Mark Chapman & Jorge Maicon… Dois crimes e duas medidas

Jorge Maicon Sales de Freitas "Thor": Tres assaltos á mão armada, um lçatrocinio e agora trafico formiguinha... Mas ainda é primário! Ficará menos de um ano atras das grades!!!

Jorge Maicon Sales de Freitas “Thor” vai fazer 19 anos no mês que vem: Tres assaltos à mão armada, um latrocínio e agora trafico formiguinha… Mas ainda é primário! Ficará menos de um ano atras das grades!!!

Quando saí de casa e entrei no fusca pinhão para ir à rodoviária com destino à Belo Horizonte, o toca fitas TKR cara preta tocava freneticamente a canção “Imagine”… Na rodoviária da Praça João Pinheiro no final da noite, a musica mundialmente famosa continuou tocando. Tocava também no radinho do sisudo motorista do ônibus cor de laranja da ENSA, o único que fazia o trajeto Pouso Alegre/Belo Horizonte naquela época. Vencido pelo cansaço acabei adormecendo já de madrugada ouvindo nos radinhos e toca-fitas portáteis dos companheiros de viagem a mesma canção; Imagine! Às seis da manhã quando desci no ônibus na rodoviária de BH, a primeira coisa que ouvi foi… “Imagine”, a canção mais famosa de John Lennon. Ele havia sido assassinado dois dias antes na porta de casa. Eu estava fazendo aniversario naquele dia… Às oito da manhã eu começaria meu curso de detetive na Academia de Policia na capital mineira.
Estes fatos se deram no inicio de dezembro de 1980. Foi no final da noite daquele longínquo 08 de dezembro que o psicopata Mark Chapman matou o mais famoso dos Beatles com cinco tiros na porta do edifício Dakota onde ele morava em Nova York, depois de ter recebido um autografo seu horas antes.
O assassino do cantor foi condenado a 20 anos de cadeia. Sua pena portanto, venceu em 2000. No entanto ele continua preso pelo mesmo crime… há 34 anos! E sabem por que? Porque ele representa um perigo para a sociedade! Se voltar para o convívio social, ele poderá matar outro inocente!

Mark Chapman hoje aos 59 anos. Tinha 25 anos quando matou Lennon para "ser alguem". Foi condenado a 20 anos mas está´preso ha 34, pois representa perigo para a sociedade!

Mark Chapman hoje aos 59 anos. Tinha 25 anos quando matou Lennon para “ser alguem”. Foi condenado a 20 anos mas está´preso ha 34, pois representa perigo para a sociedade!

Os advogados de Mark Chapman no entanto, nunca desistiram de tirá-lo da cadeia. É para isso que existem os advogados. Por isso, a cada dois anos impetram na justiça americana um novo pedido de habeas corpus. O Juiz da execução Criminal, – o Homem da Capa Preta de lá – de acordo com a lei, manda que o assassino seja novamente submetido a uma junta de psicólogos para avaliar se ele tem condições de voltar a viver em sociedade. A cada dois anos os psicólogos concluem: O assassino de John Lennon continua representando um perigo para a sociedade!
A ultima avaliação feita psicólogos através de vídeo conferencia, aconteceu em agosto passado… E Mark Chapman continua atrás das grades!
Ah, e sabem por que o jovem de 25 anos à época matou o cantor John Lennon…?
– Eu queria ser alguém! Pensei que se matasse uma pessoa famosa eu seria reconhecido… – Essa foi uma das respostas que Mark Chapman deu ao recepcionista do edifício Dakota, onde morava o celebre cantor, depois de atirar nele cinco vezes. Quatro nas suas costas!
Ao pé da noite do dia 03 de julho de 2012, dois garotos chegaram ao posto do Agenor na Avenida Perimetral em Pouso Alegre, sacaram um trabuco 22, apontaram para o caixa exigiram o dim-dim e… Ouviram uma voz firme ordenar:
– Parem! É a policia!!!
Eles não contavam com isso. Um policial militar à paisana estava abastecendo seu veiculo no local justamente àquela hora e evitou o assalto. Assustados eles tentaram reagir e depois fugir. Um dos assaltantes morreu no local com um tiro no peito disparado pelo policial. O outro tentou roubar uma moto para fugir, mas acabou dobrando a serra do cajuru à pé mesmo. Minutos depois foi preso debaixo da cama da casa de uma tia no bairro São Jose próximo ao posto. O Revolver usado no assalto ele havia escondido no telhado da vizinha da tia.
O assaltante morto era Zezinho. O fujão que escondeu debaixo da cama da tia era J.M.S.F., 16 anos, morador do Jardim Amazonas. O Sr. ECA não permitiu que eu dissesse seu nome. Só as iniciais. Aliás, na ocasião recebi um puxão de orelhas do Representante do Ministério Publico por ter citado o nome completo do Zezinho e publicado sua foto. Mesmo morto no “exercício do crime” ele tinha a proteção do Estatuto da Criança e do Adolescente.
Na madrugada do dia 26 de novembro de 2013 um crime brutal chocou Pouso Alegre. O corpo do jovem industriário Edney Alexandre Funchal foi encontrado banhado em sangue, crivado de golpes de faca, no interior do Motel a poucos metros do quartel da Policia Rodoviária Estadual na MG 290. Duas semanas depois a policia civil prendeu o assassino do motel! Era o mesmo J.M.S.F. agora com 17 anos.
Apesar da brutalidade, da futilidade do crime, a imprensa não pode mostrar sua foto e muito menos dizer seu nome. Só publicamos suas iniciais: J.M.S.F. O Blog do Airton Chips se arriscou e publicou sua foto de costas e seu apelido: Thor!
E sabem porque Thor matou o jovem industriário!?
– Eu queria roubar o carro dele! Gravei um CD com 600 musicas de Funk pra ouvir no carro dele depois que roubasse. Todo mundo no meu bairro tem carro, porque eu não posso ter o meu…!? – Respondeu ele ao delegado de Homicídios.
Essa resposta lembra alguém?

Esse não foi o segundo crime de J.M.S.F. Antes de ser preso, quero dizer, apreendido pelo assalto frustrado no Posto do Agenor, ele e Zezinho haviam cometido outros dois assaltos à mão armada! No segundo assalto, no dia 17 de janeiro de 2011, aos 15 anos, Thor foi condenado a 13 meses de internação em Casa de Tratamento e Custodia do Estado. Inicialmente ficou seis meses no Hotel do Juquinha. Depois foi transferido para a antiga Febem de Sete Lagoas. Seis meses depois ganhou a famigerada “saidinha” de sete dias e não voltou mais para a prisão. Foi preso um mês depois em Pouso Alegre, mas ficou apenas uma semana atrás das grades e voltou pra rua. Para o crime! Até a noite em que matou o industriário para roubar seu carro e desfilar pelas ruas do bairro São João ouvindo Funk… E olha que ele nem sabia dirigir!
Se fosse penalmente responsável, J.M.S.F. poderia pegar até 30 anos de cadeia pelo latrocínio! Mas na data do crime faltavam 88 dias para ele completar 18 anos!
Hoje, quem comete um crime até a véspera do aniversário de 18 anos é encaminhado a uma Delegacia da Criança e do Adolescente. Pode ficar preso até 45 dias enquanto aguarda uma decisão do juiz. Depois disso, independentemente da gravidade do crime, o infrator ficará no máximo três anos detido.

Então pelo menos até o final de 2016 a sociedade estará livre de J.M.S.F.?
Ledo engano!
J.M.S.F. agora é Jorge Maicon Sales de Freitas. Agora podemos chama-lo pelo nome e mostrar sua foto! E inclusive mostrar seu ultimo crime… Trafico de drogas!
Jorge Maicon foi preso no primeiro domingo deste ano no Jardim São João com 15 pedras de crack. Ele e os amigos tentaram esconder a droga na boca, mas se deram mal e desceram no taxi do contribuinte para a DP. Desde então ele está hospedado no Hotel do Juquinha como gente grande.
Mas espere aí! Ele não tinha que estar internando numa Casa de Tratamento e Custodia até 2016 pelo latrocínio do motel?
Tinha.
Antes de publicar esta matéria, procuramos o Fórum da Comarca para saber como ele saiu da Casa de Custodia. Na Vara da Infância e da Juventude o atendente consultou os autos e disse o que já sabíamos… Que os crimes de Jorge Maicon cometidos antes dos 18 anos correm em “Segredo de Justiça”, portanto ele não podia nos dar nenhum tipo de informação! Não sabemos sequer se o sarcástico assassino do industriário estava na rua mediante alvará ou se havia fugido da Casa de Custodia!
Um dos detalhes mais interessantes desta historia, é que Jorge Maicon é primário! Pois tudo que ele fez de errado antes dos dezoito anos, inclusive a morte do industriário, morreu! Não ficou nada nos seus arquivos! E como primário, pelas 15 barangas de crack que ele tentou comer, pode pegar a pena menor do que a mínima, ou seja: antes do fim do ano estará de volta às ruas!
Mas o que é que tem a ver a historia do assassino de John Lennon com a historia de Jorge Maicon?
Bem… Tem uma semelhança e uma diferença…

A “semelhança” é que Mark Chapman matou para chamar a atenção, para ser reconhecido, ‘ser alguém’…! Jorge Maicon matou para roubar o carro da vitima e ouvir 600 musicas de funk no seu carro, se exibir ‘pra minas’ e ser alguém!
A “diferença” é que Mark Chapman foi enquadrado na lei dos Estados Unidos, lei que protege o cidadão!
E Jorge Maicon foi enquadrado na lei do Brasil…! Lei que protege o bandido!

Só mais uma observação… O crime de roubo prescrito no Codigo Penal Brasileiro, de 1940, prevê pena de 4 a 10 anos de reclusão. Se Jorge Maicon, quando praticou seu primeiro assalto, tivesse pego a pena mínima de 4 anos numa prisão especial para “dimenor”, quando saísse da prisão, não teríamos nenhuma garantia de que ele não iria voltar para o crime! Mas, pelo menos o seu parceiro Zezinho e o industriário Edney ainda estariam vivos!

“Direto da Policia” pode voltar ao radio…

Nesta segunda, 26, estive visitando amigos na Radio Difusora de Pouso Alegre. Na oportunidade, Carla Ramos, uma das mais experientes jornalistas de Pouso Alegre, há quase duas décadas responsável pelo “Jornal da Difusora”, recebeu seu “Meninos que vi crescer”, autografado.

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Após entrevista falando um pouco de esporte & policia, na Radio Difosora, Tony Padua, com quem trabalhei varias temporadas nas duas rádios AMs de Pouso Alegre, Tony recebeu o exemplar do livro “Meninos que vi crescer”…
A proposito, recebi o convite dos amigos, e, se acertarmos os detalhes, breve estarei fazendo uma ‘ponta’ no programa do Tony Pádua com o quadro “Direto da Policia”…

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“Minutos de Sabedoria…”

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“Não se prenda às opiniões da multidão!
Viva sua vida, de acordo com as luzes que lhe chegam do alto.
A multidão julga o lado exterior. O intimo só Deus conhece.
O mundo não pode conhecer os ensinamentos de amor do Mestre.
Prefira obedecer ao Mestre e não dê valor às opiniões da multidão, que tudo faz para que sejamos iguais a ela, sem personalidade e sem opinião própria.”

Seja você mesmo… Viva em paz com sua consciência!

Tenham todos uma radiante semana!

Secretario Executivo de Pouso Alegre é entrevistado pela Mulher Melão

Rafael e a Mulher Melão

O fato aconteceu nesta terça, 20, no meio da tarde, nas areias da mais famosa e charmosa praia Carioca, Ipanema!
O jovem Secretario de Desenvolvimento Econômico de Pouso Alegre, Rafhael Prado, foi abordado aleatoriamente na praia de Ipanema pela repórter Renata Frisson, nacionalmente conhecida por “Mulher Melão” – pela exuberância dos seios – e respondeu perguntas sobre o tema TopLesinRio. Nada sério. Tratava-se de uma pesquisa feita pela ousada – e assanhada – repórter sobre o uso ou não do Top Less nas praias cariocas. Durante a entrevista de pouco mais de um minuto, o Secretario, aparentemente de férias curtindo o verão carioca, teve o privilegio de assistir um pequeno streep teease e ficar cara a cara com os ‘melões’ desnudos da sensual entrevistadora.
Os momentos felizes diante de tal ‘visual’, que deveria ser motivo de prazer ou mesmo de galhardia por ver de tão perto um dos pares de seios mais admirados e cobiçados do Brasil, pode se tornar uma grande dor de cabeça para o jovem e pretensioso politico de terras manduanas! É que a entrevista se deu durante o suposto horário de expediente de uma terça feira, quando, em tese, o dinâmico Secretario da cidade que mais cresce no Sul de Minas deveria estar em seu gabinete em Pouso Alegre, trabalhando, ou, de uma maneira ou outra cuidando dos interesses do município!
A cena do jovem e proeminente politico pousoalegrense – que se diz de Minas na reportagem! – com o olhar atento nos fartos melões, desculpe, seios, da loiraça exibicionista, ganhou as redes sociais em terras manduanas nesta quarta. Desde então o comportamento do Secretario Executivo e pretenso candidato a prefeito na eleição do ano que vem, – com grandes chances de vencer – vem recebendo um bombardeio de criticas! Um dos sites que abordou o assunto, diz que procurou o secretario em seu gabinete nesta quarta durante o horário de expediente – às 18h15 – e não o encontrou. O mesmo site informa e ‘“afirma” que Rafhael não está de ferias, pois tirou licença para a campanha a deputado estadual no ano passado e voltou recentemente ao trabalho”
O vereador Adriano da Farmacia, oposição ao governo municipal e naturalmente fiscalizador da coisa publica, disse por telefone, que vai solicitar ao Departamento de Recursos Humanos da prefeitura, informações acerca da situação trabalhista do Secretario que ocupa ‘Cargo de Confiança’, – diga-se de passagem um dos mais importantes da administração! – No entanto, é bom lembrar que licenças de qualquer tipo, não interferem no direito de férias! Caso ele Rafhael esteja realmente gozando férias regulamentares, tudo não terá passado de “intriga da oposição”!
O site que vazou a entrevista do secretario com a Mulher Melão, trás ainda outros detalhes da vida pessoal de Rafhael. Detalhes ‘estilo Téo’, da novela das nove, que, embora pessoais, não deixam de influenciar a vida politica do cidadão!
Os momentos de prazer que passou na presença de Renata, causaram ‘frisson’ na vida do jovem politico, ‘menino que vi crescer’ desde a tenra idade e acompanhei os primeiros passos na politica! Resta saber que frutos Rafhael vai colher do contato com a “Mulher Melão”…!

 

Traficante brasileiro é executado na Indonesia

Marco Archer Cardoso Moreira: Executadio por trafico de drogas depois de dez anos preso na Indonesia

Marco Archer Cardoso Moreira: Executado por trafico de drogas depois de dez anos preso na Indonésia

O instrutor de voo livre, Marco Archer Cardoso Moreira, foi preso em 2004, quando ainda tinha 43 anos, ao tentar entrar na Indonésia, com 13 quilos de cocaína escondida nos tubos de uma asa delta. A droga foi descoberta pelo raio-x, no Aeroporto Internacional de Jacarta. Ao ser descoberto ele ainda conseguiu ‘dobrar a serra do cajuru’, mas caiu nas malhas da lei indonésia duas semanas depois. Passou os últimos dez anos na prisão. Primeiro tentando tapar o sol com a peneira para escapar da dura pena capital. Condenado à morte por fuzilamento, Marco passou os últimos dois anos tentando conseguir o perdão para o seu crime. Neste período o instrutor de voo livre, traficante de drogas nas horas vagas, através de parentes e amigos, recorreu a meio mundo para livrar-se da morte. Pediu a intercessão do embaixador do Brasil na Indonésia, pediu à ONU e finalmente à Presidente Dilma.
Segundo nota da presidência da republica do Brasil, a presidente teria telefonado ao presidente da IIndonésia Joko Widodo, por duas vezes, na ultima sexta, véspera da execução, numa ultima tentativa de conseguir o perdão para o brasileiro. Tudo em vão! Marco Archer Cardoso Moreira, aos 53 anos, foi executado por fuzilamento com outros criminosos no meio da tarde deste sábado, horário de Brasília.
Amigos do condenado se mobilizaram através das redes sociais e ficaram até a véspera da execução “esperando um milagre”
– “A Indonésia é um país tranquilo, bem aberto, mas eles são muito restritos com relação às drogas. Se a pessoa for pega com um cigarro de maconha, ela vai ser presa e está arriscada a passar até oito anos na cadeia” – afirmou um deles através das redes sociais.
As leis da Indonésia contra crimes relacionados a drogas estão entre as mais rígidas do mundo e contam com o apoio da população. “Com isso [as execuções], mandamos uma mensagem clara para os membros dos cartéis do narcotráfico. Não há clemência para os traficantes”, relatou à imprensa local Muhammad Prasetyo, procurador-geral da Indonésia.
A Indonésia tem ainda outros 138 condenados esperando no corredor da morte o momento da execução. Metade dos condenados são estrangeiros. Dentre eles está outro brasileiro – o paranaense Rodrigo Muxfeldt Gularte – também condenado por trafico de drogas.
A preocupação dos amigos do instrutor de voo livre com sua vida é louvável. É humano. É nobre! Mas o que dizer das dezenas, centenas, milhares de vidas jogadas na sarjeta, jogadas no lixo com o vicio da droga? Vicio que o instrutor de voo livre nas horas vagas alimentava!? Ele foi preso uma vez na indonésia com 13 quilos de cocaína… Quantos quilos do veneno ele conseguiu levar para a Indonésia ou outros países até cair nas malhas da lei? Quantos jovens, quantas famílias ele ajudou a destruir com sua farinha do capeta? Se para a Indonésia, que ele sabia que poderia morrer se fosse preso, ele levou 13 quilos de cocaína! quanto ele não deve ter levado de um lado a outro no Brasil onde as leis penais são mais flácidas do que pijama de velho…?
Eutanásia, aborto e pena de morte são os três assuntos mais polêmicos e controversos no Brasil. Haverá sempre pros e contras! Jamais chegaremos a um consenso. Portanto, desnecessário expor aqui minha opinião à respeito da execução do brasileiro Marco Archer na Indonesia por trafico de drogas. No entanto, como a criminalidade é filha da impunidade, não posso fugir à observação…
Somando todos os condenados pela justiça da comarca de Pouso Alegre atualmente; incluindo os hospedes do Hotel do Juquinha, os recuperandos da APC, os ‘presos’ albergados, os que devido à periculosidade ou segurança deles próprios estão em penitenciarias do Estado, e os que receberam Indulto de Natal e não retornaram, temos algo em torno de 1200 presos! – Mantidos pelo contribuinte ao custo médio de R$ 2 mil! – Se o Brasil adotasse pena de morte para traficante, esse numero cairia para 120…! Ou menos…

 

Tragédia na MG 179

A vida de caminhoneiro, cortando o Brasil de norte a sul, embora tenha os percalços da solidão, da saudade da família, do desconforto, é cheia de aventuras, rompendo distancias, conhecendo novos lugares, novas pessoas, curtindo todos os dias o nascer e o por do sol! Qual pai não gostaria de mostrar tanta novidade e tantas maravilhas naturais a seus filhos imberbes?
Foi pensando assim que o caminhoneiro Leandro, aproveitando as férias escolares dos filhos resolveu leva-los para conhecer o Brasil. Saíram de Roraima onde moram e desceram para o sul com a carreta carregada de alegria para mostrar ao casal de filhos, de 4 e 9 anos. Depois de percorrer o país do Oiapoque ao Chui, Leandro resolveu mandar os filhinhos de volta para casa, de avião, cujo embarque faria em São Paulo.
Ao pegar a MG 179 em Alfenas, no crepúsculo desta segunda, 12, com destino ao aeroporto, já cansado da viagem, Leandro pensava em dormir em Poço Fundo. Mas, como ainda era cedo, cerca de oito da noite, decidiu rodar mais um pouco e dormir em Silvianópolis. Dormiu antes… Na rodovia mesmo! Atrás do volante, perto de São João da Mata! Dormiu e acordou de cabeça para baixo…!
Vencido pelo sono, o experiente motorista saiu da pista, bateu a carreta numa guarita de ponto de ônibus e tombou. Ele e a filhinha sofreram apenas escoriações. O garotinho Leonardo, no entanto, não teve a mesma sorte, pois o choque com a guarita foi justamente do lado dele. Arremessado para fora do caminhão ele sofreu traumatismo craniano e foi levado pelo próprio pai, agonizante para o Hospital Regional Samuel Libanio em Pouso Alegre mas… Chegou sem vida. Morreu nos braços do pai durante a tentativa desesperada de salvá-lo…!
A viagem de aventuras pelo Brasil se transformou em pesadelo! Depois de passar pelo IML o corpinho do garotinho aventureiro seguiu de avião nesta terça feira para Roraima, no extremo norte do Brasil!

Era para ser uma viagem de “pai herói”, mas…

“Olho Vivo” dedura traficantes na Praça Jorge Beltrão

R$ 2.732 para gastar no shopping... Ou nas bocas de fumo?

R$ 2.732 para gastar no shopping… Ou nas bocas de fumo?

Visando inibir as ações delituosas e coibir a criminalidade no município, as autoridades de segurança publica adotaram o sistema de ‘videomonitoramento de câmera’, já adotados com sucesso nos grandes centros urbanos. O “Big Brother” publico, pomposamente batizado de “OLHO VIVO”, foi instalado em Pouso Alegre no final do ano passado.
Desde sua adoção pela 17ª RISP – Região Integrada de Segurança Publica – composta pelas policias Militar e Civil, em 2012, passando pela reunião do Colegiado de Integração de Segurança Publica do Estado em 2013 até sua instalação na cidade no final de 2014, mais de dois anos e meio se passaram… Mas finalmente o projeto – que custou R$ 1 milhão ao Estado e custará R$ 150 mil mensais, para operação e manutenção, ao municipio, – saiu do papel!
Os locais onde as câmeras ficarão fixadas foram definidos após um estudo aprofundado feito pela Polícia Militar. Foram avaliados quesitos como os índices de criminalidade e as prováveis rotas de fuga usadas por infratores. As câmeras têm alcance de um quilômetro, giro automático e manual de 360º e possuem laser infravermelho, o que vai possibilitar e garantir a nitidez das imagens durante a noite
– O monitoramento diurno e noturno vai ser de extrema valia. Nós poderemos visualizar pessoas em estado de flagrante, cometendo crimes e infrações, ou rastrear suspeitos, melhorando a eficácia policial. Isto certamente contribuirá para o aumento da vigilância e redução dos índices criminais – destaca o Comandante da 56ª Cia.PM., Cap. Regis.

Olho Vivo - ao lado do poste - filma todos que passam por aqui...!

Olho Vivo – ao lado do poste – filma todos que passam por aqui…!

Agora quem passa pelas ruas e avenidas centrais da cidade e adjacências, inclusive pelo bairro Cidade Foch, onde há grande concentração comercial e agencias bancarias, já pode olhar para cima e dar ‘tchauzinho’ para o “Zoião”…!
Pois é! E o Olho Vivo já fez pelos menos três vitimas… Quero dizer, flagrou três cidadãos com a calça na mão! O primeiro a ser dedurado pelo Olho Vivo não foi bem com as calças na mão, mas com a calça aberta… E o pingulim fora da calça! Ao pezinho da manha do dia 16 de dezembro, Lucas Camilo dos Reis foi surpreendido se masturbando enquanto comtemplava o bumbum – ainda que vestidos – das mulheres que passavam pela Praça Jorge Beltrao!!!
E o Olho Vivo – que também poderia ser batizado de Coruja, pois fala pouco e observa demais – tem uma vista danada de boa! Enxerga mesmo até de noite!
Por volta de oito e meia da noite desta segunda, 12, o Olho Vivo viu dois sujeitos assim-assado em pleno trafico de drogas na mesma mal afamada pracinha Jorge Beltrão.
Segundo os operadores do sistema os dois rapazes interpelavam os passantes, iam até o pé de uma arvore, pegavam alguma coisa, entregava ao freguês e recebia algo em troca, que guardava na algibeira. A dupla abordada pelos homens da lei minutos mais tarde era Thiago Cesar Arantes, 20,  e Allan Horta Freitas, 19, ambos residentes em São Gonçalo do Sapucaí.

Escadão que liga o terminal rodoviario ao centro da cidade: Anos atras as autoridades aharam que bastava fechar a passagem das pessoas para resolver o problema da criminalidade!

Escadão que liga o Terminal Rodoviário ao centro da cidade: Anos atras as autoridades acharam que bastava fechar a passagem das pessoas para resolver o problema da criminalidade!

No momento da abordagem um deles levava na algibeira apenas uma baranga de ‘erva marvada’. O outro tinha mais de dois mil reais no bolso. Ao pé da arvore mostrada pelo esperto Olho Vivo, próximo deles, havia mais três barangas da mesma erva.
– Nós estávamos esperando ônibus, por isso eu vim aqui comprar uns baseados pra gente fumar juntos – disse Allan Freitas tentando tapar o sol com a peneira.
– Esse dinheiro – R$2.734 – eu recebi de um acerto trabalhista em São Gonçalo e vim à Pouso Alegre fazer compras – choramingou Thiago Arantes.
Mas não teve choro e nem vela, nem fita amarela e nem adiantou a chorumela… Os dois amigos de São Gonçalo flagrados pelo Olho Vivo de Pouso Alegre sentaram ao piano, assinaram o 33 e foram se hospedar no Hotel do Juquinha!
Fique de olho vivo!

Desocupados costumam fazer pic-nic no local. Um deles ai perceber a lente da minha câmera, se aproximou querendo receber 'direitos autorais' para posar...! Quando pedi seu nome para colocar nos 'créditos', ele desistiu!

Desocupados costumam fazer pic-nic no local. Um deles ai perceber a lente da minha câmera, se aproximou querendo receber ‘direitos autorais’ para posar…! Quando pedi seu nome para colocar nos ‘créditos’, ele desistiu!

 

Monteiro… O ladrão do Bagdá e seus quase 40 ladrões

Um cordão de ouro, roubado pela quadrilha do Monteiro, foi apreendido no pescoço de um dos seus 'chegados', neste predio...!

Um cordão de ouro, roubado pela quadrilha do Monteiro, foi apreendido no pescoço de um dos seus ‘chegados’, neste predio…!

O ano de 1982 era ainda criança. Quando cruzamos a linha de ferro da Avenida Brasil, ao lado da velha estação ferroviária, o ‘chefe’ Adair, que seguia atrás do volante da Brasília verde, perguntou:
– Alguém pegou as algemas?
– Eu não. – Respondi.
– Eu também não. – Resmungou o Barbosinha ao meu lado. Paixão que estava no banco da frente emendou;
– Eu pensei que você tivesse pegado…!
Excetuando Marco Antônio Paixão, que havia assumido suas funções há poucas semanas, todos éramos da mesma turma da Acadepol e, portanto não havia hierarquia entre nós. No entanto havíamos ‘eleito’ tacitamente o colega Adair, o “Pezão”, nosso chefe. Talvez por ser o mais velho do grupo e pela sua bagagem trazida do exercito – fora sargento por cinco anos, antes de ingressar na policia civil em ’80 – Adair fez um pequeno gesto de desaprovação e insatisfação com a cabeça e entrou pela Vinicius Meyer para contornar o quarteirão e voltar pela Adolfo Olinto para a delegacia. Passava pouco das nove da noite. Nosso destino era a zona boemia, recém transferida para o Jardim Aeroporto e já com o pomposo nome de “Capim Gordura”…
A maior fonte de informação sobre crimes e criminosos daquela época era a Zona Boemia. Cafetões, cafetinas, prostitutas de todo tipo, ‘viadinhos’ assumidos e outros enrustidos disfarçados de serviçais se misturavam à eclética clientela. Jovens em grupos; comerciantes discretos; sozinhos ou em duplas, alguns deles barulhentos fazendo questão de exibir status de machões; homens simples da roça que ficavam uma eternidade olhando a distancia, esperando a coragem chegar para convidar a donzela para o ‘afair’! Pequenos grupos de arruaceiros mamados que estavam ali muito mais interessados em atracar com marmanjos do que com as mulheres de vida fácil! Recrutas do exercito que pela primeira vez, agora maiores de idade, se aventuravam a por os pés na mal afamada rua tentando perder a virgindade…! Tinha também os cidadãos bem sucedidos profissionalmente e frustrados no lar em busca da alegria perdida; advogados em surrados ternos, fingindo defender alguma causa – uns levavam até uma valise para reforçar a ideia de que estavam trabalhando! – desfilavam discretamente por ali em defesa da própria ‘causa’…! ‘Garanhões’ montados em seus cavalos, muito mais preocupados em montar e fustigar o alazão arreado do que ‘chegar o reio’ e domar uma potranca na cama! A “Zona” que já nascera batizada de “Capim Gordura” era local ideal para queimar a erva marvada, aspirar a fumacinha do capeta sem ser incomodado. Em meio a todo este burburinho de emoções e comportamentos, desfilavam sorrateiros meliantes de toda especialidade!

Esta e outras 49 historias estão no livro Meninos que vi crescer, em todas as livrarias e bancas de jornais de Pouso Alegre e região...!

Esta e outras 49 historias estão no livro “Meninos que vi crescer”, em todas as livrarias e bancas de jornais de Pouso Alegre e região…!

Na velha e sombria Davi Campista o perfume de Severina do Popote se misturava com o da cafetina Margarida Leite, da Casa da Paineira – assassinada pelo cafetão turco Faissal – com a Betty da Casa Rosa, com a Cristina Melão – por causa do par de seios que assemelhava à fruta rasteira nordestina – com a Bibi Sete Fôlegos – era capaz de fazer dezessete ou mais programas numa só noite, a cinco reais cada um – com o cheiro azedo de suor, desodorante Avanço e colônia barata dos amantes que ali aportavam em busca de amor… Ainda que falso, pago e efêmero!
O miúdo Vitinho, mais rebolante que uma cobra d’agua mal matada, era apenas o camareiro das mariposas lá no fim da rua. Mais tarde no Capim Gordura teria sua própria boate. Quando a Aids acabou com a prostituição ‘formal’, já no crepúsculo decadente da ‘Zona’, ele venderia maconha num hotel da Silviano Brandão.
Após uma demanda que durou anos, defendida principalmente pelo causídico das piranhas, Jorge Beltrão, finalmente a “Zona” da Davi Campista, no centro da cidade mudou-se para o famoso Capim Gordura. Ali, os pulguentos e fedidos prostíbulos e bordeis antes chamados de ‘casa da fulana’ ganharam o pomposo nome de “Boate”! Elas relutaram tanto para deixar o velho logradouro, receosas de perder a clientela, mas logo viram que a mudança fora um grande negocio. No local mais discreto, longe do centro, o comercio do amor ganhou clientela em quantidade e qualidade. Na velha Davi Campista qualquer grupinho de moleque, depois de abraçar umas loiras geladas, para ali seguiam em busca de uma morena quente. E chegavam a pé, a cavalo, em charretes, fusquinhas e brasílias e até em lotações de kombi. Compravam muito mais cachaça e confusão do que ‘amor’. A distancia de sete quilômetros do centro selecionou a clientela do Capim Gordura. Apesar da poeira, a rua larga bem iluminada e suas travessas; as casas grandes e novas afastadas da rua, tocando musicas de Joaquim & Manuel, Pedro Bento & Ze da Estrada, Leo Canhoto & Robertinho, Marcio Greick ou Wanderley Cardoso em meio a fumaça e luzes coloridas, davam um tom mágico ao lugar. Parecia outro mundo. O cheiro da cuba-libre, uísque Drurys, Campari, Menta e a tradicional Cangibrina, misturava-se ao perfume das donzelas. Algumas recém-saídas da puberdade pareciam ninfetas de revista. Olhar para elas misturava os sentimentos; vontade de agarra-las e… pena do seu futuro! Outras já traziam no rosto carregado de maquiagem, nas cinturas já sem contornos e nos seios caídos as marcas do tempo e do uso! Algumas já passadas de cinquenta primaveras usavam o sorriso largo e falso e os mais de ‘trinta anos de janela’ e lençóis encardidos para se dedicar à cafetinagem.
Esse ambiente de vícios e pecados era também um antro de banditismo. Todo bom bandido tinha uma mulher na Zona… Todo bom policial tinha uma ‘amiga informante’ na Zona!
Os meliantes daquela época eram mais espertos e corajosos; agiam sozinhos. Mas todo bandido tem necessidade psicológica de contar a alguém suas bravatas… De uma confidente! E achavam que as prostitutas, que como eles viviam à margem da sociedade, tinham algo a esconder. Tinham bons ouvidos e motivos para guardarem segredos. Santa ingenuidade! Só bandido mesmo para achar que alguma mulher consegue guardar segredos…! Bom para os detetives que conseguiam criar laços de amizades na zona. Ali poderiam beber qualquer tipo de informação do submundo do crime na fonte. O preço desta amizade? Bem, ia desde pequenos favores tais como afastar arruaceiros da boate, fazer vista grossa a algum achaque de balão apagado, cobrar alguma divida ‘esquecida’ por ou outro cliente… E até alguns momentos de cama! No nosso grupo da época teve colega que quase passou dos “momentos” e por um triz não mudou sua historia pessoal…
Mas essa já é outra historia…
Voltamos para a delegacia da Silvestre Ferraz para buscar as pulseiras de prata, pois policia na Zona sem um revolver no coldre e um par de algemas na cinta – com o perdão do trocadilho – está pelado!
Quando nos aproximamos do Hotel Dias, duas figuras soturnas passaram à nossa frente e desceram a Marechal Deodoro. Eram João Laerte e Damião, a famosa dupla de meliantes conhecida por “Cosme & Damião”, uma das primeiras que estrelavam nosso de álbum de figurinhas na Inspetoria de Detetives. Fazia algumas semanas que andávamos na sua sombra. Cosme e Damião eram amantes da famigerada maconha e além dos furtos independentes para sustentar o vicio, de vez em quando faziam uns ‘bicos’ na quadrilha do Monteiro, dono do Restaurante Bagdá. Este sim, peixe grande. Para aproveitar a viagem, pulamos da Brasília verde e descemos lentamente atrás deles, enquanto Adair contornava o quarteirão descendo pela contramão na Herculano Cobra. Quando a dupla deparou com a Brasília…

Esta é uma das 50 crônicas policiais – incluindo “A verdadeira Historia do Beco do Crime” “Os últimos dias de Fernando da Gata” e o Mistério do Coisa Ruim da Borda” – contidas no livro “ MENINOS QUE VI CRESCER! Para continuar lendo a historia de “Monteiro, o ladrão do Bagdá e seus quase 40 ladrões” e as demais, acesse www.meninosquevicrescer.com.br

 

Leitor troca livro “Meninos que vi crescer” por pedras de crack

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Quando Marcinho Piolho ganhou seu livro autografado pelo ídolo, – “O reencontro do fã com o ídolo” 27 de setembro – não coube em si de contentamento! Parecia ter ganhado na Mega Sena! Saiu exibindo o livro para todo mundo na rua, nas lojas… Especialmente a dedicatória feita a ele; personagem do livro!
– Olha… Eu tô no livro “Meninos que vi crescer”! Ganhei do Chips. Autografado, veja…!
Por isso quando eu soube que ele havia trocado o livro autografado por duas pedras de crack numa boca qualquer do velho Aterrado, duvidei! Será? Para o usuário de droga trocar uma nota de dez reais, um relógio, um celular, uma bicicleta, um cordão de ouro ou uma motocicleta por uma pedra de crack, é rotina. Faz parte do cotidiano… Mas um livro autografado pelo ídolo! Com dedicatória e tudo? Isso é demais! Daqui uns anos quando o escritor ficar famoso, o livro poderá ser leiloado por uma fortuna ou ser doado ao museu da Academia Brasileira de Letras! Não acreditei…
Semana passada encontrei com ele novamente nas imediações da DP – Ele está sempre por ali, não sei porque! – e abordei o assunto indiretamente…
– E aí Marcinho… Já leu todo o livro? Gostou das historias?
Marcinho fechou o sorriso que trazia estampado no rosto por me ver, baixou a cabeça, recolheu-se à sua timidez, aquela mesma daquela manhã ensolarada quando atravessou a rua cabisbaixo para me pedir um livro, e ‘deu o serviço’…
– Êh, seu Chips… Não deu para ler tudo, não… Eu ‘tava lendo devagarinho, já estava na metade. Aí fui mostrar para os amigos lá na ‘baixada’. Eu ‘tava’ empolgado! Aí bateu uma fissura, cara! Acabei trocando o livro por duas pedras…
Para aumentar ainda mais seu constrangimento diante do ídolo, fiz cara de ofendido e lancei uma piadinha negra.
– ‘Ta de brincadeira, Marcinho! Um livro com dedicatória! Com meu autografo e você trocou por apenas duuuuuas pedrinhas!
– Desculpe seu Chips! Eu ‘tava abraçado com a loira! E bateu aquela fissura… Tava todo mundo doido para ler o seu livro. Quando vi eu já tinha trocado! Voce sabe como é! Nóia não tem juízo… Voce compreende, não é?
Compreendo Marcinho. Compreendo. Na hora da fissura o nóia troca qualquer coisa. Tem gente que troca emprego, carro, saúde, dignidade, cueca – o que vai dentro da cueca! – e tantas outras coisas…! Aliás, você mesmo já trocou casa, carrões e até empresas por pedras! O que é um simples livro de crônicas policiais escrito pelo blogueiro Airton Chips, não é mesmo? Até que você trocou bem! O livro novinho, fechado, nas livrarias custa R$ 29,90… O seu já estava ligeiramente encardido, um pouco amarrotado e você trocou por duas pedras, equivalente a R$20. Até que você trocou bem… É pena que você não poderá ler o restante das cinquenta crônicas que estão no livro. Não saberá como as historias de tantos amigos seus terminaram…
Vendo que minha bronca não era assim tão severa, Marcinho se animou.
– Não Chips! Eu vou comprar outro! Vou juntar uns trocados por aí e vou comprar outro! Eu já vi lá na banca do Ernani!
E, deixando aflorar a espirituosidade habitual, – ele é alegre, apesar de tudo – ficando mais à vontade, recuperando a cor menos pálida do rosto marcado pela vida desregrada, Marcinho jogou a cartada…
– Voce não me vende um com desconto não, seu Chips…?
Vendo Marcinho, vendo.
Voce é meu “fã numero 1”. E além do mais é personagem do livro!
Vou te vender um exemplar do livro “Meninos que vi crescer”, fiado… Sem prazo para pagar! O dia que você se curar das drogas e voltar para sua vida de anos atrás; o dia que você retomar seu trabalho, recuperar não as empresas que você perdeu para as drogas, mas ao menos a saúde… O dia que você vencer as drogas, você me paga o livro. Ele foi escrito para isso… Para mostrar a luz no fim do túnel e trazer força às pessoas que se deixaram vencer pelas drogas!
Não tenho pressa em receber… Mas espero que você e tantos outros “meninos” se agarrem à “Luz” e consigam sair do túnel negro das drogas!

 

Policia prende Teo & Leandro, os assassinos do Kiko

 

Teo...

Teo…

Cinco da madrugada morna do dia 06 de dezembro de 2014. Três vultos soturnos entram numa quebrada do Rio Mandu atrás do prédio do Sesi no Aterrado. Algum tempo depois apenas dois vultos ainda mais soturnos e lúgubres voltam da ‘quebrada’ do moribundo rio… O terceiro vulto soturno ficou na beira do rio. Sairia de lá sob o sol quente da manhã algumas horas mais tarde… Num tosco caixão da funerária.
O corpo foi encontrado casualmente ao pé da manhã de sábado. Irreconhecível tantas eram as pauladas na cabeça. Os assassinos não deixaram dinheiro com o morto, mas deixaram para trás sua carteira de identidade e o crachá da empresa em que ele trabalhava… Era Alexsandro Ferreira Chaves, 41 anos, funcionário da Cimed.
Ao ver a foto de Alexsandro Ferreira Chaves estampada na tela do Blog do Airton Chispo na segunda feira, uma testemunha levou a mão à boca, suspirou e pensou alto…
– Meu Deus!!! É o Kiko…!!! Por isso ele não voltou da beira do rio! “Teo” e “Leandro” mataram o coitado a pauladas…!
Quando a Delegacia de Homicídios entrou em cena não foi difícil chegar à testemunha. Com base nas investigações dos seus pupilos o delegado Renato Gavião pediu a prisão temporária dos suspeitos. Eles receberam as pulseiras de prata da policia militar nesta segunda e terça, exatamente um mês após o macabro crime da beira do Rio Mandu.
Andre Jose Fermino, o “Teo”, 32, e Leandro Vagner de Morais, ambos figurinhas fáceis no álbum da policia por furtos, roubos e trafico de drogas além de outros crimes mais brandos, sentaram ao piano do Delegado de Homicídios na tarde desta quarta feira. Inicialmente eles admitiram que estiveram no local do crime naquele tétrica madrugada. Mas negaram que tenham matado Kiko.
– Nós fomos ao local apenas queimar uma pedra – Disse Teo.
– Só vou falar em juízo… – Rosnou Leandro Vagner.

... E Leandro: Eles dizem que só vão falar diante do Homem da Capa Preta. Mas admitem que foram ao local do crime queimar uma pedra!

… E Leandro: Figurinhas faceis no album da policia, eles dizem que só vão falar diante do Homem da Capa Preta. Mas admitem que foram ao local do crime queimar uma pedra!

Enquanto seus pupilos buscam outros indícios ainda mais consistentes, além da prova testemunhal, que esclareçam o nefasto crime da beira do Mandu, o delegado Gavião vai pedir a Prisão Preventiva de Teo & Leandro, para garantir que os assassinos de Kiko sejam contemplados com uma longa estadia gratuita no Hotel do Juquinha!
A morte de Alexsandro “Kiko” Ferreira Chaves no dia 06 de dezembro, confirma um dado bastante curioso! Ele, embora fosse uma pessoa boa, trabalhadora, honesta e muito bem quista pelos familiares e amigos, era usuário de drogas, e – embora não haja registros oficiais, nunca há! – alguns amigos dizem que ele era também homossexual! Desde a morte a pedradas do travesti “Chico Mara” no Recanto dos Fernandes em 2011, “todo ano, entre novembro e dezembro, morre um homossexual tragicamente assassinado em Pouso Alegre”!

"Kiko" foi morto a pauladas na madrugada do dia 06 de dezembro.

“Kiko” foi morto a pauladas na madrugada do dia 06 de dezembro.