A ‘queima’ aconteceu ao pé da manhã desta segunda-feira abençoada por Santa Rita de Cassia, no Algodão.
Depois de um final de semana de temperatura fria, e criminalidade morna, em Pouso Alegre, com apenas 09 furtos e um roubo pé-de-couve, a segunda-feira, 22, começou quente – como tem sido nos últimos meses! Logo de manhazinha um vendedor de cigarros sentiu um friozinho na espinha ao ver o cano frio de um trabuco.
O sol mal havia colocado os bigodes para fora quando o motorista M.C.A. subiu na sua Ducato no bairro São Cristóvão, pediu a benção do protetor dos motoristas e pegou a estrada. Mas não foi longe! No final da Prefeito Olavo Gomes de Oliveira, no Costinha, antes de entrar da Fernão Dias, ele teve que parar. À sua frente, na curva de acesso, parada na pista, estava uma Parati velha. Antes que Marcelo engatasse a ré, um gol parou colado na sua traseira e um dos ocupantes levantou a fralda da camisa exibindo o cabo do trezoitão. A parada foi rápida. No minuto seguinte já estavam rodando novamente pela Fernão Dias. Só que Marcelo agora era passageiro! Sua Ducato com cerca de R$64 mil em cigarros era conduzida por um dos assaltantes. O outro ocupava o assento da porta. A viagem seguiu tranquila até o Algodão. Lá, na estrada de terra a poucos metros do asfalto, outra Ducato esperava por eles. O transbordo da carga de cigarros durou poucos minutos, ao cabo dos quais, o vendedor de cigarros retomou a liberdade, com uma recomendação:
– Pode ficar sentado atrás do volante da Ducato. Mas não saia daqui antes de meia hora… – disse o assaltante alisando o cabo do trezoitão.
Tão logo viu a Van sumir na Fernão Dias sentido São Paulo levando sua carga de cigarros, Marcelo avisou a firma e chamou a polícia. Mas… Só o pó! Aliás, só as cinzas da carga de R$ 62 mil em cigarros!