Sequestro e cárcere privado na Praia

Depois de agredir a ex-companheira, cabeleireiro a manteve trancada em casa para evitar que ela saísse ferida na rua!

 

O crime aconteceu na Avenida JK, extensão da rodovia de acesso à cidade.

O crime chegou a conhecimento da policia militar no meio da tarde desta terça-feira, 31, depois que a vítima conseguiu fugir e correu para o hospital da cidade. Segundo a vítima, ela, sua filha de 4 anos e sua mãe, vinham sendo mantidas presas dentro de casa, desde o dia 28 de julho, no centro de Espirito Santo do Dourado. Com visíveis hematomas no rosto e pelo corpo, ela contou aos policiais que após agredi-la com socos e pontapés, o ex-marido a proibiu de sair à rua enquanto as lesões não desaparecessem.

“Nesses dias que fiquei trancada em casa, ele continuou me agredindo física e verbalmente. Hoje, durante um descuido dele, eu consegui fugir”, contou Tania Medeiros, de 41 anos.

E acrescentou:

“Estou preocupada com minha filha de 4 anos e com minha mãe, que ficaram na casa dele quando eu fugi”!

Ao ser abordado em casa, Genevaldo reagiu à prisão. Os policiais tiveram que rolar com ele na poeira para colocar-lhe as pulseiras de prata. E mesmo depois de preso continuou tentando intimidar seus captores.

“ Eu conheço o tenente, o capitão, gente maior que vocês… Vocês vão me pagar”, vociferou.

Apesar da conjuntura, o cabeleireiro jura de pés juntos que é inocente das acusações de cárcere privado.

“Ela sabe onde ficam as chaves da casa. Não saiu porque não quis”, afirmou ele.

Devido à gravidade das lesões sofridas pela senhora Tania, depois do atendimento preliminar no pronto socorro da Praia, ela foi transferida para o Pronto Socorro do Hospital Regional Samuel Libânio em Pouso Alegre.

Apesar das alegações de inocência, o cabeleireiro sentou ao piano do paladino da lei na DPC de Pouso Alegre e assinou o 148 do CP, com tempero de Maria da Penha. (A pena pode chegar a 8 anos). Nos próximos meses, Genevaldo Pereira,48, o moço que não deixou a ex-companheira sair de casa, também não poderá sair à rua, à menos que serre alguns ‘palitos’ da ‘ventana’ ou cave um ‘tatu’ para deixar o Hotel do Juquinha!

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