Big Brother elimina mais um ‘mão leve’ no supermercado

Israel Batista: Preso com 6 Rexonas na cueca...!

Israel Batista: Preso com 6 Rexonas na cueca…!

O furto pe-de-couve aconteceu às nove e meia da noite desta sexta, 20 no Alvorada da Vicente Simões. Israel Batista Santos desfilou sorrateiro pelo supermercado em busca de uma única mercadoria: Desodorante! E, como “com Rexona sempre cabe mais um”, ele encheu a bolsa… Escrotal! Isso mesmo. Ele colocou seis frascos de desodorante Rexona na cueca e foi saindo de fininho. Antes de deixar o recinto da loja recebeu o tradicional convite do segurança:

– O Sr. poderia por gentileza me acompanhar até a gerencia ?

Quando os homens da lei chegaram já estava tudo dominado!

A pratica deste tipo de furto é muito comum entre donas de casa ou até larápios mãos leves que não se dão conta que hoje em dia todas as lojas possuem o sistema de segurança através de câmeras, que tudo vê, tudo assiste e tudo sabe. Às vezes o “Pedro Bial” até ‘dá corda’ para ver até onde o larapio vai!

Mas este não é o caso do cidadão Israel Batista Santos. Ele é “cadeieiro véio”! E sua especialidade é justamente essa… Passar a mão leve em supermercados, farmácias e lojas cujos produtos ficam expostos nas gondolas e prateleiras. Já dançou sem musica no Alvorada, no Central, no Leve Mais, no Lojão das Fabricas e por aí vai…! Israel, 41 anos, além de diversos furtos já assinou também dois 33.

Por esses e por outros delitos pés de couve, ele passou os últimos dez anos atrás das grades. Deixou o Hotel do Juquinha no dia 02 de fevereiro… E já voltou! Desta vez com o saco perfumado…!

 

 

PM apreende crack no Campo do João Cavalo

Rondislei "Zil" Pereira da Silva: No carnaval de 2013 ele foi pego vendendo barangas de bicarbonato de sódio com pó de marmore...

Rondislei “Zil” Pereira da Silva: No carnaval de 2013 ele foi pego vendendo barangas de bicarbonato de sódio com pó de marmore…

Toda estória infantil começa com a clássica frase: “Era uma vez…”!

Toda estória que marcou época termina com a frase: “… Bons tempos eram aqueles”!

Se é assim, então essa eu vou começar contando pelo fim…!

Bons tempos para policia e sociedade eram os anos 80 e inicio dos anos noventa!

Naquela época a policia conhecia todos os meliantes da cidade. E os meliantes conheciam todos os policiais…!

Coincidência ou não, naquela época Pouso Alegre respirava futebol. O PAFC enchia o estadinho da Lema todo domingo à tarde enfrentando seus principais rivais do sul de Minas, tais como Caldense, Yuracan de Itajubá, Atletico TC, Minas de Boa Esperança, Sparta de Campo Belo, Rio Branco de Andradas e até mesmo os gigantes Alvi-negro e Celeste de Belo Horizonte!

A Lema, rebatizada de LEPA em 87, promovia simultaneamente três campeonatos de futebol por semana o ano inteiro. Eram jogos sábado e domingo o dia todo!

Os campos varzeanos da cidade fervilhavam de atletas e torcedores… Só no Aterrado tínhamos o campo do Bangu do Boi, do Guarani do Niquinho, do Internacional do Ze Rezende e Santamaria do João Cavalo…

A população do bairro dobrou e hoje só existe o campo do Bangu para a exibição dos seus craques…

E como tem crack nas imediações do campo do Bangu…!!!

O campo do Santamaria, onde jogava o Santos do João Cavalo marcou época. Construído no braço, na enxada, por ele e pelos meninos da sua escolinha de futebol, – meus meninos foram seus ataletas – o campo imenso, macio, não chegou a ter grama plantada. Mas a grama nasceu e espalhou por conta própria, como espalharam também tantos craques que aprenderam jogar bola com o ‘brabo’ João Cavalo. O campo chegou a ter vestiários e alambrados em toda sua volta, construído da mesma forma, com muito suor da camisa do tecnico e seus atletas…!

Hoje o campo do João Cavalo é um celeiro de crack…!

Até os primeiros anos da década de 1990, a policia tinha basicamente duas drogas para se preocupar: Maconha e cocaína…

Farinha do capeta custava caro! Era coisa de playboy, de filhinho de papai…!

A erva marvada era como cachaça… Qualquer pé-de-cana podia comprar uma dose!

Mas a dose, quero dizer o baseado, ficou fraco! Já não fazia mais efeito! Era preciso uma droga mais forte e barata!

Em meados dos anos 90 criaram uma droga intermediaria, mais barata que a cocaína e mais forte que ela. Quando chegou ao mercado custava apenas três reais a pedra, enquanto o baseado custava um real!

E à medida que os campos de futebol da cidade – do Juventus no Fatima, do America no Yara, e os campos do Aterrado foram acabando, os craques foram sendo substituídos pelo crack…!

Ocrack mudou a vida desta loirinha. Dos vinte e nove aos trinta e sete anos ela ficou assim...!

Ocrack mudou a vida desta loirinha. Dos vinte e nove aos trinta e sete anos ela ficou assim…!

Hoje, vinte anos depois da invenção da droga – feita de sobras de cocaína com bicarbonato de sódio, acido sulfúrico, solvente químicos e outras porcarias, – as margens do campo do Santamaria virou um celeiro de crack!

Basta ficar menos de 90 minutos de campana na geral para ver ‘atletas’ raquíticos e pernas de pau desenterrando drogas por ali.

Como todo craque para render bem durante o jogo precisa de concentração, a policia militar faz a sua parte! Vez por outra os homens da lei passam pelas imediações do campo do João Cavalo e leva um desses formiguinhas para se concentrar no Hotel do Juquinha!

O ultimo foi Rondislei Pereira da Silva, morador da Sapucaí.

No final da tarde desta sexta, 20, ele acabara de desenterrar quase trinta pedras beges fedorentas na beira do campo quando os policiais chegaram e entraram no ‘jogo’. Rondislei, também conhecido por Zil tentou se explicar, mas acabou embolando totalmente o meio campo… E desceu para pra DP para assinar o 33.

Zil, o ex-craque do João Cavalo, que entrou para o ramo de crack, está completando 29 anos neste sábado, 21. Vai passar o aniversario concentrado no Hotel do Juquinha…!

 

Mais um ‘formiguinha’ do Chapadão sai de cena

Michel Gonçalves ja estava no album da policia antes mesmo de completar 18 anos... Agora a casa caiu!

Michel Gonçalves ja estava no album da policia antes mesmo de completar 18 anos… Agora a casa caiu!

Durante patrulhamento pelas ‘bocas de fumo’ do Chapadão no inicio da madrugada desta sexta, 20, os homens da lei avistaram de longe varias pessoas trocando figurinhas numa pracinha. Depois de observar à distancia por alguns instante se aproximaram e surpreenderam Michel Gonçalves com uma baranga de maconha na algibeira e quinze barangas de crack ao seu lado. Com o formiguinha estavam outros dois traficantes que tentaram sem sucesso dobrar a serra do cajuru. Ambos “dimenor”! Um deles portava apenas uma merreca no bolso. O outro, conhecido por Beicinho, estava limpo mas confessou que o restante da droga para comercio estava mocosado em sua casa. Levado até lá, entregou 28 barangas de crack e uma balança de precisão.

O trio desceu com pulseiras de prata pra DP e assinou o 33. No entanto apenas Michel Gonçalves, 20 anos, mesmo fazendo beicinho, subiu para o Hotel do Juquinha. Douglinha e Beicinho, que ainda são inimputáveis voltaram para casa de braços dados com suas genitoras. Mas coloquem as barbinhas de molho! Tanto um quanto outro completam 18 aninhos antes do fim do ano… Aí o caldo engrossa!

IML libera corpos dos jovens vitimas do acidente aéreo de Bueno Brandão

Delegado Flavio Tadeu Destro ladeado pela medicas legistas Flavia F.C.Barra e Tatiana T.K. de Matos durante coletiva...

Delegado Flavio Tadeu Destro ladeado pelas medicas legistas Flavia F.C.Barra e Tatiana T.K. de Matos durante coletiva…

O acidente fatal aconteceu ao meio dia desta quinta, 19. Às seis da tarde os peritos criminais da Delegacia Regional de Pouso Alegre concluíram os levantamentos no local, uma mata fechada no bairro da Torre, a dez quilômetros do centro de Bueno Brandão. Às dez da noite os corpos de Eduardo Laurentiz Caiado Castro, da esposa Julia de Salles de Caiado Castro, de Eduardo Martinelli e da noiva Talita Mariana Fornel chegaram ao IML. A necropsia, uma das mais complexas já feitas pelo IML de Pouso Alegre, devido às mutilações causados nos corpos, durou três horas e meia. Foi realizada pelas medicas legistas Tatiana T.K. de Matos, Flavia F.C. Barra e Paulo Valdir, com ajuda de dois auxiliares. O próprio delegado regional Flavio T. Destro acompanhou parte da necropsia. Mais tarde ele falaria à imprensa sobre o caso.

Nem todos os corpos tinham os dedos intactos, o que impossibilitava a identificação através das impressões digitais. Informações dos parentes foram de suma importância na identificação. O pai do piloto Eduardo L.C.Castro chegou ainda na quinta ao IML trazendo informações pessoais sobre o filho. Eduardo Martinelli, 25, noivo de Talita, foi identificado através de uma tatuagem que ele trazia no único pé que ficou intacto, comparada depois com a fotografia fornecida pela família.

Às onze da manha desta sexta feira, 20, o delegado regional, durante coletiva à imprensa assessorado pelas medicas legistas, falou sobre o trágico acidente e seus desmembramentos. Segundo Destro, o local do acidente em Bueno Brandão continua preservado à disposição do Cenipa, órgão da aeronáutica, que fará a investigação buscando identificar as causas da queda do avião. O laudo da policia técnica deverá ficar pronto em quinze dias e os de necropsia em dez. Logo após a entrevista, às onze meia da manhã, após confrontar as informações prestadas pelos familiares, os corpos foram liberados para sepultamento em suas respectivas cidades.

A rapidez e eficiência dos trabalhos dos peritos criminais e das medicas do IML e seus auxiliares mostram que a PC aos poucos está mudando… Para melhor. Mudando principalmente na mentalidade ao atender com rapidez os casos apresentados, buscando minorar o sofrimento das pessoas com a perda dos seus entes queridos, trazendo um pouco de simpatia à policia.

Há menos de um ano o IML de Pouso Alegre contava com apenas uma medica legista de carreira e um medico legista ‘ad-hoc’, e um auxiliar de necropsia. Nos finais de semana os corpos que tinham que passar por necropsia tinham que fazer uma viagem para Itajubá ou São Lourenço ou vice-versa, – área de abrangência do 17º Departamento de Policia Civil – antes de seguir para o cemitério. Laudos às vezes demoravam meses para ficar prontos. Agora são três medicas de carreira e três auxiliares de necropsia. Um deles por sinal, esbanjando experiência e satisfação em trabalhar, embora já possa se aposentar! Se houver necessidade, um laudo de necropsia fica pronto no mesmo dia.

A menos de um ano um acidente aéreo como este de Bueno Brandão, com danos que impossibilitam a identificação dos corpos pela fisionomia ou digitais, daria muito pano para manga…!

 

Paloma Pinto caiu de novo

Paloma Pinto Balbino, de novo atras das grades! Agora sua namorada nada poderá fazer... Trafico é inafiançável!

Paloma Pinto Balbino, de novo atras das grades! Agora sua namorada nada poderá fazer… Trafico é inafiançável!

A prisão da menina-menino aconteceu na noite criança desta quinta, 19, na Jose Antonio Dantas no velho Aterrado. Durante abordagem de rotina os policiais flagraram Paloma com cinco barangas de farinha do capeta.

Ao ser interrogada ela disse aos policiais que estava vendendo cocaína para o “patrão” em troca de crack para seu uso. Levada ao seu muquifo, ela mostrou onde havia mais drogas. Dentro do seu tênis havia mais dez pinos de cocaína. Debaixo do tanque no quintal havia outras dez barangas de farinha. Num canto do quintal Paloma entregou cinco barangas da mesma droga. De trás de uma mangueira no quintal ela retirou uma balança de precisão…!

No momento da abordagem policial Paloma Pinto Balbino, 20, apresentava diversas escoriações pelo corpo. Inclusive um olho roxo! Questionada a respeito das lesões, Paloma disse com todas as letras que na véspera havia tomado uma surra do “patrão” e sua namorada, pois havia vendido a droga dele e ‘torrado’ o dinheiro!

Paloma Pinto que se porta como homem e faz questão de dizer que tem namorada, – aliás, usando seu direito constitucional de avisar um parente da sua prisão, mais uma vez ela pediu que ligassem para K. C… – esteve hospedada no majestoso ‘hotel’ do dia 03 ao dia 12 deste mês por conta do furto de dois mil reais da bolsa de uma comerciante na manha daquela terça na Getúlio Vargas. Estava portanto em liberdade provisória quando se dispôs a vender droga para o “patrão” até cair novamente nos braços da lei!

Depois de passar pelo PS onde recebeu atendimento medico, Paloma desceu pra DP para assinar o 33. De lá subiu no Taxi do Magaiver para o lar-doce-lar do Hotel do Juquinha… Outra vez!

 

 

PM pega formiguinha dormindo na farinha no Aterrado

Diego da Silva Lucas: Como "dimaior" é o primeiro 33 que ele assina. No entanto, em outubro passado ja havia assinado um 28...

Diego da Silva Lucas: Como “dimaior” é o primeiro 33 que ele assina. No entanto, em outubro passado ja havia assinado um 28…

Estava o jovem Diego da Silva Lucas, 19 anos, sentando belo e formoso na porta de sua ‘biqueira’ na Rua Nova no velho Aterrado, no final da tarde desta quinta, 19, quando surgiram na esquina os primeiros clientes. Mas não eram bem clientes… Eram os homens da lei!

Ao ver a aproximação da Arca de Noé,  Diego Lucas rapidamente jogou um pequeno embrulho no registro de água da Copasa e passou a assoviar para disfarçar! Tarde demais! Seu gesto não passou despercebido aos policiais.     Ao vistoriarem o registro de água, encontraram dinheiro e drogas… R$ 316 e quatro barangas de pedra bege fedorenta.

Levado já com pulseiras de prata à sua residência ali perto, jurando de pés juntos que a droga não era dele, Diego teve que acompanhar as buscas na sua própria casa, cuja entrada foi franqueada pelos pais. Mesmo quando os policiais encontraram 63 barangas de farinha do capeta no meio do seu colchão, Diego Lucas continuou jurando de pés juntos que a droga não lhe pertencia.

Inocente ou não ele desceu no taxi do contribuinte para a DP onde sentou-se ao piano, assinou o 33 e subiu para o Hotel do Juquinha.

 

Acidente aéreo recoloca Bueno Brandão no mapa do Sul de Minas

Tripulantes da aeronave aantes do voo e local da queda: Foto; Policia Militar e Instagran

Tripulantes da aeronave antes do voo e local da queda: Foto; Policia Militar e Instagran

O acidente que colocou os holofotes sobre a pequena Bueno Brandão no Sul de Minas, aconteceu ao meio dia desta quinta pós-carnaval 2015. Um avião monomotor modelo Cessna, de repente perdeu altura e caiu numa mata fechada há dez quilômetros da zona urbana. Lavradores que estavam numa plantação de batatas – produto tipico da região – não chegaram a ver o avião caindo. Apenas ouviram o estrondo. A queda inesperada e ainda inexplicável do pequeno avião causou a morte instantânea dos quatro ocupantes; o piloto Eduardo Laurentiz de Caiado Castro, de 31 anos, sua esposa Julia de Salles Caiado Castro, 25, e o casal de amigos Talita Mariana Fornel, de 28 anos, e Eduardo Martinelli. Eles são empresários de Ribeirão Preto, Pedregulho e Sertãozinho, respectivamente, e voltavam de Paraty, litoral sul do RJ, onde foram passar o carnaval. O Ultimo contato do avião com terra fora feito minutos antes da queda, quando sobrevoava Braganla Paulista, ligeiramente fora da rota de colisão com a mata.

Os quatro corpos chegaram ao IML de Pouso Alegre por volta de dez da noite. Os exames necropsiais foram feitos por três médicos legistas e dois auxiliares, excepcionalmente à noite e duraram cerca de três horas. A identificação dos corpos só foi possível graças a tatuagens, cicatrizes e próteses informadas pelos parentes, uma vez que os corpos estavam todos irreconhecíveis. A liberação dos corpos para os familiares aconteceu por volta das dez da manha desta sexta, depois de concluídos os laudos.

Esta foi a segunda vez em seis meses que a pequenina Bueno Brandão, terra da batata e das cachoeiras aparece no noticiário nacional. Há seis meses – “A Múmia de Bueno Brandão e os três ossos pequenos” 08/08/2014 – uma múmia colocou a cidade sul mineira no mapa do Brasil. Ao abrir um tumulo para limpeza e preparo de espaço para nova sepultura o coveiro encontrou um corpo sepultado há cinco anos tal como havia sido sepultado. Tal como, não… O corpo havia se virado no caixão, como se tivesse sido enterrado vivo!

Policia, médicos legistas, diretores do asilo onde o velhinho passara seus últimos anos de vida se convalescendo de um derrame cerebral se uniram para explicar o ocorrido.

– Foi um caso raro de mumificação devido ao uso excessivo e continuado de medicação – concluíram os estudiosos de medicina legal. E o velhinho João Batista, que se despedira do mundo cruel aos 82 anos, pode enfim descansar em paz… Ainda que, na condição de múmia para sempre!

O acidente desta quinta feira, 19, além de renovar a notoriedade da cidade serrana mineira, recolocou a população em polvorosa! Quiçá Bueno Brandão não volte ao noticiário nacional nos próximos seis meses… Com noticia tão trágica e bizarra!

Tonho, Simplorio & Finório e a garrafinha d’agua

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Tonho é um cidadão simples, de sessenta e poucos anos, sem estudo, mas muito correto nos seus negócios. Comprou sua casinha há mais de quarenta anos e foi melhorando-a aos poucos. Nos últimos anos vinha juntando suas economias para fazer um “puxadinho”… Já tinha juntado cinco mil reais! Por segurança guardava a bufunfa debaixo do colchão!
Mês passado Tonho andava garboso pela rua quando viu a sorte bater à sua porta! Na verdade quem bateu de leve, timidamente, foi um cidadão com cara mais simples que ele. O moço humilde, de meia idade, bateu levemente nas suas costas para chamar-lhe a atenção. Quando Tonho se virou viu-se cara a cara com a pessoa que iria mudar sua vida! A pessoa que o deixaria rico de uma hora para outra! Tonho sempre sonhou ganhar na loteria, sempre fez sua fezinha mas nunca ganhou! Quando muito acerta uma dezena ou um terno no  “bicho” de vez em quando e ganha uns trocados” Mas quando chega a ganhar sessenta, noventa reais, já jogou o triplo desse valor! Desta vez estava na sua frente o homem que iria devolver tudo que ele havia jogado na loteria com juros e correção monetária…! Tão logo se virou, o homem com cara de pelarmordedeus foi dizendo:
– Moço, eu tenho um bilhete da mega sena… Parece que tá acumulado! O premio dá quase seis milhão! Mas eu num sei ler. O senhor não me ajuda a receber esse premio? Eu dou 200 mil pro senhor…
Ao ouvir a palavra 200 mil reais Tonho engoliu em seco! Pensou logo na sua casinha. Há mais de quarenta anos ele vinha reformando sua casinha e até hoje não havia terminado. Tinha conseguido fazer uma laje mas faltava o dinheiro para o telhado… Estava juntando as economias… Já tinha cinco mil guardado! Duzentos mil dava para fazer um punhado de puxadinhos e ainda sobrava dinheiro!
Enquanto sonhava de olhos arregalados diante do “Simplorio” esperando juntar saliva para dar a resposta, alguém falou primeiro que ele…! Era Finorio! O moço também de meia idade, bem vestido, com cara de contador – literalmente com cara de contador… de Conto do Vigário! – entrou na conversa e foi dizendo em tom de censura:
– Meu Deus! Fala baixo! Se alguém escuta ao Sr. falar que tem um bilhete premiado o senhor corre serio risco de vida… Além de assaltar o Sr. eles podem mata-lo!
Assustados, de boca aberta, Tonho e Simplorio olharam para o ‘sensato’ moço preocupado com sua segurança. Antes que eles conseguissem fechar a boca para falar alguma coisa, – essa é a tática! Não dar tempo de o outro falar! – Simplorio voltou à carga…
– O Sr. diz que seu bilhete é premiado? Cinco milhões? Não o premio da mega sena esta semana está acumulado! Vai pagar mais de dezessete milhões e meio. Quase dezoito milhões de reais! O bilhete está com o Sr.? Eu tenho aqui os números sorteados… Acabei de pegar no computador do escritório. Ou vou falar os números e vocês dois conferem aí… Mas pelo amor de Deus não se manifestem, não façam festa. Se alguém souber que o Sr. ganhou essa fortuna até eu corro perigo!
À medida que Finorio ia falando os números ‘sorteados’, Simplorio ia respondendo:
– Deu…!
Tonho acompanhou tudo com os olhos compridos e o coração disparado.
Conferido e ‘confirmado’ que o bilhete do Simplorio estava de fato premiado, Finório propôs ajuda-lo a receber o premio.
– Olha, eu posso ajuda-lo mas você tem que dar pelo menos 500 mil, 250 pra mim e 250 para o Tonho! Temos que ir agora mesmo ao banco receber esse dinheiro! È perigoso ficar andando por aí com uma fortuna dessas! Meu carro está ali na rua de tras…
– Tudo bem, mas olha… Como eu vou saber que vocês são de confiança?
Antes que Tonho respondesse, Finorio emendou…
– Nós podemos deixar com você dez mil reais cada um! Eu estava justamente indo ao banco fazer deposito. Veja… – Finorio enfiou a mão num envelope pardo e mostrou um pacote que parecia ser notas de R$50 dobradinhas e amarradas com elástico. Tonho ficou triste! Não levava mais do que vinte e poucos reais amassados na algibeira! Antes que ele respondesse que não tem dez mil reais, Finório o animou perguntando:
– E você Sr. Tonho? Tem dez mil reais no banco, na sua casa…?
Tonho logo pensou nos cinco mil guardados debaixo do colchão, juntados durante anos! Pensou no puxadinho, coçou a cabeça… Mas pensou que com R$250 mil daria para fazer uma dúzia de puxadinhos e ainda sobraria dinheiro! E caiu no Conto do Vigario – quero dizer, entrou na jogada!
Ao vê-lo chegar em casa no meio do dia, dona Maria se assustou e quis saber o que aconteceu. Tonho disfarçou. Respondeu entredentes ligeiramente irritado. Tomou um gole d’agua e foi para o quarto pegar a grana. Maria foi atrás.
– O que você vai fazer com o dinheiro do “puxadinho”? – perguntou ela pensando mil coisas!
– É negocio de homem, mulher! Não enche o saco, não…
A resposta foi péssima! Maria pulou na frente e rodou a baiana…
– Nem por cima do meu cadáver! Voce não vai sair daqui sem explicar o que vai fazer com o dinheiro do puxadinho! Eu também economizei para juntar…
Sem querer demorar, com receio de que Finorio, que esperava na rua de baixo convencesse Simplorio a ir embora sem ele e ficar com os ‘seus’ R$250 mil, Tonho contou rapidamente à Maria o sucedido…
– E ele vai dar R$ 250 mil pra cada um de nós. Mas ele quer uma ‘prova de confiança’. O ‘contador’ já entregou pra ele um pacote com dez mil! Deixa eu ir logo, mulher, antes que ele desista do negocio e eu perca duzentos e cinquenta mil…
Maria, com os pés no chão, sentindo cheiro de maracutaia, tentou alertar Tonho…
– ‘Ben’, será que isso não é golpe, não? Esse mundo tá cheio de gente vigarista!
– ‘Ara’, Maria… Cala boca! Mulher não entende nada de negocio de homem, não! – E saiu de casa quase empurrando Maria para tirá-la da frente da porta do quarto, enfiando o pacote de notas diversas no bolso. O dinheiro do ‘puxadinho’, juntado durante anos, de um ‘golpe’ daria para fazer muitos puxadinhos…!
Sentado atrás do volante do Fox preto, Finório esperava sereno a volta de Tonho. No banco de trás estava Finorio… Com a mesma cara de pelamordedeus! Com olhos de despedida Tonho entregou o pacote do rico e suado dinheirinho à Simplorio. Estava lançada – laçada – a sorte! Após rápida folheada no maço de notas diversas, sem conferir, ele guardou na singela ‘patrona’ de couro, própria de gente da roça. E seguiram em direção à Caixa Econômica Federal para sacar o premio acumulado da mega sena!
Enquanto seguiam em busca da fortuna, Finorio falava emendadinho – para não dar tempo a Tonho de se arrepender – sobre seus planos com o dinheiro ganho na loteria! Já haviam rodado alguns quarteirões quando de repente Simplorio começou se estrebuchar no banco de tras…
– Ai, ai… Estou passando mal… É o coração! Eu tomo remédio para o coração… Esqueci a hora… ai… meu remédio… está na minha patrona. Pega pra mim… pega também a garrafinha d’agua… ai, ai…
Estavam passando próximo a um mercadinho. Finorio mais que depressa embicou o Fox preto na primeira vaga que encontrou, virou-se para trás, pegou uma cartela de remédio, uma garrafinha e exclamou…
– A garrafa d’agua esta vazia!!!
– Ai meu Deus, ai meu Deus… então eu vou morrer antes de receber a bolada…! Uma garrafa d’agua pelo amor de Deus…
– Vá, Sr. Tonho… Compre uma garrafa de agua para ele tomar o remédio. Rápido…!
Pensando unicamente na possibilidade de não receber os R$ 250 mil do bilhete premiado caso Simplorio morresse antes de chegar à CEF, Tonho saltou do carro e foi comprar a garrafinha d’agua no mercadinho. Quando voltou um minuto depois, só o pó…!!! Nem a fumaça do Fox preto ele viu mais! Simplorio & Finorio haviam dobrado a serra do cajuru levando o bilhete premiado e os cinco mil reais do ‘puxadinho’. A famosa dupla havia acabado de aplicar mais um Conto do Vigario em Pouso Alegre!
Quatro horas depois Tonho voltou para casa só com o cabo do guarda chuva na mão! Mais tarde, ainda com raiva – com vergonha de ter caído num golpe tão antigo! – ele reuniu a família e contou os fatos. E ameaçou cortar na guasca qualquer um da família que contasse seu fiasco fora de casa.
Por ora o sonho do puxadinho está adiado! E ai de quem lhe pedir uma garrafinha d’agua…!!!

A historia do Tonho foi ligeiramente floreada… Mas aconteceu de verdade em meados de dezembro em Pouso Alegre. Mudei apenas os nomes dele e da esposa.
O homem que entregou de mão beijada suas suadas economias nas mãos de uma dupla de vigaristas poderia ser qualquer Tonho, João, Jose, Joaquim, Epaminondas, Godofredo ou Felisbino… Menos Zeca Juru! Pois meu amigo Zeca Juru, quando quer fazer um puxadinho em sua casinha branca perto do riacho ao pé da Serra do Cajuru, planta uma rocinha de milho ou feijão de meia com o vizinho, ou engorda um porquinho, vende uns frangos caipira, para aumentar sua renda familiar…! Ele aprendeu desde pequeno que só tem uma maneira de ganhar dinheiro honesto… Suando a camisa! Trabalhando! Ganhar dinheiro sem fazer força tem cheiro de maracutaia!
O Conto do Vigario é velho. Se confunde com a existência da humanidade. Sempre existiu pessoas desonestas dispostas a dar rasteira em alguém… E sempre existiu espertinhos prontos para receber a rasteira! O mundo se transformou no ultimo milênio! Menos o homem. Menos a cobiça. O homem continua sendo escravo do ‘vil metal’!
Enquanto existir pessoas com olho grande no dinheiro dos outros, a famosa dupla Simplorio & Finorio continuará rodando o país de um lado a outro aplicando seus golpes e se dando bem…!

* Na semana passada foi a vez de dona Maria – Maria mesmo, Maria A.S.S. 71 anos, moradora do Arvore Grande – entregar de mão beijada R$ 9.800 à famosa dupla, duas mulheres… Simplória & Finória! Ela foi abordada nas imediações de sua casa e ouviu a mesma ladainha do bilhete premiado. Meia hora depois ficou só com o cabo do guarda chuva na mão! O mais interessante é que dona Maria entrou no carro das vigaristas, foi a dois bancos onde sacou cinco mil em um e quatro e oitocentos em outro! Já com a bufunfa na bolsa Finoria levou dona Maria de volta à casa dela para pegar um comprovante de residência e transferir o premio para sua conta…! Quando Maria vai com as outras, desculpe, dona Maria voltou com a conta da Copasa na mão Simploria & Finoria já estavam rodando serenas, livres, leves e soltas no carrão preto pela Fernão Dias em busca de novas vitimas de olho grande!

Voce está rindo da historia da dona Maria? Da desgraça do Tonho?
Pare de rir e conte esta historia para os seus amigos, para os seus parentes, para o pessoal do escritório! Conte inclusive para os colegas da faculdade! Isso pode evitar que eles também caiam no Conto do Vigário…!

Olho Vivo flagra larapio vendendo res furtiva

Betuel: Sem roupa para sair da cadeia...!

Betuel: Sem roupa para sair da cadeia…!

Foi só mais um furto pé-de-couve praticado por um desses nóias que entraram para a carreira criminosa sem saber por quê, ainda na adolescência, e nunca mais conseguiram sair dela… E nunca conseguiram comprar sequer uma bicicleta com o produto do crime!
Três da madrugada do dia 03 de fevereiro. Os monitores do sistema de vigilância “Olho Vivo” perceberam que um meliante mulatinho, magricela e maltrapilho, usando uma bermuda e uma camisa do Corinthians chegava ao posto Tiger na Perimetral portando uma sacola na mão. De repente o corintiano se aproxima de um cidadão, conversam, passa a sacola pra ele, recebe algo em troca e vai comprar cigarro na lojinha de conveniências do posto.
Antes que o larapio e o intrujão se afastassem do posto, os homens da lei chegaram para abordagem. O larapio com camisa do Timão era Betuel Tiago da Silva, 30 anos figurinha fácil no álbum da policia. O intrujão era Elias de Paula. Ele havia acabado de comprar uma furadeira e uma plainadeira de Betuel por 50 reais.
Vendedor e comprador de objetos roubados às tres da manhã são conduzidos para a DP. Sem argumentos para esconder a procedência das ferramentas vendidas, Betuel dá o serviço:
– Eu furtei de uma construção na Rua Tupinambás numero 161 agora a pouco! – disse ele.
A construção pertence à construtora Domus. Na DP o encarregado garantiu que as ferramentas pertenciam à sua obra e se comprometeu a voltar pela manha trazendo as notas fiscais das mesmas. Mais tarde no entanto, voltou à DP e disse que nada havia sido furtado da sua obra. Nesse ínterim o pedreiro Pedro Donizete da Silva compareceu à DP e relatou que sua construção na mesma Rua Tupinambás, no numero 131, havia sido arrombada durante a madrugada e o ratão havia furtado uma furadeira plantadeira, molho de chaves e também suas roupas usadas: uma bermuda e uma camisa do Corinthians, que ele havia usado durante o trabalho. De imediato reconheceu suas ferramentas de trabalho. Ao ver as imagens gravadas pelo Olho Vivo no Posto Tiger, o pedreiro reconheceu também sua bermuda e sua camisa do Corinthians no corpo no larapio.
Esclarecido o furto da construção da Rua Tupinambás, como Betuel já havia subido no Taxi do Magaiver para o Hotel do Juquinha, o delegado Erasmo Kennedy, responsável pelo IP., solicitou à gerencia do ‘hotel’ a devolução das roupas furtadas pelo meliante Betuel para restituí-las ao legitimo corintiano…!
Resta ainda um mistério a esclarecer!!!
Quando deixar o Hotel do Juquinha daqui alguns meses, pois larapio pé-de-couve não cria raízes no cárcere, e deixar para trás o tradicional uniforme vermelho-fogo do presidio, como ele irá sair!?
Será que sairá pelado! Nú, com a mão no bolso…???

A proposito, o intrujão Elias de Paula, comprador de objetos de furtos no meio da madrugada, também perdeu o sono. Ele assinou o 180 e foi se hospedar no Hotel do Juquinha!

 

Caiu o traficante da Rua São João…

Tatavo: Droga exclusiva... Só 'farinha'

Tatavo: Droga exclusiva… Só ‘farinha’

Otavio Rosa Vieira estava na mira da Policia Civil há mais de ano. À alguns meses os detetives da Especializada de Combate ao Trafico intensificaram as filmagens ao suspeito. Filmagens literalmente. Postados à distancia em locais estratégicos, eles fizeram diversas imagens de ‘movimento’ em frente sua casa!
– Tem sido um intenso movimento de carros e motoboys na rua São João… Ele é um traficante diferenciado! Sua clientela não é formada por nóias do Aterrado. As pessoas que batem à sua porta são playboys, estudantes, pessoas bem sucedidas profissionalmente, na sua maioria pessoas acima de qualquer suspeita! Ele só vende cocaína…! – Diz um dos investigadores que há meses anda na sua sombra.
Com base nestas investigações o delegado Gilson Baldassari pediu e o homem da capa preta autorizou a busca em sua residência na Rua São João e no prédio de três andares que ele está construindo atrás de sua casa, de frente para o campo do Bangu.
– Trata-se de um belo prédio de três andares, muito bem planejado e bem acabado. Incompatível com a renda de gesseiro. – Diz o delegado. Aliás, as paredes revestidas em gesso são um esconderijo perfeito para drogas! – acrescenta.
“Tatavo” como é conhecido na boca, esperneou muito ao ser abordado defronte o novo prédio ‘de gesso’. Esperneou tanto que deu tempo de uma ‘olheira’ correr até sua casa na rua de trás, aos gritos, e avisar sua esposa. O restante da equipe, quase todo o efetivo da policia civil, chegou logo atrás da olheira para dar busca na residência. Mas perdeu o fator surpresa. Quando conseguiram cortar o cadeado do portão e entrar, Adriana de Souza Vieira já havia tomado ‘algumas providencias’…
– Acreditamos que ela tenha dispensado boa parte de cocaína no vaso de sanitário e na pia do quintal… – fez constar o condutor do flagrante no seu depoimento.

Adriana...: Avisada pela 'olheira' ele teve tempo de jogar a droga no ralo...

Adriana…: Avisada pela ‘olheira’ ele teve tempo de jogar a droga no ralo…

Apesar da pequena quantidade de farinha do capeta encontrada durante as buscas nos dois imóveis, a traficância de Tatavo já está, como diriam os magistrados em seus despachos, ‘sobejamente’ comprovada através de filmagens e depoimentos de usuários. No momento da abordagem ao traficante, dois nóias deixavam o local levando quatro barangas de cocaína!
Durante as buscas foram encontrados num dos quartos da residência cinco barangas de farinha e R$ 2.700 em espécie. Além da droga e dinheiro os policiais apreenderam também um VW Fox e uma moto Yamaha Fazzer adquiridos com dinheiro do trafico, segundo a investigação.
Otavio Rosa Vieira, o “Tatavo”, 48, preso em 2012 por contrabando de cigarros e a esposa Adriana de Souza Vieira, 41, assinaram o 33 e desde a noite desta sexta, 13, estão hospedados no Hotel do Juquinha!

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