Presa por contrabando em Cachoeira de Minas

A prisão da comerciante Maria Lucia de Faria Costa Pereira aconteceu no final da tarde de terça feira, 05, com autorização do Homem da Capa Preta da Comarca de Cachoeira de Minas, com base nas investigações da policia civil de Santa Rita do Sapucaí.

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Com o ‘mandamus’ em mãos os detetives Marcus, Jonas e … viraram a mercearia do comerciante Raymundo de Cassia Pereira no bairro Abertão à procura de cigarros sem Nota Fiscal. Durante as buscas os policiais encontraram apenas um pacote de cigarro contrabandeado num dos cômodos externos da mercearia, fechado com tapume. No entanto encontraram mercadoria muito mais suspeita; medicamentos! Muito remédio! Cerca de três mil caixa de medicamentos diversos. Desses que deveriam estra nas prateleiras das farmácias!

– Nós vendemos aqui na ‘venda’ e meu marido também distribui… – Foi o máximo que Maria Lucia soube dizer sobre os medicamentos guardados na sua ‘farmácia’ no bairro rural do Abertão, n divisa de Cachoeira com Santa Rita.

Além da falta de documentos que expliquem  a procedência dos remédios, todas as caixas estavam com os selos rasgados visando dificultar sua identificação!

Segundo os policiais, o investigado era o comerciante Raymundo de Cassia Pereira. No entanto, no momento da busca ele não se encontrava no local. Logo depois da prisão da esposa por crime de contrabando, Raymundo fez contato com a policia dizendo que compareceria à delegacia para se explicar. Porém, até o final da tarde desta sexta, segundo o detetive Marcus, ele não havia aparecido, deixando a esposa Maria Lucia entregue à própria sorte.

Tio tenta matar sobrinho com canivete em Monte Verde

Jose Daniel da Rosa: - Eu  usei o canivete para me defender...!

Jose Daniel da Rosa: – Eu usei o canivete para me defender…!

Desde que o pai de Jose Daniel morreu, ele e sua irmã Vera vivem em pé de guerra no mesmo imóvel deixado de herança. Ao pé da noite desta quinta o entrevero foi com o sobrinho Paulo Sergio da Rosa. Em meio ao trololó, Jose Daniel pegou um canivete e desferiu três golpes no costado do sobrinho. Dois acertaram as costas. Um terceiro atingiu o abdome. Levado para o nosocômio da “Suissa” brasileira onde recebeu os primeiros cuidados, Paulo Sergio foi transferido o hospital de Camanducaia, onde há mais recursos, devido à gravidade das lesões.

Jose Daniel não vazou. Ele foi preso em casa e confessou as lesões a sobrinho. Mas diz que agiu em legitima defesa.

– Eu só usei o canivete para me defender… – Disse ele.

Jose Daniel da Rosa foi levado para a delegacia Regional de Pouso Alegre onde sentou-se ao piano do delegado Igor Grimaldi, assinou o 129 e seguiu no final da manhã desta sexta para o velho hotel de Extrema.

Palmeirense amarela no Chapadão

Ewerton Silva Marques: O Palmeiras subiu... O Palmeirense caiu...!

Ewerton Silva Marques: O Palmeiras subiu… O Palmeirense caiu…!

O sol poente parecendo uma bola de fogo, foi o ultimo que Ewerton Silva Marques, vulgarmente conhecido por “Palmeirense”, viu neste mês de novembro… Ele foi preso às 18:51 desta quinta no maior ‘point’ de distribuição de drogas do bairro São Cristóvão, em frente a famosa padaria “Pão de Mel”. Quando os policiais o abordaram ele levava na algibeira três barangas de ‘erva marvada’ e alguns trocados.

– Você é usuario de maconha? – Foi a primeira pergunta que ele ouviu.

– Eu não sou nóia, não seu policia! – Respondeu ele com cara de poucos amigos.

De acordo com a famigerada Lei 11.343, quem leva droga consigo só pode ser ‘usuário’ ou traficante. Se Everton não é nóia, então é…???

Pilhado com a mão na droga, Palmeirense levou os policiais ao seu muquifo à procura de mais drogas – e demorou para chegar lá! Primeiro ele tentou enganar os homens da lei… mostrou meia dúzia de casas como sendo a dele!  Franqueada a entrada, pelo seu pai, Ewverton indicou onde havia mais droga e apetrechos do trafico. Numa gaveta da cômoda do seu quarto os policiais encontraram um tijolão de um quilo da erva, além de 14 barangas já prontas para comercio, balança de precisão, martelo, faca, fita adesiva e papel alumínio…Tudo que um traficante precisa para fazer prosperar seu comercio de drogas. No quarto do traficante havia também um notebook e 5 aparelhos de celular usados para fazer contatos com a ‘clientela’! Sem ter como tapar o sol com a peneira, Ewerton Palmeirense abriu o livro!

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– Eu tô nesse ramo já faz um ano e meio… Eu busco em São Paulo, no bairro Gouveia. Vou sempre de ônibus da Santa Cruz. Esse tijolinho eu comprei lá por R$500 reais… Vendo as barangas por R$ 10 reais no Chapadão…

Ewerton da Silva Marques, 28 anos, o Palmeirense, ao contrario do seu glorioso time que acaba de subir para a Primeira Divisão, depois de assinar o 33, desceu no Táxi do Magaiver para o Hotel do Juquinha nesta manhã de sexta.

Este foi o ultimo por do sol de novembro que Palmeirense viu...!

Este foi o ultimo por do sol de novembro que Palmeirense viu…!

A julgar pelo andar da carruagem, as denuncias de amigos ocultos da lei e dos leitores anônimos deste blog estão surtindo efeito… Um a um os traficantes do trintenário bairro abençoado pelo santo padroeiro dos motoristas estão caindo! Quem será o próximo…???

 

Aviãozinho cai de madrugada na Vicente Simões

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Passavam os homens da lei pela bela Avenida Vicente Simões, centro de Pouso Alegre, no meio da madrugada fresca desta sexta 08, quando avistaram um Ford KA fazendo uma manobra brusca, cantando pneus para estacionar junto à guia. Quando se aproximaram para abordagem, dois passageiros saltaram do veiculo, passaram sebo nas canelas e dobraram a serra do cajuru. O motorista não teve tempo de fazê-lo.  Ao ser abordado trazia na algibeira da bermuda uma baranga de farinha do capeta e outra no banco do passageiro. No chão, ao lado do carro, havia mais quatro barangas da mesma droga.

Artur Nunes Galvão da Cunha, 27 anos, morador de Paraisópolis  admitiu a propriedade das duas barangas em seu poder, mas negou que as demais fossem dele.

– Eu sou usuário seu policia… Essas duas são minhas, para meu uso. Pode ver que eu até já cheirei um pouco… As outras devem ser dos meus amigos!

– E quem são seus amigos que fugiram?

– Sei não, Sargento. Eu conheço eles das baladas… Só sei que se chamam Jorge e Henrique!

A tentativa do piloto cantador de pneus em desclassificar o delito de trafico para o de uso de drogas não teve eco. Considerando as circunstancias, o local – conhecido ponto de comercio de drogas da ‘night’ – a hora, e principalmente os antecedentes criminais de Artur – que já assinou vários artigos do CP além do 33 da Lei 11.343 – o douto e jovem delegado Igor Grimaldi o enquadrou no 33. O veiculo Ford Ka que ele dirigia sem carteira, com placas HHR-Silvianópolis – não seria Paraisópolis? – pertencente à sua tia R. de Cassia, foi levado pelo guincho credenciado. Mas o jovem aviãozinho que caiu na Vicente Simões não ficou à pé… Na manha desta sexta ele seguiu ileso no Taxi do Magaiver para o Hotel do Juquinha.

 

Leia daqui a pouco: ‘Palmeirense’ amarela no Chapadão…

Aline “Thieinha” escorrega na pedra no Aterrado.

Thieinha adolescente... Nos tempos em que ia toda semana ao Velho Hotel da Silvestre Ferraz visitar os irmãos Ratinho e Ginho...

Thieinha adolescente… Nos tempos em que ia toda semana ao Velho Hotel da Silvestre Ferraz visitar os irmãos Ratinho e Ginho…

Os homens da lei chegaram até a droga por causa de uma motocicleta com suspeita de ser cabrito que estava estacionada na porta da casa de “Thieinha” na Jose Antonio Dantas no velho Aterrado. Ao chegar para checar a documentação da motoca Honda Fan 125 vermelha, placa HIZ-4821, cujo dono não apareceu, os policiais deram uma checada também no moco de Aline Pinto, 24, a “Thieinha”, no meio da tarde desta quarta, 6.

– Pode entrar sargento, não tem nada de errado na minha casa, não… – Disse Aline.

Mas tinha! Debaixo do guarda roupa e debaixo do colchão da cama de Aline os policiais encontraram 4 pedras beges fedorentas.

– Essa droga não é meeeennnhhha!!! – Apressou em plagiar o famoso corrupto Paulo Maluf , a dona do quarto.

Talvez não fosse mesmo. Talvez a droga seja do amasio dela, Fabio Possidonio da Silva…!  

– E onde está Fabio? – quiseram saber os policiais.

– Ele está aqui com a gente… – Respondeu Thieinha, olhando a sua volta à procura do amasio.

“Estava”, concluiu ela! Ele já havia sovertido!

Quando os policiais começaram as buscas, Fabio Possidonio da Silva, o Gigante – cujo apelido não combina com ele, pois não mede nem 1,70m – estava na casa. Mas ao perceber que o barraco ia cair, foi se esgueirando, saiu de fininho e dobrou a serra do cajuru. Quando a droga foi encontrada debaixo do guarda roupa ele já estava mocosado em outro pardieiro!

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Sem o provável verdadeiro dono da droga para ‘segurá-la’, o BO sobrou para Aline “Thieinha” Pinto. Justo ela que semanas atrás deu sangue pelo amasio! – Ao tomar “Gigante” da rival Arinha, Thieinha andou sentindo o frio da lapiana na carne … Ela ainda conserva na testa as cicatrizes dos golpes de faca desferidos pela ex-namorada do rival. Levada no taxi do contribuinte para a DP, Aline Pinto, dona de uma das mais extensas ‘capivaras’ por furtos em lojas de Pouso Alegre e região, sentou-se ao piano do delegado Renato Gavião, assinou o 33 e foi se hospedar no Hotel do Juquinha.

Quanto à Fabio Gigante, ele que coloque as barbas de molho… A batata está assando pra ele!

Biju vira farinha na madrugada…

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Ao passar casualmente pela Avenida Perimetral na virada da noite desta terça, os homens da lei avistaram um sujeito com pinta de somongó pedalando uma bicicleta, saindo do velho Aterrado e seguindo em direção ao Jardim Yara. Resolveram abordá-lo… Era Juliano Geronimo Monteiro, o Biju! Biju não levava com ele nada de ilícito… Ilegal estava ele! Biju cumpre pena no regime de albergue e portanto deveria estar nos braços de Morfeu no Hotel do Juquinha, se “recuperando”. Deste jeito Biju não recupera…!

– Eu só faltei um dia seu, Chips… Minha filhinha estava doente. Eu fui buscar remédio pra ela… – No Aterrado Biju???

Biju estava inconformado com a prisão.

– Não entendo! Eu não fiz nada de errado! So deixei de comparecer no dia 4…!!!

– Voce tem outros processos correndo na justiça? – pergunto eu.

– Acho que tem aquele do ano passado que você me ‘zuou’, quando eu fui preso desenterrando maconha e uma garruchinha perto do Texas… – responde o moço.

Pois é, naquela prisão, segundo meus leitores, Biju nem chegou a amolecer na cadeia. Saiu em no dia seguinte!

Mais uma 'corrida' do Taxi do Magaiver para o Hotel do Juquinha nesta manhã...!

Mais uma ‘corrida’ do Taxi do Magaiver para o Hotel do Juquinha nesta manhã…!

O que Biju e todos os cidadãos que infringem a lei não compreendem, é que seus BOs demoram para tramitar na justiça, mas um dia a sentença desce… Todo infrator da lei que tem um processo correndo na justiça está com a barba de molho… Uma hora a navalha passa rente e apara a liberdade! Quando este blogueiro escreve aqui na tela que a batata está assando, ele não está fazendo piada…!

Juliano Biju mudou de condução e de itinerário… Embarcou no taxi do contribuinte e foi amanhecer no ‘corró’ da DP. De lá seguiu no Taxi do Magaiver para o Hotel do Juquinha.

 

Populares prendem ladrão de carro no centro de Pouso Alegre

Rogerio Bernades dos Santos: Preso aos gritos de 'pega-ladrão'...

Rogério Bernardes dos Santos: Preso aos gritos de ‘pega-ladrão’…

Você, ‘meu estimado meliante’, que pensa em fazer uma fita no centro da cidade, pense bem! Escolha direito sua vitima. Evite roubar mulheres… Elas tem muito apego às suas coisas, fazem muito barulhos e… às vezes esquece o juízo!

E você minha estimada leitora, antes de fazer bico para este blogueiro por causa da critica – construtiva – tome como um elogio. Foi graças a estes dotes femininos que a jovem T.R.Mattos evitou que seu carro fosse roubado em plena luz do dia no final da tarde desta terça no centro da cidade!

T.R.Mattos estacionou seu Corsa na Rua Capitão Pedro Narciso – essa rua tem historia! – de pouquíssimo movimento e foi ali perto numa loja musical. Quase dançou! Quando voltava para seu carro minutos depois, deparou com um meliante tentando arromba-lo. Usando as mãos e os pés ele já havia aberto a porta do seu Corsa prata ao estilo “sardinha”.

Indignada com a ousadia do larapio T. botou a boca no trombone e saiu correndo atrás dele. Dois cidadãos que passavam pela rua São Jose, ajudados por um colega de trabalho de T., interceptaram a passagem do meliante, derrubaram-no ao chão e impediram sua fuga até a chegada dos Guardas Municipais instalados a poucos metros dali. Foi um ‘auê’ de parar o transito na São Jose às seis e meia tarde! Quando os homens da lei chegaram ao local o ladrão trapalhão do São João já estava com pulseiras de prata.

Na DP Rogério Bernardes dos Santos, 32 anos, dono de uma capivara que inclui furtos, trafico de drogas e  “Maria da Penha”, ele assinou mais um 155 e foi se hospedar no Hotel do Juquinha, onde até ontem cumpria pena no regime aberto!

Ah, a porta do Corsa da T., aberta como se fosse uma lata de sardinha, deu pt…!

Larapio tropeça num porta de madeira no Jardim Brasil

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A tentativa de furto aconteceu na noite criança desta terça, 05. Estava o vigia da construtora Base Forte no Jardim Brasil, quieto no seu canto, quando viu um cidadão descendo o canteiro de obras com uma porta de madeira na cabeça!

Seria ele um peão de obra fazendo hora extra sozinho?

Seria apenas um cidadão que ao passar pelas obras do loteamento tomou uma porta emprestada para se proteger da chuva que estava prestes a cair?

Seria um entregador de portas atrasado?

Ou seria um simples gatuno furtando uma porta da obra?

Até o momento ainda não sabemos, pois o moço que levava a porta na cabeça fez uso do seu direto constitucional de permanecer em silencio. Daniel Alves Fernandes, 55 anos anos morador do Jardim São João, no outro extremo da cidade, disse que só vai se manifestar na presença do Homem da Capa Preta! Tudo bem. Mas para chegar ao Homem da Capa Preta, Daniel teve que receber pulseiras de prata, sentar ao piano do delegado de plantão,  assinar um 155 e subir para o Hotel do Juquinha!

Quanto às quatro opções acima, acho que são todas falsas… Não é possível que o Daniel pretendia atravessar a cidade, ir do Jardim Brasil ao São João, cerca de 9 quilômetros com uma porta na cabeça!!!

 

Pizinho & Lôla, o casal 20 cai com a ‘Brasilia Amarela’ no São João

Lola...

Laisa “Lola” Maria de Castro: Capricha aí Chips…

!Luiz Carlos Rangel, morador do Jardim São João, foi arrancado dos braços de Morfeu no meio desta madrugada de terça ao ouvir o ronco de sua Brasilia estacionada na porta de casa. Ao abrir a janela sua lustrosa ‘Brasilia Amarela’ já estava dobrando a esquina nos braços de outro sem dizer adeus!

Avisados do furto os policiais militares interceptaram a Brasilia próximo à Cantina Maracanã e tentaram abordá-la. Só conseguiram pará-la na Rua Campestre no Jardim Amazonas, a 150 metros dali.

A Brasilia do Sr. Luiz Carlos era conduzida pelo “dimenor” T.Y.C. o “Tatá” – lembram dele? Caiu há duas semanas noutro B.O. mas como é ‘dimenor’ voltou pra casa! No banco do passageiro estava seu xará T.A. . No banco traseiro estava o ‘Casal 20’ Laisa Maria de Castro, a “Lola” e Everton Ribeiro Brandina, o “Pizinho” – Lembram da foto dele? Rodou na quadrilha do Terrorista na sexta feira mas foi solto por falta de provas!

Além da Brasilia furtava na calada da noite, Tatá levava na algibeira uma baranga de pedra bege fedorenta. Como onde há fumaça há fogo, os homens da lei foram fazer uma visitinha ao mocó de Tatá no Jardim São João. Lá encontraram um cavaco de crack muito parecido com um pedaço de rapadura de cana amarela.

Interessante foi a estoria contada por cada um dos ocupantes da ‘Brasilia Amarela’…

– Fui eu quem roubou a brasilia não, doutor! Foi meu meu vizinho Luciano Coelhinho… Eu troquei com ele por três pedras de crack, mas eu não sabia que era roubada, não! – Contou Tatá, 17 anos.

Seu xará T.A., 16 anos, também era inocente no furto.

– Nós só saímos para dar uma volta na Brasília de madrugada – Disse ele.

Everton Ribeiro “Tizinho” Brandina, quase chorando de arrependimento, disse que caiu de gaiato.

– Eu estava na rua com minha mulher atras de umas pedras quando os dois moleques passaram dirigindo a Brasilia e convidaram a gente para dar um rolê… Logo na frente apareceram os ‘zomi’ e enquadraram a gente – admitiu ele.

Everton "Tizinho" Ribeiro Brandina: Caí de gaiato, Chips!

Everton “Tizinho” Ribeiro Brandina: Caí de gaiato, Chips!

Laila Maria “Lola” de Castro, 21 anos – que diz estar em liberdade condicional por conta de um 33 – parecia estar se divertindo na companhia do amasio. Afinal ela achava que não tinha feito nada de errado!

– É isso mesmo, Chips… A gente só estava dando um rolê na Brasilia dos moleques. Nem sabíamos que o carro era roubado. Não temos nada a ver com a droga, não! – Disse Lola fazendo questão de ajeitar o cabelo para posar para a foto do “Blog do Airton Chips”! Chegou a juntar os dentes e fazer o ‘xis’! Tive que repetir a foto três vezes até que ela aprovasse!

Mas a coisa é seria! Foi-se o tempo em que se podia andar pelas ruas do velho bairro batizado de “Vendinha” altas madrugadas sem ver sequer um gato pardo magrelo miando triste à procura de sua gata. Hoje o que se vê são jovens e adolescentes furtando carros e trocando por três ou quatro pedras de crack a qualquer hora do dia ou da noite!

Para o delegado Renato Gavião, o casal de adultos, Lola & Tizinho tinham plena consciência que a Brasilia era roubada. Portanto estavam passivamente na posse de um carro roubado na companhia de duas ‘crianças’ perante a lei. Por isso assinaram o 180 do CP e 0 244 do ECA – Receptação e Corrupção de Menores – e foi se hospedar no Hotel do Juquinha.

“Tatá” e T.A, os dois xarás, assinaram também o 180 e o 33 mas foram liberados – mais uma vez – pois so pode ser preso quem comete crime! E de acordo com a lei penal brasileira, ‘dimenor’ não comete crime…!!!

Enquanto isso o velho bairro “Vendinha” vai adquirindo o mesmo ‘status criminal’ do velho “Aterrado”.

No Rio de Janeiro a culpa de o crime ter dominado os morros é do Brizola, que, para fazer média com o eleitorado, proibiu a policia de subir os morros nos anos 80…

E no Aterrado e Vendinha? De quem é a culpa!?!?

“Pepinha” está de volta…

Pepinha: - A bolsa...

Pepinha: – Aqui está a bolsa da moça… Tá tudo aí dentro!

Ouvi esta frase 2003. Foi o ultimo ato honesto do menino que vi crescer. Ele tinha ainda 9 anos!

Caiu no crespusculo chuvoso desta segunda o jovem Gilvan Pereira Vilela. Ele estava de bobeira nas imediações de sua casa no velho Aterrado quando os homens da lei resolveram abordá-lo e verificar o que ele levava na algibeira. Era pouca coisa. Duas barangas de Cannabis Sativa de Linneu, a popular maconha ou erva marvada, um aparelho celular novinho em folha e dez reais.

– Eu estava indo comprar arroz para o meu padrasto, Chips… O celular era da minha irmã para trocar na loja porque veio com defeito. A erva? Eu ia dar ‘uns tapas’ né, Chips…!? – Contou-me Pepinha sorrindo ao me reconhecer na porta do corró ao pezinho desta manhã!

Depois de posar para fotografia, com um largo – e bonito – sorriso Pepinha acrescentou:

– Não vai ‘zuar’ a gente no jornal não, hein Chips!!!

O que equivale a dizer: “Capricha na minha historia aí, Chips”!!!

Bem, não há muito que contar. Ele só tem 19 anos. Dos 9 aos 17 conheceu todos os conselheiros tutelares do municipio, tomou dezenas de puxões de orelhas do promotor e do juiz da infância e da juventude, conheceu varias clinicas de tratamento e recuperação, passou alguns dias acorrentado pela mãe para não ir p’ra rua usar drogas, até que completou 18 anos. Aí caiu e assinou seu primeiro 157 como gente grande!

Estava eu debruçado sobre um jornal atrás do balcão na recepção da velha delegacia às nove e meia da noite, quando ouvi uma voz tênue de criança dizer:

– Aqui está a bolsa da moça… tá tudo aí dentro!!

Levantei os olhos do jornal e vi sobre o balcão uma bolsa feminina, mas não vi ninguém. Levantei-me lentamente para olhar atrás do balcão de mármore de um metro e vinte de altura, já pensando em assombração! Lá estava o dono da tímida voz… Um garotinho franzino, de camiseta, calça larga cortada pela canela e pés no chão. Era mais baixo que o balcão. Tinha 9 anos e um apeldo que combinava com ele:  Pepinha. Ele tornou a falar:

– Pode olhar moço, ‘tá’ tudo ai dentro…

Sentados no banco de madeira, diariamente lustrados por policiais e meliantes na recepção, ao meu lado, o garotinho trocou em miúdos a historia da bolsa com “tudo aí dentro”. Estavam, ele e outros dois colegas mendigando no semáforo da Vicente Simões, quando uma senhora baixou a janela do carro e pegou a tal bolsa para dar-lhes uma moeda. Um dos amigos – da onça – pegou a bolsa e saiu correndo em direção ao Aterrado. Com medo de ser também acusado do assalto, Pepinha saiu correndo atrás e se enfiaram lá por trás do pátio do Freitas onde a policia não tardou a vasculhar. Pepinha, no entanto era apenas um menino de rua, não um ladrão, por isso tomou a bolsa do colega e foi devolvê-la na delegacia. Quando a PM chegou para entregar-me o B.O. sobre o roubo, uma hora mais tarde, a dona da bolsa ja estava indo embora com o caso resolvido.

Pepinha ou Pepinho, no entanto, não se resolveu. Devolveu a bolsa que o amigo havia surrupiado, mas nunca mais devolveu as que ele próprio surrupiou. Como tinha apenas 09 anos, tornou-se cliente assíduo do Conselho Tutelar. Numa destas audiências de puxões de orelha, em meados de novembro de 2007, aproveitando um pequeno vacilo, o mini-delinquente passou a mãozinha leve e sujinha no celular da conselheira que o atendia e saiu de fininho. Seria apenas mais um furto corriqueiro de celular como dezenas que ocorrem todo dia na cidade. Este, no entanto pertencia à conselheira Poliana Teobaldo. Depois de ter mandado dezenas de meliantes para o xilindró, o detetive Teobaldo não descansaria enquanto não pusesse as mãos no larapio do celular da esposa. O desfecho desta historia sobre a caçada aoa celular da conselheira tutelar, o leitor poderá conhecer no post “Gô e as cinco toneladas de maconha” publicado neste blog no dia 11/11/2011.

A prisão de Pepinha no final da tarde desta segunda com duas barangas de maconha, lhe custaria apenas uma entrevista com Homem da Capa Preta que ele conhece tão bem e – mais – um puxão de orelha. No entanto ele está pedido há quatro meses.

– Eu fui condenado a 4 anos pelo roubo do ano passado. Faz quatro meses que eu saí de albergue e não voltei mais para o Hotel do Juquinha… Agora dancei né, Chips?

Dançou Gilvan “Pepinha” Perera Vilela, dançou… Como vem fazendo desde aquele dia em que devolveu a “bolsa com tudo dentro” na velha delegacia…!