E fecha o Café Bombom e o restaurante e Circuito das Aguas!

Recado afixado na porta do Circuito das Águas agora a noite.

A ação da polícia federal aconteceu ao pé da manhã desta terça-feira, 06, em Pouso Alegre e em outras três cidades da região – Poços de Caldas, São Vicente de Minas e Minduri. “Colheita Final”, não por acaso, é o ato final de uma investigação iniciada em 2011, quando a quadrilha migrava de São Paulo para Minas Gerais. Em 2013 foi deflagrada a “Operação Canaã”. Na  segunda fase da operação realizada em 2015, com o pomposo nome de “De volta à Canaã”, a PF prendeu temporariamente 05 membros da quadrilha em Pouso Alegre. Na ocasião a seita mantinha cinco estabelecimentos comerciais na cidade – uma churrascaria no Posto Bonanza, uma Pizzaria na avenida Prefeito Olavo Gomes de Oliveira no São Carlos, a bomboniere Café Bombom na Com. Jose Garcia, o restaurante Mercearia, na Tuany Toledo e o mais famoso do grupo na cidade… O restaurante “Circuito das Aguas”, também na Via Gastronômica de Pouso Alegre.

Circuito das Águas às escuras…

Segundo a investigação, os líderes da seita chamada “Comunidade Jesus, a verdade que marca”, aliciavam as pessoas e as induziam a entregar todos seus bens materiais para a organização. Depois de doutrinadas as pessoas eram levadas para centros de convivência rurais e urbanas nos Estados da Bahia, Minas Gerais e São Paulo, onde eram submetidos a trabalhos em estabelecimentos comerciais e nas lavouras da organização, morando em alojamentos em condições precárias de conforto, sem receber salários, enquanto eles, os líderes se esbaldavam em apartamentos de luxo.

Os líderes são acusados dos crimes de “trabalho análogo à condição de escravo”, “trafico de pessoas”, “Falsidade ideológica”, Organização Criminosa”, “Estelionato” e “lavagem de dinheiro”.

Apesar das prisões na época, a polícia federal não chegou a interditar nenhum dos estabelecimentos na cidade. Três deles fecharam logo em seguida devido ao esvaziamento da clientela com a repercussão da ação policial. Desta vez, na “Colheita Final”, os policiais federais fecharam os dois estabelecimentos que sobreviveram ao escândalo

O processo movido pela justiça federal ao Belo Horizonte, pode render aos líderes da organização criminosa mais de 40 anos de cana!