Vendendo ‘pedra’ como se fosse mixirica…

Ao passar por um grupo de adolescentes, ao pé da noite desta quinta, no chapadão, policiais militares perceberam quando um deles se levantou e guardou um objeto no cano de descarga pluvial ao lado dele. Era pedra bege fedorenta… Vinte e oito pedras.

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Pilhado com a mão na pedra o traficante formiguinha inimputável, não se fez de rogado, abriu o livro;

– A droga é minha seu guarda. Eu comprei por  80 reais no Aterrado. To vendendo aqui pra levantar uma grana rápido, pra minha amasia que está grávida pagar uns exames. Dá pra faturar umas 200 pratas! – Explicou o garoto de 17 anos, tão tranqüilo como se estivesse vendendo mixirica!

Na delegacia de policia para onde desceu no taxi do contribuinte, constatou-se que esta é a quarta vez que E.B.Souza senta ao piano pelo mesmo motivo, este ano. Em todas elas foi liberado, pois é “dimenor”!

E.B. Souza, que saiu do faisqueira, comprou a droga no Aterrado e foi vender no Chapadão, nasceu no dia 26 de janeiro de 1995. Ao meio dia desta sexta 14 ele deverá ser apresentado ao zeloso Representante do Ministério Publico, guardião do ECA, para um puxão de orelha.

Diante de tanta reincidencia, é provavel que o promotor determine sua internação em “Casa de Tratamento e Custodia” por 45 dias. Como tais ‘casas’ no Brasil existe apenas nos livros de leis, E.B.Souza deve mesmo ir para a ‘escola’… Escola do Crime, que em Pouso Alegre é conhecida por “Hotel do Juquinha”… Onde fará na verdade um ‘estágio’.

Se for esse o desfecho da historia do delinqüente que vende drogas como se vende mixirica na esquina para levantar uma grana rápida, ele completará seu 18º aniversario na prisão e sairá de lá no final de janeiro, maior de idade!

Será que mudará de ramo comercial?

 

0 thoughts on “Vendendo ‘pedra’ como se fosse mixirica…

  1. Como pode um menor participar ativamente na fets democratica desse Pais BRASIL.E o mesmo menor com 16 anos não ser apto a responder por seus atos…ta certo?

  2. Chips, nesta mesma esquina existem diversas pessoas traficando drogas. Um deles chamado Fernando (vulgo Véio) e o outro chamado Carlos (vulgo Baiano), que são os chamados Patrões. Ambos são maiores de idade e nada acontece com eles, pois usam esses menores para a venda, inclusive garotas de 12, 13 anos. As ruas ao entorno da praça principal do bairro se tornaram uma cracolândia, venda e consumo de drogas abertamente, inclusive durante o dia.

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