Final de semana de poucos crimes em Pouso Alegre e região. E na ausência de crimes cabeludos, o BO que merece destaque é o que narra a luta de um policial militar para prender um andarilho mamado, que brincava de andar na pista de rolamento da rodovia debaixo de chuva, com risco de morrer ou de causar acidente.
E causou mesmo!
O tenebroso fato aconteceu na noite ainda criança deste domingo, 19, na Rodovia MG 290, próximo à Borda da Mata. O sargento Durães da polícia militar seguia para a cidade a fim de assumir seu turno de trabalho, quando inopinadamente um VW Gol parou na sua frente no meio da pista. O choque na traseira foi inevitável! Ao descer do seu carro para avaliar os estragos e apurar as causas, o sargento soube então que o cidadão Edilson Felix da Silva, – travestido de “Chiquinho da Borda”, – fora o causador do sinistro.
– Ele estava andando pelo meio da pista. Eu tive que parar para não atropelá-lo – explicou a motorista do VW gol.
Ao ser questionado sobre seu comportamento de risco, o cidadão aparentemente embriagado, violento e agitado, investiu contra o policial com socos, pontapés, unhas e dentes… e entraram em luta corporal. Na tentativa de se esquivar das mordidas do moço enfurecido, e dominá-lo, o policial rolou com ele na poeira – aliás, na lama, pois estava chovendo! – caíram numa valeta na margem da via e foram parar numa cerca de arame farpado. Foram cerca de vinte minutos de luta entre o policial fardado e o andarilho que mais parecia o “Chiquinho da Borda”!
Com a chegada do reforço da cidade de Borda da Mata, finalmente o andarilho encerrou a caminhada. Apesar das pulseiras de prata, Edilson continuava agitado e violento a ponto de danificar o interior da viatura policial com chutes e pontapés.
O médico plantonista do PA constatou que ambos, andarilho e policial, sofreram escoriações generalizadas ao longo do corpo.
Edilson Felix da Silva, 42, natural de Jandaia do Sul-PR, sem residência fixa, sentou ao piano do paladino da lei, assinou o 129 e… Voltou para casa! Quero dizer estrada, já que não tem residência fixa. Pois o 129 do CP é um daqueles artigos elencados no rol da Lei 9.099, cuja pena não passa de uma cesta básica ou uma semana de trabalho comunitário no asilo!
O prejuízo maior mesmo ficou para o sargento Durães, que, apesar de toda conjuntura, bateu seu Captiva na traseira do gol da tosadora!
Prejuízo maior foi da condutora do gol que além do susto de quase atropelar esse maldito indivíduo ainda teve todo prejuízo com o carro. Ou o policial vai assumir seu erro de ter batido em sua traseira?