Agentes prendem mula no Hotel do Juquinha

Ela foi visitar um ‘parente’ e aproveitou para levar a merenda…

Agentes prisionais apreenderam 19 barangas e um paatuá de maconha no interior do majestoso hotel da BR 459 no último final de semana de fevereiro.
A primeira apreensão aconteceu durante revista de rotina no interior do apartamento 29. Além da droga os agentes encontraram também um carregador de celular.
O hospede Leonel Antônio da Silva, 42, assumiu a paternidade da erva ‘marvada’. Diego da Silva Lucas, 21, disse que o carregador era seu. Ambos perderão alguns privilégios…!
Um belo patuá da mesma erva também foi apreendido no interior do presidio. Esse, no entanto, não havia chegado ao consumidor final. Foi descoberto durante a revista feminina para acesso à unidade prisional. A droga estava em poder da visitante Lourdes Aparecida de Almeida. Duas horas antes de ela Lurdinha chegar para a visita, os agentes já sabiam que ela tentaria entregar a droga!
Indagada durante a revista, ela preferiu abrir o livro – para não dizer que abriu outra coisa! – e entregou a erva cheirosa…!
Por um bom tempo Lourdes não precisará ir da sua casa no São João para o Hotel do Juquinha visitar seus parentes… Ela já está lá!
Ficou com pena da Lurdinha?
Pois – desta vez – pode ficar!
Lurdinha, 27 anos figura em 28 boletins de ocorrências policiais em Pouso Alegre. Em vinte ela é vítima de ameaças, agressões e até tentativa de homicídio. Nalguns BOs ela é representante legal do famigerado Tatá, preso dez vezes em 2015 por porte de drogas. Noutras, é vítima do amasio Paulo Roberto da Cruz, cliente do velho Hotel da Silvestre Ferraz e do Hotel do Juquinha desde o século passado.
Adivinhe para quem Lurdinha estava levando a maconha nas… ‘partes pudendas’, quando foi presa na revista intima dentro do Hotel do Juquinha, no último domingo?

Policia Militar recupera as motos furtadas da ‘justiça’

Elas haviam sido furtadas do estacionamento credenciado pela policia civil na quarta-feira, 22, no bairro Canta Galo.

Lembram das motos furtadas do Estacionamento São Luiz no bairro Cantagalo na semana passada? Pois elas voltaram para lá! As motocas estavam todas mocosadas numa mesma casa no Bairro Ipiranga. A policia chegou até as motos através da própria vítima do furto. O dono do estacionamento acabou descobrindo o paradeiro da res furtiva e comunicou o fato à policia. No domingo,26, antes de o sol espreguiçar e botar os bigodes para fora, os homens da lei foram bater na porta da residência do intrujão. Pericles Carvalho de Lima foi arrancado dos braços de Morfeu para servir o café da manhã. Duas das motos estavam na garagem. Outras quatro estavam escondidas dentro de casa.
Pericles contou aos policiais que havia participado do furto juntamente com outros quatro ‘parças’ e depois havia comprado a parte deles no furto pela quantia de R$ 3 mil, com intuito de revende-las.
– Mas a minha participação no furto do estacionamento foi pequena… Eu só fiquei do lado de fora, vigiando, enquanto eles arrombavam o portão! – Contou o intrujão.
Pericles contou ainda que não sabe os nomes dos seus comparsas, sabe apenas seus apelidos. A policia Civil quer saber agora quem são: Lucas, Tatá, Dadinho e Pirulito…!
O intrujão Péricles não estava em situação de flagrante pelo furto, mas estava por receptação, por isso assinou o 180 e ficou por conta do Homem da Capa Preta.
… E a motos roubadas foram apreendidas e pela segunda vez voltaram para o pátio credenciado pela polícia!
Ah, só para ilustrar… Este é o 11º BO envolvendo o jovem Pericles Carvalho de Lima, de 18 anos. Dez deles relacionados a veículos!
A polícia acredita que dezenas de motos em circunstâncias parecidas com as furtadas do estacionamento na semana passada já tenham passado pelos braços do jovem meliante nos últimos três anos!

PM prende quarteto com carro roubado

Eles estavam voltando do carnaval de Cachoeira de Minas …

Ao chegar em casa no início da tarde de segunda, o cidadão WSF estacionou seu carro defronte sua casa na João Basílio e foi para o merecido descanso. De vez em quando ele olhava pela janela, e lá estava seu Uno Mille Smart branco sorrindo amarelo pra ele. Talvez preferindo ficar na sombra da garagem…! Às nove da noite ainda estava solitário lá fora. À uma da manhã, só o pó… O uninho cansou de ficar sozinho ao relento e foi embora nos braços de outro.
A policia pode não solucionar um crime de imediato, mas a imagem da res furtiva nunca sai de sua memória…
Ao passar casualmente pela Avenida Tuany Toledo, no final da madrugada desta Quarta-feira de Cinzas, os homens da lei avistaram um Uno branco trafegando com os faróis apagados, e tentaram abordá-lo para ‘oferecer’ ajuda. Era o Uno furtado do cidadão WSF na noite de segunda!
A abordagem no entanto não foi fácil. O uno saiu em disparada tentando dobrar a serra do cajuru, com os policiais no rastro. Alguns quarteirões adiante o piloto da madrugada finalmente parou. Parou o carro, mas não parou as pernas. O motorista e outros três ocupantes desceram do uno roubado e correram cada um numa direção. Dois deles tropeçaram e caíram nas malhas da lei. André Luiz de Almeida Pereira, 21, morador do Guadalupe, foi preso no Santa Doroteia. Italo Thiago Costa Serafim foi preso na Vicente Simões. Outros dois irmãos de André Luiz, sendo um ‘dimenor’, conseguiram dobrar a serra do cajuru.
E já que havia um ‘dimenor’ no imbroglio, inclusive ausente, foi fácil para os meliantes arrumarem uma versão bem original para o furto do Uno na Rua João Basílio…
– Foi o meu irmão D. que roubou o carro… – disse solenemente o jovem André Luiz.
– Foi isso mesmo doutor, ele pegou o carro pra gente ir no carnaval em Cachoeira de Minas – emendou Ítalo.
André Luiz e o ‘parça’ Italo Thiago, no entanto, não ficaram sem chumbo. Como não havia estado flagrancial para o furto do veículo e nem provas, o paladino da lei resolveu enquadrá-los no artigo 218 do CP: corrupção de menores. E a dupla de foliões foi curtir as cinzas do carnaval no Hotel do Juquinha!
Só para ilustrar: É a segunda vez que o uno branco do Sr. W. é alvo de furto no mesmo local!

Assaltante devolve celular roubado da aposentada

Uma boa noticia!
Neste carnaval a criminalidade em Pouso Alegre caiu. Apesar dos pesares, neste alvissareiro 2017, a cidade viu a coisa menos preta que nos anos anteriores. Excetuando o estupro ocorrido no loteamento Alto Ibirá, no início da madrugada de domingo, os demais crimes não passam de furtos e roubos – poucos – pés-de-couve.
Dois deles, no entanto, tiveram desfecho curioso e obnubilado!

Passava dona L.M. pela Avenida Notel Teixeira, no final da noite de sábado, 25, a caminho de casa, quando de repente uma moto vermelha com dois ocupantes parou ao seu lado. O garupa saltou e sem mais e nem por quê, pulou sobre ela e tomou-lhe o aparelho celular. Na investida sobre a inocente vítima, o assaltante acabou jogando a aposentada de 70 anos ao chão áspero e morno do asfalto, ferindo seus joelhos. Antes que alguém aparecesse para acudir a apavorada senhora, o assaltante de velhinha indefesa montou na garupa da moto e a dupla dobrou a serra do cajuru em direção ao Colinas de santa Barbara.
Mas o iPhone 6 voltou para a dona!
Na manhã de domingo, 26, um vizinho de dona Maria recebeu um telefonema. Segundo o vizinho, o interlocutor procurava pela senhora que havia sido assaltada, pois queria devolver o celular.
– Oi, você é vizinho da dona Maria, aquela senhora que teve o celular roubado na avenida Notel Teixeira sábado à noite?
– Quem está falando?
– Aqui é o Gustavo, o motoboy que estava levando o assaltante na garupa… Eu quero devolver o celular que ele roubou dela! – Disse o motoboy.
O encontro foi marcado para esta quarta-feira de cinzas em um ponto deserto no bairro Jardim Brasil II, na estrada do Cristo.
A filha de dona Maria foi ao encontro do motoboy… Mas levou com ela dois policiais militares. E todos foram parar na delegacia de polícia.
Segundo o mototaxista Gustavo, ele não teve nenhuma participação no roubo. Contou ele :
– Eu peguei o passageiro na Remonta para leva-lo até o Bar PJ no Santa Luzia. Quando a gente passava pela avenida, ele pediu para parar a moto, saltou e se atracou com a senhora. Em seguida montou na garupa e me mandou seguir em frente “Vai, vai, senão te dou nas costas”, disse ele. Quando passávamos pelo Colinas de Santa Barbara, de repente ele arremessou o aparelho celular no mato. “Porque você fez isso”, perguntei. “É um iPhone… não presta” respondeu ele.
O mototaxista contou ainda que devido ao pequeno atrito o passageiro saltou da garupa e seguiu à pé pelo bairro Colinas de Santa Barbara. Ainda segundo ele, seu passageiro era moreno baixo e parecia ser “dimenor”.
A historia do motoboy Gustavo Floriano dos Santos, 24, – tão obnubilada quanto outro BO em outubro passado, quando ele recebeu um tiro na mão, e disse ter se defendido de um roubo mal sucedido e mal explicado – parece mais estorinhas de um blogueiro conhecido meu! No entanto, como Gustavo ou qualquer outra pessoa não pediu nenhum tipo de ‘resgate’ pela res furtiva, não há elementos para enquadrá-lo no roubo. Além do que, não há crime em querer devolver o produto que outro roubou. Apesar de obnubilada a conjuntura, o máximo a imputar ao motoboy é o crime de receptação… de boa fé! Cabe agora à PC investigar se ele tem ou não participação no roubo.
O importante é que a simpática dona Maria já pode ler as notícias do blog no seu iPhone novamente!

Mais um crime no Ibirá… Desta vez foi estupro!

Uma jovem que caminhava sozinha pelo bairro foi atacada por dois motoqueiros.
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O hediondo crime aconteceu no inicio da madrugada deste domingo de carnaval no bairro famoso pelos assaltos a casais de namorados. A vitima desta vez, no entanto estava só. Após uma breve discussão familiar na casa dos pais, M, 28 anos, moradora do bairro Colinas de Santa Barbara, resolveu sair pra rua para espairecer. Do Colinas enveredou-se pelas ruas desertas do loteamento Alto Ibirá, local onde o último assalto à mão armada no dia 25 de janeiro passado resultou na morte do jovem estudante Obadias. Duas horas depois M. voltou para casa. Foi trazida por um casal que a encontrou ferida, chorando, a poucas quadras do Horto Florestal. Segundo uma irmã, M. estava em estado de choque e tinha lesões de cunho sexual por todo corpo.
– Ela não fala o que aconteceu. A única coisa que disse no hospital é que foram dois homens brancos, numa moto preta… – Diz a irmã.
Até o momento desta postagem, o crime ainda não havia chegado – oficialmente – ao conhecimento da polícia, pois, segundo familiares, M. continua em estado de choque e se recusa a falar sobre os fatos.
– Ela só chora, está sendo mantida à base de remédio. – Completa a irmã.
O nefasto crime do Alto Ibirá chegou ao conhecimento deste colunista através de uma irmã da vítima, – leitora do blog e do livro “Meninos que vi crescer”, – que pediu a sua divulgação como forma de alerta para os incautos que por ventura se aventurem a frequentar o belo mirante, ponto de encontro dos últimos românticos, e que ultimamente tem sido palco de histórias tenebrosas. Em menos de um ano foram oito assaltos à mão armada. O último, ocorrido no dia 25 de janeiro, custou a vida do estudante Obadias Faria, que morreu duas semanas depois de tomar um tiro que atingiu sua coluna.

O caso do estupro da jovem M. será levado pelos familiares à delegacia de policia nesta quarta-feira. Por enquanto o hediondo crime se soma aos outros casos de roubos ainda não solucionados pela policia.

E fica o alerta… Olho vivo ao passar pelo Alto Ibirá na penumbra da noite!

Assaltante rouba táxi na rodoviária… E usa o carro para roubar transeuntes

Pelo menos ele continuou no ‘ramo de transporte’… assaltou as mulheres no ponto de ônibus!

O primeiro roubo aconteceu no ponto de taxi do terminal rodoviário de Pouso Alegre. Eram 04:40h da manhã desta segunda quando o cliente se aproximou do taxista Paulo Afonso, acertou a corrida e pegaram o destino. Alguns quarteirões depois o cliente colocou as manguinhas de fora. Mostrou que na verdade não queria ir para casa, mas desfilar por aí no Chevrolet Classic preto de placa vermelha. Para isso sacou uma faca e anunciou o roubo. Na iminência de ter o pescoço cortado, o taxista reagiu, lutou com o assaltante dentro do carro e conseguiu tomar-lhe a faca. O assaltante, no entanto, levou vantagem… Conseguiu tomar-lhe o carro! E saiu desfilando madrugada afora no lustroso Classic preto.
Como não conseguiu tomar a carteira com a bufunfa do taxista, o assaltante resolveu fazer mais umas fitas por aí para aumentar o rendimento da noite. Minutos depois parou o carro num ponto de ônibus na Avenida São Francisco e assaltou duas senhoras! Da costureira Jumara Ferreira ele roubou o celular Samsung, da revisora Maira Cristina ele roubou o celular e a bolsa com documentos e R$200.
E continuou o passeio de taxi pela cidade em busca de mais vítimas, até esbarrar na barca dos homens da lei na Vicente Simões. Ao perceber que se tratava do taxi roubado, os policiais saíram na sua sombra, mas o assaltante conseguiu dobrar a serra do cajuru. O taxi roubado do Paulo Afonso na rodoviária e usado para roubar as senhoras no ponto de ônibus no Primavera, foi abandonado na Rua Jose Ferreira Funchal, no bairro São Camilo, sem a res furtiva.

Roubo silencioso no centro de Pouso Alegre

O meliante pediu para ver um aparelho de celular e quando a vendedora abriu o mostruário ele disse que iria levar todos!

Esse negócio de roubar um aparelho celular aqui, outro acolá, é para os fracos… Ladrão que se preza leva logo meia dúzia de uma vez.
Foi isso que fez um meliante nanico no centro de Pouso Alegre às onze da manhã deste sábado de carnaval! O moço entrou na loja de celulares na Duque de Caxias, na cara limpa, pediu para ver um modelo na vitrine. Quando a vendedora abriu, ele encostou um objeto duro na sua barriga e disse:
– Gostei! Vou levar todos eles. Não grita, não chora, não canta, não diga nada. Apenas fique quieta!
A jovem vendedora de 20 anos não sabe exatamente o que era o objeto duro que ficou pressionando sua barriga… E nem quis saber! Simplesmente atendeu o pedido do cliente. Afinal, este tipo de cliente sempre tem razão! Com a sacolinha cheia de aparelhinhos novos o ousado assaltante montou numa bicicleta velha e misturou-se ao agitado transito da Praça Sen. José Bento e dobrou a serra do cajuru.
Segundo a vendedora, o assaltante era negro, baixinho, jovem, usava ‘uniforme de mano’ e óculos escuros. Ainda segundo ela, o assaltante levou sete celulares de modelos diversos totalizando um prejuízo próximo de R$5 mil.

Ladrões furtam motos da justiça

As motos estavam no estacionamento “Auto Socorro São Luiz”, credenciado pela polícia civil, no bairro Canta Galo
O furto aconteceu durante a madrugada desta quinta-feira, 23. Para entrar no pátio, os ladrões quebraram um cadeado e retiraram o portão do lugar. As câmeras de segurança do estacionamento mostram ao menos três meliantes participando do furto. Eles levaram 09 motos de modelos e cilindradas diferentes, incluindo duas Honda XRE 300 e uma Honda CRF vermelha.
O sobredito estacionamento de veículos apreendidos pelas policias civil e militar, fica num local deserto na periferia da cidade, atrás dos motéis na BR 459. A policia ainda não tem suspeitos.

Plágio… ou estilo parecido?

Sentença do Homem da Capa Preta de Pouso Alegre lembra estilo jornalístico deste colunista.
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Há trinta e cinco anos investigando e contando histórias policiais em rádios e jornais de Pouso Alegre, desde cedo adquiri meu próprio estilo. Numa linguagem simples, mesclada com frases e cacoetes do meio policial, do meio da bandidagem, salpicada de ‘juridiquês’ – pobre, é verdade! – e velhos ditados dito pelo Ditão, transportando, às vezes, fatos reais do cotidiano para as fantasias da sétima arte, minhas crônicas conquistaram dezenas, centenas de milhares de leitores. Oscilando de acordo com a quantidade de posts, e do clamor do assunto, o blog recebe mais de meio milhão de acessos num mês – Caso Larissa, de Estrema em 2015, por exemplo, que ultrapassou 100 mil acessos num só dia!
O perfil do leitor do blog é eclético. Vai desde o meliante que acessa diariamente para saber o que eu sei sobre ele, passando pelos seus familiares que me xingam, pois acham que o errado não é quem faz feiura, mas o jornalista que divulga a feiura, até leitores letrados, incluindo magistrados que por vezes não resistem a curiosidade e acessam para saber se o meliante contou mais a mim do que a ele. Tenho também uma boa gama de universitários, professores, advogados e outros profissionais liberais que tendo conhecimento de um fato, querem saber mais detalhes, pois, o blog não publica boatos mas sim fatos, senão ambas ao menos uma das versões! Enfim, são muitos e variados os leitores que acessam o blog.
Vez por outra, levado por um fato que envolve um parente ou amigo seu, ou o próprio, surge um leitor novo, que mesmo tendo embarcado de última hora quer logo sentar na janela e… Descer a lenha no estilo do colunista. Como não tem o hábito da leitura e não conhece o colunista, desce-lhe o borralho, como se fosse o único leitor a navegar pelo blog! A este não dou trela. Deixo que meus fieis leitores lhes respondam… se quiserem!
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Não obstante tais críticas não arrancarem pedaço, mas, visto que o lucro é pequeno, e o tempo poderia ser aplicado em algo mais prazeroso, por vezes o colunista se arrefece.
No entanto, quando menos se espera, texto como este na sentença de um conceituado Homem da Capa Preta da Comarca de Pouso Alegre, nos reavivam. Ao apreciar e julgar um caso de lesões corporais mútuas, advindas da escassez de diálogo entre machos, e da truculência dos mesmos, o douto juiz usou um linguajar bastante peculiar a este colunista policial. Senti-me lisonjeado…!
Eis a íntegra da sentença exarada no recente dia 09 de fevereiro em curso.

“Xª ____ Vara do Juizado Especial Civil Comarca de Pouso Alegre.
Processo : 0525.xx.zzzzzz-x
Data : 09 de fevereiro de 2017
Juiz de Direito : Mxsdsdsfs da Spsgrifj Gihsnsjsj

Aos nove dia do mês de fevereiro de 2017, às, 14h25min, na sala de audiências do Juizado Especial Civil, presente o MM. Juiz de Direito Dr. N.da S. C.. Trata-se de AIJ.
Aberta a audiência, apregoada as partes, presentes os requeridos, acompanhados de seus respectivos advogados. Presente o requerido, porém ausente o seu advogado.
Tentada a conciliação, novamente restou frustrada.
As contestações encontram-se acostadas às fls. 25/28 e 31/37 dos autos, as quais não foram tempestivamente impugnadas, mesmo porque o prazo seria até a presente data e o procurador do requerente não compareceu.
Em seguida foi reproduzida a mídia juntada pelo autor, na presença de todos tendo os litigantes reconhecido que o indivíduo que trajava camiseta regata trata-se do requerido M. e o que portava um capacete trata-se do requerente R.
As partes foram ouvidas informalmente nos termos do art. 28 e 36 da Lei 9.099/ e confirmam a versão constante da inicial da contestação.
Em seguida foram ouvidas duas testemunhas do requerente e duas testemunhas dos réus, conforme termos à parte.
Terminada a instrução pelo MM. Juiz de Direito foi proferida a seguinte decisão:

Vistos, etc.
Dispensado o relatório nos termos do art. 38 da Lei 9.099/95. Processo em ordem, nada a havendo a sanar e nem preliminares pendentes de apreciação.
Quando se inicia a reprodução do DVD, tem-se a impressão de estarmos diante de um filme ou jogo de lutas marciais entre dois pugilistas (cairiam melhor as denominações “trogloditas”, “brutamontes”, “brucutus”).
As cenas do curta metragem e potencial campeão de bilheteria (melhor dizer campeão de acessos), pelos menos nas redes sociais, nos remete às lembranças dos lutadores Scorpion, Sub-Zero, Kitana, Liu Kang, Raiden, Johnny Cage, Shao Kahn, Goro, Kano e outros, do épico jogo de videogame Mortal Kombat, que também virou filme, ou então dos lutadores Ken, M.Bison, Mike, Rolento, Ryu, Sagat, T. Hawk, Veja ou Rolento, do não menos conhecido Street Fighter.
Felizmente, – neste caso em concreto e que veio parar nas barras da justiça -, ou infelizmente -, para os aficionados pelos jogos e filmes destas produções -, nenhum dos oponentes aplicou o derradeiro ‘Fatality’ (golpes finais extremamente violentos e capazes de provocar desmembramentos do corpo). Também não se verifica, pelas imagens da mídia acostada nos autos, o violentíssimo “Brutality” (finalização sangrenta e que termina com uma chuva de ossos do derrotado).
Para facilitar a compreensão e desenvolvimento da fundamentação deste decisum, tomo a liberdade de aqui me referir, respeitosamente, aos litigantes da seguinte forma: O autor será identificado como “Homem do Capacete”, e o réu, como o da “Camiseta Regata”, até porque lendo a inicial e as contestações não podemos de primeira mão dizer que é quem, ou seja: quem é autor e quem é o réu, a não ser que o espectador conheça ambos ou pelos menos um deles. O ringue foi um não muito espaçoso corredor do estabelecimento da 2ª requerida. Não havia cordas delimitando o espaço, mas gôndolas! ]
De um aparente e fervoroso embate verbal, os ‘artistas’ partem para ao confronto físico e violento. O “Da camiseta Regata” tomou a iniciativa, e, aparentemente mais forte (“encorpado”, ‘patola’) partiu de maneira destemida para cima daquele que imaginava (ou ainda imagina) disputar o amor da mesma mulher.
O “Homem do Capacete” inicialmente adotou posição apenas de defesa. Porém como os golpes (cruzados, diretos, ganchos e torpedos) desferidos quase que à velocidade da luz – permito-me abusar da hipérbole – pelo “Da Camiseta Regata” se intensificavam e eram quase certeiros, “O Homem do Capacete” teve que partir para o ataque e até que conseguiu dar alguns empurrões no oponente. Mas não adiantou! A decisiva e potente voadora minou a resistência do “O Homem do Capacete”, o imaginário “Ricardão” que foi à lona, ou melhor, ao chão duro e impiedoso. Levou a pior. Nocaute técnico!
O troféu quem sabe o vencedor, a ‘fera’, tenha conquistado de vez o coração da ‘bela’, da musa inspiradora! Ou será que a ‘Prometida’ ofereceu o pé, do binômio ‘pé-no-traseiro’, dele ou do oponente?
Também havia alguns espectadores, clientes misturados com outros funcionários da Arena, leia-se: 2ª requerida. Alguns até tentaram acabar com a diversão, a turma do ‘deixa disso’, mas pareciam mais interessados no espetáculo do que na pacificação. A ocorrência poderia ter ficado restrita aos poucos e privilegiados que estavam no local e nem precisaram pagar ingressos. Mas caiu na internet e vazou para as mídias sociais. As câmeras que captaram o lamentável episódio estavam estrategicamente dispostas no amplo estabelecimento da ‘Arena’. Mas a finalidade não era a transmissão do embate; certamente estavam ali para vigilância do local e para flagrarem um elenco diferenciado e que tem queda pelo patrimônio alheio de forma graciosa: os ‘mãos-leves’.
Quando tudo perecia resolvido em campo, melhor dizer no ringue, o inconformado ‘derrotado’ naquela memorável briga, apela para o Tapetão.
Agora impende entra no campo legal e jurídico para encerrar o entrevero.
Com absoluta certeza, o imbróglio subsume-se aos regramentos legais insculpidos nos artigos 186 e 927 do Código Civil.
O “Da Camiseta Regata”, ora requerido, realmente cometeu ato ilícito na medida em que no afã de provocar o “Homem do Capacete”, ora requerente, esqueceu seus afazeres e deu início à quizila. E quase desmaiou a sua presa, dada a sequência das violentas pancadas.
A violação dos atributos morais do autor é evidente e incontestável, sendo que depois de não mui agradável visualização do DVD, dispensadas são maiores altercações, inclusive porque, entendo que a questão fática já foi suficientemente acima ilustrada, acrescentando que a humilhação e o constrangimento a que o requerente foi exposto configura danos morais indenizáveis.
No que tange a responsabilidade das 2ª requerida, recai a disposição normativa inserta no inciso III do art. 932 do CPC, in verbis:
“são também responsáveis pela reparação civil:
………………………………………………………………
III – o empregado ou comitente, por seus empegados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele.”
E nenhuma tese acostada na defesa de fls. 31/37 é forte o suficiente para infirmar ou debelar a pretensão deduzida na peça de ingresso.
As imagens foram gravadas por dispositivos da 2ª requerida, aos quais só tinham acessos funcionários seus. Não interessa quem divulgou as lamentáveis cenas de selvageria, uma vez que a requerida se descurou do cuidado de mantê-las reservadas dos danos suportados pelo ofendido, permitiu que fossem divulgadas pelos malsinados grupos de WhatsApp.
Avaliando o contexto em que ocorreram os fatos, a finalidade pedagógica e retributiva da indenização, bem como a extensão dos danos suportados pelo ofendido, a situação econômica das partes, entendo que a indenização no importe de R$6.000,00 é suficiente e adequada para compensar o autor pelos percalços sofridos em decorrência das condutas do réu.
Posto isso, e por tudo o mais que dos autos consta, conforme exaustiva fundamentação supra, JULGO PROCEDENTE o pedido constante da inicial, para CONDENAR, solidariamente, os requeridos, a indenizarem o autor a importância de R$ 6.000,00 (seis mil reais), a título de danos morais, corrigida a partir da presente data (sumula 362 STJ) e juros desde a citação.
Ficam instados os réus a cumprir a sentença tão logo ocorra o transito em julgado, sendo que não havendo o cumprimento voluntario proceder-se-á ao cumprimento da sentença na forma da Lei, mediante pedido da parte interessada.
Sem custas e honorários conforme dita o art. 55 da Lei 9.099/95. Dada e publicada em audiência, da qual saem intimados os presesnte. Registre-se.
Eu, _____ ROM, Oficial de Apoio Judicial, lavrei e imprimi esta que vai assinada pelos presentes. Nada mais.

Nxsdsdsfs da Spsgrifj Gihsnsjsj
Juiz de Direito”

O bem-humorado floreio do douto e zeloso magistrado na referendada sentença, trazendo lembranças latentes do meu estilo de colunista policial, caiu-me como um bálsamo!

Moradores de rua arrombam loja da Oi

O crime foi ‘dedurado’ pelo sempre atento Olho Vivo na madrugada…

Passava pouco das duas da manhã desta quarta-feira, 22, quando a dupla entrou na loja da Oi na Rua Adolfo Olinto, no centro da cidade. Mas havia uma testemunha ocular assistindo a tudo…! Enquanto os meliantes enchiam a mochila de chips, tablets e outras mercadorias, os homens da lei chegaram e disseram:
– Oi!
Para quebrar o vidro temperado e entrar na loja os meliantes usaram a ferramenta-mor dos gatunos de madrugada: um pé de cabra! A porta de aço foi fácil levantar, pois, segundo a gerente, que foi chamada ao local pela polícia, estava com defeito e, portanto apenas encostada!
O furto triplamente qualificado só não foi consumado graças ao sempre atento “Olho Vivo”. O aparelhinho estava de ‘olho’ e ‘dedurou’ o primeiro gatuno noturno que deixou a loja carregando uma TV. O outro foi surpreendido pela policia ainda no interior da loja enchendo a mochila.
Os gatunos da madrugada, Jeferson Aparecido dos Santos Vilela, 27, e Leandro Rosa, 36, são moradores de rua. Por isso ficaram no lucro. Graças à tentativa de furto na loja da Oi eles deram tchau à liberdade e conseguiram hospedagem gratuita no Hotel do Juquinha!