Ele precisou rolar na poeira com o guampudo para segurá-lo. O assaltante havia acabado de encostar uma mulher na parede e roubar sua bolsa.

Câmeras de segurança flagram o momento em que o assaltante tenta escapar do dentista…

O imbróglio aconteceu na manhã ainda fresca desta quarta-feira,20, na Rua Mons. Jose Paulino, no centro de Pouso Alegre. A abordagem foi a costumeira: um guampudo se aproximou da jovem, fez cara – ainda mais  – feia, enfiou a mão por baixo da camiseta simulando estar armado e exigiu o celular.

Apesar da surpresa, a jovem não obedeceu ao assaltante e continuou andando. Ele no entanto, saltou da bicicleta velha, e empurrou a jovem contra a parede de uma casa, tomou-lhe a bolsa feminina com ‘tudo dentro’ e saiu pedalando a bicicleta velha. Ao ver o ousado assaltante se afastar levando sua bolsa a jovem botou a boca n trombone.

         Ao ouvir os gritos de pega-ladrão, um jovem dentista que estacionava seu carro nas imediações, postou-se estrategicamente na beira da via e quando o assaltante passou correndo, pulou sobre.

Surpreendido pela ação do transeunte, o assaltante caiu da bicicleta, mas levantou-se imediatamente e antes de sacudir a poeira, continuou a fuga à pé. Decidido a não deixá-lo impune o jovem dentista correu atrás, jogou-o ao chão, rolou com ele na poeira e o deteve, até que apareceu outro transeunte – por acaso um policial militar à paisana – e pôs fim à resistência do assaltante de donzela.

Uma equipe da ETPV, que passava pelo local, filmou parte da atuação do intrépido dentista e fez a cobertura do roubo.

“Ele chegou dizendo que estava com revolver e que era para eu passar  o celular. Só que como eu estava empurrando ele, eu percebi que ele não tinha nenhuma arma, aí eu comecei gritar…”, contou a jovem auxiliar de limpeza, Isabela Barreto, ainda assustada, ao repórter Thiago Luz.

“Quando eu escutei os gritos da moça que estava sendo assaltada, eu não pensei em nada. Só fiquei esperando ele passar por mim, aí pulei nele, ele caiu, se levantou e correu, eu corri atrás, peguei ele de novo e nós rolamos pelo chão”, disse ainda ofegante Leonardo da Silva Luz, exibindo o braço arranhado na luta com o assaltante.

“Quando vi os dois se atracando ali no chão, pensei que fosse briga”, contou o policial Luís Henrique Caetano, que passava pelo local e ajudou na contenção do meliante até a chegada dos colegas de farda.

Rodrigo de Paulo Mendes, 34, figurinha fácil no álbum da policia, recebeu as pulseiras de prata, trocou a bicicleta velha pelo taxi do contribuinte e foi sentar-se ao piano no paladino da lei na DP. Depois de assinar o 157 pegou o taxi do Magaiver com destino ao Hotel do Juquinha.