O assaltante seguiu o empresario desde a igreja, até abordá-lo na penumbra da rua deserta para agredi-lo e tomar seu celular.
Foto: Eduardo Teixeira
O imbróglio aconteceu na noite ainda criança desta segunda-feira, 14, na penumbra morna da Rua Bueno Brandão, no centro de Pouso Alegre. M. Caruso havia acabado de sair da missa do Santuário e seguia para casa ali perto, quando o guampudo o empurrou contra a grade de um portão, jogou-o ao chão e sem cerimônia desceu-lhe o borralho. Antes que o empresario conseguisse se levantar o assaltante enfiou a mão grande na sua algibeira, pegou seu celular e dobrou a serra do cajuru em direção à famigerada pracinha Jorge Beltrão.
As câmeras de segurança de uma residência próxima gravaram toda a cena. E foram as imagens fornecidas pelo proprietário que levaram os homens da lei ao assaltante trombadão. Ele estava no Bar do Itamar, próximo à cracolândia da Ponte do Mandú, ainda usando a mesma camisa vermelha com o numero 55 nas costas. O celular de Caruso já havia virado pedra. Tão logo entrou na Baixada, o assaltante vendeu o aparelho por 40 reais. Uma nóia conhecida havia ido comprar a droga.
Ao ver a cara do descarado, a vitima imediatamente o reconheceu.
“Ele estava na igreja, sentado no banco de trás assistindo a missa. Bem que notei que ele não tirava o olho do meu celular”, contou o empresario à policia.
O violento trombadão tem nome bonito e sugestivo – Deusemar! Apesar de ter feito uma coisa boa – ir à missa na igreja do Santuário do Imaculado Coração de Maria – ele vive fazendo fiúra. Na verdade ele foi à igreja com segundas intenções. Enquanto acompanhava os ritos da missa, ele escolhia uma vitima para assaltar. Depois da bênção final do padre, Deusemar seguiu o escolhido por vários quarteirões até chegar à penumbra propicia para a bênção de misericórdia!
Deusemar Alves de Oliveira, 41, é figurinha fácil no álbum da policia, cliente ‘prime’ do Hotel do Contribuinte. Nascido em Teófilo Otoni, no nordeste mineiro, ele roda o Estado cometendo pequenos delitos. Seus últimos BOs foram registrados em Belo Horizonte, Cambuí e Pouso Alegre. Em janeiro do ano passado ele esteve na cena de arrombamento de uma loja de informática no Cidade Jardim em Pouso Alegre. No dia 18 de setembro, por ordem do Homem da Capa Preta, Deusemar sentiu o frio das pulseiras de prata da lei e foi se hospedar no Hotel do Juquinha, onde, pelo andar da carruagem, não criou raízes.
Por conta da trombada de ontem à noite depois da missa, Deusemar, que não residência fixa, voltou a se hospedar no Hotel do Juquinha!