Transporte urbano de cara em Pouso Alegre

Uma nova era no transporte coletivo na cidade. Será?

No primeiro dia de operação da nova empresa, apesar dos elogios à limpeza dos ônibus novinhos em folha, já teve reclamações quanto aos atrasos em alguns bairros. É natural que pequenos detalhes ainda desagradem, pois o usuário do transporte, consumidor que paga pelo serviço, exige perfeição. – No caso da pontualidade, os usuários ‘precisam’ da perfeição.  Alguns desses detalhes poderão ser aprimorados com o tempo.

No entanto, a prestação do serviço, no geral, tende a desagradar e gerar reclamações. Isso também é natural, pelo mesmo motivo: É próprio do ser humano exigir perfeição … dos outros!

Por isso, quase toda aquela gama de reclamações descarregada em cima da antiga empresa prestadora do serviço, dentro de poucos meses, será descarregada também sobre a nova empresa. Até porque, todo casamento se desgasta com o tempo. Antes do fim do ano, os usuários estarão reclamando e pedindo divórcio!

Mas que previsão negra! Então será sempre assim?

Sim.

Não tem solução?

Tem.

Duas soluções. Uma delas seria a concessão do transporte coletivo à, pelo menos, duas empresas! O usuário que não estiver satisfeito com uma, migra para outra. Aquela que começar a perder clientes, irá se preocupar em oferecer um serviço ainda melhor se não quiser circular com seus carros vazios! A concorrência, portanto, ajudaria na prestação de um serviço de melhor qualidade à população.

A outra solução, quase completa, chama-se “bom senso”! De ambas as partes. Da empresa em procurar dia-a-dia prestar um serviço de qualidade… e do usuário, que precisa entender que a única coisa perfeita que existe no mundo é a natureza… pois foi feita por Deus! O homem, por mais que procure a perfeição, jamais conseguirá alcança-la. O homem jamais agradará a gregos & troianos. Aliás, às vezes nem Deus agrada!

No caso específico do transporte urbano em Pouso Alegre, é bom lembrar que, muitos dos motoristas da nova empresa, eram motoristas da velha empresa que tanto desagradava! Portanto não esperem tanto da Planalto… pois, por mais que se queira agradar, principalmente no tocante à ‘pontualidade’ – pedra no sapato da antiga empresa – as ruas são as mesmas, os itinerários são os mesmos, e a cada dia tem um carro novo circulando nas ruas, ou seja: embora a empresa seja nova, as vias – de escoamento do transito – continuam velhas, estreitas e cada vez mais congestionadas!

Para que o casamento do usuário do transporte coletivo de Pouso Alegre com a nova prestadora do serviço dê certo – como diria meu saudoso professor de Direito Civil -, é necessário “doação e renuncia”… de ambas as partes!

 

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