A dupla de clientes pegou o taxi com destino ao hospital regional e no meio da corrida obrigou o motorista a tomar outro caminho!

No mês passado um dos assaltantes usou uma dessas para ameaçar e exigir dinheiro da avó, de 79 anos, para comprar drogas!

Tem o assaltante que exibe o trezoitão – às vezes é de plástico!

Tem o guampudo que mostra a lâmina fria de uma ‘lapiana’ – pode ser do tipo peixeira, do tipo de açougueiro, faca de cozinha e a maioria usa mesmo a tradicional faquinha de pão!

Tem o assaltante que usa a aba do boné – coloca por baixo da camiseta, mostra o volume na cintura e mete bronca!

E tem o assaltante que usa a língua – apenas diz que está armado e faz a vítima tremer na base!

Este último tipo de arma para ameaçar e subjugar a vitima foi usado no final da noite desta terça-feira,12, em Pouso Alegre. O Sr. Gonçalo descia a Com. Jose Garcia quando dois clientes acenaram solicitando o carreto.

“Estamos indo visitar minha vó no hospital regional. Dá para nos levar até lá?” indagou um dos guampudos.

Quando se aproximaram do destino um deles disparou a frase de gelar a espinha: ‘“Perdeu Mané’… vira à direita e siga em frente. Queremos o seu dinheiro”!

Por alguma razão, no entanto, o taxista sentiu apenas uma brisa na espinha e depois de virar a esquina, fez menção de voltar para o centro. Foi aí que o assaltante do banco da frente usou a poderosa arma:

“Mano, me dá a faca aí que eu furar esse maluco…”, disse ao parça no banco de trás.

Mesmo diante da ameaça o taxista contornou o quarteirão e parou defronte um “24 horas” perto do hospital regional e gritou para um conhecido:

“Estou sendo assaltado…”!

Diante da obnubilada e desafiadora conjuntura, os dois assaltantes armados apenas com a língua, abortaram o assalto, saltaram do taxi e dobraram a serra do cujuru, sem levar nem as moedas do taxista!

Não conseguiram dim-dim, mas levaram pulseiras de prata. O primeiro foi preso na Vicente Simões, a poucos quarteirões depois do desembarque. O segundo já estava chegando ao CEU na Perimetral quando foi abordado. Se queriam andar gratuitamente de táxi, tiveram seus desejos atendidos. O táxi do contribuinte levou a dupla até a porta da delegacia de policia. Eles juraram de pés juntos que não portavam facas e nem fizeram ameaças.

“Nós apenas ‘pedimos’ o dinheiro ao taxista”, disseram.

Mas não colou. Sentaram ao piano e assinaram o 157… na língua!

O nome de Walkimar de Assis Mariano, 24, morador de Borda da Mata, se repete 37 vezes no álbum da policia, por furtos, ameaças e trafico de drogas.

Leonardo Felipe  Felix da Silva, 22, que vive entre Pouso Alegre e Monte Sião, é mais modesto. O de roubo tentado foi seu 21º BO. Os motivos são parecidos com os do parça Walkimar. Se na tentativa de roubo ao taxista ele exibiu apenas a língua, no dia 14 do mês passado ele foi mais contundente – e poderia ter sido cortante! Na ocasião ele usou uma Tramontina de quinze centímetros de lâmina para ameaçar e exigir dinheiro da sua avó, de 79 anos, para comprar drogas!