E descobre que além da amásia ele matou e enterrou também a enteada, de 5 anos! O corpinho da garotinha foi jogado em um fosse no sitio do assassino. O tronco da amásia também foi encontrado, mas já havia virado carcaça! 

      A busca pelo restante do corpo para identificar a vitima

Desde o encontro das pernas femininas dentro de um saco no município de São João da Mata, no final da tarde de terça-feira, 06, pelo menos um policial não dormiu mais: a medica legista Tatiana T.K. de Matos! Ela queria a todo custo encontrar o restante do corpo, para identificar  a vítima e poder chegar ao autor do esquartejamento.

“É uma corrida contra o relógio. Com esse tempo quente e úmido o processo de decomposição é muito mais rápido, além do que a ação de larvas poderá destruir elementos de identificação”, alertou a legista chefe do PLM de Pouso Alegre em entrevista coletiva na tarde de quarta-feira.

Desde então ela não parou de navegar na internet tentando traçar o perfil da vítima. Dezenas de garotas de programa desfilaram na tela do seu notebook nos últimos três dias.

A dona das pernas fora ‘garota de programa’…

“Esse tipo de tatuagens, esse tipo de caso, é comum com usuários de drogas e garotas de programa”, acreditava ela.

E estava certa. A dona das pernas encontradas no mato era uma ex-garota de programa. Ela foi retirada de uma boate de Pouso Alegre para constituir família e viver maritalmente com um lavrador. E viveram quase um ano, entre flores e espinhos… como era de se esperar! Para agradá-la o amasio foi buscar sua  filhinha na Bahia, para completar a família.

Luiz Carlos Martins, 47, e Francileide Assis Barbosa, 25, se conheceram há cerca de um ano na Boate Fascinação, em Pouso Alegre. Depois se alguns encontros na boate, resolveram viver juntos, em Silvianopolis. Para isso, ele, que morava no sitio no bairro Mata Porco, montou uma casa na cidade. Para agradar a amasia, há três meses buscou a garotinha Bruna Carla Assis Passos, de 5 anos, filha de “Fran”, de outro relacionamento, na casa dos familiares dela na Bahia.

A família estava completa, mas nem tudo era mar de rosas. Fran não se adaptou à vida de dona de casa. E logo manifestou o desejo de voltar para a Bahia. Tinham atritos frequentes por causa isso, contou o assassino. O ultimo aconteceu na noite de sexta-feira, Dia de Finados. Começou quando a garotinha questionou o padrasto por entrar no seu quarto sem sua permissão. Em meio ao trololó, sentindo que estava perdendo o controle da família e poderia perder também a companhia da amasia, “Luizinho”, como é conhecido, perdeu as estribeiras!… e matou a companheira e sua filha a golpes de martelo!

Foi uma denúncia da cuidadora da garotinha que levou os detetives Thiago e Daniel à cidade de Silvianópolis no final da tarde desta sexta-feira, 09, uma semana depois dos macabros crimes. Ela notou a ausência da garotinha na escola. Seu filho, que havia visto as tatuagens na perna da morta ligou os fatos.

Gotículas de sangue: provas do crime.

Frio como mármore Luizinho jurou de pés juntos que era inocente. Para explicar o desmanche da família ele insistia em dizer que a amásia e a enteada tinham voltado para a Bahia.

A gota d’agua para a confissão foi a gotícula! Pequenas gotículas de sangue encalacradas no portal da casa. Embora tenha lavado toda a casa para eliminar provas do crime, ele se descuidou de algumas gotículas que ficaram no portal. De volta ao local do crime, os olhos verde e atentos da medica-investigadora-legista encontraram gotículas de sangue no portal de madeira da casa do sinistro… e a casa caiu! Confrontado com a prova cabal, Luizinho não conseguiu mais conciliar os fatos com as contradições e confessou o crime, timtim por timtim…!

Noite macabra

“No meio da discussão eu acabei matando elas com um martelo e coloquei os corpos no chão do porão. As quatro da manhã eu peguei a menina, coloquei dentro de um saco e levei para o sitio. Lá eu joguei o corpo dentro de uma fossa desativada e joguei terra por cima. No fim do dia eu voltei pra casa e aí então resolvei esquartejar o corpo da Fran para sumir com ele também. De noite eu saí pela estrada… a cabeça e um braço eu joguei debaixo da ponte do Rio Dourado, as duas pernas foi perto de São João da Mata. O tronco com um braço que eu não consegui cortar, eu joguei num pasto na beira da estrada perto de Carvalhópolis…”, esclareceu Luizinho.

Desenterrando corpos

O corpo da garotinha Bruna foi desenterrado pelo assassino, na presença da policia, no inicio da madrugada deste sábado,10, no sitio dele, ao lado da casa do pai, no bairro Mata Porco. Para que coubesse no saco, Luizinho tentou cortar o corpinho da menina pela cintura, até separá-lo em dois. Interrompidas no meio da madrugada, as diligencia da PC foram retomadas esta manhã. Acompanhado dos policiais Luizinho refez o trajeto macabro, onde diz ter dispensado os membros da amásia. A cabeça e um braço, que ele diz ter jogado de cima da ponte do Rio Dourado, devem ter sido levados pelas águas. O tronco da jovem foi encontrado no local indicado, em um sitio nas margens da rodovia MG 267, no município de Carvalhópolis, a mais de quarenta quilômetros do local do crime. A carcaça do que sobrou do tronco havia sido localizada pelo sitiante e colocada perto dos dejetos do gado, próximo a um curral.

“Já estava todo decomposto e comido… pensei que fosse uma carcaça de bezerro”, contou o sitiante.

O que sobrou do tronco e braço foram recolhidos pela funerária para exame se necropsia.

Indiciado por duplo feminicídio qualificado e ocultação de cadáver, Luiz Carlos Martins, 47,  aguarda na delegacia de Pouso Alegre a decretação da Prisão Preventiva para pegar o táxi do Magaiver e subir para o Hotel do Juquinha. Dificilmente ele pegará menos de 30 anos de cadeia!