Aconteceu o primeiro homicídio do ano em Pouso Alegre

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A ultima vez que um cidadão pousoalegrense batera à porta de São Pedro pedindo hospedagem eterna, vitima de assassinato, fora no longínquo dia 14 de dezembro de 2013. Fora o decimo primeiro e ultimo homicídio do ano passado. Aliás, nada mal para uma cidade com 140 mil habitantes… Apenas 11 assassinatos no ano… E todos apurados!

O primeiro homicídio de 2014 aconteceu na madrugada desta segunda feira de carnaval. E teve a participação de cinco assassinos. Todos eles usaram socos, pontapés e pedaços de ‘pallets’ para golpear a vitima até a morte.

O sinistro aconteceu num terreno baldio próximo à Avenida Prefeito Olavo Gomes de Oliveira, no Chapadão, no local conhecido como “Cracolandia da Paineira”.

Por volta de três da manhã os Bombeiros receberam um chamado, dando conta de que havia um cidadão ensanguentado agonizando no local. Ele foi levado para o PS, mas lá chegou com morte cerebral.

Segundo a pessoa que chamou o Corpo de Bombeiros, a vitima das agressões era um tal de “Jeremias” e ele teria sido espancado por varias pessoas entre elas Bacalhau, Anjinho e Negão.

Laelson "Negão" dos Santos Nascimento

Laelson “Negão” dos Santos Nascimento

O B.O. narrando o crime de homicídio por espancamento foi recebido pelo delegado Gilson Baldassari no plantão diurno na DP na segunda pela manha, o qual imediatamente determinou à equipe de plantão a apuração dos fatos.

De acordo com a investigação dos detetives Magaiver, Tiãozinho, Fernando Jardim e Ronaldo Correia, todos os envolvidos no crime inclusive a vitima Jeremias Cândido de Souza eram ‘companheiros de pedra’! Estavam na “Cracolandia da Paineira” fazendo uso de drogas quando o crime aconteceu.

Kerlon "Bacalhau" Greisson da Silva: Trocou a moto com o traficante Beicinho por drogas...

Kerlon “Bacalhau” Greisson da Silva: Trocou a moto com o traficante Beicinho por drogas…

Jeremias havia chegado ao local em sua motocicleta e teria pedido a um dos ‘nóias’ para comprar cigarros e um pacote de ‘camisinhas’. De posse dos preservativos teria cortejado Leticia, suposta namorada de Negão, provocando seu ciúme e o inicio da agressão. Após os primeiros chutes desferidos por Laelson dos Santos Nascimento, o “Negão”, 24, Alisson André de Barros, o “Anjnho”,19, Kerlon Greissom da Silva Souza, o “Bacalhau”, 18, Alex Domingos Junior, 22 e Claudnei Francisco Noronha, 26 também agrediram Geremias com socos, pontapés, golpes com o próprio capacete e tábuas. Com a vitima já inconsciente, Bacalhau ‘limpou’ sua carteira e Anjinho furtou sua motocicleta para trocar por drogas no bairro Morumbi. Levados pelos detetives à presença do delegado de plantão, como ainda estavam em estado flagrancial, Gilson Baldassari sentou o quinteto de nóias assassinos ao piano.

Alex Domingos Junior...

Alex Domingos Junior…

– Eles foram autuados por homicídio qualificado seguido de furto da carteira e da moto da vitima – justificou o delegado Baldassari.

Claudinei Francisco Noronha...

Claudinei Francisco Noronha…

Desde a noite de segunda de carnaval o Hotel do Juquinha tem mais cinco hospedes! A moto roubada foi encontrada incendiada no Jardim Morumbi nesta quinta.

 

Vovó Margarida caiu com cocaína no São João…

 

Vovó Margarida: - Eu não sabia que a droga estava no meu guarda roupa...!

Vovó Margarida: – Eu não sabia que a droga estava no meu guarda roupa…!

Atendendo incontáveis denúncias de amigos ocultos da lei, a policia militar visitou o muquifo dos delinquentes Tatá e Jandinho no Jardim São João, no final da manhã desta quinta, 27. Em poder do notório traficante de 16 anos, os policiais encontraram uma baranga de farinha do capeta e R$520. Tatá não teve pudor em admitir que a droga e o dim-dim que levava na algibeira eram provenientes do trafico de drogas…

– Eu e o Jandinho abrimos uma boca de fumo em sociedade… Compramos de um cara no Aterrado – deve ser o João Tapira? – e vendemos aqui no São João. Só pedra e farinha. Erva é só para consumo próprio – disse o meliante. Jandinho ou Jajá, também 16 anos, confirmou a sociedade já publica e notória no bairro.

A prisão da vovozinha supostamente inocente aconteceu na sequencia da operação antidrogas da PM. Durante cumprimento de Mandado e Busca e apreensão ao lado de sua casa, na Rua João de Barro, Margarida Pires Teixeira teria dito pelos cotovelos;

– Na minha casa a policia não entra! – Mas entrou…

Depois de muita relutância a vovozinha de 58 anos, alegando que não tinha nada para esconder mesmo, autorizou a entrada dos policiais militares. E depois de revirar armários e geladeira, pratos e prateleiras, os homens da lei encontraram a droga dentro do guarda roupa! Cento e oitenta e seis barangas de farinha do capeta e sessenta e seis de pedra bege fedorenta.

– Essa droga não é meeeeennnnhhhhaaa – vociferou a vovozinha, que é irmã de outro famoso traficante de drogas do Aterrado!

E certamente não é mesmo. A droga deve pertencer ao netinho Tatá, que só vai responder pelos seus crimes no final do ano que vem, quando completar 18 anos.

E aí entrou em cena mais um velho ditado: “Diga com quem tu andas que te direi quem és”! Margarida “acoita” – no linguajar da vizinhança – o netinho Tatá, mergulhado até o pescoço na criminalidade. Como a droga estava ‘mocosada’ no guarda roupa de Margarida e, “guardar’ é um dos 18 verbos sinônimos de trafico previsto no artigo 33 da Lei 11.343, a vovozinha sentou ao piano e assinou o 33.

– Ah, eu não sabia que ele guardava droga na minha casa – disse dona Margarida jurando inocência!

Não é isso que demonstram as dezenas de Afai’s realizados nos plantões da DP nos ultmos meses. Em todos eles dona Margarida se apresentou como responsável pelo neto Tatá, assinou junto com ele os Autos de Apreensão e o levou de volta para casa. Desta vez dona ‘Meg’ escorregou na farinha e na pedra do neto e foi se hospedar no Hotel do Juquinha!

Mas não foi somente a vovó ‘Meg’ que escorregou…

Euclides...: Condenado a 78 anos, estava de "saidinha temporaria"...

Os homens da lei queriam também o trabuco, que segundo os informantes, a dupla anda exibindo no bairro. Depois de um téte-a-téte com o sargento Silveira, Jandinho admitiu que ‘tinha’ mesmo uma arma, mas na véspera havia jogado no quintal do vizinho Leandro Ramos Felix. Interpelado no seu local de trabalho, Leandro confessou ter guardado o trabuco…

– Ontem à noite o Jandinho meu vizinho jogou a arma no meu quintal e me pediu para guardar… Na hora do “apavoro” eu peguei e guardei debaixo de umas tabuas na “arinha”de casa… – disse como se estivesse falando de uma penca de tangerina! Só que guardar tangerina na pilha de tabua no quintal não dá cana! Revolver dá! Custou-lhe um 12 da 10.826!

Quando os homens da lei bateram à porta de Tatá, seu padrasto Euclides Chagas Bezerra, o Bodão, estava fazendo visita… no lugar errado, na hora errada! Euclides Bodão, 30 anos está condenado a 78 anos de cadeia por furtos e roubos. Atualmente cumpre pena na Penitenciária Dutra Ladeira em Belo Horizonte. Estava de “saidinha de sete dias” – de 21 a 28 de fevereiro. Acabou voltando mais cedo para as grades!

Jandinho & Tatá, os sócios da ‘boca de fumo’ do jardim São João, continuam em liberdade… Afinal, “dimenor” não pode ser preso!

Costureira é fechada na Airton Sena…

Os bombeiros chegaram ao local como num passe de magica...!

Os bombeiros chegaram ao local como num passe de magica…!

O acidente aconteceu às dez da manha desta quarta, 26, no final da Avenida Airton Sena, a cinquenta metros da saída para o Manduzão. Silvana Aparecida da Silva Pereira, 27 anos, voltava para casa, no Colina Verde, pilotando sua Honda Biz preta, quando um veiculo passou muito próximo e a assustou fazendo-a perder o equilíbrio. Ela voltava do consultório medico levando na garupa da motoca sua filhinha A.V., ambas usando capacetes cor de rosa. Mãe e filha foram arremessadas ao chão. A costureira usava capacete aberto e bateu o rosto no chão, sofrendo luxação e ruptura do supercílio. Quase num passe de magica os Bombeiros apareceram no local e levaram a costureira grogue, sangrando para o Hospital. A garotinha aos prantos, não tanto pela escoriação na perna, mas pelo susto e por ver a mãe com o rosto sangrando, foi junto na ambulância dos ‘anjos azuis’! 

O motorista que, segundo Silvana, lhe deu a fechada, sequer olhou pelo retrovisor para o ver o estrago que fizera!

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A este blogueiro que passava pelo local na sua caminhada semanal, restou recolher e guardar a Honda Biz com pequenos arranhões, a qual já foi entregue a seus familiares. Uma irmã que posteriormente acorreu ao Pronto Socorro informou que Silvana não sofreu nenhuma fratura. Mas continuava em observação…!

Jornalista cearense ‘ressuscita’ Fernando da Gata

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Apesar de ter ‘convivido’ com seu cadáver durante algumas horas em 1982, tive que reinvestigar a historia de sua vida e de sua passagem meteórica e funesta por Pouso Alegre para escrevê-la em 2009. Na ocasião levei seu algoz, sargento Campos, ao local onde travaram um breve tiroteio de dois tiros, um de cada lado, no crepúsculo daquele longínquo 03 de setembro de 1982.

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A reportagem “Os últimos dias de Fernando da Gata” foi publicada inicialmente no Jornal Folha do Vale do Sapucaí em 2010 e depois no Blog do Airton Chips no dia 10-10-2011.

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No final do ano passado recebi um email do jornalista russano Ricardo Torres, do jornal ‘A Cidade’, com circulação no Vale do Jaguaribe. O dinâmico jornalista havia descoberto nossa reportagem e pedia gentilmente autorização para republicá-la em seu jornal. Aliás, uma bela e ética atitude! Coisas que muitos colegas manduanos parecem não dar importância. Esta semana recebi alguns exemplares do periódico, onde o nobre jornalista cearense reproduz parte da nossa matéria e acrescenta valiosas informações ao currículo do famigerado bandido que aterrorizou Pouso Alegre há 32 anos.

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Leia: “Os últimos dias de Fernando da Gata” no Blog do Airton Chips

 

A batalha de Itamonte…

Batalha de Itamonte

“Na sexta-feira, por volta das 18h30, fomos convocados (todos os policiais civis da DRPC de São Lourenço) a comparecer na DP imediatamente.  Ato contínuo, o Dr. João, chefe do 17 Departamento de Pouso Alegre indicou que deveríamos ir até a Seccional de Cruzeiro/SP para o briefing do que estava para acontecer.
Descemos para Cruzeiro/SP: eu, o Dr. Felipe Piccin, Dr. Bruno Cunha e os Investigadores Rodrigo e Maviel. No caminho fizemos contato com alguns Investigadores da DIG de Cruzeiro/SP que sempre nos dão apoio e os mesmos não sabiam de nada. Chegamos na Seccional da PC-SP em Cruzeiro acompanhados dos policiais civis da DIG Cruzeiro/SP. Na Seccional nenhum Delegado (nem o próprio Seccional) ou os policiais sabiam o que estava acontecendo.

Após cerca de meia hora chegaram cerca de 8 viaturas descaracterizadas do DEIC/SP (Capital), estando presente o Divisional (Delegado chefe do DEIC) e o titular da DP de Roubo a Bancos de São Paulo.

Não vem ao caso repassar informações sobre o briefing mas, em suma, após alguns momentos ali compareceram mais umas 8 equipes do GARRA da Capital/SP e 1 unidade do GER da PC-SP com 8 snipers e policiais de contenção.

As informações davam conta de uma quadrilha de roubo a bancos (explosões de caixas) com cerca de 25 integrantes. Haviam sido identificados 5 fuzis AK-47, 1 fuzil HK-G3, 2 fuzis Colt AR-15, escopetas, pistolas e granadas.

Não repassarei os pormenores das informações que estavam sendo repassadas, mas todo o serviço de inteligência estava a cargo do DEIC, em São Paulo-CP. E a inteligência funcionou perfeitamente.
Os alvos poderiam ser Itanhandu ou Itamonte. – E depois outras cidades da região.
O Dr Bruno Cunha acompanhou uma outra equipe, restando à nossa equipe (eu, Dr. Felipe Piccin e 2 investigadores de São Lourenço) posicionarmos o GER (Snipers) e o GARRA (contenção) na Praça Central de Itamonte e, posteriormente, posicionarmo-nos na rodovia acompanhados de 4 equipes do DEIC/SP no intuito de coibir uma possível fuga. Equipes posicionadas, conseguimos que mais uma equipe da DRPC de São Lourenço, comandada pelo Dr. Márcio Ciarini, se agrupasse conosco. Aguardávamos às margens da rodovia, escondidos na escuridão, com informações em tempo real da Inteligência da PC-SP.
Por volta das 2h00 um comboio furou o radar próximo e passou no sentido do centro de Itamonte em alta velocidade. Conseguimos ver perfeitamente: um caminhão baú, um Fiat Palio Weekend prata, uma Ford Ecosport prata, um Honda Civic preto e um Renault Duster branco, todos com as placas cobertas por plástico.
Adrenalina a mil, pois tínhamos o elemento surpresa! Repassamos as informações às equipes da região central de Itamonte. Passaram-se eternos 2 ou 3 minutos e, no rádio, recebemos as informações de que já haviam 3 ou 4 mortos, um policial ferido, e intensa troca de tiros…
Paramos uma carreta que vinha pela rodovia e a atravessamos na pista para auxiliar no bloqueio. Após algum tempo o Renault Duster veio em nossa direção. Parou há aproximadamente 30 metros com os faróis acesos. O motorista desceu já efetuando rajadas de fuzil, enquanto o carona portava uma pistola. Conseguimos neutralizar o carona, mas o motorista fugiu para um matagal próximo.
Enquanto discutíamos sobre entrar ou não no matagal onde o motorista havia se escondido aproximamo-nos do veículo, perdendo nossa barricada, que eram as viaturas e a carreta. No veículo pudemos perceber que o carona havia sido morto, portava uma pistola, usava colete balístico, havia mais uma pistola caída no chão do carro, e muita, mas muita munição para todos os lados.
Neste momento, um outro veículo se aproximou com os faróis altos. Abaixamo-nos próximo ao Renault Duster, mas estávamos sem qualquer barricada. O veículo passou em baixa velocidade em direção à carreta e as viaturas que encontravam-se com as luzes de sinalização ativadas, retornou e lentamente veio em nossa direção. Nossa única alternativa foi esperar.
Quando o veículo se aproximou nos identificamos como policiais e determinamos que o condutor parasse o carro. Como todos aqui certamente já fizeram diversas vezes. Estávamos – cerca de 25 policiais – distantes de 5 a 15 metros de distância do carro. Agachados às margens da rodovia sem qualquer proteção…  A resposta que obtivemos: tiro, tiro, tiro, muito tiro. Eu me lembro de cada segundo, só não posso dizer quando conseguirei esquecer as imagens e os sons!

Posso afirmar categoricamente que foram os mais longos e piores 30 ou 40 segundos da minha vida. Eu estava há aproximadamente 8 ou 9 metros do carro, o Dr. Felipe estava mais próximo do que eu e não sei dizer onde o Dr. Márcio estava… Muito tiro. Muito perto…!
Pude visualizar o motorista descer e tentar correr efetuando disparos em nossa direção. O carona estava com um colete balístico operacional, touca ninja preta e um AR-15 baby. O passageiro do banco de trás eu não consegui visualizar.

Resumindo: o motorista foi neutralizado. O carona foi neutralizado com um disparo na cabeça e morreu abraçado ao AR-15 – cena de filme! – O passageiro do banco de trás foi neutralizado com um disparo na cabeça, mas, após o cessar fogo, pudemos perceber que o mesmo portava dois carregadores de fuzil, uma pistola e estava de colete balístico.

Reagrupamos e retornamos à barricada. Apenas o Dr. Felipe Piccin havia sido ferido por um estilhaço abaixo do olho direito, mas nada grave.
Em nosso cenário: 4 criminosos neutralizados e 1 fuzil, 3 pistolas, 3 coletes balísticos e vários pés-de-cabra apreendidos. 1 foragido.

Nunca poderei dizer em quantas coisas consegui pensar naqueles poucos segundos em que eu estava deitado, costas ao solo, visualizando os caras apontando fuzil, pistola e disparando em nossa direção a 6, 7, 8 metros de distância! Sei lá,  mais de 200 ou 300 tiros em 30 segundos!
Pensei muito em ficar vivo. Pensei em neutralizá-los o mais rápido possível. Sempre gostei do trabalho operacional, nunca imaginei que fosse querer tanto que aquilo ali acabasse logo. É tenso. Escutei um disparo estilhaçar um tronco de árvore uns 50cm acima da minha cabeça… onde eu estava deitado!
Pode parecer brincadeira, mas depois que acabou, ainda me refazendo de tudo que havia acontecido ali, eu pensei em todas as vezes em que saí para cumprir Mandados de Busca e de Prisão e outros policiais zombaram:

-“qual é, vai pra guerra?”,

-“pra que levar isso tudo de coisa?” ou

– “tá parecendo o Rambo!”.
Pensei nas vezes em que viajei pra BH, 450Km pra ir e depois 450Km pra voltar, sem diária, sem lugar pra dormir – bate e volta -, ia na Superintendência, não havia um Delegado de Polícia que tivesse a dignidade de nos receber e eu era obrigado a ouvir de um tal de “M….”, que eu nunca ouvi falar que tenha prendido alguém, que não tinha nada pra dar não. Não tem munição, não tem colete, não tem arma! Como se estivesse me fazendo um favor. Quantas vezes supliquei e saí dali com míseras 50 munições como se estivesse cometendo um crime. Era o nosso “cala a boca”. Era o que o “M…….” (???) tinha para nos fazer parar de encher…
Pensei no dia – e me lembro muito bem de cada palavra – em que Policiais da Superintendência foram até a Delegacia Regional de Itajubá, onde trabalhávamos eu e o Dr. Felipe Piccin – ele me persegue! – e nos determinaram que entregássemos nossas pistolas, pois cada policial:

– “só tem o direito de ter uma arma”.

Ao serem questionados pelo Dr. Felipe Piccin se nunca haviam ouvido falar que em confrontos sempre existe a necessidade de portar-se uma arma backup os mesmos limitaram-se a dar uma risadinha. Entregamos nossas pistolas backup!
No confronto o Dr. Felipe Piccin foi lesionado por um estilhaço de projétil abaixo do olho direito. Vocês podem achar que eu estou brincando, mas a pistola dele teve uma pane em dupla alimentação. Eu não vi na hora, só fiquei sabendo depois. Ele não portava arma longa.
Eu juro que se o Dr. Felipe fosse morto ali e posteriormente restasse comprovado que sua arma apresentara pane de alimentação, estando o mesmo sem backup, eu iria até a Superintendência…!!!
Bom, não vem ao caso entrar agora nesta discussão.
Reabrigamos e após algum tempo chegaram nossas viaturas de reforço.
Cerca de 40 minutos depois chegou a PRF e teve o absurdo trabalho de sinalizar a rodovia.
Chegaram umas 10 viaturas da PM. Não posso dizer que eles não estiveram no local do confronto. Estiveram. Uma hora depois e para tirar fotos e nos cumprimentarem de boca aberta.
Fomos até o centro de Itamonte para verificar o que havia ocorrido no local.
Na Praça Central e proximidades os Snipers e a contenção conseguiram neutralizar 5 indivíduos. Outros dois foram alvejados e socorridos. Alguns evadiram-se.
Foram apreendidos 3 fuzis, 2 escopetas calibre .12 (sendo uma semi-automática) e diversas pistolas e revólveres (não contei). Todos os criminosos estavam de colete balístico. Muita dinamite e vários pés-de-cabra.
Um indivíduo que havia sido alvejado contou que eram cerca de 15 indivíduos apenas no caminhão.

Na praça, cujo centro estava isolado, a população se aglomerou. Fomos saudados e aplaudidos.
Quando saíamos da área de isolamento conseguíamos dar poucos passos sem ser cumprimentados com largos sorrisos de sincero agradecimento.

 

Ah, sim… A Polícia Militar chegou à praça e, depois, começou a sobrevoar um helicóptero deles. Eles estavam com uma cara de mau que dava até medo!
Eu olhei para o helicóptero, pensei naqueles infernais segundos que havia passado poucas horas antes e comentei com um Investigador ao meu lado:

– Poxa, bem que eles poderiam amarrar uma faixa no helicóptero com os dizeres: “Obrigado Polícia Civil!”.

O investigador riu e me sussurrou:

-… Eles ainda vão sair na televisão dando entrevista… Duvida?
Ainda bem que eu não duvidei.
Bom, aqueles grupos da elite da PC-SP que inicialmente estavam meio de ‘narizinho em pé’ conosco ao final já estavam até nos admirando. Gostaram de ver como, com tão pouco, em nenhum momento nós trememos. Fomos elogiados e enaltecidos. Falar que não dá medo é mentira. Quem não sentir medo em uma situação daquela merece estar morto.

Apenas para finalizar:
1. Os jornalistas deturparam os fatos em todas as matérias e em todos os meios de comunicação.
2. A Polícia Militar não participou de nada. Nada, nada, nada, nada. Levantem a cabeça para qualquer PM pois eles não suportam perceber o quanto somos foda.

3. Chefia não é tudo, mas é muito, muito mesmo. Nosso chefe de Departamento Dr. João Eusébio esteve presente em Itamonte, depois em São Lourenço. Abraçou a causa e nos deu total suporte para tranquilizarmo-nos em face da ação legítima.
Treinem bastante! O confronto acontece em segundos e, embora alguns textos por aqui postados sobre a formação do criminoso, o quão eles são coitadinhos, blá, blá, blá, não duvide: eles querem te matar.
Não adianta identificar-se como policial e determinar-lhes que se coloquem em posição de busca. Eles não conseguem escutar quando estão efetuando rajadas de fuzil tentando acertar a sua cabeça.
A Polícia Civil de Minas Gerais têm muito que melhorar, tanto em técnicas de combate quanto em material! Mas não ficamos abaixo de ninguém em coragem e bravura!
A próxima vez que eu escutar de um administrativo que não irá me depositar uma arma ou munições ou o equipamento que for porque EU não preciso daquilo eu espero muito que ele tenha um argumento bem forte.

Não é pelo dinheiro dos bancos preservado. Nada paga você virar uma noite em claro, situações de confronto, corpos caídos pela praça e Senhoras de 50 ou 60 anos agradecidas virem até você às 5h ou 6h da manhã com um sorriso no rosto e garrafas de café com biscoitinhos.
Ser polícia é foda! Ser policia é ser herói…!
Força e honra a todos que diuturnamente se expõe com um ou dois companheiros cumprindo MBA’s ou Mandados de Prisão no meio de favelas, matagais e etc sem o mínimo de equipamento necessário.

* Ah, peço desculpas por palavras mais rudes! Não é meu estilo… Mas a ocasião é excepcional.

Fiquem com Deus.

 

Policia civil de Pouso Alegre acaba com a farra dos ladrões de banco em Itamonte

A cidadezinha de Itamonte, no alto da serra da Mantiqueira, caminho natural dos mineiros do Circuito das Aguas para o Vale do Paraíba e Rio de Janeiro, foi sacudida por bombas e rajadas de metralhadoras na madrugada deste sábado, 22. Primeiro vieram as bombas dos bandidos estourando caixas eletrônicos de dois bancos na cidade. Em seguida e veio a artilharia das policias mineira e paulista, pegando os bandidos de surpresa. Durante alguns minutos a cidadezinha serrana de quinze mil habitantes foi palco de uma acirrada batalha entre ‘bandidos & mocinhos’! Sabendo de antemão que o próximo alvo da quadrilha de assaltantes de caixa eletrônicos seria a pacata cidade cortada pela BR 354, os policiais comandados pelo delegado-chefe do Departamento de Pouso Alegre, João Eusébio Cruz, foram para o local dar as boas vindas. Eram cerca de 60 policiais civis de São Lourenço, Itajubá e Pouso Alegre, cidades que compõem o 17º D.P.C., cerca de 40 policiais do DEIC de São Paulo e uma dúzia de patrulheiros da PRF que fechou na BR 354 e demais acessos à micro região. Os bandidos armados de pistolas e metralhadoras, usando coletes à prova de balas e alguns com luvas e capuz, chegaram à cidade onde se faz o ‘blend’ da deliciosa cachaça “Casa dos Ventos” por volta de duas da manha e imediatamente entraram em ação. Eles eram quinze em cinco carros roubados, a maioria de São Paulo, outros de Arujá e um da vizinha Itanhandu. Os bandidos só não contavam com a calorosa recepção dos homens da lei.

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Eles vinham sendo investigados pelas duas policiais desde 2012. Desde então o Sul de Minas já havia registrado mais de 70 assaltos deste gênero. A grande maioria em cidades de menos de 20 mil habitantes, embora Pouso Alegre – 140 mil – tenha recebido duas visitas no ano passado! Uma numa empresa do Distrito Industrial e outra a um caixa do Itau na porta da Univás, a trinta metros de um posto policial inoperante naquela madrugada.

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Embora os bandidos usassem coletes à prova de balas, quatro deles morreram na porta do banco com o caixa em frangalhos. Alguns sequer tiveram tempo de abrir fogo… Morreram abraçados à suas perigosas metralhadoras. Os dois médicos legistas do IML da estancia hidro-mineral de São Lourenço, para onde os corpos foram levados tiveram muito trabalho neste sábado…!itamonte

Apesar de serem esperados pelas dezenas de policiais alguns assaltantes conseguiram furar o cerco e fugir. A policia militar entrou em cena depois do tiroteio e saiu na captura dos fujões. Um dos assaltantes foi preso de manhã pela policia de Mogi das Cruzes, na casa da namorada em Arujá, região metropolitana de São Paulo. Um detetive da PC paulista foi ferido no ombro durante o tiroteio e levado de helicóptero para São Paulo.

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O saldo da Operação Itamonte ainda não foi contabilizado, mas já se sabe que pelo menos outros dois bandidos baleados não resistiram aos ferimentos e morreram. Em poder deles a policia apreendeu parte do dinheiro – marcado de tinta – roubado, provas de outros roubos a caixas eletrônicos e farto armamento usado em outros crimes no mesmo ‘modus operandi’.

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Esta foi a énesima vez que bandidos nacionais ‘encerraram’ a carreira em Minas Gerais. Já fora assim com o cearense Fernando da Gata, morto em Santa Rita do Sapucaí pela policia de Pouso Alegre, com o carioca Osmany Ramos, preso em Inconfidentes pela policia de Pouso Alegre… Apesar de ter sido uma operação conjunta, a ‘lenda’ continua…!

David Luiz & Adriano Sana caíram na Rua Nova

Adriano Sana

A prisão de David Luiz Lelis Moreira  e Adriano Sana dos Santos aconteceu na primeira hora da madrugada desta quarta, 19. A policia militar chegou até a dupla através de denuncia de amigos ocultos da lei que informaram que ambos estavam distribuindo pedra bege fedorenta numa esquina da Rua Nova, no velho Aterrado. No momento da abordagem em via publica, além de dim-dim de porta de igreja, não havia prova de qualquer crime com eles. A droga, 20 pedras beges fedorentas estavam mocosadas num aparelho telefônico publico a poucos metros do local em que eles foram abordados, segundo a informação anônima.

Desde o inicio, tanto David Luiz – não é o zagueiro da seleção do Felipão! – 18 anos e Adriano Sana, 37 anos, juraram de pés juntos que a droga não lhes pertencia.

– Eu estava passando ali na rua… Tinha mais gente lá! – declarou David Luiz.

– Essa droga “não é meeeeeeennnnha”… Eu estava no bar tomando uma cerveja com minha namorada quando “os zomi” chegaram – Repetiu o velho traficante Adriano.

Se disseram a verdade ou não, não vem ao caso, infelizmente! Pois a droga estava, segundo o relato dos policiais, no ‘orelhão’ e, à luz da lei, poderia ser de qualquer uma das mais de vinte pessoas que transitavam ou faziam ‘ponto’ na famosa ‘boca de fumo’ naquele inicio de madrugada! Enquadrá-los no 33 e trancafiá-los, ainda que não  incorresse em abuso de autoridade, o flagrante seria facilmente relaxado por um causídico qualquer que alegasse ‘falta de prova’! Por isso o delegado de plantão poupou-lhes o trabalho… Ouviu os conduzidos e relaxou o flagrante como manda a lei.

Apesar da extensa capivara por envolvimento com drogas desde a adolescência, e de ter deixado o Hotel do Juquinha há quatro meses onde se hospedara por trafico, Adriano Sana dos Santos, 37 anos, ‘passou batido’ desta vez… Mas a batata está assando pra ele!

 

Fernando de Jesus… o Assaltante mãos de tesoura

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Fernando de Jesus, 26 anos, seria apenas mais um assaltante soturno e pé-de-couve que sai pela cidade em busca de uns trocados – alheios! – para comprar crack. No entanto ele tem algumas peculiaridades; gosta de assaltar lojas na baixada da Comendador, fala baixinho e sem alarde, alterna os roubos com o irmão Evandro e usa a mesma faca usada pelo irmão nos assaltos. As vezes substitui a faca por uma tesoura. E tem mais um detalhe; com este calorão das ultimas semanas, ele gosta de assaltar de manhã, antes que o sol esquente muito! Mesmo que o caixa das lojas ainda esteja vazio…!

Foi assim que ele entrou na “Antídotos Cosméticos” na Rua São João, às nove e quinze da manha desta terça,11 e levou a bufunfa. Entrou discretamente, sem alarde, foi até o caixa, tirou uma sacolinha plástica de um bolso, um folha de tesoura do outro, abriu a sacolinha, mostrou a tesoura para a garotinha F. de 17 anos e disse baixinho;

– Coloca todo o dinheiro aqui – estendendo a sacolinha. Falou tão baixo que a garotinha nem percebeu que estava sendo assaltada e quase pediu licença para atender outros dois clientes que estavam na loja. Mas Fernando insistiu! Exibiu um pouco mais a tesoura e a ficha da garotinha caiu… Ele não era cliente e nem pedinte! Era assaltante! no exercício discreto da ‘profissão’…! Levou R$ 350 na sacolinha e seguiu calmamente em direção à rua Bom Jesus.

Mais tarde, depois de analisar as imagens do “bigbrother” da loja, os homens da lei foram à caça do assaltante ‘mãos de tesoura’. Ao ser abordado na Rua São Pedro ele abandonou a discrição… Saiu correndo pelos fundos de uma casa, pulou um muro e tentou dobrar a serra do cajuru! Mas acabou tropeçando nas malhas da lei. Parte do ‘fruto’ do seu trabalho matutino na loja ‘Antídoto Cosméticos’ ainda estava em seu poder.

– Duzentos reais eu usei para pagar uma divida de droga com um traficante no Aterrado agora a pouco – disse ele ao piano do delegado de plantão.

Fernando de Jesus, além de ser cliente que honra suas ‘dividas de pedra’ e de ser um assaltante pouco espalhafatoso com suas vitimas, é também solidário… pelo menos com o irmão Evandro! De vez em quando eles alternam a mesma vitima! Chega até usar a mesma faca para convencer garotinhas indefesas a entregar o dim-dim. Em novembro foi o irmão mais novo que visitou a loja Boticário na Comendador Jose Garcia exibindo uma lapiana de cozinha… Na semana passada Fernando voltou à mesma loja Boticário com a mesma faca e levou trezentos e poucos reais! Ontem, na falta da faca usada em conjunto com o irmão que foi passear em São Paulo, Fernando usou a metade de uma tesoura para assaltar a Antídoto!

Se você comerciante da área central da cidade já viu a tal faca ou a meia tesoura encostada no seu umbigo, procure a delegacia de policia e conte sua historia! Isso poderá garantir que demore mais alguns anos para receber nova visita do assaltante Fernando de Jesus…! – Ainda bem que não é o Fernando da Gata!

Depois de assinar seu primeiro 157 Fernando de Jesus foi usar o ‘modelito’ Chapolim Colorado do Hotel do Juquinha…

 

Jessica & Gesivalda … Mais um capitulo da historia da ‘droga na vagina’!

Jessica Caroline dos Santos Vieira

Jessica Caroline dos Santos Vieira

Sábado, o8, foi dia de visita no Hotel do Juquinha… Dia de redobrar a vigilância e abrir as pernas, desculpe, ficar de olhos bem abertos, para evitar que drogas e celulares entrem no presidio.

Apesar de toda vigilância, Jessica Caroline dos Santos Vieira e Gesivalda Aparecida Julio passaram pela peneira com uma bela encomenda! É que a droga estava bem mocosada, envolta em sacos plásticos dentro da vagina…! Nestas partes, nem mesmo as agentes femininas não tem autorização para ‘vistoriar’…

Mas a droga não chegou ao seu destino, aos seus amasios. Depois de passar pela revista e adentrar o pavilhão, Jessica e Gesivalda pediram para ir ao banheiro. Os agentes ficaram intrigados! Quando as meninas saíram do banheiro para ir ao encontro dos amasios, foram convidadas para nova revista. Que azar! Elas haviam acabado de retirar as drogas das vaginas e colocar no sutiãs! Uma levava belo patuá de maconha, outra levava cocaína!

A visita aos amasios Henrique da Silva Clemente e Juliano Jeronimo Monteiro teve que ser adiada por algumas horas. Antes elas tiveram que descer até a Delegacia de Policia para sentar ao piano e assinar o 33. Mais tarde enfim puderam ver seus companheiros, mas através das grades… Foram direto para a cela feminina, onde poderão ficar de 5 a 15 anos.

Gesivalda Aparecida Julio

Gesivalda Aparecida Julio

Essa pratica de mulher levar drogas para o marido ou amasio nos presídios, correndo o risco iminente de cair na malha fina da vigilância e ir fazer companhia constante ao companheiro, é corriqueira. Mas a historia prisional tem mostrado que a reciproca não é verdadeira… Os homens não se arriscam levando drogas para suas esposas na cadeia. Aliás, depois que saem da cadeia raramente volta para visita-las…!

'Erva marvada' e farinha do capeta na vagina...

‘Erva marvada’ e farinha do capeta na vagina…

Para Willian Abrete Pinto, gerente do Hotel Juquinha há pouco mais de ano, seus agentes vem fazendo um bom trabalho… Dentro das possibilidades. Depois de apreender quase trezentos aparelhos celulares e carregadores nos últimos doze meses, dentro do presídios e dezenas deles no pátio, lançados por sob o muro, o presidio no momento está limpo.

– Na ultima revista geral na semana passada só encontramos um celular no pavilhão – afirmou ele. Recentemente ganhamos três banquetas e cinco detectores de metais. Isso vai anular a ‘criatividade’ das pessoas mal intencionadas, que volta e meia tentam colocar objetos estranhos dentro do presidio. Com relação à droga, ela poderia ser percebida com uso de cães adestrados, mas os ‘Direitos Humanos’ proibiram o uso de cães na revistas pessoais. Estamos na expectativa de conseguir um aparelho de Raio X! Isso otimizaria muito nosso trabalho na segurança do presidio. – Complementa o ‘gerente’ que, com o empenho de seus diretores, inegavelmente vem escrevendo uma nova pagina na conturbada historia do jovem Hotel do Juquinha.

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Se o ‘hotel’ já dispusesse de Raio X, Jessica Caroline e Gesivalda não estariam agora usando o ‘modelito’ ‘Chapolim Colorado’…!

 

O Juca caiu… Com quase um quilo de maconha

Juca, o celular 'X 9' e a droga...

Juca, o celular ‘X 9’ e a droga…

No final da manhã desta sexta, 07, o Inspetor interino Ricardo Teobaldo  recebeu uma informação detalhada de um amigo oculto da lei que dizia:

– O Juca acabou de receber uma remessa de maconha, mais de quilo! A droga deve estar dentro do Vectra verde com placa de Campos Gerais ou dentro do escritório do Lava Jato Bom Jesus… Vá lá agora que vocês pegam o ‘playboy’ com a mão na erva!!!

Teobaldo, que já andara investigando João Alves de Souza Junior, o “Juca”, imediatamente passou a informação ao seu chefe, delegado Gilson Baldassari, e foram checar a informação na Bom Jesus, no centro da cidade.

Era verdade!

A denuncia do amigo oculto da lei foi precisa!

No interior da geladeira do estabelecimento o detetive André encontrou o primeiro patuá de maconha. O restante da erva marvada – 17 patuás – estava mocosado no interior do aspirador do pó jogado num canto do escritório.

– A maconha que está na geladeira é minha, para meu uso… Mas a que está no aspirador de pó eu não sei de quem é… – Alegou João “Juca” Alves de Souza Junior, 33 anos.

– Quando chegamos ao lava jato, o Sr. Juca estava completamente ‘chapado’, sob o efeito de alguma droga… – disse o delegado Gilson Baldassari.

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Minutos depois da prisão do Juca e apreensão da droga, do carro e do celular do playboy, já na DP, o aludido celular tocou. Teobaldo que redigia o Reds atendeu se passando pelo dono do aparelho e ouviu a seguinte consulta de um provável fornecedor:

– E aê, Juca, você vai querer outra remessa somente de erva ou vai querer “doce” também? … Ok, ligo mais tarde confirmando a remessa!

Antes de tipificar o crime do Juca, o titular da Especializada no Combate ao Trafico ficou na dúvida… Como a maconha foi encontrada no interior do lava jato, dentro da geladeira e do aspirador de pó, o delegado não sabia se enquadrava “Juca” ‘envolvimento com o pó’, por vender ‘droga fria’ ou por ‘lavagem de droga’!!!

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Além da droga no aspirador, Juca não soube dizer a quem pertence o Vectra verde citado na denuncia, o qual estava no seu estabelecimento e jurou de pés juntos que é apenas ‘canabista’. Como “guardar” é um dos verbos sinônimo de “trafico” de drogas mencionados na Lei 11.343, Juca sentou ao piano, assinou o 33 e foi se hospedar no Hotel do Juquinha.

… A julgar pela assistência jurídica recebida pelo traficante antes e durante a lavratura do flagrante, esse aspirador do Juca tem muito mais ‘pó’ do se imagina!!!

 

“”” Abrace seu filho… Não deixe que as drogas o abracem!!! “””

*** Neste final de semana voce vai saber como surgiu o “Ribeirão das Mortes”…