Ciganas assaltam na ponte do Mandú

Para convencer a transeunte a pagar o ‘pedágio’, uma delas usou uma faca de cozinha!

 

Depois que a noite estende seu negro véu, é desaconselhável passar à pé por aqui…!

A velha ‘cobrança de pedágio’ de quem passa pela ponte do Rio Mandú para entrar no bairro São Geraldo, em Pouso Alegre, na calada da noite ou das frias madrugadas, vem desde os ‘tempos dos ‘agais’’! Lá pelos anos 60 e 70, o motivo era o bairrismo: quem quisesse namorar alguma garota moradora daquele bairro, que até então se resumia à velha avenida que corta o bairro de norte a sul e algumas poucas vielas que acabavam na vargem, tinha que provar que era macho: tinha que enfrentar um parente qualquer da donzela e seus amigos e aguentar uns sopapos! Nos últimos anos, com a pedra bege fedorenta brotando do chão nas biqueiras do bairro, a cobrança de pedágio tem outro motivo: tomar o dim-dim e o celular dos incautos que teimam em passar por ali na calada da noite.

A vitima da vez foi a jovem K.R.F.A. 18, moradora do Jardim Morumbi. Ela havia acabado de passar pela ponte a caminho de casa, nos primeiros minutos da madrugada desta segunda-feira,24, quando viu a lamina afiada e fria de uma lapiana na mão de uma ciganinha de olhos azuis apontando para o seu peito. Quando a jovem pensou em recuar, já era tarde! Atrás dela havia outra cigana montada numa bicicleta, com cara ameaçadora.

Perdeu, Maria! Perdeu pouco. Apenas o celular e vinte reais.

Segundo a vítima, as assaltantes são Diane Morais e Taylane de Mira Alves, ambas 21 anos. Elas foram presas uma hora depois na ‘baixada do Mandú’ e reconhecidas através de fotografias. O celular e o ‘mico leão dourado’, no entanto, já haviam se transformado em pedra na biqueira de um tal Baiano.

Diane Morais, a de olhos azuis e etnia cigana, que segurou a jovem incauta na ponta da lapiana, e Taylane de Miras Alves, a que chegou por trás montada numa bicicleta, receberam as pulseiras de prata e foram sentar ao piano do paladino da lei na DPC.

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