Operação Spectro…Cupixa era o chefe da quadrilha…

Numa brilhante investigação  que durou meses, a policia civil de Santa Rita do Sapucaí desmantelou na semana passada uma quadrilha que distribuía drogas no Vale da Eletrônica. Três eram o articulistas que de dentro da prisão mantinham toda a organização criminosa.

Tudo começou com a prisão de vários traficantes da cidade no ano de 2010, na chamada “Operação Caça ao Rato”. Desde então os policiais comandados pela delegada Stella Reis não saíram mais da sombra dos ora investigados, culminando com prisão de parte da quadrilha durante o recebimento de uma remessa de drogas no dia 10 de maio deste ano bisexto. Faltava no entanto juntar as provas do envolvimento dos demais membros da quadrilha, alguns já atrás das grades.

Segundo a investigação concluída pelos detetives de Santa Rita no ultimo dia 22, Andre Aguiar Barbosa, o Cupixa ou Boy, era o articulista em Santa Rita. Ele cuidava das finanças, fazia contatos com fornecedores e entregava a droga para os formiguinhas. Além destas funções, sem aparecer pessoalmente para a ‘clientela’ Cupixa ainda buscava remessas de drogas em Itanhandu e São Jose dos Campos, quando a demanda exigia. Para isso ele usava a motocicleta Honda placa HNY-1874, pertencente a Ana Cristina Alves e seu irmão Jonathan Vitor Gonçalves, o Bubú, seus formiguinhas, presos na “Caça ao Rato” em 2010, onde foram presos também Edson Alexandre Rodrigues da Costa, Daniela Aparecida P. dos Santos, Anderson Danilo da Silva Gonçalves e todos os familiares da esposa de Cupixa; os cunhados Leonardo Ricardo Modesto Dias, o “Leozão” ou “Boni” e Walace Bruno Dias, o sogro Benedito Domiciano Dias, a sogra Maria Cristina Modesto Dias, a cunhada K. M. Dias e a esposa Brenda Maira Dias, que na epoca era “dimenor”, por isso foi liberada.

       Maria Cristina Modesto Dias, a matriarca da família de traficantes, mostrou durante uma de suas saídas temporárias do presídio que tem pleno conhecimento da continuidade das atividades criminosas da sua família ao conversar por telefone com o principal fornecedor de drogas para a quadrilha e também comentar detalhes do tráfico do qual, ela agora em liberdade, já participa ativamente.

A chefia da quadrilha é dividida com Leozão Boni, atualmente cumprindo pena na Penitenciaria de Ribeirão das Neves-MG, de onde ele auxilia na articulação das atividades criminosas da família por intermédio das inúmeras linhas telefônicas a sua disposição – pelo menos sete foram identificadas – além do tráfico direto, onde ele fornece drogas para outros detentos daquele presídio. O tráfico no interior do presídio de Ribeirão das Neves se dá através de contatos com fornecedores que fazem as drogas chegarem até às mãos de Leozão por intermédio de outros detentos que gozam de confiança e realizam trabalhos externos. O pagamento dos fornecedores é feito através de depósitos bancários realizados por André “Cupixa”, Brenda, Maria Cristina e Ana, esposa de Walace.

A droga adquirida por Cupixa era distribuída aos nóias de Santa Rita, por Brenda Maira Dias, Alexandre Rodrigues da Costa, Daniela Aparecida dos Santos e em outras “biqueiras” que ainda estão sendo investigadas.

Pedra bege fedorenta e farrinha do capeta vinham do Vale do Paraíba, trazidas pelo taxista Ricardo Alexandre dos Santos, o “Neném”, também chamado pela cúpula do trafcio como “Menino” e “Criança”. Ele era o responsavel pela ‘logistica’ na distribuição em Santa Rita e Itanhandu.

O dono da droga porém, o fornecedor, era outro presidiário… Jose Luiz Torres, o “Lula”, nosso velho conhecido, atualmente hospedado no novo hotel de Potim, depois da ponte sobre o Rio Paraíba, em Aparecida-SP. Jose Luiz “Lula”, depois de passar pelo Hotel Recanto das Margaridas resolveu mudar de apelido. Adotou a alcunha de “Mineiro”. De dentro do presido de Potim ele vende e manda entregar qualquer quantidade da droga em domicilio!!! Desde que o pagamentro seja depositado na conta que ele indicar…!

Durante as investigações da “Família Modesto Dias” os policiais chegaram a outra família de traficantes de drogas, na cidade de Itanhandu, na serra da Mantiqueira. Jaqueline Ribeiro dos Santos, a “Jaque”, 43, e sua filha Eduarda R. S.Oliveira, a “Duda”, 19, dominam o trafico por lá.  Da rua Saulo Guedes no bairro Monte Verde elas aplacam a fissura dos nóias da cidadezinha serrana, ‘capital das granjas’. A biqueira de mãe & filha é abastecida pelo mesmo “Lula Mineiro”, de dentro do presídio de Potim II. Eventualmente elas repassam drogas para a quadrilha dos “Modesto Dias”. O proprio Cupixa foi de moto buscar uma leva meses atrás, para atender a clientela de Santa Rita

Existe um velho – e verdadeiro – ditado que diz: “a mulher indireita o homem”. Ela o põe nos trilhos! Meu velho conhecido Cupixa – facilitei a vida e torci por ele – fez o caminho inverso! André, nascido em 1980, matou um desafeto no inicio dos anos dois mil. Dobrou a serra do cajuru. Ficou vários anos mocosado – me parece na capital mineira do calçado, Nova Serrana – até que tropeçou nas malhas da lei e sentiu o frio das pulseiras de prata. Foi meu hospede no Hotel Recanto da Margaridas e lá ficou até depois que eu pendurei as chuteiras. Sua irmã, a jovem e bela comerciaria A. visitava-o religiosamente toda quarta feira. Como trabalhava e não podia perder tempo, chegava sempre em cima da hora da visita, entrava, dava alento e apoio ao irmão e saia sempre antes do final das visitas, contrariando as normas.

Há dois anos esbarrei nele na rua. Estava “diboinha”. Fez questão de parar a bicicleta para cumprimentar-me e contar que estava quites com a justiça. Fiquei feliz por ele, mas… que pena!

Conheceu a mulher errada…!

 

0 thoughts on “Operação Spectro…Cupixa era o chefe da quadrilha…

    • Olá Arthuro, bom dia…
      A principio o preso deverá ser processado e se condenado, cumprir a pena no local onde cometeu o crime…
      No caso de Leozão, ele está na penitenciaria de Neves por questões de segurança. “Lula Mineiro” está preso em Potim por crimes anteriores cometidos naquela Comarca e lá que ele vinha traficando… Jaque e Duda, foragidas de Itanhandu deverão ser precessadas e apenas na comarca serrana. Ricardo “Nenen Menino Criança” consumou o crime de trafico em Santa Rita e lá deverá pagar seu débito com a lei.
      Abraços.

    • Obrigado Amiga, Vou repassar a informação.
      No entanto, posso adiantar… Não basta saber das atividades criminosas da pessoa, é preciso juntar as provas para depois prendê-la. De qualquer forma, valeu!
      Abraços.

      • Carina Simões, foi presa em 2009 em Santa Rita do sapucaí, quando foi encontrada em sua casa um belo tablete de maconha. Sem provas da traficância, foi absolvida. Presa novamente em 2010, primeiro pela PF que “pulou” na frente da PC e em seguida por mandado de prisão preventiva na operação caça ao rato(As duas policias investigavam Carina, uma sem saber da investigação da outra), enfim, Carina ganhou o apelido de “Dona Beija” (e seus dois maridos), pois, continuava levanado a jumbada para Lula em potim e namorava com Sandro Elias de Oliveira, o “Tristão, chefe de quadrilha preso na mesma operação. De tudo isso, restou todo mundo preso e condenado por tráfico(Carina continua presa), e houve uma pequena mudança no nome do “bicho” que passou de Lula para “Boi”. Forte abraço Chips, foi uma pena somente ter chegado quando vc acabava de aposentar e não poder ter trabalhado pelo menos um pouquinho com você, mas tenha certeza que te respeito muito e sou fã do chips escritor e jornalista. Flávio

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