Tentativa de homicídio atrás do Ciem

O pistoleiro disparou dez tiros de 380 e disse que estava apenas ‘espantando’ os nóias  que queimavam a pedra perto da sua casa!

cachimbo de crack

Nove da noite ainda criança deste sábado, 10, na Baixada do Mandu. No final da ruela atrás do Ciem, um grupo de seis ou sete nóias queimam a pedra. De longe só se vê a luz tênue das ‘marikas’ passando de mão em mão ou quando um nóia aspira a fumaça tóxica. De perto pode se ouvir o crepitar das pedras e sentir o cheiro acre e fedorento de amoníaco com sabão e outras porcarias misturadas às sobras da cocaína.

De repente um sujeito se aproxima montado numa bicicleta velha, para, saca um trabuco e manda balas nos nóias! Todos passam sebo nas canelas e cada um corre em uma direção, parecendo que estão sendo picados por formigas ou abelhas!

O   imbróglio chegou ao conhecimento da polícia minutos depois através de um dos nóias. Ele chegou correndo e gritando no terminal rodoviário de Pouso Alegre, a poucos metros do local dos tiros, dizendo que havia sido baleado. Levado para o nosocômio do Hospital Regional Samuel Libânio, constatou-se que o morador de rua Alexsandro Batista Araujo, 35, foi atingido com três tiros: um no pé esquerdo, outro no direito e um terceiro tiro abaixo do joelho direito.

Moradores das imediações do Sesi e Ciem contaram à policia que ouviram os tiros.

– Quando saímos na janela o pistoleiro gritou: “Não se preocupem… só estou ‘espantando’ os nóias”, e foi embora pedalando a magrela – contou um dos vizinhos.

E espantou bem! No local os policiais encontraram dez cápsulas de projetis calibre 380 vazias. O pistoleiro da bicicleta verde não esperou para dar entrevistas.

Meia dúzia de nóias queimando a pedra bege fedorenta debaixo da nossa janela não é uma cena agradável! Mas atirar à esmo nas pernas dos usuários da droga, também não é uma atitude civilizada!

Já pensou se a  moda pega?!

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