Revolver Taurus com numeração raspada, comprado no Distrito de Mococa

Policiais militares que passavam pela MG 290, próximo no bairro Veronezi, em Ouro Fino, no final da tarde desta quarta, 20, sentiram o adocicado cheiro de fumaça de erva queimando e resolveram verificar. No ponto de ônibus estavam os garotões Bruno Honório da Silva Lima, 24, Reinaldo Ferraz Adão, 18 e Jose Weverson de Medeiros Paz, 20 anos, ‘dando uns tapas na marvada’. Na mochila de Bruno havia também um revolver Taurus 38, cano longo, numeração raspada, com cinco ‘azeitonas’ e três barangas de farinha do capeta.

Da droga ninguém assumiu a paternidade. Já o trabuco enferrujado, Reinaldo disse que carrega por onde anda para se defender dos inimigos…

Bruno & Reinaldo: Uma dupla unida pelas pulseiras de prata. Reinaldo, o de trás, ja matou um, tentou matar outro e esfaqueou uns tres. Por isso comprou o revolver para se defender dos inimigos…

– Eu já matei um cara e tentei matar outro… O Fabricio Alemãozinho. Já esfaqueei uns três quando era menor. Os malucos aí prometeram me matar, por isso eu comprei o cano por mil reais em Mococa – Distrito de Monte Sião – Eu dei 900 e o Bruno deu 100 reais e as balas… – contou Reinaldo Ferraz que recentemente completou 18 anos.

Bruno Honório negou a sociedade na arma. Mas como estava na sua mochila, bem como as barangas de cocaína, não teve choro e nem vela e nem fita amarela. Os dois seguiram atrelados por pulseiras de prata para o Hotel Menino da Porteira no final da manha desta quinta, de onde se verão processar por infração ao artigo 33 da Lei antidrogas e no 16 da Lei 10.826. Jose Weverson de Medeiros Paz, que mora no Distrito de Rio Grande da Serra-SP, voltou em paz para casa, depois de assinar o 28 e se comprometer a sentar no piano do homem da capa preta no mês que vem.