“… Você tem vinho branco”?

Se você é apreciador de um bom vinho branco de uvas Semillon de origem francesa, encontrado no Chile e na Austrália ou de um Sauvignon Blanc das regiões de Bordeaux e Loire, na França ou ainda um Riesling, de região quentes como Brasil, tome cuidado ao procurá-lo…

Se você pedir um vinho branco na Adega São Jose, em Cambuí, poderá ter problemas com a lei. Lá só tem vinho branco em pó!!! Isso mesmo! Você chega ao balcão e pede vinho branco, os enólogos Jose Maria Cristiano ou sua esposa Claudineia Claudina da Rosa te entregam um minúsculo embrulho em papel prateado ou uma ampola tipo ependorf e te cobram 10 reais. Se você quiser uma garrafa, também tem, mas vai custar algo em torno de seis ou sete mil reais. Só tem um problema… Você não pode degustar ali!!!

Na verdade, agora são dois problemas; a Adega São Jose que vendia vinho branco em pequeníssimas doses, está temporariamente fechada!!! É que seus proprietários estão passando uma temporada hospedados no Hotel do Juquinha em Pouso Alegre!

No inicio da tarde desta quinta, 02 de agosto, mês do cachorro louco, o morangueiro e nóia na horas vagas, segundo o próprio, Adriano Henrique da Costa, morador do bairro Taperas, em Estiva, deixou a lavoura de morango, chamou o amigo e mototaxista Gilson Ferreira e pediu um carreto para Cambuí, pois estava com sede. Chegando à Adega do Jose Maria fez o clássico pedido;

– Um vinho branco por favor!

Recebeu a mercadoria, pagou R$50 reais e quando ia montar novamente na garupa da moto do amigo, os policiais deram o bote e confiscaram seu ‘vinho branco’.

Na Adega o casal de enólogos, Jose Maria e Claudineia disseram que ali só vendiam cachacinhas, queijos, pimentas e vinhos tintos e brancos somente em garrafa… Mesmo assim o zeloso delegado pediu e o homem da capa preta autorizou uma ‘poda’ geral na plantação de uvas do casal. Nada de ilícito foi encontrado durante as buscas. Naturalmente, todo vinho branco que havia lá, se havia, desceu pelo ralo…!!!

Mas… Juntando a declaração do morangueiro de Estiva e seu piloto, que comprara uma dose especial de vinho branco por 50 reais, com a ‘carta de vinhos’ do comerciante Jose Maria que em 2002 assinou um 33 e passou 7 anos hospedado no velho Hotel da Cel. Lambert, o delegado de plantão enquadrou Jose Maria e a esposa Claudineia Claudina, outra vez, no 33.

Na falta de espaço no velho hotel de Cambuí, o casal de ‘enólogos’ da Adega São Jose, deverá curtir a entressafra  no Hotel do Juquinha…

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