Bebezinho de Santa Rita: foi raptado, vendido ou doado?

A criança com 16 dias de vida foi apreendida com a suposta raptora na cidade de Cuiabá. Por ora ela ficará em poder do Conselho Tutelar daquela cidade.

 

Patricia Severino Silva

Obnubilada, muito obnubilada a história da bebezinha  M.V.S.  Ela nasceu na maternidade do hospital Antonio Moreira da Costa em Santa Rita do Sapucaí no dia 05 de julho, e no dia 21 estava nos braços de uma estranha, a 1300 quilômetros de casa, no Estado do Mato Grosso. E tão logo a suposta raptora chegou à cidade, a mãe biológica da criança chegou atrás.

O rapto da recém-nascida foi registrado pela mãe junto à polícia militar de Santa Rita do Sapucaí no dia 17. Segundo Maria Gedislene dos Santos, há três meses ela conheceu a pessoa de Patrícia Severino Silva através das redes sociais, ficaram amigas e desde então estavam sempre em contato falando sobre o futuro bebe, que chegou ao mundo no dia 05 de julho. No dia seguinte, ao deixar a maternidade, ambas foram juntas ao cartório de registro civil de Santa Rita onde registraram o rebento e em seguida foram para sua casa no bairro Anchieta cuidar da higiene e alimentação do bebê. Ao acordar no meio da madrugada, tanto a filhinha recém-nascida quanto a amiga haviam desaparecido!

Ela contou ainda à policia, que ao fazer contato com Patrícia, ela disse que estava em Cuiabá e que iria trazer a criança de volta. Mas ela não esperou, e foi atrás…

O caso foi tratado pela polícia civil de Minas Gerais como rapto, e solicitado a intervenção da polícia civil de Mato Grosso. Patrícia Severino Silva foi detida – com a bebezinha no colo – na capital mato-grossense na sexta feira, 20. Interpelada pela policia ela disse que a amiga Maria Gedislene havia doado a filhinha para ela cria-la como sua filha! E para provar o que dizia, apresentou à policia uma

“autorização para criança viajar pelo Brasil acompanhada de pessoa maior”

assinada pela mãe do bebe, bem como uma copia da carteira de identidade de Maria Gedislene dos Santos, autenticada em cartório.

Diante de conjuntura tão confusa, Patrícia Severino Silva, que tem histórico de rapto – ou quem sabe de tráfico de criança! – em outro Estado, ficou detida pela policia em Cuiabá, por conta do Homem do Homem da Capa Preta daquela Comarca, ao menos até que os fatos se esclareçam.

Maria Gedislene dos Santos, 36, natural de Porteirinha-MG, a qual procurou a polícia duas semanas depois do rapto, voltou para Santa Rita do Sapucaí, de mãos limpas – será?

Enquanto investiga o suposto rapto de menor ou um possível ‘trafico de bebê’, praticado, em tese pela mãe e pela amiga de WhatsApp, o bebezinho de três semanas que não tem nada com isso, ficou aos cuidados do Conselho Tutelar de Cuiabá.

Uma equipe da 1ª Delegacia Regional da Policia Civil de Pouso Alegre, deverá ir à Mato Grosso no início desta semana, buscar o bebê recém-nascido e jogar luz sobre os fatos.

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