Os homens da lei chegaram até a biqueira da Rua Nova, no velho Aterrado, mais uma vez seguindo os rastros de amigos ocultos da lei. As denuncias informavam que o cidadão Leandro Garcia Batista Antonio e seu vizinho e parça Rogerio Barbosa de Paula atendiam a clientela na beira da rua, recebiam o dim-dim e iam buscar a droga no fundo do quintal!
Depois de observar por alguns minutos o modus operandi dos traficantes – mais conhecido do que nota de dez! – os policiais deram o bote e pegaram a dupla com a mão na massa! Mais de sessenta barangas de farinha do capeta e meia dúzia de pedras bege fedorentas.
Surpreendidos com a boca na botija, Leandro e Rogerio contaram cada um sua versão da historia da carochinha…!
Leandro contou que fora ao fundo do quintal para queimar a pedra com o parceiro Rogerio, mas já havia queimado. E não sabia nada a respeito do restante da droga encontrada pelos policiais.
Rogerio Barbosa disse quase a mesma coisa, mas foi mais original…
– Eu sou viciado há muitos anos doutor… Estou tentando parar! Até me afastei dos meus parentes e mudei pra Borda da Mata. Mas hoje não resisti e vim aqui queimar a pedra com meu amigo Leandro.
Segundo o BO da policia militar, enquanto faziam a abordagem no fundo do quintal, uma tal de ‘Neusa’ teria se aproximado do local e advertido Leandro sobre seus descuidos. Teria dito ela em alto e bom som…
– Leandro, o que você está fazendo de bobeira aí dentro…? O pessoal está aqui esperando pelo ‘serviço’! Se você não vier aqui servir a droga, eu vou falar com o Vinicius e ele vai vir aqui acertar as contas com você!
Segundo Rogerio, Neusa é sua mãe e Vinicius é seu irmão, ambos ‘patrões’ de Leandro!
Leandro Garcia Batista Antonio, 32 anos, está em liberdade condicional desde junho, depois de cumprir pena por roubo.
Rogerio Barbosa de Paula, 37, conhecido por Peixinho, filho do velho “Peixinho”, personagem do livro “Meninos que vi crescer”, também segue os passos do pai desde a adolescência. Já assinou 16, 155 e 157. Está em liberdade desde 2012.
No imbróglio da Rua Nova Peixinho II assinou apenas o 28 e voltou pra rua. Leandro não teve a mesma sorte… Assinou o 33 e voltou para o Hotel do Juquinha menos de um mês depois de ter ganho a liberdade!