Pericia desmente Blog no ‘caso da erva’

A erva apreendidas: Somente o teste de THC poderá dizer a verdade...

A erva apreendidas: Somente o teste de THC poderá dizer a verdade…

A apreensão aconteceu no final da tarde do dia 24 de novembro. Atendendo denúncias de amigos ocultos da lei os policiais militares estiveram no local, um terreno baldio no Loteamento Monte Azul no bairro Faisqueira e arrancaram da terra 142 pés de erva, cujo BO informava ser maconha.
Este blogueiro, em contato visual com a erva, não a reconheceu como maconha e publicou matéria contraria, com o titulo “PM apreende 142 pés de erva no Faisqueira… Mas a erva não é ‘marvada’…!”
O exame preliminar da droga não foi feito de imediato, uma vez que ninguém havia sido preso em flagrante na posse da suposta droga e, portanto, não havia a quem atribuir sua propriedade – responsabilidade. Ainda assim, como foi instaurado Inquérito Policial para apurar os fatos, a erva foi analisada pela policia técnica.
O resultado do exame preliminar, realizado por perito criminal da Delegacia Regional de Pouso Alegre foi encaminhado nesta terça ao delegado de Combate ao Trafico De Drogas, Gilson Baldassari. Nele o perito afirma: A erva apresentada pela policia militar é ‘maconha’.
É necessário salientar aqui que dito exame preliminar é feito pelo contato visual, com base nos conhecimentos e experiência do perito. Aliás, foi com base nesta mesma experiência que este blogueiro fez afirmativa em contrario, sem nenhum prejuízo para nenhuma das partes. Até porque o blogueiro não tem autoridade pericial e nem é parte no IP.
Em conversa informal com o perito que examinou a amostra de erva, este teceu vários comentários sobre a conclusão a que chegou; “buscando atender uma clientela cada vez mais vasta, com preços mais acessíveis, ultimamente as drogas de uma maneira geral tem sofrido muitas alterações, tem se diversificado… No caso da maconha, esta, pode ter sofrido alteração genética… Tem surgidos novas cultivares com novas características. Não é exagero falar em ‘maconha transgênica’! Há ainda que se falar nas condições do local do cultivo da planta que pode alterar sua aparência, até mesmo apresentando mais ou menos clorofila…! A erva que me foi entregue para exame apresenta aspectos gerais da Cannabis Sativa de Linneu”.
Somente o exame definitivo com reagente químico, realizado na Divisão de Laboratório de Química do Instituto de Criminalística da Policia Civil, em Belo Horizonte, poderá atestar com certeza se a erva é mesmo maconha! O teste é feito com reagente químico que, uma vez em contato com a erva apresenta ou não a reação ao THC – Tetra- hidrocanabinol, presente na planta em questão. Tal exame deve ficar pronto nos próximos trinta dias.
O assunto da erva que ‘era maconha’, mas ‘não era maconha’, agora ‘é maconha’ mas poderá ‘ser ou não ser maconha’, não traz prejuízo a ninguém… Mas poderia trazer!
No caso de ter sido preso alguém na posse da dita cuja na plantação, teria ficado o delegado entre a cruz e espada! Com base no “laudo preliminar” do perito ele teria que fritar o ‘agricultor’ no 33 e manda-lo para o xadrez! Se ficar provado daqui a trinta dias que a erva é apenas ‘broto de Santa Barbara’ estaria o delegado assinando a 4898! No caso de não fritar o suspeito no 33, e constatar que a erva é maconha, perderia a autoridade a oportunidade de levar à falência um potencial traficante de drogas e ainda poderia assinar um 319!
Toda essa celeuma poderia ser evitada se a policia civil, com seus Departamentos no interior do Estado, tivesse seus laboratórios de química nas Delegacias Regionais…!
Enquanto a “Policia não vai para o interior”, este blog, com base na conclusão pericial da STRC- 17º DPC, retifica matéria publicada no dia 26-11-2014. Ainda que discorde das caraterísticas da planta examinada…!

Vovó Dolores e o netinho de Varginha…

Velhinha III

Estava dona Dolores, 85 anos, sentada numa confortável cadeira de palha na varanda de sua casa no bairro Cruzeiro em Pouso Alegre lendo o livro “Meninos que vi crescer”, da lavra deste blogueiro, no final da manha desta segunda 01, quando o telefone tocou… Estava tão concentrada na leitura da historia “Julio Dezessete e o assassinato do menino Neylor” que pensou que o telefone estava tocando dentro da historia… Só quando tocou pela segunda vez ela se deu conta de que era o velho aparelho da seleta ao lado da janela, e então, depois de secar uma lagrima marota do canto do olho – esse livro deve ser bom mesmo, hein? Está fazendo até velhinha chorar! – se levantou e foi atender o telefone! Do outro lado da linha uma voz de adolescente à trouxe à realidade…
– Oi vó… Sua benção! É o seu netinho Pedro, filho da Marlene! Lembra?
– Pedro…!?
– É Vó, o Pedrinho da Marlene, de Varginha!
– Ahn… Deus te abençoe meu filho. Tá tudo bem com vocês?
– Mais ou menos vó. A gente estava indo visitar a senhora, mas a mamãe bateu o carro num barranco perto de Poço Fundo…
– Meu Deus meu filho! Vocês estão machucados?
– Calma vó. Tá tudo bem. Só a mamãe que machucou um pouco. Ela está no hospital. Eu estou bem. Mas estamos precisando de um dinheiro para consertar o carro e pagar as despesas. A mamãe pediu para senhora depositar dois mil reais na conta dela…!
– Ai meu Nosso Senhor do Passos! Eu vou agora mesmo ao banco aqui perto depositar o dinheiro. Mas vocês estão bem mesmo?
– Não se preocupe vovó… Estamos bem. Só precisamos mesmo do dinheiro para pagar os estragos. Ah, a senhora pode depositar três mil…?
Dolores tirou os óculos de leitura, ajeitou o cabelo diante do espelho, colocou um xale sobre o ombro, trocou as pantufas cor-de-rosa por sapatilhas marrons, pegou a surrada carteira de couro de gato, desceu calmamente a rua até o caixa eletrônico na Avenida Prefeito Olavo Gomes de Oliveira, fez a transferência dos três mil e voltou para casa. Quando ia chegando a empregada veio encontra-la na varanda avisando que o almoço estava pronto.
– Ai, Gigi… Acho que perdi o apetite! Minha filha e meu netinho acabaram de sofrer um acidente quando vinham de Varginha…
– Como é que é? Filha de Varginha? Netinho? A senhora não tem filha que mora em Varginha… Seus netos são todos moços e moram em Brasilia…
– O Pedro minha filha, ele estava com a mãe vindo de Varginha e bateram o carro… Precisavam de dinheiro para pagar o conserto do carro. Eu fui ao banco depositar…!
Antes que Gigi retrucasse o telefone voltou a tocar. A sexagenária empregada que está na família de Dolores há mais de trinta anos atendeu… Era o mesmo “netinho” de antes.
– Oi vó! É o Pedrinho de novo… A minha mãe pediu para a senhora mandar mais dois mil! O estrago no carro foi muito grande!
– Quem é que está falando?
– É o Pedrinho filho da Marlene, vovó… De Varginha!
– Olha aqui rapaz… Dona Dolores não tem filha e nem neto que mora em Varginha!
Neste momento o telefone passou a emitir apenas o tum-tum-tum de aparelho desligado. O vigarista do outro da linha desistiu de continuar aplicando o golpe! Mas três mil reais já estavam na sua conta nalgum lugar do Brasil!
Contos do vigário como esse já fazem parte do dia-a-dia do brasileiro. A cada dia os vigaristas incrementam ou criam novos golpes para roubar o dinheiro dos incautos sem fazer força. Se colar, como colou com dona Dolores na primeira vez, colou! Se não colar, o prejuízo é pouco. Até porquê, é aplicado de longe através de telefone roubado, mesmo!
E o cidadão que fique atento, pois agora em dezembro, quando todas as contas engordam com a chegada do 13º salario, os vigaristas de plantão também querem receber o seu salario extra…!
No caso de dona Dolores que não tem filha com nome de Marlene e nem neto com nome de Pedrinho, o golpe funcionou pela metade. Ela perdeu três mil reais. Se a empegada Gigi não tivesse atendido ao telefone na segunda vez, o vigarista teria aplicado o “golpe à prestação”! “Golpe à Prestação”? Isso mesmo. Depois de extorquir dinheiro à distancia, por telefone, o golpista vendo que funcionou, tenta de novo… Não tem nada a perder mesmo! Veja o caso do “Primo Naldinho” acontecido tempos atrás no Jardim América!

“O Primo Naldinho e o Conto do Vigario à prestação

Aconteceu a algumas semanas. Dona Maria estava entre a cebola do arroz e o alho do feijão, no meio do almoço no Jardim América, quando o telefone tocou…
– Alô tia, é o seu sobrinho Naldinho, de Bragança Paulista, tudo bem? O primo taí…? Pede para ele me ligar, urgente. Anota aí, o numero…
Quando o filho chegou ela transmitiu o recado e ele imediatamente retornou a ligação.
-Primo? Ih rapaz, tô numa enrascada… Eu tava voltando para casa e o meu carro quebrou na estrada. Estou sem grana. Será que você não poderia me mandar o dinheiro para pagar o mecânico?
… E o filho de dona Maria, primo do Naldinho mandou R$ 1.200 reais… Depositou na conta da esposa do mecânico.
Uma hora depois o primo voltou a ligar. Já estava na oficina.
– Não sei nem como te falar isso, primo, mas o conserto vai ficar em R$3.100! Eu estou numa oficina na beira da estrada, sem dinheiro…! Será que você não pode inteirar pra mim grana?
E o filho de dona Maria, primo do Naldinho, novamente transferiu o valor para a conta corrente da mulher do mecânico!!!
As três horas da tarde Naldinho voltou a ligar para o primo, todo triste. Quase dava para ver as rugas de preocupação e desanimo no rosto dele e as lagrimas escorrendo…
– Ah, primo, tô ferrado…! É o motor que ‘tá’ fundindo. Vai ficar em seis mil reais! Será…
Outra vez o primo saiu de sua casa, foi até o banco e transferiu os R$6 mil para a conta da esposa do mecânico!!!
Lá pelas seis da tarde Naldinho, o sobrinho de dona Maria voltou a ligar para o primo. Desta vez não precisava de mais dinheiro, não. Nem para a gasolina. Ligou para agradecer o primo por tê-lo tirado da enrascada.
Oh, primo, você e tia foram super bacanas comigo. Ninguém teria feito por mim o que vocês fizeram – também acho – Amanhã cedinho estou chegando aí para tomar o café com vocês. Valeu primão…
As seis da manha do dia seguinte o telefone da dona Maria voltou a tocar. Era o Naldinho de novo!!!
– Ah primo, nem te conto! Estou parado numa blitz da policia rodoviária… Tô precisando de mais algum dinheiro…
… E o primo do Jardim America – pasmem meus estimados leitores!!! – desta vez não depositou mais dinheiro na conta da mulher do mecânico!!!
Isso mesmo. O filho de dona Maria, passou a noite matutando com seus botões: “Será que o primo Naldinho vai me pegar os R$ 10.300 que eu emprestei”? E chegou à conclusão que não depositaria nem mais um centavo na conta da mulher do mecânico caso ele voltasse a ligar…!
Depois de desligar o telefone na cara do primo Naldinho, o filho de dona Maria resolveu procurar na agenda o numero do telefone dele! Fez uma brilhante descoberta… O numero era outro! Ligou para ele e soube que seu carro estava descansando placidamente na garagem de sua casa em Bragança Paulista… Sem nenhum problema no motor!
Na semana seguinte, depois de tentar inutilmente cancelar as transferências bancarias para a conta da mulher do mecânico, o primo do “Naldinho”, filho de dona Maria, finalmente procurou a delegacia de policia para registrar queixa contra o falso Naldinho, pois achava que havia caído em um golpe…!!!
Não ria do primo do ‘Naldinho’… Este é o famoso golpe do “Alô, vovó”. Vem sendo aplicado todo dia em cidades de qualquer porte. Qualquer família pode cair no golpe. Especialmente primos de ‘bom coração’…”

Professor lança livro sobre a família “Coutinho no Sul de Minas”

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A obra que resgata dois seculos de historia de uma das mais tradicionais famílias da região, trás a co-autoria do historiador Celso Coutinho.

O lançamento ‘popular’ do livro aconteceu no ultimo dia 15 de novembro no bairro dos Coutinhos, onde teve origem a família, durante encontro dos descendentes do patriarca. João Coutinho Portugal estabeleceu-se com a segunda esposa no município de Congonhal em 1814, dando origem à Família Coutinho no Sul de Minas. O livro impresso pela Editora Santuario, com 511 paginas, conta a trajetória dos Coutinhos e seus desmembramentos, com suas nuances e características, seus hábitos e tradições e a arvore genealógica que está na 11ª geração.
Lançado informalmente durante o IV Encontro da Família no mês passado, onde vendeu 680 copias, o livro “A Familia Coutinho no Sul de Minas” escrito pelo Professor Hilário Coutinho, será lançado formalmente pela Academia Pouso Alegrense de Letras no inicio de 2015. Os leitores no entanto, poderão adquirir a obra na “Livraria Intelecto” de Pouso Alegre ou através de ‘email’ do autor.
Ensinando Filosofia há 26 anos em escolas de Pouso Alegre e região, inclusive na ETE-Santa Rita do Sapucaí, o professor Hilario Coutinho, oitavo na arvore genealógica da família Coutinho, precisou de dez anos para escrever o livro. E conta como foi…

Airton Chips: Professor, por que escrever um livro sobre a Família Coutinho?

Hilário Coutinho: A intenção primeira é resgatar a nossa história, cujo bicentenário se completa este ano. Mas, também, temos a intenção de proporcionar mais duas virtudes à Família Coutinho: dar a ela notoriedade histórica e social, pelo tempo e ação no Sul de Minas e ainda preservar, oficialmente, sua identidade de colônia portuguesa, coisa que ninguém havia falado disso até hoje.

A. Chips: O que você espera da comunidade Coutinho, com este livro da própria história?
H. Coutinho: Considerando que o historiador apenas significa os fatos, só podemos esperar três coisas da família Coutinho: primeira, que as pessoas interessadas leiam essa obra que foi escrita muito mais com a alma que com a racionalidade acadêmica.
Espero ainda que, ao ler a própria história, cada leitor, dentro da sua realidade, valorize os nossos e seus parentes, pois é deles que a história foi construída e agora registrada.
E, por último, espero que preservem sua identidade histórica e a contem aos seus filhos, para que cada geração se veja dentro de um processo social e na dinâmica da história da humanidade.
A. Chips: Quem atuou com você para a produção do livro?
H. Coutinho: Diretamente, como coautor, foi o meu primo Celso Coutinho. Desde o primeiro momento, quando eu tive a ideia de produzir o livro, fui à casa dele, falamos sobre o assunto, e o processo ocorreu como esperávamos, até o livro ser editado, lançado e entregue à comunidade. Tivemos apoio direto ainda do amigo e parente, Isaias Claret de Lima, que assumiu o levantamento dos descendentes de Joaquim Venâncio Coutinho. Outras pessoas, conforme estão lançadas nos agradecimentos especiais do livro, nos ajudaram na coleta de dados de seus familiares.
A. Chips: Qual foi a maior dificuldade para escrever o livro?
H. Coutinho: Seguramente, foram as intermináveis pesquisas em livros das Igrejas, das cidades por mim visitadas. Gastei tempo, dedicação e até muito dinheiro para documentar tudo, comprovar os fatos e oficializar em documento acadêmico.
A. Chips: Das cidades visitadas, qual mais marcou o seu trabalho de pesquisa?
H. Coutinho: Foi a cidade da Campanha da Princesa. Lá, no solitário do saguão da Cúria Episcopal, fiquei incontáveis horas e em vários dias, passando folhas de enormes livros antigos, à caça do tesouro oculto: certidões de nascimento, casamento e óbitos dos nossos antepassados.
A. Chips: E qual foi o maior desafio enfrentado durante esses 10 anos de pesquisa?
H. Coutinho: Foi a morte da minha mãe. Mamãe faleceu dia 26 de dezembro de 2.004, quando eu já estava embalado com as pesquisas bibliográficas. A morte dela foi uma ducha de agua gelada em minha vida. Por muito pouco eu não joguei tudo para o espaço.
A. Chips: Mas, porque 10 anos, uma década para produzir esse livro, embora grande e complexo?
H. Coutinho: Bom, primeiro eu não sou nem historiador e nem escritor oficial. Sou um professor de Filosofia. Leciono mais de 50 aulas semanais e tenho que correr 400 km por semana para atender as cinco unidades escolares. Então, eu fiz o que pude, administrando os três tempos da vida: atenção à minha família, dedicação ao trabalho e aplicação às pesquisas para o livro! Outra dificuldade é a natureza da obra. Escrever livro dessa natureza, não basta ser contador de causos e ter boa vontade, é preciso conhecer mais profundamente as coisas e ir aos lugares certos e de forma responsável.
A. Chips: O livro está dividido em duas partes, uma histórica e outra genealógica. Qual das duas foi a mais difícil fazer?
H. Coutinho: Obviamente, foi a parte histórica. Essa foi preciso conhecer os fatos, confirmá-los e, o mais difícil, dar significado a eles. Isso é pura produção intelectual de quem escreve. Uma coisa é contar o fato, oralmente; outra coisa é escrevê-lo, manter a sua veracidade e colocar alma nele. Quanto à genealogia, bastava correr de duas a três vezes às casas das pessoas, e coletar os dados.
A. Chips: O livro foi lançado popularmente e entregue à comunidade Coutinho. Por acaso há projeto para um lançamento mais acadêmico?
H. Coutinho: Sim. Eu já tive contato com a ACADEMIA POUSO ALEGRENSE DE LETRAS, através da Maria do Carmo, a ‘Madu’. Estamos acertando uma data viável, para o início do ano que vem, para um lançamento acadêmico em Pouso Alegre. Na data certa, vamos comunicar a todos sobre esse evento.
A. Chips: Como as pessoas interessadas devem fazer para adquirir o livro ?
H. Coutinho: Temos, por enquanto, três meios para a aquisição do livro:
Através da Livraria Intelecto, que fica em Pouso Alegre, na Rua Comendador José Garcia, número 272. Pela internet, no email [email protected], E ainda diretamente no “Restaurante Casa da Vó”, no próprio bairro dos Coutinhos, em Congonhal.
A. Chips: Suas considerações, professor…
H. Coutinho: Aproveito para agradecer a você a oportunidade de estar aqui nesta pagina divulgando nosso trabalho e agradecer as pessoas que leram e que estão lendo o livro “A família Coutinho no sul de Minas”. Finalizando, posso dizer que a minha experiência de escrever a história é semelhante a dar um mergulho no escuro do túnel do tempo, sem a menor ideia de onde se pode chegar. E que, escrever sobre genealogia é o mesmo que correr atrás do infinito!

 

Val e a Gang dos Najas

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No inicio da noite fria de 25 de julho de 1981 depois de deixarem o trabalho, dois amigos – Antonio Clesio Vieira e Miguel Alves Chaves – entraram em um boteco do bairro Jardim Noronha para dar uns amassos na loira gelada e espantar o frio no embalo de Severina do Popote. Depois de uma hora jogando conversa fora, por motivos banais se desentenderam e passaram a discutir. De um minuto a outro a honra entrou em jogo… Logo um desafiou o outro a terminar a pendenga “lá fora”! E saíram p’ra a rua. Minutos depois o desafiado recebeu 27 facadas entre o tórax e o abdome. Estava encerrada a pendenga entre os dois colegas de trabalho!
O sobrevivente do desafio naturalmente dobou a serra do cajuru para escapar do flagrante. Tres dias depois se apresentou espontaneamente na delegacia de policia na companhia de um causídico. Apesar da violência do crime, como não tinha antecedentes criminais e tinha residência e emprego fixo – trabalhava na prefeitura municipal – o assassino foi processado em liberdade. Em março de ’84 sentou-se no banco dos Réus. Foi condenado a 12 anos de cadeia. Cumpriu a maior parte da sentença no regime semi-aberto… Saia de manhã para trabalhar na prefeitura e voltava de tarde para o pernoite no velho Hotel da Silvestre Ferraz!
Quando o matador das 27 facadas no Noronha fulminou o colega de trabalho, ele tinha um filho de colo, com menos de três anos de idade, Val. O garotão cresceu forte, bonito e sadio. Em 1997 enturmou-se com os amigos Eduardo, Marcelo e Leusel, vizinhos no bairro São João. A ‘turma’ na verdade já era uma gang que brigava, roubava, fumava e vendia drogas e não pensava muito para matar. Para ingressar no bando o garotão boa prosa tinha que dar provas de sua valentia. Não foi muito difícil. Bastou incorporar o espírito do pai que quinze anos atrás matara o colega no Jardim Noronha.
Depois de abraçarem juntos ‘Severina do Popote’ num boteco do São João, Val expulsou um desafeto do boteco e disse que o mataria se ele voltasse ao local. Ele foi embora, mas logo voltou e os novos amigos, membros da Gang cobraram a ameaça;
– E aí mano? Vai matar o cara, ou vai amarelar?
Val não amarelou. Ali mesmo investiu contra o desafeto com golpes de faca tirando sua vida. Um crime bastante parecido com o de 81 no Jardim Noronha! Apenas mais econômico nas facadas! Estava pronto para ingressar na Gang dos Najas.
No decorrer de 97 foram inúmeros crimes cometidos pela Gang que rapidamente ganhou notoriedade no bairro – por causa do grupo de dança denominado “Najas”, cujos integrantes eram apenas artistas do bairro São João e fazia muito sucesso naquela época, se apresentando na região e em programas de TV – brigando, espancando, roubando e extorquindo pequenos estabelecimentos comerciais e pessoas! Traficando e queimando drogas. Quem se opunha aos seus domínios e vontades era covardemente espancado.
A Gang dos Najas agia e ganhava status de uma ‘mini-mafia’ no bairro! Naturalmente logo entrou nas prioridades da policia. Quando aconteceu o segundo homicídio envolvendo o nome da Gang, a policia civil fechou o cerco e conseguiu os mandados de prisão para o bando. E usou o mesmo impacto usado pelos criminosos, para combatê-los.
A recém criada equipe especial denominada DOE, Delegacia de Operações Especiais, investigou e deu cumprimento aos mandados de prisão e passou como um trator de esteira sobre a quadrilha. Um grande aparato foi montado e os vários mandados de prisão preventiva e buscas foram cumpridos simultaneamente. Val era o caçula e menos feroz do bando por isso apenas dois detetives, o experiente Lika e o novato Teobaldo cercaram sua casa na Três Corações. Val foi abordado no portão de casa e entrou em luta corporal com Teobaldo, conseguiu escapar e foi se refugiar dentro de casa. A.Clesio, pai de Val, não conhecia os hábitos do filho e sem entender por que os policiais queriam prende-lo, abriu fogo contra eles. Imediatamente a casa foi cercada pelos demais detetives. Na troca de tiros o pai do jovem membro da Gang acabou sendo baleado e morto dentro de casa.
Apesar da fama e dos estragos feitos pela quadrilha em poucos meses de atuação, ela teve vida efêmera e foi desmanchada ainda em 1997. Exceto Eduardo Gonçalves que ainda não tinha 18 anos, todos os membros da quadrilha foram condenados a 14 anos de prisão e foram se hospedar no velho Hotel da Silvestre Ferraz.
Leusel fugiu tempos depois e nunca mais foi visto. Tem-se noticia de que está gozando a vida na cidade baiana de Xique-Xique. Eduardo deixou a prisão ao completar 21 anos, mas logo voltou por outros delitos e jamais deixou as trilhas do crime. Seu irmão Marcelo, depois de liderar a cadeia e decidir vidas no velho hotel, foi transferido para a penitenciaria Nelson Hungria em Contagem, em 2003 e lá ficou até 2009. Quando saiu em liberdade condicional, descumpriu as condições e já está ‘pedido’. O ultimo membro a entrar para a Gang dos Najas em 97, foi o único a mudar de vida, depois de todas as chances possíveis que um homem pode receber.
Será que mudou mesmo?
Para saber o desfecho desta historia e que fim levou o jovem Val, acesse “meninosquevicrescer.com.br” e adquira o livro “Meninos eu vi crescer”, com esta e outras 49 historias!

 

Policia corta as asas do Maribondo em Congonhal

Diego "Maribondo" de Oliveira Alvim jura de pés juntos que é inocente de toda e qualquer acusação...!

Diego “Maribondo” de Oliveira Alvim jura de pés juntos que é inocente de toda e qualquer acusação…!

Passavam os homens da lei pela BR 459, em Congonhal, no inicio da madrugada desta sexta, 28, quando avistaram um garotão com pinta de somongó andando pela via com uma sacola na mão. Como todo gato pardo é suspeito de ter roubado o toucinho, os policiais resolveram abordar o garotão. Quando se aproximaram do somomgó, ele enfiou a mão na sacola, sacou um trabuco apontou para os policiais e puxou o gatilho… O trabuco picotou! Como a azeitona quente não saiu, o garotão passou sebo nas canelas e tentou dobrar a serra do cajuru correndo em direção contraria à Arca de Noé! Perseguido à pé pelo policial Almeida, o meliante tentou jogar o revolver por cima do muro do cemitério – já que ele estava morto mesmo, pois não quis vomitar azeitona quente! – e encarou o policial na mão grande. Rolaram na poeira por alguns instantes até que finalmente o moleque foi dominado… Não sem antes quebrar a mão do policial na luta.
Depois de receber as pulseiras de prata o “dimenor” M., 17 anos admitiu que a arma pertencia a seu amigo Diego de Oliveira Alvim, o “Maribondo”…
– Quando nós passamos por aqui mais cedo, o Maribondo viu uma viatura e então escondeu o cano num canteiro… Depois ele me pediu para vir busca-lo! Ele está na casa do Bozó… – resmungou o delinquente!
No mocó do Bozó os policiais encontraram 13 pedras beges fedorentas escondidas numa caixa de celular…
– Ele me pediu para guardar a caixa de celular. Eu nem vi o que tinha dentro – alegou o ‘bom samaritano’.
Meia hora depois os homens da lei foram bater à porta da senhora Arlete, onde pegaram Maribondo com as calças na mão… Ele estava nos braços de Morfeu quando a policia chegou e não teve tempo de pular muros e quintais como fez da ultima vez em que foi preso no bairro Vista Alegre em Pouso Alegre no ano passado. Mas encarou os policiais e tentou vazar… Mesmo depois de receber as pulseiras de prata!
Pelo visto Diego Maribondo tem ‘caixa’ cativa na vizinha Congonhal do meu berço. Ano passado ele e outros três meliantes assaltaram uma residência e fizeram os moradores cativos por mais de uma hora. O assalto só terminou depois que o filho da vitima, trancado no banheiro, pulou a janela, desceu pelo telhado e chamou a policia. Na ocasião três dos assaltantes foram presos em flagrante. Maribondo foi preso dias depois mediante mandado de prisão preventiva. Sua prisão no bairro Vista Alegre foi homérica! Antes mesmo de ouvir o bico do 43 dos policiais batendo na sua porta, no surgir da aurora, Maribondo bateu asas e voou! Voou pelos telhados dos vizinhos, atravessou o campus da AABB, cruzou a MG 290 e desceu vargem afora. Maribondo só foi abatido, quero dizer, alcançado quando chegou à margem do rio Mandu já sem folego.

Maribindo, quando foi preso numa operação conjunta da PC/PM, um mes depois do assalto em Congonhal: Ele conseguiu correr do Vista Alegre ao Rio Mandu com os homens da lei fungando no seu cangote...!

Maribondo, quando foi preso numa operação conjunta da PC/PM, um mês depois do assalto em Congonhal no ano passado: Ele conseguiu correr do Vista Alegre ao Rio Mandu com os homens da lei fungando no seu cangote…!

Pelo assalto por engano em Congonhal – ele e o bando queriam roubar um rico batateiro, mas acabaram entrando na casa de um empresário de auto-escola – Maribondo pegou 5 anos e 7 meses de cana. Como era primário, tem residência fixa, é menor de 21 anos e bla, bla, bla, e bla, bla, bla pouco mais de um ano depois, tendo cumprido um sexto da pena, ganhou a malfadada progressão do Regime Fechado para o Regime Semiaberto. Dias depois de fazer o “chech in” na APAC, Maribondo cansou-se do marasmo, subiu no muro, bateu asas e voou para a liberdade.

Assalto em serie na sexta feira

No final da tarde da ultima sexta, 21, três assaltos seguidos mudaram a rotina da PM na cidade. Não pelas consequências – Ninguém se feriu – não pelo montante roubado – os assaltantes levaram uma merreca que mal dá para fazer um churrasco no fim de semana! Mas pela ousadia dos roubos em série! Enquanto fugiam, a dupla de motoqueiros ia fazendo outros roubos. – Se tivessem passado direto pelo bairro São João onde moiram e seguid direto para Borda da Mata, provavelmente teriam feito assaltado pelo menos mais quinze assaltos! – O primeiro roubo à mão armada aconteceu no mercadinho Santo Antonio; Dois magricelas, um alto e um baixo, entraram no estabelecimento às seis da tarde, apontando os trabucos e exigiram o dim-dim. Cinco minutos depois pararam a moto verde na rua Safira, desceram, viraram a esquina da Notel Teixeira e entraram no Supermercado Santa Luzia. A cena se repetiu. Levaram inclusive as moedas dos clientes que estavam na fila da padaria. – Só faltou levar o pão quentinho, que por sinal é um dos melhores da cidade! – Desceram a Tijuca, Cel. Pradel, viraram a Augusto Gomes de Medela e para não perder a viagem fizeram escala no Posto Confiança! Mais uma merreca. Nos três roubos não levaram mais que mil reais!
A policia militar, que seguiu os passos da dupla de motoqueiros e algumas vitimas que viram a foto de Maribondo e M. juram de pés juntos que ele é o assaltante que empunhou dois trabucos e vazou na moto verde levando na garupa o delinquente M. O delegado Clauber Moura vai pedir a preventiva de ambos.
Maribondo já adiantou:
– Eu sou inocente, doutor!
Por quanto tempo ficarão vendo o sol nascer quadrado?

Só os códigos penal, processual penal e o ECA poderão responder…!

 

PS: Acabo de chegar da DP agora às 18h30… Segundo o delegado que autuou “Maribondo” e o “dimenor” , o Homem da Capa Preta não autorizou a prisão do delinquente  que tentou atirar no policial, mesmo tendo rolado na poeira com ele até a porta do cemitério até quebrar seu braço…!  M. está livre como um passarinho…!

Policia prende assaltantes de postos de combustíveis

Bruno Leonardo Navarro: Ele deixou o Hotel do Juquinha na sexta feira, 21...

Bruno Leonardo Navarro: Ele deixou o Hotel do Juquinha na sexta feira, 21…

O manto da negra noite de chuva mansa desta quarta feira ainda estava estendido quando um gol bege encostou na bomba de combustível do posto Fatima, na esquina da Tuany Toledo e o motorista mandou completar o tanque. Quando o frentista avisou que faltava alguns minutos para abrir o posto, o passageiro do gol mudou seu pedido…
– Então passa o dim-dim! – Disse ele apontando uma faca de cozinha para o frentista.
Tres minutos depois o mesmo gol encostou na bomba do posto Gilroma, em frente o Clube de Campo Fernão Dias e repetiu a atuação. Desta vez conseguiu colocar alguns litros de combustível no tanque e R$ 123 no bolso. Ou melhor, na calcinha da passageira Viviane Lopes Campos que acompanhava a dupla de assaltantes pés de chinelos.
Ao tomar conhecimento dos dois assaltos antes de clarear o dia, a policia militar comunicou a ‘boa nova’ às demais unidades da circunvizinhança e tratou de armar o cerco e bloqueio a um Gol bege, com placa de Camanducaia. Algumas horas depois os policiais de São Sebastião da Bela Vista avistaram um casal perdido numa passarela da Fernão Dias no bairro Furnas. Eram Viviane Lopes Campos e Davi Leandro de Oliveira Rodrigues. Ambos contaram a historia da carochinha, mas não convenceram os policiais. Acabaram admitindo que estavam passeando por ali num gol bege quando o carro quebrou e o abandonaram numa estrada vicinal. Durante busca no veiculo quebrado, os policiais encontraram a identidade do cidadão Bruno Leonardo Navarro. Algumas horas mais tarde Bruno, o terceiro assaltante matutino recebeu as pulseiras de prata no seu muquifo no Chapadão.
Viviane Lopes Campos, 36 anos, levava o produto dos roubos, 170 reais, na calcinha. Ao piano do delegado de plantão ela contou que no final da madrugada estava rua com o amigo Davi curtindo a magia da chuva de verão no Chapadão, quando por ali passou Bruno conduzindo o Gol bege e os convidou para dar um passeio pela cidade. Durante o passeio aproveitaram o lusco fusco do amanhecer para roubar os dois postos de combustíveis e seguiram para S.S. da Bela Vista, berço do amigo Davi.
Davi Leandro de Oliveira Rodrigues, 24, contou somente a parte final da historia…
– Nós estávamos passeando pela Fernão Dias quando carro do Bruno quebrou e ele foi embora para um lado e eu e a Viviane fomos para outro… – Disse ele sem ficar vermelho.
Bruno Leonardo Navarro, 24, foi ainda mais sarcástico…
– Sei de nada não, doutor… Eu estava quieto no meu canto em casa quando os “zomi” chegaram e me prenderam…! Minha identidade? Deve estar no Hotel do Juquinha! Eu saí de lá na sexta feira…!
O gol usado pelo trio nos dois roubos havia sido furtado poucas horas antes durante a madrugada no Chapadão. Reconhecido pelos frentistas, os três assaltantes assinaram mais um 157 e voltaram para o Hotel do Juquinha.

Viviane Lopes Campos, a unica que confessou os roubos.

Viviane Lopes Campos, a unica que confessou os roubos.

Davi Leandro sentiu o frio das pulseiras de prata pela primeira vez. Viviane Lopes Campos havia sido presa por trafico em junho do ano passado, mas foi absolvida da acusação e retornou à liberdade em março deste ano. Fora presa novamente no dia 14 de novembro por furto mas viu o sol nascer quadrado apenas uma semana. Saiu no dia 20!
A capivara de Bruno Leonardo Navarro é ligeiramente mais gorda. Ele possui 155, 171 e 180 e outros delitos menores. Filho de ex-presidiaria ele já furtou até a avó. Ele foi preso com a ‘parça’ Viviane no dia 14 mas tiveram a prisão relaxada uma semana depois. Saiu dia 21. No momento em que Bruno estava sendo preso pelos roubos aos postos de combustíveis, o delegado de Furtos e Roubos, Erasmo Kennedy, estava formalizando seu pedido de prisão preventiva por outro roubo cometido com outro parceiro!
Enfim, a morosidade da justiça aliada à brandura e flacidez das leis penais no país, resultam nessa impunidade que causa repulsa e indignação no cidadão. E com razão! Enquanto aguarda em liberdade provisória o julgamento de um crime, o meliante comete mais meia dúzia de crimes…! Perde o cidadão que fica à merece dos bandidos… E perde o bandido que, quando começa receber condenações já não tem mais possibilidade de recuperação!
A proposito, um dos assaltantes que na ultima sexta feira cometeu três assaltos a estabelecimentos comerciais da cidade e conseguiu dobrar a serra do cajuru, apesar da pouca idade é figurinha fácil no álbum da policia. Condenado por roubo no ano passado, ele estava cumprindo pena na APAC desde o inicio deste mês e resolveu ‘abandonar’ a estadia…! Mas ele que coloque as ‘asas’ de molho, pois a qualquer momento poderá sentir as ‘ferroadas’ da lei!

 

Parque Zoobotanico de Pouso Alegre homenageia ambientalista

Bonillo

A denominação que homenageia o ambientalista e ex-chefe do Ibama professor Fernando Bonillo foi aprovada pela Camara Municipal da cidade na sessão da ultima terça feira, 25. O projeto de autoria da vereadora Lillian Siqueira foi aprovado por unanimidade por seus pares.
Fernando Afonso Bonillo Fernandes era Mestre e Doutor em engenharia florestal pela Universidade Federal de Lavras – Ufla – com especialização em agricultura, ciências do meio ambiente com ênfase em biologia; era professor do curso de Ciências Biológicas da Universidade do Vale do Sapucai – Univás – em Pouso Alegre. O ambientalista era chefe da unidade regional do Ibama em Pouso Alegre e uma das principais referencias em meio ambiente no Sul de Minas. A formação acadêmica no entanto, diz menos do que foi o homem… Fernando Bonillo era apaixonado pela natureza. Símbolo e legitimo defensor do meio ambiente. Sua figura alta, séria e agradável, sem ser sisuda, era presença constante, inclusive, na delegacia de policia resgatando e amparando animais de toda espécie apreendidos em poder de caçadores e malfeitores. Resgatou e devolveu à natureza centenas, milhares de aves indefesas e outros bichos. Fernando Bonillo morreu no dia 01 de outubro do corrente vitima de câncer, aos 58 anos.
Importante remanescente da Mata Atlântica e considerado pelas autoridades ambientais como Unidade de Conservação de Proteção Integral, o Parque Municipal de Pouso Alegre à noroeste do município, está localizado ao lado de um complexo montanhoso denominado Serra do Santo Antonio, interligado de forma contígua à Reserva Particular Mata dos Sabiás e à Reserva Florestal do 14ª GAC. Formam juntos um maciço de aproximadamente 350 hectares de florestas e montanhas. Possui ainda uma área de uso publico de cerca de 12he destinada a atividades de educação ambiental, lazer e recreação para a população – será que existe um pousoalegrense que não conhece o antigo Horto Florestal da cidade? – além de dois lagos de quase quatro hectares de espelho d’agua. O acesso à área de lazer é feito através de uma alameda asfaltada circundada por pinos plantados quando da construção do parque em 1971.
O espaço representa um importante reduto para diversas espécies de animais, incluindo espécie da mata atlântica ameaçadas de extinção. Abriga um viveiro de mudas de varias espécies e frondosas arvores centenárias. A poucos metros da área de lazer reina um imponente Jequitibá de mais de 500 anos. Reserva florestal com diversidade biológica, com trilhas para caminhada junto à natureza, com animais, aves, plantas, lagos e recreação aberta ao publico, a 4,5 km do centro da cidade, o espaço é considerado um monumento natural paisagístico. O parque que a partir de agora passa a chamar-se Parque Natural Municipal “Prof. Dr. Fernando Afonso Bonillo Fernandes” é uma sala de aula a céu aberto para quem queira ensinar ou aprender sobre a natureza e sua preservação.

Logo na entrada do parque a criança já sente que é bem vinda...

Logo na entrada do parque a criança já sente que é bem vinda…

Nenhum logradouro publico seria mais apropriado para homenagear aquele que foi um dos maiores defensores do meio ambiente. Fernando Bonillo, que conheci molecão, alto, esguio, com cara de menino estudioso, nos anos 70 na Rua Adalberto Ferraz, e vi desfilar nos últimos anos com a autoridade de quem sabe o que quer e sabe o que faz está no lugar que pediu à deus para viver a eternidade! Como disse hoje pela manhã um delegado quando falávamos de sua figura publica: “Fernando Bonillo era o homem certo, no lugar certo”!
Mudou de dimensão, mas continua no lugar certo!
 

PM prende ‘atriz’ Elem Cristina em Pouso Alegre

Elem Cristina Delgado: Sua ultima prisão foi em 2012. Ela trocou metade de uma pedrinha beje fedorenta com o noia .. por uma aparelho de DVD

Elem Cristina Delgado: Sua ultima prisão foi em 2012. Ela trocou metade de uma pedrinha beje fedorenta com o noia Jose Maria Silva por uma aparelho de DVD

Uma faquinha de cabo verde, de cortar e passar manteiga no pão. Essa era a arma usada pela meliante Elem Cristina Delgado para subjugar e tomar o dim-dim das pessoas na rua até o ultimo final de semana. Somente no sábado, na avenida da Antarctica ela fez duas vitimas. Seu reinado terminou na madrugada de segunda quando a policia militar lançou sobre ela as malhas da lei. Ela estava Elem nos braços de Morfeu quando os policiais chegaram e disseram a frase de gelar a espinha:

– “Teje presa”!

Na verdade Elem não ficaria presa, pois seus crimes, cometidos com o mesmo modus operandi nas ultimas semanas, não a levariam para a cadeia, pois ela não estava em flagrante e não tinha contra seu sujo nomezinho nenhuma condenação ou mandado de prisão. Somente ficou ‘agarrada’ porque o delegado de Furtos e Roubos, Clauber Moura, após juntar todos seu BOs, submetê-la a reconhecimento de vitimas e colher seus depoimentos foi fazer plantão no Forum Orvieto Butti durante a segunda feira. Após algumas horas de espera o Homem da Capa assinou o “mandamus” autorizando sua hospedagem no Hotel do Juquinha!

Elem Cristina com seu nome de atriz de novela, vinha sendo estrela de filme policial há varias semanas em Pouso Alegre. São vários BOs registrados contra uma assaltante negra, que apontava a faquinha de cabo verde para a barriga das vitimas na rua a qualquer hora do dia e levava seus pertences. Às vezes não levava quase nada. Apenas uma merreca e o celular. Muitas vitimas, descrentes da atuação ou eficiência da policia, nem registravam BO. Mas foi justamente o aparelho celular de dona ‘Neila’, uma das vitimas, que encerrou a carreira de Baiana. A prova fatal foi a faquinha de cabo verde encontrada em seu poder. Se voce também ja viu essa faquinha pertinho da sua barriga ou do pescoço, procure a PC. Isso poderá aumentar a estadia da ‘artista’ no Hotel do Juquinha!

Elem Cristina Delgado, 42 anos, ‘Baiana’ de Cuiabá-MT, é figurinha fácil no álbum da policia mineira desde 2011. Já assinou 155, 157, 180, e 33. Apesar da bela capivara, Baiana estava em liberdade desde setembro de 2012. Acabaram as férias…

 

Ah, quer saber como foi a ultima prisão da Baiana? Leia o post “Alquimia no Aterrado! Pedra vira cana”, de 17-07-2012!

PM apreende 142 pés de erva no Faisqueira

A suposta droga apreendida no Faisqueira: Isso é talvez, erva de Santa Barbara

A suposta maconha apreendida no Faisqueira: Isso é, talvez, broto de erva de Santa Barbara…

A apreensão aconteceu no final da tarde desta segunda, 24, no Loteamento Pão de Açucar. Os homens da lei chegaram até o local através de denuncia de amigos ocultos da lei que informavam haver uma plantação de maconha no terreno ali vizinho. Durante procura pelos pés da erva no terreno baldio, inclusive com ajuda de cães farejadores, os policiais encontraram vários pés de arbustos verdes com folhagem parecida com a da famigerada maconha. Toda a plantação, cujos pés mediam entre um metro e meio, foi arrancada e levada para a delegacia de policia.
O BOPM que narra a apreensão da suposta droga diz que “após busca em vasto terreno, foram localizados e contabilizados 142 pés da substancia entorpecente”.
O exame de constatação, que naturalmente precede o exame definitivo, indispensável para que a autoridade policial ratifique o flagrante do suspeito, dono ou portador da droga, não chegou a ser feito, pois ninguém foi preso no local da plantação. Faltou elemento do crime! Na verdade faltou também materialidade, como se verá adiante!
A noticia da apreensão de considerável quantidade de drogas in natura logo ganhou a imprensa local. Antes mesmo dos exames de constatação da droga, que é feito pela policia técnica da policia civil.
Em contato visual com a foto da suposta droga arrancada, em um site de noticias local, este blogueiro perguntou pelas fotos da verdadeira droga, uma vez que a foto mostrada exibia um arbusto de caule liso e folha verde escuro, ligeiramente arredondadas, bem diferentes de Cannabis Sativa de Lineu, cujo caule é ‘peludo’ e tem folhas verdes claras, longas e serrilhadas! Lançada a duvida sobre a autenticidade da droga, o site retirou a matéria do ar, e, como havia sido visto por outros sites, desde então outros órgãos de imprensa tem procurado a delegacia de Policia buscando confirmar se os brotos apreendidos são ou não de maconha!

Isso é um broto tenro de Cannabis Sativa de Lineu...

Isso é um broto tenro de Cannabis Sativa de Lineu…

Na ausência do delegado da Especializada de Combate o Trafico, Gilson Baldassari, que está de férias, o delegado Regional Flavio T. Destro, determinou à Pericia Técnica que faça o exame de constatação na erva para, em caso negativo, mandar arquivar o BO.
Este blogueiro, como já havia feito no site co-irmão em contato visual com a foto da suposta droga, adianta a o resultado; o BO será arquivado! Os 142 pés de erva apreendidos na segunda feira no Faisqueira não são de erva marvada! A principio parecem brotos nativos de erva de Santa Barbara. Não possui o THC previsto no artigo 33 da Lei 11.343 como droga. Se alguém estivesse no local cuidando da ‘lavoura’, não estaria cometendo nenhum crime…!

... Que pode chegar a três de altura!

… Que pode chegar a três de altura!

 

João Andante não é mais João, mas continua Andando… Mesmo sem as pernas!

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Produzida no Brasil desde que o país era criança em fraldas – 1530 – a bebida produzida com caldo de cana fermentado é a única genuinamente brasileira! No Período Colonial tornou-se símbolo da resistência ao colonialismo de Portugal. Mais tarde no Império, tornou-se símbolo da Independência do Brasil.
Passou por vários status sociais. Dos escravos aos senhores de engenho. Do proletariado à burguesia! Apreciada pela elite dominante do século dezenove, frequentou até o palácio real. Com a proclamação da republica em 1889, perdeu duplamente a nobreza! A partir de então o chic era beber vinho, champanhe e Whisky importados. E a velha cachacinha virou “bebida de pobre”, vendida em botecos…!
Ficou assim marginalizada durante quase um século! A partir de 1980 começou reconquistar seu espaço. Hoje só no município de Salinas, Nordeste de Minas, existe cerca de 60 alambiques. Todos tentando seguir os passos da septuagenária conterrânea Havana, que não se encontra por aí a menos de R$ 450 a garrafa.
Em 1995 o escrivão de policia aposentado, Sr. Lima, se valendo do bom relacionamento com a alta sociedade pousoalegrense, entrou no ramo da cachaça. Trazia de salinas a famosa “Lua Cheia”. Comprei algumas dele à R$ 4 a garrafa de 600ml. A Velho Barreiro ou a 51 custavam na época R$1,70 o litro! Hoje a mesma Lua Cheia custa no mercado em media R$ 42.
Há muito que se falar deste novo filão de ouro brasileiro – coincidência ou não, a cachaça ouro predomina sobre a prata em todas as prateleiras e cachaçarias – que a cada dia ganha mais o mercado estrangeiro. Tem até um ator americano fazendo comercial de uma cachaça brasileira. E olhe que nem é das melhores!
Mas voltemos ao titulo desta embriagante matéria!

Em 2008 a Agropecuária Santo Antônio do Cerrado, produtora da cachaça Passatempo de Minas na zona rural de Passa Tempo-MG, resolveu expandir seus negócios e criou um novo rotulo para sua cachaça. Um nome bastante sugestivo para a bebida: “João Andante”! A cachaça ouro, envelhecida em toneis de carvalho e amburana, com aroma delicado da madeira chegou ao mercado com um preço ligeiramente amargo… R$ 76. – No mercado municipal de BH sempre paguei abaixo de setenta reais!
O rotulo da João Andante tem o desenho que mistura o matuto Jeca-Tatu, personagem de Monteiro Lobato, e o andarilho Juquinha, antigo morador que ficou famoso na Serra do Cipó. “João” caminha carregando uma trouxa de roupas nas costas.
João Andante começou caminhando muito bem, mas não tardou viu a empresa americana Diageo cruzar seu caminho. A holding que é dona da marca de uísque Jonnnie Walker acusava a cachaçaria de plagiar sua marca. Segundo a marca de whisky, além da figura do andante imitar a imagem do lorde inglês que desfila com chapéu e bengala em suas garrafas de whisky, o nome “João Andante” é tradução literal de Johnnie Walker! Na briga com a gigante americana, João Andante perdeu as pernas!

Quem acolheu o João em suas andanças por aí, enquanto ele ainda tinha pernas, se deu bem...  Essa eu comprei em janeiro, quando João ainda andava livremente pelo mercado de Belo Horizonte. Guardo para ocasiões especiais...!

Quem acolheu o João em suas andanças por aí, enquanto ele ainda tinha pernas, se deu bem…
Essa eu comprei em janeiro, quando João ainda andava livremente pelo mercado de Belo Horizonte. Guardo para ocasiões especiais…!

Quem hospedava João Andante em seus depósitos quando a justiça determinou a suspensão da sua distribuição, viu o preço triplicar. Pena que o estoque não durou mais que dois meses!
Apesar de perder a identidade e até as pernas, a cachacinha de Passa Tempo continuará andando. A garrafa é a mesma, o conteúdo é o mesmo, o preço é até mais adocicado e o rotulo muda para: “O Andante”. Com o mesmo saco nas costas… Mas sem as pernas!
“O Andante” foi lançado oficialmente na Expocachcaça na Expominas em Belo Horizonte em maio de 2014 e deve custar nas cachaçarias cerca de R$62.

 

Mudou-se o rotulo, mas o conteúdo é o mesmo!