A policia militar apreendeu no final da noite desta quinta, quase 9 quilos de drogas, sendo 9 tijolos de maconha, dois pedaços da mesma droga, um kilo de pasta base de cocaina, duas porcoes menores do pó e tres pedaços de crack.
Ao receber a informação de amigos ocultos da lei, que um cidadão estaria prestes a chegar de viagem trazendo uma mochila de maconha, os policiais foram para o Cidade Jardim recepcioná-lo. Era quase meia noite quando o moço se aproximou de casa com a pesada mochila nas costas e um braço na tipóia. Antes que os policiais dessem o pulão, o traficante entrou por um terreno baldio, abanbonou a mochila, pulou muros e quintais e dobrou a serra do cajuru, deixando a prova do crime – 7 tijolinhos de maconha pesando quatro quilos – para tras. O restante da droga – erva marvada, farinha do capeta e pedra bege fedorenta – estava mocosado em sua casa na Silvia Helena Brunhara, ali perto. Lá os policiais encontraram também balança de precisão e 300 capsulas de ependorf vazias, que seriam usadas para embalar doses precisas de farinha do capeta. As malfadadas capsulas seriam vendidas aos consumidores ao preço minimo de R$ 10, podendo chegar a R$ 50 reais a capsula, nas festinhas ‘privé’ de fim de semana, de acordo com a lei… da oferta & procura.
Ao dobrar a serra do cajuru para não cair nas malhas da lei, o traficante deixou para tras na mochila com a erva, sua carteira de identidade, mostrando que ele é velho conhecido da tiragem, figurinha carimbada no album da policia. Ednaldo Carmo dos Santos o ‘Carioca baiano’, nascido em Itapé-BA, 36 anos estava fora de cena ha alguns anos. Fora de cena mas não fora do ramo. Carioca da Bahia fez sua fama e sua cama no final do seculo passado distribuindo drogas no bairro Santo Antonio. Quando o Cidade Jardim foi inaugurado, ele mudou de endereço e continuou no trafico até que numa manhã de inverno foi arrancado dos braços de Morfeu com o frio cano do trezoitão do Teobaldo. Ednaldo Carioca hospedou-se no velho hotel da Silvestre Ferraz até que uma bela noite, cavou um tatu no teto, atravessou o telhado, desceu pela ‘tereza’ na frente da cadeia e dobrou a serra do cajuru. Desde então saiu de cena. Mas a julgar pelos quase 9 quilos de drogas diversas, ele nunca saiu do ‘mitier’.
Como ele escorregou pelos vãos dos dedos da PM ontem a noite, a policia civil agora vai entrar em cena. O delegado Gilson Baldassari, da Especializada de Combate ao Trafico de Drogas pediu sua prisão preventiva. Agora que ele deu as caras – aparentando muito mais de 36 anos – a batata está assando pra ele…
Ah, não me perguntem como ele conseguiu escapar das garras da lei e pular muros e quintais com um braço só….!!!!