade de Conservação de Proteção Integral, o Parque Municipal de Pouso Alegre à noroeste do município, está localizado ao lado de um complexo montanhoso denominado Serra do Santo Antonio, interligado de forma contígua à Reserva Particular Mata dos Sabiás e à Reserva Florestal do 14ª GAC. Formam juntos um maciço de aproximadamente 350 hectares de florestas e montanhas. Possui ainda uma área de uso publico de cerca de 12he destinada a atividades de educação ambiental, lazer e recreação para a população – será que existe um pousoalegrense que não conhece o antigo Horto Florestal da cidade? – além de dois lagos de quase quatro hectares de espelho d’agua. O acesso à área de lazer é feito através de uma alameda asfaltada circundada por pinos plantados quando da construção do parque em 1971.
O espaço representa um importante reduto para diversas espécies de animais, incluindo espécie da mata atlântica ameaçadas de extinção. Abriga um viveiro de mudas de varias espécies e frondosas arvores centenárias. A poucos metros da área de lazer reina um imponente Jequitibá de mais de 500 anos. Reserva florestal com diversidade biológica, com trilhas para caminhada junto à natureza, com animais, aves, plantas, lagos e recreação aberta ao publico, a 4,5 km do centro da cidade, o espaço é considerado um monumento natural paisagístico. O parque que a partir de agora passa a chamar-se Parque Natural Municipal “Prof. Dr. Fernando Afonso Bonillo Fernandes” é uma sala de aula a céu aberto para quem queira ensinar ou aprender sobre a natureza e sua preservação.

Logo na entrada do parque a criança já sente que é bem vinda...

Logo na entrada do parque a criança já sente que é bem vinda…

Nenhum logradouro publico seria mais apropriado para homenagear aquele que foi um dos maiores defensores do meio ambiente. Fernando Bonillo, que conheci molecão, alto, esguio, com cara de menino estudioso, nos anos 70 na Rua Adalberto Ferraz, e vi desfilar nos últimos anos com a autoridade de quem sabe o que quer e sabe o que faz está no lugar que pediu à deus para viver a eternidade! Como disse hoje pela manhã um delegado quando falávamos de sua figura publica: “Fernando Bonillo era o homem certo, no lugar certo”!
Mudou de dimensão, mas continua no lugar certo!
 

PM apreende 142 pés de erva no Faisqueira

A suposta droga apreendida no Faisqueira: Isso é talvez, erva de Santa Barbara

A suposta maconha apreendida no Faisqueira: Isso é, talvez, broto de erva de Santa Barbara…

A apreensão aconteceu no final da tarde desta segunda, 24, no Loteamento Pão de Açucar. Os homens da lei chegaram até o local através de denuncia de amigos ocultos da lei que informavam haver uma plantação de maconha no terreno ali vizinho. Durante procura pelos pés da erva no terreno baldio, inclusive com ajuda de cães farejadores, os policiais encontraram vários pés de arbustos verdes com folhagem parecida com a da famigerada maconha. Toda a plantação, cujos pés mediam entre um metro e meio, foi arrancada e levada para a delegacia de policia.
O BOPM que narra a apreensão da suposta droga diz que “após busca em vasto terreno, foram localizados e contabilizados 142 pés da substancia entorpecente”.
O exame de constatação, que naturalmente precede o exame definitivo, indispensável para que a autoridade policial ratifique o flagrante do suspeito, dono ou portador da droga, não chegou a ser feito, pois ninguém foi preso no local da plantação. Faltou elemento do crime! Na verdade faltou também materialidade, como se verá adiante!
A noticia da apreensão de considerável quantidade de drogas in natura logo ganhou a imprensa local. Antes mesmo dos exames de constatação da droga, que é feito pela policia técnica da policia civil.
Em contato visual com a foto da suposta droga arrancada, em um site de noticias local, este blogueiro perguntou pelas fotos da verdadeira droga, uma vez que a foto mostrada exibia um arbusto de caule liso e folha verde escuro, ligeiramente arredondadas, bem diferentes de Cannabis Sativa de Lineu, cujo caule é ‘peludo’ e tem folhas verdes claras, longas e serrilhadas! Lançada a duvida sobre a autenticidade da droga, o site retirou a matéria do ar, e, como havia sido visto por outros sites, desde então outros órgãos de imprensa tem procurado a delegacia de Policia buscando confirmar se os brotos apreendidos são ou não de maconha!

Isso é um broto tenro de Cannabis Sativa de Lineu...

Isso é um broto tenro de Cannabis Sativa de Lineu…

Na ausência do delegado da Especializada de Combate o Trafico, Gilson Baldassari, que está de férias, o delegado Regional Flavio T. Destro, determinou à Pericia Técnica que faça o exame de constatação na erva para, em caso negativo, mandar arquivar o BO.
Este blogueiro, como já havia feito no site co-irmão em contato visual com a foto da suposta droga, adianta a o resultado; o BO será arquivado! Os 142 pés de erva apreendidos na segunda feira no Faisqueira não são de erva marvada! A principio parecem brotos nativos de erva de Santa Barbara. Não possui o THC previsto no artigo 33 da Lei 11.343 como droga. Se alguém estivesse no local cuidando da ‘lavoura’, não estaria cometendo nenhum crime…!

... Que pode chegar a três de altura!

… Que pode chegar a três de altura!

 

João Andante não é mais João, mas continua Andando… Mesmo sem as pernas!

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Produzida no Brasil desde que o país era criança em fraldas – 1530 – a bebida produzida com caldo de cana fermentado é a única genuinamente brasileira! No Período Colonial tornou-se símbolo da resistência ao colonialismo de Portugal. Mais tarde no Império, tornou-se símbolo da Independência do Brasil.
Passou por vários status sociais. Dos escravos aos senhores de engenho. Do proletariado à burguesia! Apreciada pela elite dominante do século dezenove, frequentou até o palácio real. Com a proclamação da republica em 1889, perdeu duplamente a nobreza! A partir de então o chic era beber vinho, champanhe e Whisky importados. E a velha cachacinha virou “bebida de pobre”, vendida em botecos…!
Ficou assim marginalizada durante quase um século! A partir de 1980 começou reconquistar seu espaço. Hoje só no município de Salinas, Nordeste de Minas, existe cerca de 60 alambiques. Todos tentando seguir os passos da septuagenária conterrânea Havana, que não se encontra por aí a menos de R$ 450 a garrafa.
Em 1995 o escrivão de policia aposentado, Sr. Lima, se valendo do bom relacionamento com a alta sociedade pousoalegrense, entrou no ramo da cachaça. Trazia de salinas a famosa “Lua Cheia”. Comprei algumas dele à R$ 4 a garrafa de 600ml. A Velho Barreiro ou a 51 custavam na época R$1,70 o litro! Hoje a mesma Lua Cheia custa no mercado em media R$ 42.
Há muito que se falar deste novo filão de ouro brasileiro – coincidência ou não, a cachaça ouro predomina sobre a prata em todas as prateleiras e cachaçarias – que a cada dia ganha mais o mercado estrangeiro. Tem até um ator americano fazendo comercial de uma cachaça brasileira. E olhe que nem é das melhores!
Mas voltemos ao titulo desta embriagante matéria!

Em 2008 a Agropecuária Santo Antônio do Cerrado, produtora da cachaça Passatempo de Minas na zona rural de Passa Tempo-MG, resolveu expandir seus negócios e criou um novo rotulo para sua cachaça. Um nome bastante sugestivo para a bebida: “João Andante”! A cachaça ouro, envelhecida em toneis de carvalho e amburana, com aroma delicado da madeira chegou ao mercado com um preço ligeiramente amargo… R$ 76. – No mercado municipal de BH sempre paguei abaixo de setenta reais!
O rotulo da João Andante tem o desenho que mistura o matuto Jeca-Tatu, personagem de Monteiro Lobato, e o andarilho Juquinha, antigo morador que ficou famoso na Serra do Cipó. “João” caminha carregando uma trouxa de roupas nas costas.
João Andante começou caminhando muito bem, mas não tardou viu a empresa americana Diageo cruzar seu caminho. A holding que é dona da marca de uísque Jonnnie Walker acusava a cachaçaria de plagiar sua marca. Segundo a marca de whisky, além da figura do andante imitar a imagem do lorde inglês que desfila com chapéu e bengala em suas garrafas de whisky, o nome “João Andante” é tradução literal de Johnnie Walker! Na briga com a gigante americana, João Andante perdeu as pernas!

Quem acolheu o João em suas andanças por aí, enquanto ele ainda tinha pernas, se deu bem...  Essa eu comprei em janeiro, quando João ainda andava livremente pelo mercado de Belo Horizonte. Guardo para ocasiões especiais...!

Quem acolheu o João em suas andanças por aí, enquanto ele ainda tinha pernas, se deu bem…
Essa eu comprei em janeiro, quando João ainda andava livremente pelo mercado de Belo Horizonte. Guardo para ocasiões especiais…!

Quem hospedava João Andante em seus depósitos quando a justiça determinou a suspensão da sua distribuição, viu o preço triplicar. Pena que o estoque não durou mais que dois meses!
Apesar de perder a identidade e até as pernas, a cachacinha de Passa Tempo continuará andando. A garrafa é a mesma, o conteúdo é o mesmo, o preço é até mais adocicado e o rotulo muda para: “O Andante”. Com o mesmo saco nas costas… Mas sem as pernas!
“O Andante” foi lançado oficialmente na Expocachcaça na Expominas em Belo Horizonte em maio de 2014 e deve custar nas cachaçarias cerca de R$62.

 

Mudou-se o rotulo, mas o conteúdo é o mesmo!

Ciclista atropelado no Aterrado era benzedor

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O trágico acidente aconteceu no meio da tarde desta segunda, 17, na Avenida Vereador Antônio da Costa Rios no Aterrado em Pouso Alegre. O ciclista, então desconhecido, inexplicavelmente se atrapalhou e caiu da bicicleta debaixo de um ônibus que passava pela avenida. Não houve tempo de frear. As rodas atingiram parte do corpo e a cabeça, fazendo-a explodir. De um segundo para outro o ciclista sem documentos nos bolsos estava morto, estendido na pista quente da avenida. Antes que uma alma bondosa providenciasse um lençol para cobrir o corpo, dezenas de celulares registraram a cena, até certo ponto macabra! Em poucos minutos as fotos do cidadão com a cabeça esmagada, com os miolos espalhados na pista, correram as redes sociais!
No crepúsculo da mesma segunda feira, já identificado por familiares, o corpo do ciclista foi submetido a exame de necropsia no IML de Pouso Alegre, como de praxe, e liberado para a família. Era Sebastião Rodrigues da Silva, 70, morador da ultima casa da Rua Joao Sabino de Azevedo no velho Aterrado.
O corpo do Sr. Sebastião foi velado, em caixão aberto, por algumas horas na funerária Ferracioli e ainda na segunda foi levado para ser velado e sepsultado na cidade de Silvianópolis, sua cidade natal, onde moram seus parentes.
Mas depois de ter a cabeça esmagada, como mostraram as fotos em milhares de celulares, foi velado em caixão aberto!?
Sebastião Rodrigues da Silva era uma daquelas pessoas que seguem à risca o ensinamento cristão: “fazer o bem sem olhar a quem”! Ele era ‘benzedor’! Dezenas, centenas de pessoas já receberam sua benção e tiveram suas dores físicas e ou espirituais aliviadas. E até curadas! Há cerca de quatro anos, Sebastião frequentou o Pronto Atendimento do bairro São Geraldo para tratar de um ferimento na perna. Na ocasião ele recebeu os cuidados da Tecnica de enfermagem Cida… Numa dessas ocasiões Cida se queixou que tinha uma terrível e crônica dor de cabeça que a acometia com frequência. E Sebastião perguntou…
– Voce acredita em benzimento, minha filha?
– Sim. Claro…
– Então eu vou benzê-la!
Desde então, Cida nunca mais “tomou Doril”… Mas “a dor sumiu”!
Sebastião Lumumba de Melo foi jogador de futebol profissional. Jogou no Alfenense, Manhuaçu, e vários outros clubes da Segunda Divisão do futebol mineiro nas décadas de 60 e 70. Paralelamente à profissão de jogador exercia também a função de auxiliar de necropsia. Em 1984 ingressou formalmente na Policia Civil como Auxiliar de necropsia. Há seis anos, com a extinção da sua profissão dos quadros da policia, foi promovido a Detetive. Depois de quase quarenta anos cortando mortos para serem examinados pelos legistas; costurando e muitas vezes emendando e reconstruindo cadáveres para entregá-los apresentáveis aos familiares, Lumumba contraiu uma tosse crônica que nem barris de xarope resolviam. Por isso, também, decidiu pendurar as chuteiras do IML e foi trabalhar na nova profissão na Aisp 110ª como investigador de policia. Um belo dia, estando na companhia da esposa, a enfermeira Cida, no centro da cidade, encontrou Sebastião Rodrigues da Silva, o Benzedor!
– Este é o Sr. Sebastião! Aquele que me benzeu e curou minha enxaqueca, lembra Lumumba?
Apresentados os xarás pegaram de prosa. Logo a tosse deu seus sinais de vida. Em meio à rapida conversa, entre uma tossida e outra, Sebastião Lumumba contou à Sebastião Rodrigues que a tosse antiga, provavelmente contraída abrindo túmulos, pretendia leva-lo para o tumulo! Sebastião Rodrigues, humilde e solicito então repetiu a clássica pergunta;
– Voce acredita em benzimento, meu filho?
– Claro! Ainda mais depois que a Cida parou de ‘chorar’…!
E ali mesmo na beira da rua, encostado numa banca de jornais, o velho benzedor fechou os olhos, conversou’ por alguns instantes com Deus, fez alguns gestos no corpo de Lumumba e, Alacaziu… A tosse sumiu! Agradecido Lumumba disse o tradicional “Deus lhe pague” sem imaginar que um dia poderia ter a chance de pagar, pessoalmente! Se despediu e nunca mais tossiu! E nunca mais se viram…

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Recentemente o IML de Pouso Alegre recebeu duas novas medicas legista. Desde então foram feitos alguns ajustes e inovações no órgão para melhor atender a população. Sebastião Lumumba, há seis anos afastado das necropsias e exumações, pela sua longa experiência, foi chamado de volta. Era só um convite. Ele não era obrigado a aceitar. No entanto, após avaliar as mudanças no órgão, decidiu aceitar o convite, sem contudo deixar suas atividades de investigador. Aliás, no IML se investiga tanto quanto em qualquer outro setor de investigação da policia. Os corpos inertes e muitas vezes dilacerados falam… E tem muitos segredos para contar! Qualquer policial que se interesse e disponha a ouvi-los, desvendará muitos segredos que, de outra forma, serão levados para o tumulo!
No final da tarde da ultima segunda Lumumba foi chamado para mais uma necropsia no IML. Deixou seus afazeres na Aisp 110ª e foi para seu antigo mitier. Não sabia quem era a vitima da vez. Sabia apenas que era um senhor vitima de atropelamento, totalmente desfigurado pelas rodas de um ônibus no Aterrado. O estado do corpo era lastimável. Irreconhecível! Um leigo não daria conta de reconstruí-lo! Mas Lumumba já fizera isso dezenas, centenas de vezes sem jamais ter ideia de a quem pertencia o corpo, como agora. Fazia por respeito aos mortos, por consideração aos familiares, por amor à profissão muito embora a obrigação seja apenas refazer os cortes necessários para exames. Fazia pelo prazer de ser útil…!
Terminada a necropsia no atropelado Lumumba usou todo seu talento para reconstruir o corpo. Limpou, lavou, enxugou, emendou, costurou, e quando finalmente olhou de frente para o morto, reconheceu… Era o xará Sebastião Rodrigues, o benzedor! Aquele mesmo que havia curado a enxaqueca de sua esposa Cida e meses depois, na beira da rua perto de uma banca de jornal havia benzido e curado sua tosse crônica! Se não tivesse usado toda sua experiência em reconstruir corpos dilacerados sobre a mesa do IML, não teria sequer reconhecido o bondoso benzedor! Emocionado finalizou seus trabalhos e entregou o corpo do amigo à funerária. Aquela imagem que circulara pela internet causando espanto e repulsa nos curiosos, não existe mais. Familiares e amigos que acompanharam o velório do bondoso benzedor puderam ver, além de sua fisionomia cândida, apenas uma discreta cicatriz na testa.
Quanto ao auxiliar de necropsia? Bem, Lumumba deve ser descendente de Rowan… Por isso é um profissional capaz de levar uma “Mensagem à Garcia”!

 

Latrocinio no Itaim

O bairro Itaim fica na divisa de Estiva com Cachoeira de Minas

O bairro Itaim fica na divisa de Estiva com Cachoeira de Minas

O crime foi descoberto no crepúsculo desta quarta, 19, por vizinhos que estranharam o silencio do velhinho e foram fazer-lhe uma visita. Quando chegaram ao local a casa estava toda trancada, ao contrario do costume, e a porta da cozinha apenas encostada. Ao entrarem na casa depararam com a cena macabra… Dionisio Gonçalves estava deitado numa poça de sangue com vários ferimentos pelo corpo, completamente sem vida!
Quando do exame de necropsia no IML, foram constadas 33 ferimentos cortantes feitos provavelmente à faca. No pescoço havia sinais de esgorjamento… O assassino ou assassinos tentou separar sua cabeça do corpo, mas acabou desistindo depois de vários cortes no pescoço. Havia também vários golpes nas costas e ferimentos de defesa nos braços, além de sinais de luta no interior da sala onde ele foi morto.
Uma testemunha contou aos policiais que fora à casa de Dioniso na noite de terça fazer-lhe uma visita, mas ao se aproximar percebeu que havia uma movimentação em casa e resolveu deixar a visita para outro dia. Provavelmente neste momento ele estava travando a luta inglória com os assassinos!
Segundo moradores do local, Dionisio Gonçalves, 69 anos era viúvo e morava sozinho no bairro Itaim, município de Estiva. Na segunda, 17, depois de receber o pagamento da aposentadoria com um amigo, ele estivera em um bar bebendo e comemorando. Sob efeito de Severina do Popote, o velhinho estava mais alegre que o habitual e fazia questão de mostrar que estava com dinheiro.
Sua exibição parece ter sido sua sentença de morte!

 

“Minutos de Sabedoria…”

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“Seja o que você deseja ser.
Não dê importância ao que os outros dizem.
Você é filho de Deus, e como tal tem o direito à sua liberdade.
Não desanime diante dos impedimentos e das dores.
Fique certo de que você, unicamente você, terá de dar contas de seus atos.
Portanto, busque dentro de si mesmo a luz divina e seja exatamente o que você deseja, subindo sempre!”

 

Deixe sua luz brilhar…

O dizimista da Catedral… Um golpe perfeito!

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O principal adjetivo pejorativo que o cidadão mortal comum profere ao tomar conhecimento de um fato delituoso, com relação ao meliante, é chama-lo de… “Vagabundo”. Quanta injustiça com o pobre meliante!!! O cidadão comum não tem idéia do que se passa nos bastidores da mente criminosa! De quanto trabalho! De quanta encenação é necessário para enfim o artista colocar a mão leve na res furtiva… Na bufunfa alheia.
Leia esta;
O cidadão Unsseteum Caralavada da Silva, moreno claro, estatura mediana, na casa dos cinquenta anos, cismou de descolar uma graninha – ‘quase sagrada’ – da igreja. E mesmo sem saber quanto iria ganhar, se pôs a trabalhar dias após dia, semana após semana até poder ver a cor do dim-dim. Passou a frequentar a catedral metropolitana, participar das missas e numa delas, durante a Semana Santa, fez questão de agradecer uma graça alcançada pela sua neta, que se convalescera bem de um atropelamento, sem sequelas. Preparado o terreno, na terça feira ele finalmente decidiu lançar a semente ao solo… e, contrariando a natureza, fazer imediatamente a colheita! Por volta de dez da manha entrou com cara de beato na secretaria da Catedral, deixou com a recepcionista um maço de ‘santinho’ com imagem de Cristo e uma mensagem de agradecimento pela graça e foi se confessar com o padre Catarino. Em seguida interpelou a secretaria A. L. de C. M., puxou prosa e insistiu para que ela se lembrasse dele, numa missa da Semana Santa, quando comovido fez o agradecimento.
Ao lembrar-se do fato e da fisionomia do Umsseteum Caralavada que queria a todo custo retribuir a graça alcançada tornando-se dizimista da igreja, a secretaria dedicou-lhe toda atenção possível e, enternecida, chegou mesmo a catequiza-lo. Preenchida sua ficha de dizimista e orientado como proceder, Unsseteum finalmente foi embora. Não sem antes desejar todas as benesses do mundo à secretaria e recepcionista ali do lado.
Voltou vinte minutos depois com um cheque de R$ 120 na mão e… Uma ‘graça alcançada’! Dizia ele com os olhos brilhantes e nodosos mais ou menos assim;
– Olha, A.L., como Deus é bom! Mal acabei de manifestar meu desejo de ser dizimista, saí na rua, encontrei uma pessoa que me devia e ela me pagou… Quero doar a metade deste cheque para a igreja.
A secretária tentou explicar a ele que não é bem assim que funciona o dizimo. Mas não houve como dissuadi-lo de sua bondade! E o jeito foi aceitar a doação dos R$ 60. Recolheu o aludido cheque, da praça de São Lourenço, abriu a gaveta, ainda que discretamente, pegou o troco e entregou ao beato Unsseteum que, feliz da vida de cristão, mais uma vez se despediu dando graças e glorias!
Minutos depois ao voltar do cafezinho na copa da igreja, A. L. esbarrou novamente no Unsseteum ao pé da escada e o interpelou despreocupada:
– Ué, você resolveu esperar pela missa da 12h15?
E o cara lavada, beata e placidamente, respondeu que estava indo à secretaria a fim de distribuir mais santinhos… E foi. Passou pela mesa da recepcionista, que, bem como outras pessoas, ali já estavam familiarizados com sua presença, informou que iria pegar uns santinhos sobre a mesa de A. L. a dois metros da sala onde estava o Cônego Edson.
Depois de tanta ladainha, Unssseteum Caralavada já desfilada belo e faceiro nos corredores administrativos da Catedral como se fosse um velho conhecido! Como se fosse ‘alguém da casa’. Era hora de dar o bote fatal! De colher o fruto! De usar a mão leve para surrupiar o dinheiro da coleta dos verdadeiros fieis. Sem que ninguém se importasse com sua beata presença, ele enfiou o braço longo e lânguido através das grades da parede da secretaria, estendeu-o até a gaveta e pegou o envelope com o santo dinheirinho do dizimo, que já estava contabilizado e separado para pagamentos rotineiros. Saiu com cara de santo levando R$ 2.828,87 mais os 60 do troco do cheque de São Lourenço … E dobrou candidamente a serra do cajuru!

Mas Unsseteum Caralavada da Silva nem sempre foi tão pacifico…! Enquanto preparava o terreno para a colheita do dizimo da Catedral, ele fez outra fita ali pertinho, no Bazar Paula, na esquina da Afonso Pena com Adalberto Ferraz. Lá ele colocou o ‘modus operandi’ de 171 para aplicar o 155, mas acabou usando o “plano B” e aplicando o 157! Ele chegou à loja numa hora estratégica, na hora do almoço. Bem trajado com roupa social, disse que queria comprar um vestido, uma blusa ou talvez uma bata para presentear a esposa em suas bodas de prata. Avançou o balcão, olhou uma peça, pegou outra e acabou escolhendo duas. Pediu a lojista que preparasse o embrulho e disse que ia ao banco pegar dinheiro. Foi e voltou minutos depois com um cartão. Jogou mais conversa fora, elogiou o zelo da lojista, falou da sua alegria pelos 25 anos de casados, observou onde ficava o caixa, onde ficava o banheiro e outros detalhes da loja! De repente saiu novamente e disse que ia comprar papel de presente. Foi mesmo! E voltou em seguida com a folha colorida. Após ter certeza de que não havia ninguém por perto da loja, entrou, pegou a jovem vendedora pelo pescoço, tentou tirar-lhe o ar tapando sua boca e tentou arrasta-la para o banheiro…! Mas esqueceu de combinar estes detalhes com ela…!
Ao sentir suas mãos grossas, seus gestos rudes e seu bigode grosso raspando sua nuca, a jovem e impetuosa vendedora pensou logo no pior… Seria estuprada!!!
Não! Não seria… Já quase sem ar, ela chamou pelos anjos das mulheres indefesas, reuniu as forças, esperneou, escapou e conseguiu acertar uma sonora bicuda no sac…, quero dizer, nas ‘coisas’ que ficam onde as pernas do homem se encontram! Sem esperar tal reação, o pobre Unsseteum, também sem ar, que queria apenas levar a lojista para o banheiro para poder sair da loja com o dim-dim sem ser notado, teve que acionar o “plano B”…! Após recuperar o fôlego, abriu rapidamente a gaveta, pegou o que havia, – cerca de R$750 – e desceu correndo a Adalberto Ferraz até virar a esquina do calçadão…
O larapio que usa a mais antiga das armas… a lábia, para conquistar a confiança de suas vitimas, está com os dias de liberdade contados. A batata está assando pra ele… E está bem quente!
Na verdade esfriou!
Este fatos aconteceram em 2011. Na ocasião conseguimos levantar sua capivara. Ele era figurinha fácil no álbum da policia pela pratica de golpes deste tipo. Mas era muito viado…, quero dizer, viajado. Viajava mesmo. Tanto que depois do golpe da igreja viajou, talvez para Itajubá onde tinha raízes e nunca mais foi visto em terras manduanas!
E você meu estimado leitor, caso receba esmola demais, faça como o santo… Desconfie!!!

Chegou o grande dia… É hoje o “IV Encontro da Família” e lançamento do livro “A Família Coutinho no Sul de Minas “

O ultimo encontro foi em 1996 e reuniu 507 descendentes de João Coutinho Portugal. O próximo encontro será inesquecível!

Espera-se mais de mil familiares e amigos dos Coutinhos…

 

O autor do livro “A Familia Coutinho no Sul de Minas” e este blogueiro, estão nesta foto tirada em março de 1967… Quem identificá-los na foto vai ganhar um livro da ‘família’ ou “Meninos que vi crescer”, autografado pelo autor!

“Flavio Matador” … Horas de tensão na sua prisão em São Lourenço

Flavio Gomes Dias: - Eu não queria matá-la! Eu só queria tirá-la de casa para conversar...!

Flavio Gomes Dias: – Eu não queria matá-la! Eu só queria tirá-la de casa para conversar…!

Desde que assumiu as investigações para localizar o paradeiro do assassino Flavio Gomes Dias, no dia 22 de outubro, os detetives da Especializada de Homicídios de Pouso Alegre, nunca mais saíram do seu rastro. Com ajuda de amigos ocultos da lei, eles sempre estiveram a um passo da sombra do assassino. A possibilidade real de colocar-lhe as pulseiras de prata surgiu no inicio da tarde deste sábado, 08.
Estava o detetive Abel visitando amigos na cidade de Cristina quando a informação chegou…
– O matador está em São Lourenço. Ele acaba de receber um telefonema de um amigo… Vão se encontrar numa pracinha na entrada oeste da cidade, para quem vem de Carmo de Minas… – Segundo o amigo oculto da lei, Flavio ia se encontrar com o amigo, um possível ex-presidiario, para receber munição de revolver 38!
Como estava a pouco mais de vinte quilômetros dali, na histórica Cristina, berço de Silvestre Ferraz, o detetive fez contato com o delegado de São Lourenço e passou as coordenadas para que o policial fosse monitorar o encontro até sua chegada.
– Segundo o informante, Flavio combinou de ir ao encontro do amigo usando camiseta amarela. Igual a ele. Já comuniquei o delegado Renato Gavião de Pouso Alegre… Logo estaremos aí. – combinou o detetive.
Tudo ia bem, até que o delegado Felipe avistou os dois sujeitos de camiseta amarela se afastando da pracinha na entrada da cidade. Sem saber qual deles prender, pois não conhecia nenhum, e, estando sozinho, sem tempo para reunir a equipe da PC, solicitou apoio da policia militar. Rapidamente a Arca de Noé da co-irmã se aproximou da pracinha… Abrindo passagem no giroflex! Ao perceber que havia entrado ‘minhoca no angu’, os dois amigos de camisetas amarelas passaram sebo nas canelas e dobraram a serra do cajuru. Cada um numa direção! Sem saber quem era o fugitivo de Pouso Alegre, os policiais escolheram um deles e saíram fungando no seu cangote… Era o mensageiro, o entregador de munições! Que mesmo assim pulou muros e quintais e conseguiu soverter da vista dos policiais!
Ao chegar à São Lourenço, o detetive Abel acionou novamente seu amigo oculto da lei e soube que Flavio Matador estava mocosado em uma casa grande no bairro Carioca e trataram de cercar a casa. Quando Flavio começou manobrar seu carro para trocar de esconderijo, percebeu que já era tarde! Para todo lado que olhou viu pistolas e escopetas apontado para ele por sobre os muros! Retrocedeu e voltou para a trincheira, tendo inicio o tenso impasse…!
Foram horas de negociação. Atrás de uma janela, Flavio brandia o trabuco carregado e prometia abrir fogo contra quem se aproximasse ou contra a própria cabeça!
Com a chegada do Delegado Renato Gavião, de Pouso Alegre, o impasse chegou ao fim. Para ganhar sua confiança e amainar a tensão, o delegado fê-lo lembrar do dia, há dois meses, quando endossou-lhe um pedido de albergue. Com o celular no ouvido, falando também com a filha em Pouso Alegre, Flavio baixou a arma e a entregou ao delegado e sua equipe. Além da arma municiada, ele levava na algibeira algumas azeitonas do mesmo calibre.

Eu usei o fato de de ter endossado seu pedido de Albergue ha dois meses para ganhgar sua cinfianlça e convence-lo a se entrtegar... - Dis delegado Gavião.

Usei o fato de de ter endossado seu pedido de Albergue ha dois meses para ganhar sua confiança e convence-lo a se entregar… – Diz delegado Gavião.

Durante a viagem de volta à Pouso Alegre, Flavio contou ao delegado que não tinha intenção de matar a ex-companheira Eliane.
– Ela vivia trancada dentro de casa, sendo explorada pelo filho dela e seus amigos que queriam seu dinheiro para usar drogas… Eu fui lá aquele dia para tirá-la de casa e conversar com ela. Mas eles não a deixaram sair! Quando eu tirei ela de dentro de casa os familiares tentaram toma-la de mim… De repente a arma disparou… – Contou Flavio ao delegado de homicídios. Nesta segunda feira Flavio fará uma pequena viagem do Hotel do Juquinha até a DP da Silvestre Ferraz para explicar formalmente quem é o fujão que foi à São Lourenço levar-lhe munição e acabou tirando-o da toca!
Apesar de carregar a fama e o apelido de “Flavio Matador” – de bandidos – Flavio Gomes Dias, 38 anos, cumpria pena no regime aberto por homicídio praticado contra Leonardo E. de Castro, em 1999, tentativa de homicídio contra o irmão em Wellington, em 2002, porte de arma em 2004 e posse de drogas em 2007. O assassinato da ex-companheira Eliane, qualquer que seja o motivo, foi como colocar fubá, muito fubá na agua quente… Vai engrossar o angu…!