PAFC estreia no Campeonato Mineiro 2019

        O primeiro jogo será fora de casa, na cidade de Manhuaçu, contra o Boston City, na manhã deste domingo, 20.

“Nenhum clube de futebol chegará a ser grande… se não valorizar seus pequenos jogadores!”                                                                   

                                                                                                               Airton Chips

Em 1985, depois de uma bela campanha na Segundona do Mineiro, o Pouso Alegre Futebol Clube recebeu um elenco inteirinho de juniores. Ganhou de presente um plantel com quase vinte jogadores entre 17 e 20 anos. Garotos entusiasmados, sonhadores, talentosos! Alguns já com sinais de que seriam craques, e outros precisando de lapidação. A maioria já encantava os torcedores do futebol varzeano de Pouso Alegre e cidades da região com o nome de “E.C.Americano”, com dezenas de jogos sem conhecer derrotas nas cercanias. Dentre eles havia nomes como China, Chochola, Luizinho Malaquias, Condinho, Nandinho, Renatinho,  Tadeu, Canhoto e tantos outros. Parecia que o Rubro Negro do Mandu, que subiria três anos depois para a 1ª Divisão do futebol mineiro montaria um timão com ‘prata da casa’ – prata cara com preço barato – para os próximos anos. Parecia. Só parecia. Era preciso tão pouco investimento nas categorias de base, mas a direção do clube não deu o devido valor àquele rico elenco que recebera de mãos beijadas, o qual tinha identidade com a apaixonada torcida rubro-negra.  A ‘prata’ não foi valorizada pela diretoria de então! Não foi lapidada! Não chegou a se tornar ‘ouro’…!

Os atletas ouvem atentamente as orientações do ‘professor’ José Carlos Espoleta, nesta quarta-feira…..

Trinta e três anos depois o PAFC voltou aos gramados para reescrever aquela história. Tão logo terminou sua participação na Segunda Divisão do ano passado, o clube começou a garimpagem de talentos para formar o plantel de juniores, jogadores com até 20 anos, alguns em condições de disputar o profissional já esse ano, a partir de agosto. Os treinamentos começaram no final do ano passado e continuaram em 2019 visando a disputa do Campeonato Mineiro da categoria.

A partir desta semana o torcedor rubro negro conhecerá, aqui no blog, os jogadores do plantel do juniores do clube. São jogadores da cidade de Pouso Alegre e das cidades vizinhas.

Quem se tornará ídolo da torcida?

Artur Cari: Ele tem 18 anos, nasceu em Frutal, no Triangulo Mineiro e joga na lateral direita. Morando há cinco anos em Pouso Alegre, agora ele “é prata da casa”! Artur estará à disposição do Técnico Espoleta neste jogo de estreia. Eu que ja tomei umas ‘canetas’ dele nas peladas por aí, estou torcendo por ele!

O certame 2019 começou no último sábado, 13. O ‘Dragãozinho’ do Sul de Minas estreia neste domingo,20, contra o Boston City, na cidade de Manhuaçu. No próximo dia 27 jogará novamente fora de casa. A estreia diante da sua torcida será na quarta-feira, dia 1º de maio, no Manduzão. O adversário será o todo poderoso E. C. Cruzeiro, de Belo Horizonte.

O campeonato de Junior é a vitrine mais próxima do estrelato no futebol. Uma atuação brilhante no campeonato poderá carimbar o passaporte do atleta para um clube europeu… e deixar uma maletinha preta cheia de Euros no cofre do clube!

 

Tributo a João Cavalo

Ele foi homenageado pelos seus ex-atletas e ‘boleiros’ que marcaram suas passagens pelo futebol amador da cidade. Os produtos alimentícios arrecadados no evento serão doados a Creche “Ceim Meire Aparecida de Pinho”.

 

João Cavalo morreu em janeiro de 2018

O evento esportivo-filantrópico aconteceu na tarde deste sábado, 02 de março, no Campo do Bangu no bairro São Geraldo em Pouso Alegre. Divididos em quatro times dezenas de atletas e ex-atletas, que deram os primeiros passos no futebol na escolinha do Santos FC do João Cavalo, se reuniram para o torneio.

A ideia de reunir os atletas para lembrar o ‘professor’ partiu do jovem Henrique Claro, que jogou desde a infância na escolinha do Santos FC e hoje dirige o Madureira FC. Dois times foram formados exclusivamente por jogadores que foram treinados pelo ‘professor’ no Campo do Santamaria.

O encontro futebolístico reuniu Marcelo Flauzino, Helinho, Arley Xaxa, Ziquinho, Japão, Robson, Oliveira (vereador), Paulinho Pretinho, Dito Coelho, Edinho Montes, Luciano Almeida (que doou brinquedos) e outros. Muitos destes foram treinados por Joao Cavalo. Outros, jogando pelo Bangu, Guarani, Olaria e outros times amadores tradicionais da cidade, enfrentaram o alvi-negro do Santamaria nos amistosos e campeonatos promovidos pela LEPA nos anos 80 e 90.

Estiveram presentes ao evento a irmã Lourdes, filhas, genros, sobrinhas e sobrinhos do homenageado João Cavalo. Os alimentos doados por jogadores, boleiros e admiradores do treinador serão entregues nesta quinta-feira, à creche “Ceim Meire Aparecida de Pinho”.

Henrique Claro, Bi-Campeão Juvenil de Futebol, treinado por João cavalo, está empolgado com a adesão dos ‘boleiros’ ao evento que homenageou seu mestre. “No final do ano vamos nos reunir novamente e vamos criar o grupo “Filhos do João Cavalo”, disse ele.

João Batista Ferreira, o “João Cavalo”, foi um ícone no futebol de base em Pouso Alegre. João não sentou muitos anos no banco da escola, mas, se dependesse dele, nenhum garoto sairia da escola sem um diploma universitário! Ao lado dos contemporâneos como Hailton Custodio, Jorge Carpinetti, Salvador Lopes, e boleiros da geração anterior tais como Corinho, Tião Cueca, Gustinho, Pinguim não ensinavam apenas o  trato com a bola! Ensinavam respeito pelo próximo, ensinavam caráter, autoestima, cidadania. Para estes professores de futebol e de vida, apesar de pouco letrados, todo atleta-cidadão era capaz de realizar seus sonhos. Através do futebol, todos eles ajudaram na formação sadia de milhares de adolescentes e jovens, e marcaram a historia do futebol de base em Pouso Alegre. Deixaram saudades!

João Cavalo morreu precocemente no ano passado. A singela homenagem organizada pelo seu pupilo Henrique Claro, com apoio de Eliel Matheus (que tinha João Cavalo como um pai), e ex-atletas que marcaram presença, merece aplausos.

Pouso Alegre inicia avaliações do Sub-15

Depois de iniciar os trabalhos na categoria Sub-20, o Pouso Alegre Futebol Clube se prepara agora para dar o pontapé inicial também no Sub-15.

 

PAFC Sub 20

E o primeiro passo acontece na manhã do próximo sábado 19. Ao todo oito equipes de Pouso Alegre, Cambuí, Espírito Santo do Dourado, Maria da Fé e Estiva passarão por avaliações comandadas pela equipe do professor José Carlos do Nascimento, o popular Espoleta.

“Vamos avaliar os meninos nascidos entre os anos de 2004 e 2006. A ideia era reunir outras cidades também, mas muitas delas não poderão vir porque estão em férias escolares e não tem ônibus. Mas estamos programando uma outra avaliação para o final do mês de fevereiro”, explicou o professor Zé Carlos.

Além de Espoleta, estarão participando da avaliação o presidente Paulo da Pinta, o vice-presidente Marcus Vinícius Teixeira, membros da comissão técnica, casos de Casinha, Edson e Keller, e professores de educação física da cidade.

 

Confira os jogos e os horários de domingo:

8:30 – Cambuí x Escolinha LE 10

9:10 – Escolinha LE 10 x Cidade Jardim

9:50 – Grêmio PA x Espírito Santo do Dourado

10:30 – Grêmio PA x Maria da Fé

11:10 – Santos x Estiva

 

Gleison Oliveira – Assessoria PAFC

Espoleta é o novo técnico do Pouso Alegre F.C.

A queda do Dragão do Sul de Minas para o time da S.E.Patrocinense, diante de um publico recorde de quase 5.500 torcedores no ultimo sábado,15, derrubou também o técnico Marcelo Albino. Seu sucessor é ‘prata da casa’!

 

‘Nascido’ para o futebol  no antigo “Vasquinho”,  na beira da linha, Espoleta se projetou e foi campeão pelo Santos FC na década de 70. Da ‘Vila’ rodou o mundo como jogador e encerrou a a carreira como técnico no Japão no inicio da década passada, e voltou para ‘casa’…

Marcelo Albino estava comandando o time rubro negro desde a preparação para a disputa do Campeonato Mineiro da Segunda Divisão. Foram oito jogos pelo campeonato onde o time obteve três vitorias, três derrotas e dois empates. Em 24 pontos disputados, o técnico Marcelo Albino conquistou 11, menos de 50% de aproveitamento.

Se a torcida já começava a se impacientar, a gota d’agua veio no jogo diante da equipe do Triangulo Mineiro, com Manduzão cheio. O time marcou logo no inicio, mas se perdeu em campo e as substituições não deram resultado. O time ainda teve um pênalti a seu favor e a chance de fazer dois a zero e administrar o jogo. Mas o jogador escalado para cobrar a penalidade máxima bateu fraco, displicente e jogou a pelota nos braços do goleiro.

Antes mesmo da virada no placar, o torcedor já pedia a cabeça do jogador Pedrinho – que perdeu o pênalti – e do técnico Marcelo Albino. Com a saída de Albino, a diretoria rubro-negra optou – muito acertadamente – por Espoleta, que até então ocupava o cargo de auxiliar técnico do time. A efetivação no carpo de técnico da equipe foi comunicada pela diretoria nesta segunda-feira.

Jose Carlos do Nascimento, o “Espoleta”, 60, é natural de Pouso Alegre. Começou jogando futebol amador no Campo do Vasquinho – onde hoje está ‘plantado’ o Terminal Rodoviário de Pouso Alegre.  No final da década de 70 foi jogar no Santos F.C., onde fez brilhante carreira e conquistou o titulo paulista de 78. Jogou ainda pelo Náutico de Recife, Ferroviária de Araraquara, Portuguesa Santista, São José, Ituano, todos no Estado de São Paulo e no Lauletano de Portugal e no Tokyo Gas, do Japão. Ao pendurar as chuteiras tornou-se técnico de futebol no Japão, onde ficou quase duas décadas.

Espoleta tem o carinho e confiança da apaixonada torcida rubra negra. E vai precisar! Com 12 pontos em disputa o Dragão do Sul de Minas precisa vencer seus compromissos e torcer contra os adversários que estão à frente na tabela. O primeiro desafio de Espoleta será diante do Coimbra – lider do certame com apenas uma derrota e 18 pontos ganhos –  nesta quarta-feira na cidade de Nova Serrana. Uma vitória na capital mineira do calçado, além de manter aceso o sonho do acesso à Primeira Divisão, poderá levar o Manduzão a um novo recorde de publico no próximo final de semana.

O Dragão do Sul de Minas tem time, tem técnico e tem torcida! Se os jogadores jogarem o que sabem, o sonho continua…!

Boa sorte Espoleta!

Pouso Alegre decepciona torcida…

Perde de virada para Patrocinense dentro de casa!

 

Pedrinho bate e perde o pênalti que seria 2×0…

Logo no inicio do jogo o time rubro-negro abriu o marcador. Com bela jogada pela direita, o atacante Guilherme cortou para a esquerda e bateu de longe levando a torcida ao delírio. Parecia que seria mais uma goleada. Parecia. Apesar do começo arrebatador, sufocando o adversário e criando varias chances, com o passar do primeiro tempo o time e o jogo foram esfriando, esfriando até que a saída do camisa 5 rubro nefro no inicio do segundo tempo, apagou de vez fogo do dragão! Até aí era só um jogo ruim, onde nenhum dos times justificava a presença do publico recorde de mais de 5.400 torcedores, a maioria vestida à caráter, ostentando orgulhosamente a camisa rubro negra do time mais querido do Sul de Minas. Se estava ruim, ficou pior! No inicio do segundo tempo o time da casa teve a oportunidade de ampliar e quem sabe consolidar o marcador com um pênalti a seu favor. As chances morreram nos pés do atacante Pedrinho. Apesar de estar desde o inicio do jogo, parecendo estar fora do jogo, ora apático ora displicente nas divididas, deixando sempre a pelota nos pés do marcador, ele pegou a redonda e assumiu a cobrança. Desta vez não deixou não deixou a bola nos pés do adversário… Deixou nas mãos! Bateu fraco no meio da segunda metade do gol. O arqueiro jogou ‘la pelota’ para sua direita e ainda teve tempo de ir abafá-la antes que ela cruzasse a linha de fundo.

A torcida rubro-negra bateu novo recorde: mais de 5.400 torcedores…

Podia piorar? Podia. Daí em diante o time da Patrocinense, que até então apenas administrava a derrota pelo placar mínimo, cresceu, adquiriu brilho, ganhou todas as divididas, quase colocou o Dragão na roda e mereceu virar o placar. Só não virou mais cedo porque o atento e competente arqueiro rubro negro resolveu sozinho a parada, fazendo duas defesas depois de sua zaga completamente batida. Mas a virada era questão de tempo… E aconteceu. O empate veio aos 40 e a virada já nos acréscimos. Pela primeira vez o técnico Marcelo Albino ouviu vaias da torcida, e os apupos de ‘burro’, numa alusão à substituição do camisa 5 no inicio do segundo tempo.

O meia Clebson e seu indefectível cabelo cacheado, ‘avariado’ no DM, fez falta no jogo…

Quem mais vibrou e comemorou com o resultado no fim do jogo, foi o Sr. João, que que veio de Campinas com os familiares para ver o filho jogar … na zaga da S.E. Patrocinense! O jovem zagueiro Junior, de 18 anos, não saiu do banco de reservas mas encheu o pai de orgulho. Sentado à minha frente com camisa do Barcelona, ele derrubou um copo de cerveja nos torcedores da frente quando o time do filho empatou o jogo!

A derrota em casa, na oitava rodada do certame, deixou o Dragão do Sul de Minas na posição em que começou: 5ª colocação. Mas, com o complemento da rodada neste domingo, pode piorar. Agora, faltando 4 jogos para o final da primeira fase, o PAFC precisa mais do que nunca vencer suas partidas e torcer contra quem está na frente.

O Pousão volta à campo nesta quarta-feira, 19, contra o Coimbra em Nova Serrana, e no domingo, 23, recebe o Ponte Nova no Manduzão. Apesar do resultado deste sábado contra o escrete do Triangulo Mineiro, se vencer na capital do calçado no meio da semana, o Dragão do Sul de Minas poderá bater novo recorde de torcida contra o time do Campo das Vertentes.

Dragão do Sul de Minas aplica outra goleada… desta vez fora de casa!

       A vitima da vez foi o Passos, que mandou seu jogo na ‘Arena do Calçado’ na cidade de Nova Serrana.

Além do gostinho especial de vencer a partida, fora de casa e ainda por cima… de goleada, o jogo contra o Passos teve outro fato marcante: o jogador Bruninho – papai fresquinho, fresquinho – anotou seu gol no primeiro toque que deu na bola. Foi o quarto da goleada de 5 x 0.

Minutos antes de o time rubro negro entrar em campo, Bruninho, de 20 anos, recebeu a foto da filhinha Julia, que havia acabado de nascer em Poços de Caldas. Do banco de reservas ele dividiu a emoção de ser papai com a emoção de ver os colegas Pedrinho e Compri fazer dois a zero. Antes de entrar em campo ele ainda viu o atacante Airan fazer o terceiro e consolidar a vitória. Aos vinte e três do segundo tempo Bruninho entrou em campo e no primeiro toque que deu na bola mandou a pelota beijar a rede! A comemoração não podia ser diferente: bola por dentro da camisa e braços dobrados balançando, à la Bebeto 1994!

“Cara, quando vi a foto dela não aguentei e as lágrimas. Foi uma emoção muito grande ver a minha filha e depois ainda conseguir fazer o gol para poder fazer essa homenagem pra ela”, disparou o atacante diante dos microfones no final do jogo.

Apesar do dilatado placar, para o técnico Marcelo Albino, “… foi mais um jogo difícil, onde tivemos alguns momentos de desorganização na primeira etapa. Na volta do intervalo melhoramos e tivemos maturidade  e consciência para buscar o resultado em cima de um adversário que, mesmo jogando em casa, estava muito fechado. Estamos amadurecendo jogo a jogo e a tendência é só melhorar ainda mais”, definiu o técnico do Dragão do Sul de Minas.

A vitória por cinco a zero e a combinação de resultados, colocou o ‘pousão’ na terceira colocação do certame, com 11 pontos. A colocação no entanto, ainda não está consolidada, pois Araxá e União Luziense, com 9 pontos cada, tem cada um, um jogo a menos.

O PAFC volta a campo neste sábado, 08, contra o Araxá, na cidade de Uberaba no Triangulo Mineiro. O confronto será um jogo de ‘seis pontos’: quem vencer passa a depender apenas das próprias pernas para permanecer no grupo dos quatro finalistas da competição.

Contra o Passos o Pouso Alegre Futebol Clube jogou e venceu com: Leandrão, Compri,  Davy, Straub e Dener; Cainã, Joao Pedro, depois Leo Oro, e Alemão, depois Katatau; Leozinho, depois Bruninho – o papai fresco – e Pedrinho. Balançaram as redes Pedrinho, aos 4m, e Compri, aos 15m 1º tempo; Airan aos 09m; Bruninho aos 24 e Leo Oro aos 32m da etapa final. O arbitro Frederico Augusto Costa Pereira amarelou Lucas e Jhonatas, do Passos e mandou Guilherme, também do Passos, para o chuveiro aos 30 do segundo tempo.

 

Informações e fotos: Ascom/PAFC

 

 

PAFC X Torcida

O time perdeu… mas a torcida ganhou de goleada!

 

A presença de crianças no estádio foi o principal ‘detalhe’ do jogo…

A derrota por dois tentos a zero, em casa, para uma equipe modesta – embora esteja à frente na tabela – de um dos clubes mais tradicionais do futebol mineiro, foi só um detalhe. Na verdade, um dos tantos detalhes que marcaram o reencontro do centenário Pouso Alegre Futebol Clube neste domingo, 19, no Manduzão.

O primeiro – mas não o mais importante – detalhe, foi o vacilo do primeiro zagueiro rubro-negro que deixou a despretensiosa bola alçada à meia altura na área para o segundo zagueiro… antes dele o atacante alvi-rubro desviou a pelota do goleiro, fazendo o primeiro gol do visitante.

O segundo detalhe – mas também não o mais importante – foi o chutão do goleiro do Valério que atravessou toda a extensão do campo e caiu na área adversaria. No afã de evitar que o atacante pegasse a bola redonda, o zagueiro subiu com ele e não conseguiu evitar que a bola quadrada tocasse na sua mão. Na cobrança do pênalti o goleiro acertou o canto, mas não conseguiu alcançar a bola, e o juiz anotou o segundo e último gol da partida, para o time visitante. Resultado injusto para o time da casa, que dominou o jogo e foi muito mais consistente, embora tenha pecado nas jogadas pelo alto.

O jogo teve ainda muitos outros detalhes, próprios do futebol.  Em dois eles, agora sim detalhes importantes, a bola do time rubro negro beijou o travessão por duas vezes, levantando a galera e arrancando o tradicional ‘uuuuuuuu’ da garganta. Em pelo menos outras cinco vezes o goleiro do visitante precisou mostrar toda sua elasticidade e reflexo para evitar o gol do time da casa.

O goleiro do Valeriodoce teve muito trabalho…

Pelo que fez dentro das quatro linhas, o Dragão do Sul de Minas não mereceu perder o jogo.

Mas os detalhes mais importantes da reestreia no Pousão no futebol profissional, diante de sua torcida, ficaram justamente por conta da torcida. Um espetáculo de presença, de alegria, de emoção, de vibração, de comportamento… Torcedores da velha guarda emocionados, torcedores jovens animados, casais, pais com filhos imberbes, famílias inteiras, crianças, a maioria ostentando camisas do time, fizeram da derrota nas quatro linhas o menor dos detalhes.

A volta do Pousão aos gramados, em casa, trouxe de volta a animada ‘charanga’ que ruflou seus tambores desde antes até depois do jogo!

A animada ‘charanga’ ficou na arquibancada descoberta…

Trouxe também o velho “Cavucada” – que em maio ultimo completou 49 anos. Se ele já estava radiante por desfilar entre os amigos que tanto o estimam, mais radiante ficou depois que o presidente Paulo da Pinta o levou para dentro do campo e o premiou com uma camisa oficial do time. Nenhum dos 5.387 torcedores deixaram de notar o sorriso de orelha a orelha do ‘talismã’ Cavucada.

Reencontrar amigos, conhecidos, pessoas com as quais compartilhamos a mesma arquibancada há quase trinta anos, foi outro detalhe!

Ver boleiros antigos e boleiros novos, de coletes, apaixonados, colaborando com a diretoria para o bom andamento do espetáculo, também foi um detalhe importante…

Ver um time de terceira divisão, ainda sem jogadores conhecidos, sem identidade com a cidade, levar mais de cinco mil pessoas ao estádio – público bem próximo de jogos da Primeira Divisão do campeonato brasileiro –  foi outro detalhe que marcou a reestreia do Dragão do Mandú no futebol profissional do Estado.

No entanto, o maior detalhe da reestreia do Pousão foi sem dúvida a presença das crianças no estádio. Crianças de zero a 12 anos; crianças ao lado dos pais, crianças no colo dos pais; mas especialmente das crianças que ainda não sabem o que é futebol! Bebezinhos que foram levados orgulhosamente pelos pais ao estádio para ‘sentir o clima’; para sentir a magia desse esporte contagiante, apaixonante… Desse esporte que promove encontros e reencontros; que promove amizades, que une pessoas, que proporciona alegrias. Ver a confiança destes pais na segurança da organização, tanto da diretoria quanto da polícia militar, foi outro detalhe!

Sim, o PAFC tem bom time, tem excelente diretoria, e tem fantástica torcida!

Os ingrediente do sucesso estão na mesa…

 

Morreu Pinguim…

Ele foi um dos maiores incentivadores do futebol de Pouso Alegre!

Pinguim e amigos: de short vermelho…

Ao chegar à Primeira Divisão do futebol profissional de Minas Gerais e cair em seguida, no tapetão, em 1969, com o PAFC, o futebol de Pouso Alegre entrou em depressão e recessão. O futebol antes vibrante da Terra do Mandú, ficou anos no ostracismo. Foi aí que, ainda na década de 70, surgiram os novos treinadores e incentivadores do futebol amador, tais como Tião Cueca, Gustinho, Corinho, Pinguim com as categorias de base, levando a campo e treinando garotos nas categorias mirim, infantil, juvenil.

João Carlos Bandeira, o “Pinguim”, morador do bairro Santa Lucia, criou, treinou e dirigiu durante anos o E.C.Real. Quando o PAFC voltou a se reestruturar, em 1984, Pinguim participou da diretoria do clube com sua influência e carisma no futebol e cedendo jogadores.

Pinguim em 2015 no CCPA, no IV Encontro de Boleiros da Década de 70.

Pinguim entrou para a policia civil de Minas em 1980 como Detetive. Em 1985 foi transferido para Araguari no Triangulo Mineiro, região onde se casou, constituiu família e ficou até se aposentar há poucos anos. Sul de Minas só a passeio.

Em 2015, Pinguim esteve em Pouso Alegre participando do IV encontro dos ‘boleiros’ da década de 70.

Pinguim com o amigo e boleiro “Gustinho”, outro que deixou saudades

João Carlos Bandeira, nosso Pinguim, faleceu neste domingo no Triangulo Mineiro. Ele foi sepultado na manhã desta segunda-feira,23. Foi se juntar a Corinho, Tião Cueca, Gustinho, Hailton Custodio, João Cavalo… baluartes do futebol amador de Pouso Alegre no final do século passado.

Vá com Deus meu amigo Pinguim, vá com Deus…

Parabéns França… Você quebrou a lógica!

Parabéns Croácia, você mostrou que podemos voltar a ser campeões… no dia em que não tivermos mais ‘Neymares da vida’ e nem mídia covarde e falastrã para endeusa-lo!  

Quando alguém, surpreso com o resultado pífio do nosso time, franco favorito, que perdeu o jogo para um adversário teoricamente inferior, dispara a pergunta: “… mas como o seu time conseguiu perder para o Ibis”? a primeira resposta que nos vem à boca é: “futebol não tem lógica”!

Mentira! Ou falta de argumento.

Futebol tem lógica, sim.

Futebol é um jogo no qual onze jogadores tentam fazer a bola passar pelos espaços vazios até cruzar a linha do gol – se balançar a rede fica ainda mais emocionante – até morrer no fundo do gol. Como do outro lado tem os mesmos 11 jogadores, tentando impedir tal objetivo e tentando cumprir a mesma missão, vencedor será aquele que tiver mais talento, mais inteligência, mais rapidez, mais objetividade e, principalmente, mais responsabilidade profissional e mais espírito coletivo!

Responsabilidade profissional porquê, no caso de um jogador de clube – onde alguns ganham uma pequena fortuna para defender suas cores – tem a obrigação de justificar seus astronômicos salários, e fazer a alegria dos seus torcedores.

Espírito coletivo porquê, futebol se joga com 11 jogadores. E todos, desde o zagueiro cabeça de bagre, passando pelo volante truculento – que as vezes não consegue alcançar a bola, mas alcança as canelas do adversário – passando pelos meias que acariciam a pelota e a chamam de ‘meu bem’  – apenas  – o suficiente para domá-la e fazê-la chegar ao atacante que vai manda-la beijar a rede, devem jogar em sintonia, em coletividade, em solidariedade…!

Se o craque-fenômeno não precisasse dos companheiros para fazer os gols e ganhar o jogo, o esporte não se chamaria futebol… Chamaria tênis, judô, golfe! Seria esporte individual. O esporte bretão, trazido para o Brasil na última década do século XIX, se joga com 11… e todos, desde o goleiro até o centroavante, devem participar do jogo.

Todo time tem um ou outro jogador que se destaca dos demais, que tem mais intimidade com a bola, que tem mais facilidade para iludir o adversário e passar por ele, mas no final, esse ‘craque’ vai se deparar com um último defensor e vai precisar de um companheiro para o qual tocar a bola… Por isso, por mais galante que seja o jogador, por mais que ele atraia o adversário, por mais que ele faça firulas, por mais que ele arranque aplausos da plateia, por mais que ele engorde sua conta bancaria com salários inimagináveis pelos mortais comuns, ainda assim, ele dependerá dos outros dez jogadores! E terá que jogar o futebol coletivo se quiser fazer a bola tocar a rede adversária, sempre!

Além do talento pessoal, é necessário jogar com objetividade, com seriedade – respeito pelo adversário – e em coletividade. Esses requisitos faltaram à seleção Canarinho. Principalmente da parte de um tal camisa 10, que entrou grande e saiu pequeno da copa da Rússia. Por falta de esportividade, por prepotência, por arrogância e por sua molecagem, nosso Camisa 10 se tornou alvo de chacota no mundo inteiro com seu ridículo ‘cai-cai’.

Mas deixemos os nossos erros de lado. Temos quatro anos para consertá-los e tentar o hexa outra vez. Afinal ainda somos o único penta do planeta.

Aplaudamos a França, aplaudamos a Croácia.

Com 26 anos de existência e ainda vivendo seus conflitos de existência, a Croácia da loira, bela e popular presidente Kolinda Grabar-Kitarović; a Croácia da camisa quadriculada em vermelho e branco; a Croácia de população e espaço equivalente ao Estado da Paraíba, jogando com talento, garra e principalmente com o coração e a bandeira do jovem país no bico da chuteira – que inveja! – chegou à final da copa. Poderia ter ganho a copa. Mas não faz mal! Ganhou a ‘medalha de prata’ da copa e ganhou mundo. Lembra um pouquinho a conquista do Brasil na Suécia em 58. Pelo ineditismo.

Parabéns à Croácia. Parabéns ao camisa 10 da Croácia, Luka Modric… sem estrelismo, sem firulas, mas com constância, muita garra e seriedade. Merecido titulo de melhor da Copa.

Parabéns França. Correu por fora, sem alarde, sem atrair o furor da imprensa… Jogou como um mineirinho ‘come-quieto’ e levou o queijo para casa.

Parabéns Mbappé, que encantou e estava sempre no lugar certo na hora certa e, – sem querer todos os holofotes para si – levou também a ‘goiabada’ para a França.

A Copa da Rússia, 21º titulo mundial de futebol, está em boas –  e merecidas – mãos. E viva la france!