Acidente sanduíche no Ribeirão das Mortes

       O sinistro aconteceu na noite criança de sábado ao pé da Rua Bento Doria Ramos no Ribeirão das Mortes. O cidadão Raimundo Nonato Martins Costa tentava voltar para casa conduzindo seu Chevrolet Chevette até que, na curva, a rua ficou pequena e ele pegou atalho pela contramão. Não viu que por ali descia um VW Gol… Bateu de frente. O Fiat Uno conduzido pelo cidadão Alexandre Cassio da Silva, que vinha logo atrás do gol, não conseguiu frear a tempo e também bateu na traseira do Gol. Logo atrás vinha o Chevrolet Opala conduzido pelo sr. Dener Cezar Ferreira e também chapou a traseira do Fiat Uno.

Foto: Carlos Manoel / reprodução FacebookFoto: Carlos Manoel

        Quando os motoristas desceram dos seus carros para sinalizar o local, para evitar novos acidentes, já que era uma curva em declive, o motorista do Chevette causador do “sanduíche” desceu do seu carro trocando as pernas e tentou dobrar a serra do cajuru. Imediatamente foi cercado pelos demais motoristas envolvidos no acidente e impedido de deixar o local. Mas não foi fácil. Seu bafo de jibóia era tamanho que os outros motoristas acabaram se afastando dele. Quando viram ele havia dobrado o morro do Hotel do Juquinha. Os homens da lei, que demoraram para chegar ao local do sinistro, foram alcançar Raimundo Nonato cruzando a rodovia BR 459 tentando ir pra casa no bairro dos Afonsos onde mora. Com o rosto sangrando em virtude da batida, Raimundo tinha os olhos vermelhos, a fala mole, as pernas bambas e o terrível hálito etílico. Para constatar seu alto grau de embriagues nem seria necessário soprar o bafômetro! Mas soprou. O sisudo aparelhinho acusou apenas 0,64 dg/l por álcool em suas veias.

      Ao sentar ao piano da Delegada Cibeli Molinari, Raimundo Nonato explicou que antes de pegar a estrada de volta para casa atrás do volante do seu Chevette, havia estado em um restaurante ali perto onde bebera somente três litroes da loira gelada.

– E porque o Sr. não esperou a chegada da policia?

– Eu fui embora… Eu tinha outros compromissos em casa, doutora! – Disse o moço.

        Raimundo Nonato Martins Costa, 34 anos, morador do bairro dos Afonsos, há poucos quilômetros do local do “sanduíche de carros”, foi interrogado por volta de uma hora da manhã. Até este momento o efeito do suco de gerereba ainda não havia passado. Ele mal soube responder as perguntas da delegada. Não sabia explicar como o acidente acontecera, não sabia se havia ou não soprado o bafômetro e nem sabia se era habilitado.

– Eu só vi um carro entrando na minha frente, doutora – acrescentou caindo de sono.

      A fiança do seu Raimundo – sem carteira – foi proporcional à lambança que ele causou no Ribeirão das Mortes… R$ 6 mil reais!

0 thoughts on “Acidente sanduíche no Ribeirão das Mortes

  1. Caro Chips
    Quando ocorre um acidente como esse, e o condutor paga a fiança, esse dinheiro vai para o conserto dos carros envolvidos no acidente ???

    • A Fiança é um tipo de garantia, um “caução” que o processado deposita em juízo como garantia de que não vai sumir enquanto responde o processo em liberdade. Se sumir, o dinheiro da fiança não é devolvido. Se for sentenciado como inocente, o dinheiro da fiança volta pro réu com correção, como uma poupança.

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