Arapuca p’ra pegar Franguinho em Santa Rita

Embora inadimplente de Pensão Alimentícia não seja um criminoso, tem alguns que fogem da policia pior do que o Fernando da Gata!!!

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Certa tarde recebemos a incumbência de prender um devedor de pensão que deveria estar morando no bairro Roseira, ao pé da Serra da Manoela em Santa Rita do Sapucaí. Chamava-se Reinaldo e atendia também pela alcunha de “Franguinho”! – que eu supus pelo apelido no diminutivo, que fosse um pixote! Não o achamos por lá – devedor de pensão muda mais que cigano – mas localizamos sua moradia, na casa do novo sogro no condomínio Chácaras do Vintém. – provável futuro avô de mais uma criança para reclamar pensão alimentícia! Quando paramos a viatura na frente da rua ouvimos um guaiú de cachorros no quintal. Entendemos imediatamente porque e corremos para lá, mas já era tarde. Nos fundos do quintal começava uma plantação de milho que estava até azul de tão tenra e viçosa. Subi na ponta de um mourão de eucalipto roliço e vi somente aquele mar de milho embonecando, com suas espigas de cabelos multicores e os pendões bege-mostarda saciando enxames de abelhas, marimbondos e vaquinhas com seu pólen. A brisa leve e mansa do fim da tarde balançava suavemente o milharal proporcionando um belo espetáculo da natureza ‘domestica’. Franguinho poderia estar ofegante em qualquer lugar daquela roça de meio alqueire de milho hibrido que em três semanas daria deliciosas pamonhas. Achar uma agulha no palheiro do milharal dali a três meses ou mesmo um franguinho carijó, seria mais fácil do que achar o ‘nosso’ Franguinho caloteiro naquele momento. Na volta de mãos vazias para a delegacia tive uma idéia… E fiz uma proposta aos meus parceiros, o  padrinho Benicio e o jovem Kleber.

– Vou arrancar as penas do Franguinho amanha às cinco e meia da tarde ou na quarta às oito e meia da manha. Se meu plano falhar pago meia dúzia de picolés de groselha para cada um. Se der certo quero um picolé de leite…!

Na tarde seguinte sentei diante do computador, digitei um Mandado de Intimação nos seguintes termos;

 

“… Juiz da Vara de Família ( )  intima o cidadão Reinaldo A. de O., … a comparecer ao Fórum da Comarca, à Praça Santa Rita, às 08h30 do dia tal”.

 

Dei um rabisco qualquer na linha acima do nome do juiz, coloquei um capacete fechado, montei minha motoca e fui entregar a intimação na chácara do condomínio. Se ele estivesse curtindo o final de tarde na sombra na frente da casa eu o prenderia e chamaria os parceiros para conduzi-lo. Caso contrario ele nem saberia que estive lá. Fui recebido por uma mocinha de magros 18 anos com um bebê atravessado no colo – futuro credor de pensão de Franguinho! – que mal ouviu minha pergunta e foi logo respondendo;

– Ele não ta aqui, não!

Não tinha importância que ele estivesse ou não atrás do guarda roupa ou debaixo da cama ou que tivesse voado novamente para o mlharal… Na manha seguinte daria bem menos trabalho prende-lo. No dia seguinte saí de Pouso Alegre às 7h50 para chegar em Santa Rita as 8h20 como de praxe mas, meu velho Gol – só consegui comprar carro com menos de 5 anos de uso depois de me aposentar – me deu mais trabalho do que o previsto. Furou a mangueira do radiador e tive que parar a cada cinco quilômetros para recolocar água. Cheguei atrasado ao Fórum! Parei defronte o orelhão e percebi um sujeito espigado, cerca de 1m85 falando agitado ao telefone. Parei ao seu lado como se esperasse para usar o aparelho e ouvi mais ou menos assim;

-… Eu vou voltar para casa. O juiz não vem na parte da manha… Parece que não foi intimação do Fórum…

Não, não fora. Fora intimação minha! E o Franguinho havia ‘mordido o milho’… Quando ele desligou o telefone eu joguei a peia. Peguei um pedaço de papel qualquer do bolso, olhei e perguntei sem que ele visse o que estava escrito:

– Reinaldo A. de O. mais conhecido por Franguinho, é você mesmo?

Ele ameaçou pigarrear e antes que dissesse qualquer coisa eu voltei firme à carga com a firmeza que sempre guardava para estas ocasiões:

– Venha comigo… O delegado está esperando por você na delegacia!

Franguinho tentou levantar a crista e sacudir as asas, mas eu levantei ligeiramente a barra da calça deixando aparecer o cabo lustroso de madeira do 38 especial na canela. Coloquei a mão em seu ombro e indiquei a porta do meu carro há cinco metros dali defronte a charutaria do Caruso. Cheguei à delegacia da Quintino Bocaiúva raspava nove horas e fui direto pra cozinha como de habito;

– Companheiros…! Preparem mais uma chávena! Eu trouxe o Franguinho para tomar café com a gente… – Fui dizendo.

– Meu picolé de leite quero na sobremesa do almoço – acrescentei.

Apesar de Franguinho ter dado mais trabalho do que o habitual para uma prisão tão insignificante, não o levei direto pra cadeia. Deixei que ele passasse o dia no ‘corró’ da DP enquanto seus parentes faziam a ‘correria’ para pagar a pensão. No final do expediente ele subiu para o Hotel Recanto das Margaridas, jurando de pés de juntos que já havia saudado o débito alimentício. O Alvará de Soltura demorou três dias para chegar.

Embora fizesse pintinhos nas franguinhas mais do que galo carijó, sem ter milho para alimentá-los, nunca mais foi preciso buscar Franguinho no milharal da Chácara do Vintém!

 

Holyfield não voltará mais para o ringue

Numa noite morna de inicio de 2007 um cidadão alto, atlético, de cor negra entrou num boteco do bairro Arco Iris em Santa Rita do Sapucaí e pediu um refrigerante. Sorveu o liquido lentamente meio ressabiado, meio tenso, como se estivesse prestes a tomar uma grande decisão. Logo em seguida saiu lentamente do boteco e ficou por ali, nas imediações. Não tardou o botequeiro baixou as portas e se dispos a ir para casa ali perto, acompanhado da namorada, uma bela morena… Que tinha outro pretendente! Quando o casal abraçado passava por um ponto pouco iluminado, ainda perto do bar, o ‘atleta’ do refrigerante surgiu por trás, na penumbra da noite, de arma e punho e mandou bala. Uma delas pegou de raspão na morena namoradeira. A outra acertou a nuca do botequeiro! A capsula calibre 32 certamente tinha pólvora suficiente apenas para vomitar o projetil, mas fez pouco mais do que cócegas na nuca do dono do boteco. Depois de socorrido ao hospital e fazer um curativo ele nem precisou de licença do trabalho. Nos dias seguintes continuou dirigindo o costumeiro caminhão da prefeitura, onde trabalhava… Apenas com o pescoço duro! Antes de dobrar a serra do cajuru com o revolverzinho 32 de meia tijela, o atirador arrancou o relógio prateado do pulso do algoz e levou com ele… E o relógio nos levou até ele!

No ano anterior havíamos colocado dez dos onze homicídios ocorridos na cidade em pratos limpos… A primeira tentativa de 2007 não passaria em branco. Logo pela manhã saímos na sombra do pretenso assassino e ladrão de relógio. Aliás, a primeira coisa que descobrimos é que o roubo do relógio fora um ‘acidente de percurso’! O objetivo era apenas matar o casal! O atirador negro era o cidadão conhecido por Hollyfield, morador do bairro Recanto das Margaridas, genro do Pelé. O crime fora encomendado, por motivos passionais. Um cidadão da terceira idade, morador da zona rural da cidade nutria fervorosa paixão pela baiana, mas ela preferiu o botequeiro de horas vagas, motorista da prefeitura. Com o coração partido, o sitiante resolveu mandar furar os corações da baiana e do namorado. Para isso pagara R$ 200 à Hollyfield!

Chegamos a esta conclusão por volta de três tarde daquele dia. Faltava agora chegar ao latrocida. Ele trabalhava de serviçal no Hospital Antonio Moreira da Costa – diga-se de passagem, ótimo funcionário e muito bem quisto pelos colegas de trabalho – mas deixara o local às duas da tarde. Fomos acha-lo batendo papo numa obra recém iniciada numa esquina da rua das rosas. Parecia ser uma prisão simples, em flagrante, mas foi bastante tensa. O moço fazia jus ao apelido de Hollyfield! Tinha praticamente o mesmo porte físico do campeão dos pesos pesados americano…! Éramos três, eu, o compadre Benicio e o jovem Klebinho. Parecia fácil para três policiais com deois 38 e uma .40 na cinta prender um suspeito. Parecia! Em campo aberto se ele resolvesse correr, o que faríamos? E se ele estendesse os braços lado e lado e dissesse:

– Ok! Então coloquem as pulseiras de prata e me prendam… Quer ver quem se arrisca!

Usei minha costumeira frase que carreguei comigo durante 27 anos…

– Hollyfield, o delegado está precisando de você na delegacia. Vem com a gente…! – E abri a porta lateral da velha Parati preto & branco estendendo a mão esquerda de ‘boas vindas’. Ele titubeou por um ou dois segundos olhando para a própria bermuda e perguntou:

– Agora?

Com a mão direita apoiada no cabo do 38 por baixo da camisa azul, respondi com uma firmeza que não deixava dúvidas…

– Agora!

Apenas mais um segundo de hesitação. Hollyfield se despediu do pedreiro com o qual conversava, baixou a cabeça e entrou na viatura. Preferimos nem colocar-lhe as pulseiras de prata. Só depois de algumas quadras ele abriu a boca…

– O que está acontecendo, Benicio? – Perguntou.

– Parece que teve um probleminha no Arco Iris ontem à noite… O delegado quer conversar com você. – Disse vagamente o velho policial prestes a se aposentar. Hollyfield deu uma encolhida no banco ao lado do Kleber. Pelo retrovisor percebi que ele suava frio. Alguns minutos depois, já na baixada do Maristela, ele pediu para abrir a janela da viatura – o que foi negado. Quando descemos na porta da delegacia da Quintino Bocaiuva ‘seu’ relógio ficou para tras, meio prensado entre o banco e encosto da Parati… Se a janelinha tivesse sido aberta lá atrás, o relógio teria ficado no meio da rua Juca Castelo… O relógio retirado do pulso do Ernani na noite anterior! O revolver 32 com as duas capsulas vazias achamos na manhã seguinte numa moita no pasto da fazenda que margeia a Avenida Bilac Pinto, por onde ele passou em fuga na noite passada.

Leandro "Holyfield" Mendes Mota: Afogado no Rio Sapucaí

Leandro “Holyfield” Mendes Mota: Afogado no Rio Sapucaí

A fracassada tentativa de homicídio passional seguida de roubo custou ao ‘pistoleiro’ Hollyfield 7 anos e meio de hospedagem no Hotel Recanto das Margaridas. De lá ele viu o irmão Renatinho afundar mais do que ele no crime e matar um desafeto pelo controle do trafico. Viu também o irmão caçula, Filipinho, passar de “dimenor” a “dimaior” afundado até o pescoço em crimes diversos. Viu até a irmãzinha adolescente, aquela que ficava com os olhos parados abobalhada quando me via e na despedida só conseguia dizer: “Gatão”! ser também, presa no 33 e ir fazer-lhe companhia. Viu até a sofrida mãe, sem marido, rodar no 33. Dois anos depois Hollyfield ganhou sua primeira e tão sonhada “saidinha de 7 dias”. Seus companheiros de ‘caminhada’ juraram de pés juntos que ele havia participado do famoso assalto ao Bancob de Santa Rita durante a ‘saidinha’…! E ele assinou mais um 157!

Atualmente Hollyfield estava em liberdade condicional. Até a ultima terça feira, 04, estava trabalhando numa draga retirando areia do Rio Sapucaí. Por volta do meio dia ele mergulhou nas aguas amarelas do rio e não voltou à tona. Seu corpo foi encontrado quase 48 horas depois, boiando a cerca de dois quilômetros rio abaixo. Há controversas sobre o motivo do mergulho no rio. Uns dizem que ele caiu acidentalmente entre a draga e o rebocador… Outros dizem que ele mergulhou no rio para se refrescar no intervalo do almoço. O fato é que Leandro Mendes Mota, o ‘nosso’ Hollyfield, 27 anos, definitivamente não voltará para o ringue e nem para o Hotel Recanto das Margaridas.

 

O primeiro indigente no Rio Sapucaí

Quando chegamos para o ultimo estagio antes da posse e de receber a carteira de policia, o perito Tiãozinho já estava na porta da DP com o Fiat 147 ligado esperando o colega Jadir…

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– Nós vamos recolher um ‘presunto’ perto de Bela Vista! Querem ir com a gente! – Perguntou Tiãozinho, com o bom humor de sempre.

E lá fomos nós pela Fernão Dias… Tiãozinho ao volante e o obeso Jadir e seu imenso bigode e uma tremenda cara de ressaca, com o braço apoiado na janela do Fiat, relembrando seus casos engraçados, sem abrir o sorriso. Aliás, Tiãozinho e Jadir, um ao lado do outro eram os opostos… Tiãozinho – só no nome! – era alto, forte, atlético boa pinta, conversava sorrindo! Apesar de inteligente e muito competente no que fazia, há muito parara de estudar. Estava satisfeito com o cargo de perito ‘ad-hoc’ que ocupava – pois era detetive por formação – e se aposentaria em poucos anos. Jadir era gordo, atarracado, barriga saliente… Seu bigode quase fazendo chifrinho daria para fazer sua própria peruca se ele fosse careca! Trazia no rosto uma expressão sempre séria, de ressaca! Contava piadas sem dar risadas. Tinha fama de ser um dos peritos mais ‘científicos’ e competentes da policia civil na época. Mulhereeeeengo que só ele! Era perito, fez Direito e se tornou delegado. Seu casal de filhos seguiu seus passos. A filha se tornou perita e o filho delegado!

O plantão era do Jadir, mas Tiãozinho, solteirão, prestes a se aposentar, morando no ‘canil’ da Delegacia, sem um passarinho sequer para tratar, não tinha nada melhor para fazer. Seu único compromisso naquele sábado ensolarado e quente era abraçar umas loiras… geladas, acariciar Severina do Popote para abrir o apetite e almoçar. Não importava onde! O importante era a companhia! O amigo Jadir – amizade daquelas de entrar em casa e ir direto pra cozinha fazer comida na casa um do outro, coisa cada vez mais rara entre policiais hoje em dia – certamente era ótima companhia! Aliás, eles já tinham um compromisso, que o leitor verá adiante! Atrás de nós seguia a Kombi fúnebre da funerária, salvo engano, N.S.Aparecida!

Logo que passamos o trevinho de São Sebastião da Bela Vista, na ultima saída antes do Porto São João, um pescador nos esperava…

Para continuar lendo esta historia, acesse “www.meninosquevicrescer.com.br”.

 

 

Motoqueiro capota na BR 459 e moto desaparece!

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O galo havia acabado de cantar pela primeira vez na madrugada de sábado, quando os homens da lei receberam a denuncia de um amigo oculto …

– Seu policia, tem um cara caído numa valeta na beira da estrada, perto do Porto Sapucaí… Parece que está bêbado e caiu da motocicleta! – dizia a voz sem se identificar.

Quando os policiais chegaram ao Porto Sapucaí, no km 119 da BR 459, lá estava o motoqueiro Israel Messias de Oliveira. Ele estava sentado à margem da via, na escuridão da madrugada, sujo de terra, esfolado e só com o capacete arranhado na mão.

– O que aconteceu? – quiseram saber os policiais.

– Eu estava de garupa da Titan do meu amigo Daniel, voltando do Chão Selvagem… Eu havia bebido ‘umas par’ de loiras… Aí ele passou na lama, derrapou a moto e eu caí! Eles me deixaram para trás… – informou o jovem de 18 anos, morador do bairro Pedro Sancho Vilela em Santa Rita do Sapucaí.

– Quem é esse seu amigo Daniel?

– Ah, seu guarda, eu só sei que ele mora do Jose Gonçalves em Santa Rita…!

Levado para a delegacia de policia só com o capacete na mão, Israel confirmou sua obnubilada historia. Ele seria autuado no 306 do CTB por dirigir embriagado, mas,  sem o veiculo não há crime. Afinal, mesmo mamado qualquer um pode sair pra passear levando um capacete na mão!  Por isso foi liberado.

Será que ele não escondeu essa moto no mato, ou afastou-e do local da queda para ludibriar a policia?

 

Taxi do Magaiver leva mais dois hospedes para o hotel Recanto das Margaridas

Carlos & Linguiça, dois passageiros silenciosos!

Carlos & Linguiça, dois passageiros silenciosos!

A viagem desta quinta foi curta. Magaiver levantou bandeira branca logo as oito e meia da manhã com destino à Santa Rita do Sapucaí levando Carlos e Lingüiça para o hotel Recanto das Margaridas.

Carlos Roberto foi preso nesta madrugada perambulando pelas ruas do velho Aterrado.

– O que você estava fazendo lá? – Perguntei.

– Ah, eu só nóia, né Chips … Eu tava tentando descolar uma brita, aí os zomi falaram que eu tô pedido em Santa Rita!

– E o que você deve lá?

– Acho que é por causa daquele incêndio…

Carlos Roberto dos Santos Aniceto, 34 anos, foi condenado no inicio de 2013 a um ano e quatro meses de cana em regime aberto, pelo crime de “incêndio criminoso”. Ele deveria dormir na cadeia mas descumpriu a determinação judicial.

Ualace Amaro de Barros, o Lingüiça, 26 anos tem uma capivara mais pesada. Consta em seu prontuário vários 157 pé-de-couve. Segundo o próprio, ele está em liberdade condicional e não sabe por que foi preso.

Mas eu sei. Ele está em liberdade condicional pelo processo ‘x’, porém, responde também aos processos ‘y’, ‘z’, ‘w’, ‘k’, ‘f’, ‘j’ e quem sabe todo o alfabeto coreano! Cada um desses processos vai gerar um tenebroso Mandado de Prisão. É por isso que os homens da lei o abordaram ontem à noite no bairro Maristela e lhe ofereceram as pulseiras de prata.

Hoje pela manhã os bons filhos à casa tornaram… No táxi do Magaiver!

Severina do Popote causa acidente na Serra…

O cidadão Luiz Carlos da Silva seguia conduzindo seu micro ônibus de Santa Rita para Natercia ao pé da noite deste domingo, pela estrada vicinal entre as cidades dos santos Sebastião e Rita, quando cruzou com o fusca de placa BLE-4472 e sentiu um esbarrão na lateral traseira. O fusca conduzindo pelo cidadão Helder Viana Vicentini continuou descendo a serra e só foi alcançado no Recanto das Margaridas, onde os ocupantes da micro ônibus trataram de retirar a chave da ignição.

Helder Vicentini: Meu amigo derramou uma latinha de cerveja no carro...

Helder Vicentini: Meu amigo derramou uma latinha de cerveja no carro…

Segundo o BO que narra os fatos, Helder tinha os olhos vermelhos, a fala desconexa o andar cambaleante e o tradicional hálito etílico…

– Ele mal conseguia descer do carro – disse uma testemunha.

Apesar das alegações constantes no BO, Helder Vicentini jurou de pés juntos que não havia bebdido!

– Eu não bebo há 17 anos! Meu carro está com cheiro de bebida por que o meu amigo Pelé estava bebendo e derramou uma latinha de cerveja dento do carro…- Se defendeu Helder.

A defesa de Helder Vicentini não foi convincente… O delegado de plantão na Regional de Pouso Alegre o enquadrou no 306. Nas falta de R$ 700 reais para pagar a fiança, Helder Viana voltou esta manhã para pertinho do local do sinistro… O Hotel Recanto das Margaridas… E a prefeitura da cidade ficou temporariamente sem um dos seus motoristas!

PC e PM desmantelam o trafico em Careaçu e Bela Vista

O galo carijó estava ainda aquecendo a garganta para a costumeira serenata da madrugada, quando os policiais civis e militares do 17º Departamento de Policia de Pouso Alegre se reuniram para a “Operação Genesis”… Antes da aurora eles já estavam batendo à porta de traficantes de Careaçu e São Sebastião da Bela Vista para o café da manhã! O galo carijó estava ainda aquecendo a garganta para a costumeira serenata da madrugada, quando os policiais civis e militares do 17º Departamento de Policia de Pouso Alegre se reuniram para a “Operação Bela Vista”… Antes da aurora eles já estavam batendo à porta de traficantes de Careaçu e São Sebastião da Bela Vista para o café da manhã!Foto III - Sala de Imprensa

Os vinte e cinco detetives e escrivães chefiados pelo dinâmico delegado Mario Roberto Rodrigo Martins e os vinte e cinco soldados cabos e sargentos comandados pelo tenente Gustavo, ambos de Santa Rita do Sapucaí, levavam em mãos 12 mandados de Busca & Apreensão para drogas e objetos de furto e receptação e 05 mandados de prisão preventiva.

– Os mandados expedidos pela justiça, resultaram de cerca de três meses de investigação da policia civil de Santa Rita sobre trafico de drogas nos municípios de São Sebastião da bela vista e Careaçu, na nossa  Comarca – Esclareceu o jovem e empolgado delegado que chefia a delegacia do Vale da Eletrônica desde maio ultimo.

 Um dos mandados foi cumprido na Rua da Tijuca em Pouso Alegre. Adriano Silva Pereira, identificado nas investigações da PC pela alcunha de “Dito” foi retirado dos braços de Morfeu às cinco e meia da manha pela própria mãe…

Adriano "Dito" Silva Pereira: Eu não conheço nenhum "Dito", não. Meus amigos me chamam de "Neguinho" e "Benê"...!

Adriano “Dito” Silva Pereira: Eu não conheço nenhum “Dito”, não. Meus amigos me chamam de “Neguinho” e “Benê”…!

 

– Acorda ‘fio’… Os ‘zomi’ estão atrás docê – disse ela apavorada. Estavam mesmo atrás dele, do outro lado da cama!

– Eu já tinha escutado o barulho de uma janela quebrando mas achei que eu estava sonhando – contou Adriano, mais tarde a este repórter. E acrescentou..

– Eu não conheço nenhum “Dito”, não! Meu nome é Adriano! Os amigos me chamam de “Neguinho” e de “Benê”. Mas eu não mexo com droga, não. Eu trabalho na Bloquel … Só uso uns baseados de vez em quando.

Foi isso que disseram também os jovem Natam de Paula, 20 e Geovani Henrique Garcia ao serem surpreendidos de pijama em Careaçu. Geovani, que completa 20 anos nesta sexta 04, recebeu um presente que não vai esquecer tão cedo… O par de pulseiras de prata! Deivid Marcos Alves, também “formiguinha” do “Dito” foi preso em São Sebastião da Bela Vista.

Geovane Henrique Garcia: Ao completar 20 anos, recebeu pulseiras de prata de presente!

Geovane Henrique Garcia: Ao completar 20 anos, recebeu pulseiras de prata de presente!

Durante as buscas foram apreendidas pequenas porções de drogas, duas espingardas e um revolver, além de farta munição no município de São Sebastião da Bela Vista. Fatima Antônia de Almeida e D.F.S. foram autuada por trafico e porte de arma. Os demais foram enquadrados nos artigo 33 e 35 da Lei Antidrogas.

O delegado regional de Pouso Alegre, Flavio Tadeu destro, em coletiva à imprensa, falou do empenho de seus policiais e da participação da PM no desfecho das investigações.

Flavio Tadeu Destro: Conseguimos tirar mais sete traficantes de circulação...

Flavio Tadeu Destro: Conseguimos tirar mais sete traficantes de circulação…

– A operação conjunta das nossas policiais nesta madrugada, veio coroar o trabalho de investigação que vinha sendo feito pela policia civil de Santa Rita desde junho. A sociedade ficou livre de mais sete marginais envolvidos com o trafico de drogas. Essa é a resposta que queremos dar sempre à sociedade! – Enfatizou o delegado.

'Plataforma' de embarque para Hotel Recanto das Margaridas'...!

‘Plataforma’ de embarque para Hotel Recanto das Margaridas’…!

Dentre os presos mediante carta branca do homem da capa preta, está o “aviãozinho” D.A.M.S., 17  anos, abatido também de pijama em São Sebastião da Bela Vista. Todos os presos ficarão hospedados no Hotel Recanto das Margaridas, em Santa Rita do Sapucaí por conta do contribuinte…!

Equpe PM & PC Bela Vista

PM prende assaltante pé de couve em Santa Rita

Embora “somongó” e “somôngo” tenham definições totalmente antagônicas e Bruninho tinha pinta  de “somongó”, pode chama-lo de “somôngo” mesmo que ele atende!bruno

Raspavam seis da tarde de sexta, 27, dia de São Cosme & Damião quando Bruno Luis Pires, 25 anos entrou na novíssisima loja da “Eletrozema” em Santa Rita do Sapucaí usando o traje tradicional dos meliantes pés-de-couve… calça Jeans e blusão de moletom preto! Levava também pendurado no pescoço um crachá da firma “GENNO”.  Sondou para lá, sondou para cá e perguntou a uma vendedora o preço de um ventilador? Ao ouvir a resposta, disse que voltaria no dia seguinte com seu cartão de débito para compra-lo. Antes de deixar a loja tascou outra pergunta despretensiosa…

– Que horas você vocês fecham a loja…?

Não se sabe se ele foi embora, se ficou atrás de algum móvel ou se ficou escondido no banheiro…  O fato é que às seis e quinze, já com a portas baixadas, quando a gerente começou fechar o caixa, recebeu uma estranha ordem…

– Passe todo o dinheiro…!

Ao levantar os olhos dos papeis viu um jovem de calça jeans e blusão de moletom preto ao seu lado. Sua cabeça estava dentro de uma touca ninja…!

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Apesar da ordem e da estranha figura, a funcionaria pensou que fosse uma brincadeira de algum colega de trabalho! Por um instante não deu atenção… No mesmo minuto apareceu uma reluzente e afiada ‘lapiana numero nove’ na mão do tranquilo assaltante reafirmando sem alarde:

– Quero o dinheiro todo…!

Pedido assim com jeitinho qualquer um atende! E a jovem entregou o que havia no caixa… Cerca de R$2,5 mil reais. Quando o assaltante guardou a faca e se afastou saindo pela portinha aberta, a vendedora que havia quase vendido o ventilador o reconheceu…

– De onde ele saiu!? Ele esteve orçando ventilador comigo há vinte minutos… Usava um crachá da empresa GENNO…!  – informou a vendedora com o queixo caído.

Entenderam agora porque o moço que entrou na loja com pinta de “somongó” não passa de um “somôngo”!?

Rastreando o crachá da empresa onde o assaltante trabalhava em liberdade condicional, pouco tempo depois o homens da lei bateram à sua porta na Vila Operaria. O parte do produto do roubo na Loja Eletrozema estava ainda em seu quarto. Mas havia mais. Em poder do assaltante os policiais encontraram a rês furtiva de vários outros estabelecimentos roubados nas ultimas semanas. Bruno Luis “Somôngo” Pires foi reconhecido por pelo menos três vitimas de roubos em outros estabelecimentos: Uma padaria, uma loja de calçados e uma imobiliária.

Bruninho, morador da Vila Operaria e quase meu vizinho, foi um dos últimos meliantes que mandei para o  Hotel Recanto das Margaridas antes d pendurar as chuteiras. Em 2007, com frescos 18 anos ele já era figurinha fácil no nosso álbum. Pote tanto foi à fonte que acabou quebrando… Tomou 5 anos de cana em 2008. Saiu em liberdade condicional em outubro do ano passado. Há três meses estava trabalhando na empresa GENNO… E esqueceu de tirar o ‘crachá’…!

Bebeu, dirigiu, bateu e caiu… Nos braços da lei

         Ilmar de Castro Furtado voltava para casa no final da madrugada desta quarta, 25, conduzindo seu Fiat Uno preto, pela BR 459, quando de repente a estrada ficou pequena e ele foi trafegar no acostamento. Quando os patrulheiros rodoviários chegaram ao local para registrar o sinistro, Ilmar estava meio grogue! Seria por causa da batida do veiculo?

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      Poderia ser, mas além das pernas bambas, a fala enrolada e os olhos vermelhos ele tinha também o terrível bafo de Jiboia…!

– Eu bebi umas cervejas antes de pegar o carro sim, seu guarda… – Admitiu Ilmar. Era verdade. O sisudo aparelhinho dos homens da lei, terror dos motoristas que abraçam a katia…ça e Seo volante ao mesmo tempo, acusou que o índice de alcoolemia no seu organismo estava além do permitido pela Lei Seca.

        No raiar do dia Ilmar sentou ao piano do delegado de plantão e assinou o 306. Poderia ter voltado para casa na mesma hora, de carona é claro, mas ele não tinha R$ 1 mil reais no bolso para pagar a fiança. Somente às nove da manhã, quando os detetives da escolta para o Hotel do Juquinha disseram-lhe para fazer a mala, foi que ele apelou para um causídico…

PM prende motorista acrobático em Santa Rita

             Depois de brincar de ‘cavalinho de pau’, o moço mamado derrubou a coluna da lanchonete “Encontro dos Amigos”…

          A campainha do telefone 190 da policia militar de Santa Rita do Sapucaí tocou insistentemente no final da tarde deste sábado, 14. Amigos ocultos da lei informavam e pediam providencias antes que o cidadão Renato Grilo Valentim pusesse fim à própria vida ou atropelasse uma criança nas ruas do bairro São Benedito. Segundo vários denunciantes, Renato estava fazendo acrobacias com seu Fiat Palio prata pelas ruas do bairro, cantando pneus e brincando de ‘cavalo de pau’. Renato foi encontrado pelos policiais no local bem sugestivo… Na porta da lanchonete “Encontro dos Amigos”. O encontro no entanto, foi pouco amigável!

       Ao ver a chegada da Arca de Noé, Renato entrou rapidamente no Palio, trancou portas e janelas e tentou dobrar a serrar do cajuru. Não deu! A roda traseira já estava avariada pelas acrobacias feitas pelas ruas do bairro e o Maximo que ele conseguiu foi chegar até a coluna de sustentação da lanchonete, derrubando-a. Ainda assim insistiu em vazar com  carro danificado. Foi necessário quebrar o vidro da janela lateral para retirá-lo do interior do veiculo e impedir que ele fizesse mais lambanças. Para dominá-lo foi necessário usar uma boa dose de ‘sossega leão’! Finalmente com as reluzentes pulseiras de prata nos pulsos, Renato admitiu aos homens da lei que estava há dois dias abraçado à loiras geladas e à ruiva Severina do Popote.

       Segundo informações não oficiais colhidas pela policia no local, Renato Grilo Valentim, 20 anos, que já responde por Homicídio e lesões corporais na Comarca, estava fazendo “charminho” para o ex-amasio de sua amasia!

      Na delegacia Regional de Pouso Alegre, Renato sentou ao piano, assinou o 306 e o 309 do CTB. Tão logo recolha aos cofres públicos R$ 1,5 mil reais de fiança poderá voltar para casa… Sem o Fiat palio que foi apreendido!